Estamos próximo de atingir nossa meta de 1 mil artigos para deleite dos internautas interessados em Metodologias de Ensino – Escolar e Desportiva. O que não desmerece qualquer ensino de habilidade humana.
Categoria: Procrie
Apresentação de um Centro de Referência em Iniciação Esportiva, desenvolvimento de projetos, curso de Formação Continuada, Centro de Estudos.
Ensinando a realizar uma perfeita cobertura de bloqueio.
Vacilo da arbitragem?
Seria possível isto?
Em pleno jogo pelas Olimpíadas, meus filhos e neta entraram sorrateiramente na quadra para auxiliar o time pelo qual estavam torcendo. E a arbitragem cochilou!
Também, pudera. Vejam um dos inúmeros vacilos do líbero (camisa azul) que insistia em esconder-se dos ataques. Tomara que tenha aprendido.
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Desenvolver habilidades especiais aplicáveis à VIDA pessoal.
Para atingir BONS resultados em qualquer atividade NÃO precisa nascer com um dom.
Atenção igualitária para TODOS.
Entrevista ao Autor… Roberto A. Pimentel
Por que esse Método é tão REVOLUCIONÁRIO?
O Programa na área da Educação Física e do Esporte está referendado em descoberta revolucionária – a mielina. Estudos da Neurociência decifraram como podemos nos tornar melhores, mais eficientes e mais bem-sucedidos em TUDO. Aplica-se a TODOS, não importa o gênero, baixo ou alto, gordo ou mago. Aprenderão a estudar e a trabalhar em GRUPO.
Podemos esperar que o programa auxilie a criança para a vida?
Certamente. Em relação à prática esportiva, ninguém precisa nascer com um dom para atingir bons resultados em qualquer atividade. Quanto à educação dos filhos, todos os conselhos do mundo recaem sobre princípios aplicáveis à vida de cada um: Elogiá-los sempre que se esforçarem no que fizerem; incentivo a novas realizações.
Existem outras novidades?
Explicar-lhes em 50 minutos como funciona o mecanismo da mielina, e sua implicação em APRENDER a ESTUDAR.
Reparar naquilo que os fascina; aguçar-lhes a curiosidade.
Inserimos no Programa a utilização das TICs em sala, i.e., alunos poderão fazer uso de iphone, ipad, tablets, notebooks, vídeos, web. Serão convidados para a prática do jogo de xadrez, técnicas de rolamento, saltos. Sem falar de aulas SEM o PROFESSOR.
Duvidam? É a AUTORREGULAÇÃO!
Por que tantas atividades paralelas?
Há necessidade da diversidade de movimentos necessários ao desenvolvimento motor em crianças. Além disso, estaremos integrados à grade curricular da Educação Física promovendo movimentos naturais para qualquer escolha esportiva futura. Nisso consiste nossa maior contribuição: APRENDERÃO a PENSAR e a TOMAR DECISÕES!
Quem pode se integrar ao programa?
Consulta às escolas e aos pais aquilatará sobre o interesse do projeto. Avaliação compartilhada permitirá compor propostas às Secretarias de Educação, Esporte e Lazer.
Prototipagem
A seguir, prototipagem em período letivo – práticas e desenvolvimento profissional de professores – com alunos de 8-10 anos de idade. Construção de vídeo aulas e e-books.
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O Grande Salto: a Metodologia Mielínica
Aos pais, professores e responsáveis
Dando seguimento às nossas pesquisas (1974) na Arte de Ensinar e desenvolver na prática a teoria mielínica dirigida à Iniciação Esportiva, estamos convidando alguns educandários nessa verdadeira cruzada. Criamos um Programa Pedagógico avançado a partir de revelações recentes da Neurociência buscando compartilhar com agentes educacionais nossas propostas. Objetiva- se a Competência, e não talento esportivo, como entendido popularmente.
Ressaltamos a profundidade com que o tema é tratado e sua aplicação não só nas mais diversas atividades esportivas, como principalmente, para a vida dos indivíduos. Poderão constatar seus efeitos em alguns poucos meses, considerando que nossa expectativa é que haja continuidade pela vida de cada indivíduo nos procedimentos. Sem dúvida, algo INÉDITO em EDUCAÇÃO no país!
Vejam algumas diferenciações metodológicas EFETIVAS que se pretende discutir e ampliar com a sua ajuda:
Trabalhar em GRUPO – Competências: sociais, inteligência, criatividade, atenção. Caminho para monitoramento e futuras lideranças.
Ensinar desacelerando os movimentos, corrigindo os menores detalhes e fazendo os alunos imitarem bons gestos inúmeras vezes. APRENDER DEVAGAR, mas CERTO!
Estilo GPS– Professores e técnicos ensinam a todos da mesma maneira. Busca-se agora direcionar as orientações a cada indivíduo, achando meios de contato mais estreito, um laço com cada um, e, quando acertar alguma coisa, interrompê-lo dizendo-lhe que se LEMBREM daquela sensação. REFORÇA a AUTOESTIMA!
Comprimir e acelerar o jogo– Reduzimos os espaços, a altura da rede e a bola. Cobrimos a rede com um pano, forçando reações mais rápidas. Além de vários outros recursos pedagógicos com foco na ATENÇÃO.
Ensinar a pensar– Recorre-se a uma matriz mental do campo de jogo identificando os seus elementos fundamentais. JOGO de XADREZ, PALESTRAS, EXIBIÇÃO de VÍDEOS. Em especial, boas leituras, interpretação e expressão – escrita e verbal. É imprescindível o envolvimento de TODOS!
Destaque para a vivência com métodos de AUTORREGULAÇAO e propostas para “ensinar a estudar” e a se conduzir na vida adulta. Constatam-se mudanças nos alunos a partir do sexto mês de atuação.
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No início de novembro de 2015 Imai me deliciava com sua eterna simpatia no facebook
Vá em PAZ Imai, esteja onde estiver, obrigado por tudo que realizou em vida.
Comunico o falecimento recente do amigo NOBUHIRO IMAI, ocorrido em 29/maio/2016. É uma perda enorme para todos, inclusive o voleibol nacional, uma vez que ele estava radicado no país desde 1973, quando deu início a um périplo por várias capitais ensinando a arte do esporte e, com muita simplicidade, a “arte de defender”.
