Educação, Esporte, Políticas Educacionais

Notícias preocupantes

Há pouco tomei conhecimento do encontro “Transformar para a Educação”, promovido pela Fundação Nacional da Qualidade, que, em meio a tantas questões com o setor educacional no Brasil, está buscando soluções e ao aguardo do momento da revolução educacional no Brasil. (blogue do Guilherme Barros, http://guilhermebarros.istoedinheiro.com.br/, com a colaboração de Marina Rossi). Veja a seguir:

Está chegando o momento da revolução educacional no Brasil – Participante do encontro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que é também sociólogo e professor, trata-se de superar o desafio do setor, que é transformar a quantidadeem qualidade. Segundo ele, “alcançamos um alto índice de pessoas na escola; falta agora transformar essa quantidade em qualidade de ensino. “A saída para alcançar maior qualidade no ensino é, a exemplo de outros países, criar uma conexão entre a universidade, o governo e o privado, além do investimento em inovação, diz FHC. “O futuro sempre depende da inovação. Temos que criar novos ambientes favoráveis a ela”. Fernando Henrique afirmou ainda que o setor privado tem grande responsabilidade para estimular o público. “A responsabilidade do setor privado é contaminar o setor público”. O encontro acontece em São Paulo até esta quarta-feira 15.

Enquanto isto, ainda lamentando a atuação pífia de boa parte de nossos atletas nos recentes jogos, o Ministro dos Esportes Aldo Rabelo parece ter tomado uma decisão para conter custos com patrocínios e ao mesmo tempo, alavancar novos valores para 2014. Na Veja (ed. 2282, de 15.8.2102) o editor Otávio Cabral reporta:

Patrocínio seletivo – “O governo federal ficou decepcionado com o desempenho dos brasileiros na Olimpíada de Londres – ainda mais porque gastou 2 bilhões de reaisem patrocínios. Para tentar melhorar o desempenho no Rio em 2016, o ministro do Esporte, Aldo Rabelo, quer criar um critério meritocrático para o investimento públicoem atletas. Para isso, mandou fazer uma lista com todos os brasileiros que chegaram entre os dez primeiros em Londres e jovens, abaixo de 20 anos, bem colocados em rankings mundiais. Esses competidores, com chance real de medalha, terão tratamento prioritário. Aqueles que recebem dinheiro público e decepcionam, como as atletas de nado sincronizado Lara Teixeira e Nayara Figueira (patrocinadas pelos Correios, nem se classificaram para as finais em Londres), deverão buscar patrocínios privados se quiserem participar de outra Olimpíada”.

Parece que o critério meritocrático se aplica somente aos atletas; e os treinadores? Mas a coisa não para por aqui, veja o que o chefe da delegação olímpica tem a nos dizer:

Centro olímpico de treinamento – O comandante da delegação brasileira aos jogos, Bernard Rajzman, também não deixou por menos e emitiu sua visão para o esporte olímpico brasileiro. Ainda em Londres, configurou a situação do país: “Responsável por comandar a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, o ex-jogador de vôlei e ex-ministro (sic! secretário de Esportes da Presidência) dos Esportes Bernard Rajzman conhece detalhes – entre virtudes e problemas – do esporte olímpico brasileiro. Mesmo ressaltando ser essa a melhor preparação do País para uma Olimpíada, admite que ainda falta estrutura e um olhar mais voltado ao trabalho de base para o Brasil se tornar de verdade uma potência olímpica. Com relação a futuro, o Brasil carece de centro olímpico de treinamento. Nós não temos nenhum ainda, enquanto a China (líder do quadro de medalhas em Pequim 2008) tem200, a Inglaterra tem 30 e os Estados Unidos tem um monte”. Em outro momento acrescentou: “Um legado grande que ficará após os Jogos de 2016 é o Parque Olímpico, localizado no Autódromo de Jacarepaguá. Grande parte desse Parque Olímpico será transformado em um centro olímpico, com experiência de consultores internacionais para que a gente não erre e possa desenvolver várias modalidades, além das tradicionais e coletivas, outras que possam nos trazer mais medalhas”, disse. (entrevista a Celso Paiva, Terra).

Não me esqueço dos CIACs, construídos para abrigar jovens estudantes de escolas públicas com potencial olímpico. Será que ainda estão de pé? 

COB política desportiva e opositores  – Para alguns opositores, o ex-velejador Lars Grael deveria assumir o lugar de Nuzman imediatamente. Existe um raro ponto em comum entre os discursos de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), e de um dos seus principais opositores. Enquanto o mandatário ensina os ex-jogadores de vôlei Marcus Vinícius Freire e Bernard Rajzman a se tornarem dirigentes esportivo, o advogado Alberto Murray Neto não discorda que atletas aposentados sejam os mais indicados a comandar a entidade. Para ele, que foi expulso do COB no final de 2008 em função de sua postura crítica, o velejador Lars Grael deveria assumir o lugar de Nuzman imediatamente. (Terra, 14.8.2012).

Pelo visto seria interessante que a FGV reconsiderasse seu curso de MBA (Gestão Desportiva ou similar) e abrisse uma escolinha de voleibol. Certamente, em futuro próximo, teria formado um time de gestores aptos a assumir o COB e outras entidades.

Um comentário em “Educação, Esporte, Políticas Educacionais

  1. 29.8.2012 – (Karen Millen)… É o momento apropriado para fazer alguns planos para o longo prazo e é hora de ser feliz. (…) Talvez você possa escrever artigos subseqüentes relativos a este artigo. Eu quero aprender mais coisas sobre ele!

    Roberto Pimentel … O Governo brasileiro colocou o tema em questão e aguarda que os experts e instituições especializadas construam algo a ser colocado em prática. Ele mesmo, Governo, não tem ideias ou gente capacitada para desenvolver um programa. Como não é o tema desse Procrie, sugiro que visite sempre http://www.veja.com.br/Educação, inclusive os comentários e artigos de Gustavo Ioschpe.

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