Professoras de Educação Física

MiniEuFavBairro INVERTIDATCI e Neurociência, Novos Rumos para a Educação

Tendo em vista que a Missão do Procrie é Aprender a Ensinar, estamos analisando as possíveis variáveis que interferem nesse processo. Neste artigo falaremos sobre as PROFESSORAS – brasileiras e portuguesas – uma vez que possivelmente possamos ampliar nossa pesquisa com maior acerto e variada contribuição das interessadas. Em outra oportunidade, quem sabe, trataremos dos meus colegas, os PROFESSORES. Atentem, entretanto, que espero suas contribuição e visão, sempre um compartilhamento visto por diversos ângulos.

Por que as professoras portuguesas?

A Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC tem convênio de intercâmbio cultural com diversas congêneres, inclusive portuguesas. Há algum tempo, participei de um desses encontros na capital catarinense, Florianópolis, com vivo interesse na palestra que proferiria eminente Professora Doutora, da qual não me recordo o nome, cujo tema era o desporto em Portugal. Ao iniciar sua fala, surpreendeu a todos com um vídeo turístico sobre o seu país de 20 minutos, tentando nos convencer que era importante que conhecêssemos as belezas de Portugal antes de qualquer assunto. Esgotados 1/5 do tempo, foi genérica em sua explanação sem atentar para qualquer situação específica. Ao final, respondendo a perguntas, indaguei sobre o meu interesse latente: “Como se situava o voleibol feminino em seu país”? A resposta foi a mais elogiosa possível, curta, e cortando qualquer possibilidade de diálogo. Note-se que nesta época eu acompanhava pela web o Congresso Nacional Desportivo Português (creio que dez./2009 a fev./2010), promovido exatamente para alavancar o desporto no país. Em alguns depoimentos, percebia-se o descaso a que vários desportos estavam relegados.

Pesquisando no sovolei encontrei o artigo de autoria de Luís Melo publicado em abril/2010, para o qual peço que os leitores vejam a íntegra. Destaquei alguns trechos que, imagino, permanecem atuais. Se contrário, peço que se manifestem e me esclareçam.

Feminino, um problema de mentalidades

  • (…) Portugal é sobejamente conhecido pela sua disparidade e desequilíbrio em certas áreas. Isso está correlacionado com a mentalidade retrógrada da maioria dos portugueses. Algo que se verifica com grande incidência no que toca à discriminação da mulher na sociedade, seja em casa, no trabalho, na política ou até no desporto.
  • (…) No voleibol, tenho a certeza que se alguém criticasse a FPV pelo abandono da modalidade no género feminino, os seus responsáveis viriam logo dizer que até contrataram uma treinadora cubana de renome para as selecções. Como se isso resolvesse alguma coisa. […]
  • (…) Chega de palavras vazias e de atitudes hipócritas que nada resolvem. Está na altura de haver uma verdadeira revolução de mentalidades. É hora de começarmos a olhar para a mulher e cumprirmos o que está estabelecido no acordo da ONU: “A mulher deve ter o direito à igualdade e a estar livre de todas as formas de discriminação. […]

E no Brasil, seria diferente?

Inicialmente, para que percebam o sistema educacional, convém darmos uma paradinha, abstermo-nos do corre-corre diário, e pensarmos quem somos, nosso querer e o que podemos fazer. Para tanto, ouso colocar-me como mediador nessas reflexões e tentarmos juntos nos aprimorar no ensino que pretendemos seja a melhor. Como já se disse que Educação não é estática, mas evolui constantemente, relembro pensamento do Professor José Pacheco: Nossas escolas são do séc. XIX temos professores formados no séc. XX e alunos no séc. XXI. A informática é uma das ferramentas desse século e estaria sendo utilizada com eficácia? Além disso, acompanhamos um despertar para a neurociência, cujas teorias expandem nossos horizontes e deixam para trás aquelas que compõem ainda os currículos acadêmicos. Como se atualizar então?    

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Contributo às Professoras Portuguesas, uma Reflexão

Em artigo anterior, logo a seguir de Contributo Português, foquei especialmente professoras brasileiras – Dirigido Principalmente às Professoras – incentivando-as a se desenvolverem continuamente na missão que abraçaram. Infelizmente, a esmagadora maioria tende a lidar somente com as meninas, quer seja nas escolas ou nos poucos clubes que ainda restam. Como também a maioria não colecionou experiências vividas em quadras, pelo contrário, foram massacradas pelas antigas professoras em seus tempos escolares. É natural que evitem o voleibol e desviem suas atividades para outro viés da Educação Física e Esportes, ou mesmo se mantenham no jogo de Queimada, o equivalente ao rola bola do futebol empregado pelos professores. Além disso, contribui demasiadamente para esse estado de coisas a má formação metodológica e pedagógica que deveriam usufruir nas Universidades, com currículos jurássicos. Um detalhe não menos importante, a diferenciação entre sexos, isto é, em muitas escolas particulares, especialmente as maiores, professoras se correspondem somente com as meninas, e professores com meninos. Não há coeducação. Aliás, como no tempo em que frequentei os bancos universitários nos anos 1960.