Trechos selecionados de lembranças que ficarão naHistória do Voleibol no Brasil
História do Voleibol no Brasil, Roberto A. Pimentel, 1º vol., 2012
“A partir do Rio de Janeiro (3 a 18 de setembro de 1973) realiza-se uma série de cursos de iniciação ao vôlei com o japonês Nobuhiro Imai. Os cursos se estenderam por boa parte do território nacional durante aproximadamente um ano. O presidente da Federação Metropolitana de Volley-Ball era o jovem Carlos Arthur Nuzman. O Autor foi quem produziu e editou trabalho acadêmico sobre o curso”. (Pimentel, Roberto A., I Curso da FVR, Nobuhiro IMAI, s.ed., ilustr. com fotos Rio, 1973)
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Representação do Voleibol japonês nas décadas de 60 e 70
História do Voleibol no Brasil, Roberto A. Pimentel, 2º vol., 2012
O Circo de Yasutaka Matsudaira
(O exemplo japonês, Capitão Carlos Alberto de Azevedo Ribeiro, Revista de Educação Física do Exército, 1973).
Histórico
“Em 1960, o Japão participou de campeonatos fora da Ásia. Concorreu ao IV Campeonato Mundial realizado no Brasil, onde foi figura apagada, colocando-se em 8º lugar, na frente somente de países sem a mínima tradição. Porém, como eles disseram, vieram ao Brasil para aprender. Foi criada uma comissão técnica que permaneceu algum tempo entre nós, fazendo um estudo minucioso de equipes brasileiras, partindo daqui para outros centros. Ainda sem aprender, em 1961 foram à Europa pela primeira vez, perdendo os 22 jogos que disputaram, não contra seleções, mas contra equipes de clubes, a maior parte de países da Cortina de Ferro. No ano seguinte, disputaram o V Campeonato Mundial (Moscou) em melhores condições, colocando-se em 5º lugar. Era uma preparação para os Jogos Olímpicos que se realizariam em Tóquio (1964), a primeira vez do voleibol e em seu próprio país. Apesar de um honroso 3º lugar, não se conformaram com esta colocação”.
Logo após as Olimpíadas de 64, Yasutaka Matsudaira foi designado técnico permanente da seleção nacional, tendo elaborado o “Plano de 8 anos para a vitória”, visando as Olimpíadas de Munique, em 1972. Para tanto, estabeleceu cinco metas primaciais:
Liderança absoluta, sem alteração durante 8 anos, de sua inteira responsabilidade.
Formar uma grande equipe sob todos os pontos de vista.
Observar as condições peculiares e características da raça japonesa na seleção dos jogadores.
Preparar novas táticas que se adaptem ao atleta japonês e não utilizadas na Europa.
Completar 70% do plano até as Olimpíadas do México (1968); os restantes 30%, nos 4 anos seguintes.
Em 1965 sofreu várias críticas, mas permaneceu fiel ao seu pensamento. Sabia que sua maior dificuldade seria evitar o bloqueio dos “gigantes” adversários europeus (diferenças físicas). Para compensar, criou um “ataque rápido”, um jogo extremamente veloz, combinado com um grande repertório de fintas.
Resultados
Em 1966, no VI Mundial de Praga, o país obteve a 5ª colocação, atrás somente dos países socialistas. Em 1968, na Olimpíada do México, foram vice-campeões. Como previra, 70% de rendimento do seu plano estava completado. Teria, então, os 4 anos restantes para atingir a meta ousada.
Em 1970, obtêm o 3º lugar no VII Campeonato Mundial (Sófia), à frente da Rússia e Tchecoslováquia, constituindo-se em bom prenúncio.
Em 1972, os Jogos de Munique: vitória japonesa e Matsudaira considerado o melhor técnico de voleibol do mundo. Junto com ele, o excelente Nekoda, o maior levantador do século.
Quando a seleção japonesa se exibia na Europa era chamada de “Circo de Matsudaira”, exatamente pela maneira rápida, plástica e brilhante de suas jogadas.
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Nobuhiro Imai
Influência desse sucesso, no Rio de Janeiro começa (de 3 a 18 de setembro/73) uma série de cursos de iniciação ao vôlei, realizados pelo japonês Nobuhiro Imai em boa parte do território nacional, durante aproximadamente um ano. O presidente da Federação Metropolitana de Volley-Ball era o jovem Carlos Arthur Nuzman. O Autor foi quem produziu e editou trabalho acadêmico sobre o curso. Dois anos após, em 75, seria a vez de Matsudaira vir ao Rio.
Depoimento, por Americo Yoshinobu Yoshio, em 6/6/2016
Amigo Pimentel… o IMAI eu já o conhecia de nome, desde que veio ao Brasil para transformar os conceitos sobre voleibol em nosso meio. Realmente, antes dele apenas o atacante era o bom! Mas ele conseguiu superar as críticas e passou a incrementar na cabeça dos grandes nomes da época, a necessidade de uma boa defesa e nisso, os asiáticos são insuperáveis. Talvez por não terem uma Taísa com 1,96m, uma Fabiana com 1,92m e outros nomes que estão surgindo. Irena, Alena, outras jogadoras do Paulistano que passaram pelas mãos dele aumentaram o seu potencial e, antes delas, a Vera Trezoitko do Pinheiros, e junto com a Coca (Zilda Ulbrith), que era capitã da seleção brasileira feminina de basquete. Eu trabalhei na Previdência com a Vera, na mesa ao lado dela. O IMAI eu conheci por conta do destino: ele gostava de cantar karaokê e eu sou fanático e nos cruzamos um dia num bar da Liberdade e fui apresentado a ele… Nossa, meu coração bateu forte… a minha lenda!! E ele morreu muito jovem, pois tinha um pouco mais de 70 anos e eu já tenho 78… Não éramos da mesma categoria!
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Por Roberto Pimentel
Lembro-me que no primeiro curso (agosto), no Rio, Imai nada falava de português. Seu intérprete foi o Kentaro, um jovem entusiasta por voleibol, ligado ao Fluminense F. C. Imai possuía um diminuto gravador que servia a ele para o aprendizado do português através de músicas do cantor Roberto Carlos. Tanto lhe fez bem que, em fevereiro, na cidade do Recife, já não precisou de intérprete para realizar mais um curso. Ali conheceu o Professor e técnico Josenildo e, anos depois, construíram uma sólida amizade quando no Banespa (?).
Muitas saudades, IMAI-san
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Xadrez, Matemática – Leitura, Oralidade, Interpretação, Escrita – Trabalhos por Projetos, Monitoria, Grupos (G-4) – Formação Continuada (EaD), Residência Pedagógica, Estágio Obrigatório – Didática, Prática de Ensino, Praxia Inovadora e Criativa – Design Thinking ou Instrucional
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Encontro com pais e pedagogas
Em maio próximo, estou convidado a realizar um encontro com os pais e responsáveis na reunião programada da Escola Marly Cury, uma das mais tradicionais instituições de Niterói. Inclusive, minha neta ali estuda e meu primogênito, – doutor em física e destacado professor do CAp (UFRJ) – também frequentou seus bancos. A instituição promove a Educação Infantil a partir dos 3 anos de idade e até o Fundamental II (10-11 anos). Faço esse destaque com orgulho e gratidão, pois entre seis educandários contatados, foi o único que abriu suas portas para ouvir-me. O tema da “reunião de pais” é uma das rotinas pedagógicas e, na oportunidade, ofereço à direção uma contribuição discorrendo sobre o valor e a importância das “atividades físicas” na educação integral das crianças. Isto se faz necessário, pois desenvolvo projeto oferecendo às escolas novas diretrizes curriculares e um imprescindível estágio supervisionado para professores da Educação Física. Quiçá para outras disciplinas, uma vez que tem viés de interdisciplinaridade. Penso inicialmente em matemática e leitura/interpretação, com estímulos para currículos baseados em projetos, trabalho em Grupos e Monitoria.
Estágio supervisionado e sua importância
Em minhas buscas em porões de universidades, revistas especializadas e entrevistas de experts nacionais e internacionais, deparei-me com o excelente trabalho da Profª Dra. Maria Teresa Cauduro, sob o título “Diretrizes curriculares e o estágio supervisionado em Educação Física: o que mudou”? (Universidade Regional Integrada do alto Uruguai e das Missões, em 2011). Está publicado na Revista Educação e Cultura Contemporânea, Vol. 10, n.21 pág. 306. Encontrado em http://cev.org.br/
No resumo da obra a professora destaca o trabalho realizado com acadêmicos em 2011. […] O texto apresenta uma pesquisa realizada no Estágio Supervisionado em Educação Física e a metodologia empregada nas aulas de estágio. A metodologia volta-se para o Ensino Fundamental e anos iniciais e trabalhou com 35 alunos de graduação no período de quatro meses. E continua…
Duas perguntas norteadoras balizaram a investigação:
É possível mudar a percepção dos novos professores sobre a educação física nos estágios?
A metodologia empregada pelo professor da disciplina é fator de mudança?
Como objetivo indagava-se:
“Seria possível introduzir nas escolas uma visão diferenciada de atividades físicas a partir da proposta dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) em um curso novo da disciplina Educação Física?”
E concluiu…
“O trabalho foi realizado conforme proposto enquanto conteúdos e filosofia e todas as atividades desenvolvidas de forma lúdica. Resultados obtidos em 30 escolas resultaram em elogios aos estagiários, abrindo portas para outros estagiários, sendo que alguns alunos foram contratados como monitores em vários municípios. Observou-se que a mediação de um Supervisor no estágio é fundamental para mudanças, entretanto a escolha das escolas é importantíssima, visto que os acadêmicos poderão romper ou não com as reproduções que a sociedade impõe. Enfim, o que se procurou provar é que a mudança pode sair do papel, de que o estágio supervisionado é uma ferramenta de mudança pedagógica e social”.
Roberto Pimentel – Como estamos realizando a mesma proposta com o nosso Manual de Engenharia Pedagógica, que inclui a formatação de um Centro de Referência em Iniciação Esportiva (Procrie), identificamo-nos com suas ideias e conceituações, embora estejamos dando um passo à frente com a construção de um PROTÓTIPO provido de praxia inovadora e criativa, e permanente. Tentamos contato com a autora, mas até esta postagem não recebemos qualquer retorno. A ideia é compartilhar informações e experiências principalmente com seus discípulos e futuros estagiários, se é que o trabalho continua, pois como concluiu: […] “a mudança pode sair do papel, de que o estágio supervisionado é uma ferramenta de mudança pedagógica e social“.
Permitimo-nos divagar sobre seu texto, dando sequência e reforço ao nosso trabalho, pois quando “sairmos do papel” estaremos corroborando, divulgando e desenvolvendo a necessidade de inovarmos e ampliar horizontes educacionais. A fase que se inicia nestes momentos é essencialmente de caráter prático, isto é, verdadeiramente “entramos na quadra”, a nossa sala de aula, e para a qual estão TODOS convidados.
Considerações iniciais… Passemos a palavra à Profª Maria Teresa em sua exposição:
Curso novo, disciplina nova, portanto, um campo fértil para propostas inovadoras. […] Durante toda minha vivência docente em ensino superior (mais de 30 anos), dediquei meu foco para o trabalho com as crianças de 5 a 9 anos. Minha premissa sempre foi que as aulas deveriam ser baseadas no lúdico e na cooperação. E mais, que o professor deveria passar para as crianças a paixão e a alegria na realização das atividades.Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) da Educação Física vieram reforçar minha crença. Entretanto, pouca mudança conseguiu realizar com acadêmicos da grande Porto Alegre. Em 2011 tive oportunidade de desenvolver um trabalho diferenciado no Curso de Educação Física da URI – Frederico Westhalen, na disciplina de Estágio Supervisionado em Educação Física Escolar (Educação Infantil e Anos Iniciais) na modalidade de licenciatura.
A seguir, faz uma análise retrospectiva do ensino esportivo em seu estado…
A Educação Física, tradicionalmente, reproduz o saber técnico, de reprodução de jogos “oficiais”– futebol, voleibol, handebol, basquete, com suas regras oficiais na escola. Transmite conteúdos específicos de jogos, em qualquer nível, em qualquer idade, muitas vezes inapropriado. A proposta das diretrizes trouxe o nivelamento dos conteúdos divididos por faixas de escolaridade e de aprendizado, adaptando-os às diversas realidades. O futuro educador, penso eu, deve ser “ensinado” para obter um novo pensar na educação física, compreendendo as dimensões previstas nas novas diretrizes (1996, 2001, 2002) avançando num contexto amplo, político e ético social. […] O pano de fundo da viabilização econômica alicerça o planejamento educacional, traduzindo-se em apelo aos bens materiais, ao consumo. Entre os produtos consumíveis, insere-se a educação. Eu acrescento mais, a educação física serve muito mais para esse cenário, visto os jogos olímpicos, os campeonatos nacionais e internacionais e as copas do mundo. Praticamente nas escolas se reproduzem, sem sequer haver uma análise por parte dos professores com os alunos sobre toda a questão política, social e de mercado que esses fenômenos representam.