Terminei o texto com um questionamento: (…) A esses verão como é possível chegar aos respectivos limites de eficácia técnica. Não é o que muitos chamam de Inclusão? Para que não haja dúvida quanto ao alcance do que se pretende, esclareço que tal limite de eficácia corresponde ao que cada indivíduo tende a se projetar, diferentemente do que encontramos na vida: a busca dos talentosos em detrimento dos demais, considerados ineptos, e por isto descartáveis.

Em uma visão genérica, este é o sistema competitivo criado e adotado pelos gestores da Educação e dos Esportes. Que tal pensarmos juntos nisto e promovermos algo novo, algo que edifique e amplie nossa atuação em favor de tantas crianças? VOCÊ pode ser a primeira, ser-lhe-á garantido o anonimato e, se preferir, ofereço meu endereço eletrônico após seu consentimento e manifestação.

Aguardarei ansiosamente!

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Aspectos Culturais 

Imagino que o machismo herdado pelos brasileiros tenha sua origem em Portugal. Se for diferente que me corrijam as mulheres portuguesas. Além disso, uma vez que me apropriei da tradução e comentários de universitários a respeito de George Pólya (citados) dou-lhes retorno de minhas pesquisas e elucubrações no sentido de aprimorar o ensino, especialmente de voleibol (Heurística, como resolver problemas). Reafirmo que são minhas as propostas, e também sei que devemos compartilhar ideias para mantermos viva a busca por uma Educação condizente.

Boa Vista, estádio, Gira Volei Porto, Porugual
Estádio do Boa Vista, Gira Volei, Cidade do Porto, Portugal.

Reexaminando o texto e a foto no capítulo Contributo Português, vi-me impelido a adentrar literalmente o campo do Boa Vista e situar-me duplamente, ora como professor, ora como aluno. Como professor não me foi difícil compreender a situação com que se deparam todos os portugueses, uma vez que há longo tempo venho acompanhando-os avidamente pela internet, inclusive como colaborador no Sovolei. Todavia, hoje me senti atraído pelo pensamento de uma daquelas miúdas que corriam ainda desajeitadamente pela grama do imenso estádio de futebol e resolvi interpretar seus pensamentos, em um exercício mental que muitas vezes realizo: faço-me criança durante a aula. Com isto, regrido aos tempos de 8-10 anos e procuro sentir todas as sensações, as que vivi e das quais ainda me lembro – boas e más – e as alegrias de poder compartilhar risos, gritos, alardeando plena felicidade. Como é bom poder proporcionar a qualquer indivíduo tais momentos inesquecíveis!

Ocorre que me assaltou novamente uma preocupação – agora estou em um zeppelin (ver a seguir), nas alturas, sobre o estádio – como um observador privilegiado, ouço todas as vozes, pequenos murmúrios, entendo as preocupações dos professores que conduzem o espetáculo, ouvidos apurados retém comentários de pais e amigos, tudo contribuindo em paz e harmonia. E nesse instante assaltam-me pensamentos preocupantes, que me parecem um ciclo histórico repetitivo:

– Como conservar o mesmo espírito de confraternização social ao longo dos anos?

– Como manter TODOS os pequeninos com a mesma alegria de que estão contagiados?

– O que lhes acontecerá adiante, o que lhes está reservado especialmente quanto ao voleibol?

– Quantos desistirão da competição que a vida impõe?

Certamente que em uma escola existem problemas outros que tenho acompanhado em boa parte de minha vida vendo e ouvindo. Presentemente, também através de um sítio – CEV – em que professores e pessoas ligadas à Educação Física e Esportes têm a possibilidade de exprimir seus comentários e opiniões com liberdade. Todavia, ainda não percebi quem queira dar a sua contribuição na solução ou medidas que atenuem as deficiências. Esta é uma das nossas tarefas, sendo que sua participação e vontade de transformar o ensino são fundamentais.

Contamos com TODOS!

Informação histórica

Zeppelin foi um dirigível rígido inventado pelo conde Ferdinand von Zeppelin nos Países Baixos (hoje Holanda). O projeto, delineado em 1874, foi patenteado em 1895De formato alongado característico, foi muito utilizado para travessias transatlânticas com passageiros na década de 1930. Devido ao seu enorme sucesso, o termo “Zeppelin”, em uso casual, firmou-se para se referir a todos os dirigíveis rígidos. (foto e texto Wikipédia)
Em nossos tempos, alguns foram construídos favorecendo principalmente campanhas comerciais e emissoras de TV em transmissões de espetáculos, jogos e grandes eventos.

7 comentários em “Professoras de Educação Física

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