Roberto Pimentel – Por extensão, no Brasil a chancela advém do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), em sua ávida luta por títulos e medalhas. Sobrepõem-se aos ministérios da Educação e do Esporte.
Profª Maria Teresa – O que observamos na Educação Física, já consolidado, são os alunos vivenciarem na extensão experiências não escolares – as atividades de academias, clubes, danças, personal trainer, treinadores de escolinhas entre outras. A sociedade respalda tudo isso porque a televisão incentiva essa reprodução (vendem-se artigos esportivos, vende-se canal especifico, dá audiência na TV etc.). Há muito tempo vêm se ouvindo reclamações sobre a má qualidade das aulas de Educação Física na rede escolar, acarretando o desinteresse dos alunos (…) em 2007, revelavam-se que os professores se encontram despreparados e desmotivados, os alunos são abandonados nas quadras, os programas são reduzidos apenas a aulas de futebol, o esporte escolar continua sendo elitizado e reprodutor e, ainda, totalmente desvinculado do projeto educacional. Essa disciplina é tratada como um caso a parte dentro da escola, com suas aulas na maioria das vezes fora do horário normal (e os professores até gostam) e com pouquíssimas chances de ser incluída na interdisciplinaridade escolar. De forma geral, o declínio da Educação Física é global e a maioria das diretrizes de Educação Física não são cumpridas e muitos professores não conhecem esses documentos. Há muito, minha preocupação é com a criança que ainda não adquiriu seu desenvolvimento motor a contento para essa pressão de participação ou eliminação! E para concluir:
Portanto, o aprender a aprender na disciplina de estágio supervisionado deve buscar a formação do professor priorizando o pedagógico-didático da educação física rompendo o viés economicista da sociedade e priorizando-se a inclusão de “todos” os alunos da escola a participarem e aprenderem os esportes. Como reflexão, coloco um exemplo: no voleibol são seis para cada lado e os outros fazem o quê enquanto esperam? Poderíamos adaptar 10 para cada lado ou ainda, adaptar o espaço para círculos concêntricos onde faríamos diferentes “times”. Assim considero a inclusão na Educação Física na escola: não reproduzir regras oficiais e, sim, adaptar para que todos possam participar nos 45 a 50 minutos de aula.
Roberto Pimentel – Apesar de as TICs terem entrado no dia a dia da maioria dos brasileiros, certamente há algo cultural que impede as pessoas de perceberem o que muitas outras estão fazendo há algum tempo e que, se lhes fosse permitido, teriam compartilhado ideias que abreviariam muitos estudos e alavancariam novas descobertas. Afinal, “Educar não é constante renovação de saberes”?
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Ops!! Entrou um novo personagem que nos enriquece com sua farta experiência sobre o mesmo tema… Isto é formidável, e faz-me prever um aprendizado incomensurável. Tudo está convergindo para alavancar de forma sustentável a construção do nosso protótipo. Vejam a seguir…
A Criatividade nasce da Diversidade
Passo a apresentar-lhes destaques pinçados da entrevista que o consultor inglês KEN ROBINSON especializado em educação e inovação deu à revista Veja (20/abr./2016) nas páginas amarelas.
Sir Ken Robinson (66 anos) é uma celebridade. Há poucos consultores no mundo nas áreas de educação, inovação e criatividade tão populares e, sobretudo respeitados, quanto ele. Seu primeiro vídeo gravado para o TED, em 2006, é o mais acessado da história do site especializado em conferências: 38 milhões de visualizações. Liderou uma comissão a pedido do governo da Inglaterra destinada a refletir sobre os rumos do ensino no país. Direcionou políticas educacionais formais e informais e também a repensar o currículo nacional britânico. Para ele as escolas travam a imaginação dos alunos ao apostar em currículos segmentados e em exames que buscam respostas únicas para as questões. Três aspectos a considerar:
Sistemas educacionais não são formulados para encorajar a criatividade. O currículo é muito limitado e segmentado. A criatividade é o processo de ter ideias originais, e se por acaso o assunto pelo qual uma pessoa se interessar não fizer parte do currículo, então sua habilidade será negligenciada.
Os métodos de ensino podem inibir a criatividade, como no caso de um professor que esteja sempre à procura de um única resposta correta ou que não tenha métodos que estimulem os alunos a desenvolver a imaginação.
As provas, que têm sempre uma única resposta correta, e o aluno é punido com uma baixa pontuação se não acertá-la. Professores precisam mudar suas estratégias de ensino e torná-las mais flexíveis.
Estratégias de ensino – Sobre o que são estratégias de ensino mais flexíveis ele aponta um exemplo de uma rede de escolas (San Diego, Califórnia), as High Tech High, criada em 2000, com a proposta de integrar o ensino técnico ao acadêmico. A escola formula seu currículo baseado em projetos. Os professores definem o que querem ensinar e os alunos preparam trabalhos, textos e até documentários sobre o tema determinado. Arte e biologia são abordadas em um mesmo projeto, assim como matemática e humanas. Não há sinal de intervalo nem troca de sala e os alunos não precisam pedir ao professor para ir ao banheiro. Esse tipo de ensino estimula as habilidades tanto dos alunos quanto dos professores.
Estímulos às habilidades – Pais e professores são igualmente decisivos quando se trata de estimular as habilidades de jovens e crianças. Embora os pais conheçam os filhos profundamente, às vezes os professores podem ser mais objetivos. Eles veem qualidades na criança que os outros não notam.
Roberto Pimentel – Isto me faz lembrar Henry B. Adams quando afirmava: “Um professor afeta a eternidade, ele nunca sabe em que ponto cessa sua influência”.
Transtorno do déficit de atenção ou tédio? – Eu e muitas pessoas nos sentíamos entediados também. Há discordância ente especialistas sobre o que realmente é o transtorno do déficit de atenção e sobre sua ocorrência entre crianças. Alguns acreditam que não é um transtorno físico ou psicológico, mas um transtorno do ambiente. Muitas pessoas estão sendo diagnosticadas com uma deficiência que não têm, mas estão apenas entediadas.
Valor do brincar– Pesquisas revelaram recentemente que as crianças brasileiras brincam menos de duas horas por dia fora de casa. Vejam algumas implicações desse estilo de vida:
Praia de Icaraí, Niterói-RJ. Aulas regulares para 400 crianças.
Duas horas é o mesmo período disponível para o banho de sol de um preso.
40% das crianças brincam menos de uma hora por dia ao ar livre e 6% praticamente não brincam fora de casa.
94% dos pais entrevistados acreditam que, sem oportunidades para a criança brincar, o aprendizado infantil pode ser impactado.
E estão certos. Brincar é uma parte importante do desenvolvimento infantil, não é tempo desperdiçado. É com brincadeiras que as crianças aprendem a sociabilizar-se, conhecem as regras da cooperação e da competição, recebem estímulos à imaginação. Essas capacidades são ainda mais importantes quando viramos adultos. São características das quais nossas economias dependem hoje em dia.
Tecnologia é a culpada? – Há claramente um desequilíbrio entre o uso de computadores ou videogames e as brincadeiras na vida real. No estudo que se fez no Brasil, 90% dos pais disseram que seus filhos prefeririam jogar um esporte virtualmente a praticá-los na vida. Apresentam como razões a segurança e a falta de espaço. Os pais podem melhorar um pouco essa situação. O estímulo físico e social que a brincadeira cara a cara oferece não deve ser negligenciado.
Como um Estado pode virar referência em inovação e criatividade? – Lugares que se tornaram polos criativos encorajaram o dinamismo. A criatividade vem da diversidade, não da homogeneidade. Se as pessoas se comportam da mesma maneira, pensam da mesma maneira, não há espaço para a inovação. Recentemente, Finlândia e China passaram a afastar suas culturas educacionais da homogeneização e dos testes e começaram a encorajar a inovação e o pensamento criativo.
O teatro ajudou-o na produção da palestra mais vista da história do site de conferências TED? – Certamente. Falar em público é estabelecer uma relação com a audiência e ter a possibilidade de improvisar. Boa parte do que disse naquela ocasião foi improvisada. É mais ou menos como o jazz.
Como estimular a criatividade dos filhos? – Tentamos entre outras coisas, customizar (personalizar) a experiência de cada um. Os pais precisam ficar atentos aos interesses naturais de seus filhos.
Como se estimula a criatividade? – Há duas coisas que me ajudam: trabalhar em grupo e escrever. O trabalho em grupo me enche de energia. A escrita é uma atividade mais solitária. Escrevo para organizar minhas ideias. Se não me sentar para escrever, dificilmente as ideias aparecerão. A criatividade não é um processo aleatório, precisa de disciplina.
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Maria Teresa Cauduro é doutora pela Universidade de Barcelona/ES em Filosofia e Ciências da Educação. Professora da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- URI- campus de Frederico Westphalen nos cursos de Educação Física e Pedagogia. Professora da Pós-Graduação em Educação-Mestrado em Educação. Membro do Grupo de Estudos Qualitativos de Formação de Professores e Prática Pedagógica em Educação Física e Ciências do Esporte CNPq/UFRGS. Membro da Comissão de Especialistas do INEP/MEC Brasil.
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Renovamos os votos, repletos de esperanças para o futuro desse país… e para TODAS as FAMÍLIAS !
Fábrica de Sonhos…!
Você acredita em Papai Noel? Quando se tem como oferta produzir qualquer tipo de educação para crianças, pensa-se em trabalhar também com marketing e comunicação, em que todas as temáticas passam a ser de seu interesse e o sentimento é de estar num país que não tem olhos de ver, que ainda não acordou para a sua realidade.
1º Curso de Mini Vôlei no Brasil; SESI, Recife (PE), 1974
O tempo passou muito rápido desde que voltei das primeiras experiências em 1974-75. Fui convidado a realizar um curso em Recife (PE) e, no ano seguinte, a participar de um encontro mundial sobre iniciação ao voleibol quase no topo do mundo, lá na Suécia.
Esta foi a primeira vez que a Federação Internacional resolveu discutir o tema e o seu papel no desenvolvimento do esporte. Na mesma sala, muitos professores e técnicos de diversas nacionalidades, gente importante do esporte, com muita experiência, autores consagrados, catedráticos. Todos unidos, próximos, para falar em linguagem simples de como ensinar a aprender o movimento e como isso era importante de ser compreendido.
À nossa volta, prontos para as aulas práticas, uma dúzia de lindas crianças suecas, todas entre 11-13 anos de idade, com seus olhares azuis, faces rosadas e cabelos loiros, quase brancos. Durante oito dias permanecemos num verdejante hotel na pequena cidade de Ronneby, pouco mais ao sul da capital Estocolmo. Corria o mês de julho, pleno verão para eles e o sol insistia em não se retirar, aquecendo corpos alvejados pelo longo inverno, como se compensasse tanta ausência. O firmamento jamais se entregava à noite, prejudicando o brilho das estrelas. Nesse cenário, várias demonstrações, aulas, palestras, filmes, debates e discussões em torno do tema ajudaram a construir e preencheram nossos dias. Em slides, calcamos nossa fala numa das mais animadas reuniões: versava sobre o emprego do jogo de peteca na iniciação ao vôlei. Tivera o cuidado de fotografar a atividade em várias praias do Rio e Niterói, o que contribuiu para uma verdadeira descontração entre os participantes. E até porque o meu intérprete foi o mexicano Ruben Acosta Hernandez, então vice-presidente da FIVB.
Os responsáveis pela educação ou pelo esporte do Brasil em momento algum se deram conta do interesse que aquele encontro despertou em outras nações e sua importância ao serem discutidos temas pertinentes. Somos, realmente, uma sociedade de resultados, imediatista, sem qualquer pretensão ao planejamento, pesquisa ou estudo. Fui obrigado a me mexer, a me mostrar para, obstinadamente, não deixar morrer o sonho de ajudar a construir um outro mundo para as crianças. Mas tudo isso é compensado quando se vê um sorriso de criança, pobre ou rica, numa confraternização que mostra que pelo menos a utopia é possível. E isto vivenciei, tanto em Icaraí, na Barra, em Ipanema, em Copacabana, como também no morro do Cantagalo e alguns CIEPs – as escolas municipais – do Rio de Janeiro.
Roberto Pimentel na Praia de Icaraí, maio/1993, 300 crianças.
Um dia, tenho certeza, ainda verei um número que desconheço – multiplicado por 100 mil e estará por aí, nas escolas, nas praças, com suas bolas e bonecas alegres e divertidas, a brincar e a jogar. E em todos os pequenos corações a inscrição: “um outro mundo é possível”!
Meus agradecimentos a várias entidades e personalidades que acreditaram e contribuem para que o sonho se torne realidade. Entre tantos, Carlos Arthur Nuzman, atual presidente do COB, CBV, Prefeitura do Rio do Janeiro (Fundação Rio Esporte e Secretaria de Educação), Centro Rexona (Curitiba, PR), Bernardinho, o meu maior incentivador Arlindo Lopes Corrêa, e tantos outros que me ajudaram e estão contribuindo para a realização de um grande sonho. Cheguei até aonde poderia ter chegado. Cabe a eles e a nova geração de professores criarem seus próprios sonhos e ir mais longe.
Vejam a seguir alguns registros dessa escalada para mim vitoriosa.
Ricardo Tabach supervisor de curso coordenado por R. Pimentel, Recife, 1991Bernardinho, Tabach e a seleção feminina em Copacabana, 1994.Roberto Pimentel, Bené, Bernardinho e R. Tabach, praia de Copacabana, 1994.Ginásio do Tarumã, Curitiba, adaptado para o Centro Rexona, com suas quadras de mini voleibol.1º Curso de Técnicos de Voleibol de Praia, EsEFEx, Rio de JaneiroCurso de Formação (CBV) para professores da rede pública (Cieps) do Rio de JaneiroExibição de mini vôlei no Maracanãzinho após Brasil e Rússia (Liga Mundial)Bernardinho e Tabach, lançamento de franquia na Hebraica, revista Veja Rio
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Referência: A educação física no ensino fundamental: presença e valores, por Rudson Jesus Pereira. Dissertação apresentada ao Programa de Pós graduação em Educação Física, área de concentração “Esporte e Exercício” da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Orientador: Dr. Luiz Antônio Silva Campos. (2015) –
Tags: Esporte e Exercício, Prática de Ensino, Educação Física e Esporte nas Escolas
Tentamos contato com o autor dessa tese de mestrado em vão. De seu excelente trabalho de pesquisas tiramos lições e propusemo-nos a descortinar soluções para os obstáculos que apontou para sanar problemas na Educação Física a partir do ensino fundamental. Tentamos estabelecer diálogo com seu orientador, Doutor Luiz Antônio Silva Campos e estamos ao aguardo de sua manifestação.
Enquanto isto, vejam o que colhemos da tese…
Nota: entrevistas com alunos já cursando o ensino médio.
Questão fundamental…
Os esportes estão sendo realmente aprendidos nas aulas de EF no ensino fundamental?
Observações, recomendações, sugestões…
Deslocar a influência das políticas esportivas do COB para os setores de Educação Física Escolar (EFE) do Ministério da Educação (MEC)
Um currículo de EFE e políticas esportivas específicas para competições escolares.
Participação efetiva do corpo docente nos currículos escolares de EFE.
Autocrítica de professores: “O que está sendo ensinado? “Alunos estão aprendendo?
Ausência de um currículo que sistematize e planeje execução de conteúdos.
Oferta restrita de conteúdos da EF, resumidas a futsal, voleibol, handebol, basquete.
Preferência do professor pelos mais habilidosos e exclusão dos demais: equipe escolar.
Ausência de ensino individualizado, abandono de contexto sociocultural.
Prática esportiva similar ao esporte de alto rendimento: resultado como fim único.
Formas seletivas favorecem exclusões em maior escala.
Valores direcionados para a representatividade: a participação de equipes em eventos.
Vitória é o objetivo central no esporte escolar; a educação humana é desprezada.
Sucesso e seletividade nos eventos tem a complacência da direção escolar.
Precariedade de oportunidades práticas que conduzam ao gosto pela cultura esportiva.
Desinteresse fora da escola pelas práticas em aula
Foto: colégio em São Gonçalo, Grande Rio.
Esta última (15) NÃO foi discutida pelo autor. Isto nos leva a dar continuidade às pesquisas e a compartilhar soluções. Se assim compreenderem, e persistirem, certamente encontrarão conhecimentos que os levarão ao sucesso profissional, proporcionando às novas gerações uma Educação condizente. Contudo, pesquisas, teses defendidas, simpósios, congressos, publicações científicas, tudo ocorre no ambiente acadêmico em profusão, mas nada acontece de prático. Há algum tempo, em entrevista a uma revista, Marco Antonio Zago, reitor da USP, afirmou que o sistema atual nas universidades favorece a acomodação dos pesquisadores estáveis na carreira, que nada criam e se bastam repetindo experimentos. Continuamos no séc. XX, enquanto a nova geração já não mais respeita a tia, adolescentes abandonam o ensino médio e universitários duvidam de que estejam a aprender alguma coisa que lhes dê sentido à vida e migram por diversos cursos, ou até mesmo tornam-se autodidatas. Esta ocorrência vem se disseminando principalmente na área das TICs, onde estudantes superam os mestres, reféns de currículos ultrapassados e sem a necessária formação técnica.
“O importante é que cada indivíduo saiba brincar com o tempo que brinca de modo criativo, sem se esquivar aos seus dons. Parece que sabemos todos o que fazer. O problema é colocar em prática.
Em todas, e foram dezenas, de teses acadêmicas que frequentei pela web, não vislumbrei uma sequer que apresentasse perspectivas concretas para nos direcionar no caminho a ser trilhado. No máximo, vagas e acadêmicas tergiversações (colhida no texto em referência): […] ”Essa questão se impôs a posteriori no processo da pesquisa, por isso não foi discutida”. Ao que tudo indica, é mais cômodo para todos não se ‘complicar’ em uma área deserta de ideias e, por isto, de conflitos. Até porque, como pode alguém ensinar algo que não sabe?
Em sua tese o autor nos instiga a pensar em estudos que aprofundem o conhecimento de como se deve perceber a EFE e como influenciar a prática do docente nos níveis fundamental e médio. Justifica-se, ao confrontar documentos oficiais – matrizes curriculares – das esferas estadual e municipal, que revelam uma lacuna (ou desencontro) entre as realidades vivenciadas nas escolas. E conclui: […] “Deve ser objeto de reflexão importante para elaborar uma formação continuada de EFE”. Continua a seguir: “Cremos seja útil ao propósito de alcançar seu papel de educar e formar cidadãos críticos e participativos da sociedade a que pertencem mediante a apropriação, o aprimoramento e a ressignificação dos elementos da cultura”.[…]
Não se percebem práticas esportivas que sejam…
Meio e fim que, aprimorem o homem do biológico, cultural, ético e moral.
Mediadas pela linguagem; guiada por gestos e atitudes conscientes, pensadas.
E conclui com precisão…
Escolhas dos alunos orientadas para além do corpo, estratégias, táticas, regras.
Tais elementos devem ser ensinados como meios, e não fim.
Relevância para cursos de graduação numa perspectiva de ressignificação ética.
Novos licenciados estimulados para a Educação para a vida adulta dos alunos.
Comentários
Para se ter IDEIAS, CRIATIVIDADE, INTUIÇÃO, há que se aprender a pensar. Para isto são precisas informações.
Conexões Neurais
Nossa missão é buscar soluções criativas em conjunto com os agentes educadores para preencher esta lacuna na Educação e na Formação desportiva. A ideia é inovadora e vem sendo colocada em prática há algum tempo com espetacular aceitação, mas precisa de apoio para se consolidar nacionalmente. Trata-se da teoria mielínica, de larga aplicação em Educação.
Pedagogia do erro
Por Ken Robinson em palestra no TED sobre Educação Empresarial
As crianças têm em comum o risco. Se não sabem, tentam. Não receiam estar erradas. Concluímos que se não estivermos preparados para errar nunca conseguiremos nada de original. Quando adultas, a maior parte das crianças perde essa capacidade, ficam com receio de errar.
— Por que é assim?
Picasso disse uma vez: “todas as crianças nascem artistas. O problema é mantermo-nos artistas enquanto crescemos”. Não crescemos para a criatividade, afastamo-nos dela. Ou antes, somos educados para perdê-la.
— E agora, como gerir nossos empreendimentos?
Estigmatizamos os enganos e desenvolvemos sistemas de educação nacionais onde os erros constituem-se na pior coisa que podemos fazer. E o resultado é que educamos pessoas sem as suas capacidades criativas.
Gestão do Conhecimento, Inovação na Educação e no Esporte
— Como o Brasil pode melhorar?
— Com estímulo à criatividade, razão do sucesso. Estimular a criatividade nas escolas a partir do ensino fundamental e aprimorá-las no ensino médio e universitário.
— Tecnologias de Informação e Comunicação, com seu uso sendo um dos objetivos específicos da educação. Trata-se da educação para a liberdade.
— Autonomia para o autodidatismo, levando o indivíduo que já sabe poder buscar conhecimento de modo apropriado, sem recorrer à educação escolarizada, presencial.
— Desenvolvimento profissional continuado através de EaD, além de cursos com prevalência na prática.
Ordem dos Fatores: primeiro realizamos; depois, conceituamos
Valendo-nos de experiências, apoiados por informações relevantes e contributos variados, pudemos discernir algo objetivo, concreto, que poderá nortear o caminho de muitos professores em suas atividades profissionais, não importa a região aonde estejam, ou as modalidades esportivas que elejam para ensinar nas escolas. Ou até mesmo, a treinadores – diplomados ou não – desde que se proponham a Aprender a Ensinar.
Ensino crítico. “Os judeus são ensinados a reverenciar a rebeldia intelectual – rebeldia sintetizada em Abraão, ao destruir os deuses e inaugurar o monoteísmo”. Nada mais é do que os educadores chamam de ensino crítico; contestar sempre as verdades estabelecidas, princípio básico da pedagogia moderna. É um treinamento decisivo para quem deseja mais do que reproduzir, mas inventar.
“O bom educador deve ensinar a seus alunos a olhar sempre com uma ponta de desconfiança aquilo em que todos acreditam e dar uma ponta de crédito a ideias ou projetos que todos desmerecem. Ninguém inventa nada se for servil ao conhecimento passado”.
Um professor afeta a eternidade, ele nunca sabe em que ponto cessa sua influência. (Henry B. Adams)
Uma Palavra
Compusemos este Manual Pedagógico na intenção de provermos e incentivarmos profissionais de ensino a delinearam programas criativos de atividades físicas nas escolas. Como perceberão, as buscas são constantes e centradas no despertar de Competências nos seus alunos. Trata-se de algo REVOLUCIONÁRIO!
A importância de nossos estudos está também retratada nas pesquisas da área da Neurociência desenvolvida em parte durante o I Simpósio Internacional sobre Ciências da Educação – alunos do fundamental – durante o qual tivemos breve oportunidade de expressarmos nosso contributo para a sala de aula. E não para plateias estéreis.
Projeto Interdisciplinar
Nosso compromisso é com as Atividades Físicas, Educação e Cultura. Um curso contínuo aberto a docentes, sem definição de cátedra, que leve os alunos à descoberta de si e a uma educação lúdica, liberta de grilhões. Em nossa visão, não há limites para currículos criativos que os conduzam da infância à idade adulta. O ser humano não nasce pronto, mas é continuamente construído pela descoberta dos segredos do mundo e pela invenção do novo. Cabe então às escolas, mais do que conservar, desbravar currículo norteador e atualizado, que leve os alunos da infância à idade adulta.
Alunos do séc. XXI
Incluímos nas propostas um elemento novo. Trata-se de um contributo à disciplina Educação Física, em seu viés Esportes. Sem perder de vista que a educação jamais termina, buscamos o diálogo com as demais disciplinas, a exemplo de cientistas do cérebro, cujo desafio atual é levar o conhecimento produzido nos laboratórios para a sala de aula, construindo uma ponte de informações entre professores e estudiosos. E ainda, a oferta de uma formação profissional continuada de professores, utilizando ferramentas modernas, como técnicas de design instrucional e TICs, a serviço de ideias inovadoras. Tudo isto disponibilizado na web.
Roberto A. Pimentel
E VOCÊ, quer melhorar?
Compartilhe suas ideias e arregace as mangas!
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Uso Inteligente do Conhecimento e Ideias Maravilhosas
Tendo em vista os principais objetivos assinalados, ENVIEI MENSAGEM (21.9) solicitando permissão ao Comitê Olímpico Português (COP) para que realizem uma apreciação preliminar do projeto que produzi para o Brasil e que estou dando conhecimento à comunidade educacional neste Procrie. Tento fazer contato também com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e algumas Fundações – Roberto Marinho, Lemann – e instituições que se ocupam da Educação, especialmente de crianças. Além de oferta a escolas particulares.
Inatividade Física e Consequências
A Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou esta semana a estratégia europeia para a atividade física para os próximos dez anos. A estratégia foi desenhada tendo por base os dados da OMS que indicam que um terço da população adulta e dois terços da população jovem na Europa apresentam indicadores de atividade física insuficiente. Em todo o mundo, a inatividade física causa 6% a 10% dos casos de doença coronária, diabetes e cancros do cólon e da mama, assim como 9% de mortes prematuras. (Fonte: Cev e COP)
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Comitê Olímpico de Portugal – COP
Vamos nos ater aos objetivos assumidos pelos países integrantes do grupo.
Promover atividades físicas e reduzir o comportamento sedentário.
Assegurar que as políticas estejam disponíveis para a atividade física em ambientes com atrativos seguros, espaços públicos acessíveis e infraestrutura.
Proporcionar igualdade de oportunidades para a atividade física, independentemente do sexo, idade, renda, escolaridade, etnia ou deficiência.
Remover barreiras e facilitar a atividade física.
Para muitos poderá causar espécie, até um atrevimento, mas considero-me bastante participativo em assuntos da área esportiva de Portugal, mais precisamente o voleibol. Durante alguns anos estive como colaborador de artigos técnicos do único sítio independente de voleibol – Sovolei – já desativado a partir dos problemas econômicos vividos pelo país. Seu principal mentor foi trabalhar em Londres. Em época anterior, acompanhei pela web o Congresso Desportivo Nacional (COP), durante o período de dez./2005 – fev./2006, com vários artigos em meus arquivos. Atualmente, desenvolve-se outro, antecedendo o momento olímpico de 2016. Pelas inúmeras manifestações de apreço e carinho no Sovolei, consegui criar um ambiente de confiança e respeito pelos meus artigos que, mesmo sem estar presente em solo português, percebiam a validade dos textos em suas atividades. O número de consulentes aos artigos foi deveras espetacular.
As dificuldades dos agentes educacionais e esportivos são inúmeras, muitas delas culturais e o fato de pertencerem à União Europeia, o que significa obediência a preceitos não negociáveis. Isto pode ser aquilatado pelo título da reunião de ministros europeus em Copenhague, a seguir. O fenômeno se repete para quaisquer atividades que envolvam desportos, mais precisamente cursos de proficiência de professores ou técnicos, obedecem as mesmas linhas metodológicas pré-estabelecidas. Como não estive por lá, tenho o cuidado de não errar muito no que apregoava insistentemente: os cuidados com as crianças a partir de sua Formação.
Brasil e Portugal
No Brasil cometem-se os mesmos desvarios fundamentais e decisivos na qualidade dos futuros atletas. Os miúdos são adestrados, e não educados em uma metodologia que privilegie o ensino contingente, com estímulos principalmente voltados para a criatividade e autorregulação. Pequeninos robôs que na idade adulta jamais saberão resolver problemas em determinadas circunstâncias. Professores e técnicos, mesmo com melhor formação acadêmica, não conseguem vislumbrar ou sair da roda viva a que estão submetidos pelo sistema: confundem o ponto de partida com o ponto de chegada. Podemos concluir que – se verdade o que digo – falta-lhes uma boa dose de ‘bom senso’ ao decidir pelo método a empregar e a sua práxis diária.
Todavia, tenho dúvida se os indivíduos conhecem ou têm simplesmente a informação. Talvez aqui estejam as respostas para as indagações:
— Por que professores erram tanto em suas práticas pedagógicas?
— Quão profundo é o ensino universitário de Metodologia, Pedagogia, Didática, Ética?
Embora seja uma afirmação antipática, arrisco-me a dizer que, tanto lá como cá, recebem alguma informação (curricular), mas quanto a assimilarem os conteúdos e transformá-los em prática saudável para sua clientela tenho minhas dúvidas. E poucos se apercebem do valor de uma formação profissional continuada de qualidade, coisa rara em ambos os continentes, especialmente em se tratando de ensino esportivo – voleibol – na infância. Inclusive, vou mais longe, mesmo para atletas de alto nível. Quem quiser saber mais entre em contato.
Para contemporizar a caótica situação educacional em que nos encontramos, compus algumas peças instrucionais à disposição do público interessado:
— Centro de Referência em Iniciação Esportiva, o Procrie
— Ensino a Distância – EaD… Voleibol como foco inicial
— Manual de Engenharia Pedagógica:
a) Contributo para Currículo de Educação Física e Esporte Escolar
b) Métodos modernos (neurociência) e Didática (práxis) criativa
c) Abordagem interdisciplinar
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LEGADO OLÍMPICO – PARTE 3 … Despertando Competências
Ponte entre Cientistas e Professores
Bainha mielínica. (clique na figura)
Eis os primeiros passos. Compartilhem conosco essa aventura maravilhosa chamada Educação!
Dando seguimento às pesquisas (1974) na Arte de Ensinar, pretende-se desenvolver na prática a teoria mielínica dirigida às atividades não só do movimento, mas igualmente a todas as formas de agir e pensar humanas. Para tanto, ingressamos nos apontamentos e estudos de neurocientistas na procura da melhoria do ensino.
Manual de Engenharia Pedagógica
Construímos um Manual de Engenharia Pedagógica aplicável a partir de revelações científicas recentes. Objetiva- se o ganho de Competências e Habilidades, e não talento esportivo. A ferramenta, o Design Instrucional.
Ineditismo em Educação Física e Esporte
Ressalta-se a profundidade com que o tema é tratado e sua aplicação não só nas mais diversas atividades esportivas, como principalmente para a vida dos indivíduos.
A pergunta que não quer calar para quem não quer simplesmente “repetir”:
O Que nos Diferencia dos Métodos e das Práxis do séc. XX ?
O alemão H. Baacke e o japonês Toyoda apresentaram método similar no 1º Simpósio Internacional de Mini Voleibol, Suécia/75… clique na foto
Educação para crianças do séc. XXI
Alguns detalhes da Didática a que nos propomos no ensino e da educação física nas escolas:
Trabalhar Competências em GRUPO: sociais, inteligência, criatividade, atenção. Caminho para futuras lideranças na vida.
Ensinar desacelerando os movimentos – Corrigir os menores detalhes e fazer os alunos imitarem bons gestos inúmeras vezes. APRENDER DEVAGAR, mas CERTO.
Estilo GPS – Orientar cada indivíduo por meio de contatos mais estreitos. A cada acerto elogios para que se LEMBREM daquela sensação. Reforço da AUTOESTIMA.
Comprimir e acelerar o jogo – Reduzir o espaço, a altura da rede e a bola. Várias oficinas com estímulos a reações rápidas. Mais recursos focando a ATENÇÃO.
Ensinar a pensar – Recorre-se a uma matriz mental da quadra e seus elementos fundamentais. Boas leituras, interpretação e expressão escrita e verbal. (xadrez)
Destaque para a vivência – Métodos para atingir a AUTOCONSCIÊNCIA e propostas para ensinar a estudar.
Constatam-se mudanças no desempenho dos alunos a partir do sexto mês de atuação, inclusive em todas as disciplinas.
É imprescindível o envolvimento de TODOS: família, escola, professores, colegas.
Praia de Icaraí, Niterói, RJ: 400 crianças em aulas regulares.. clique na figuraInclusão: TODOS brincam e se divertem…. clique na figura
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