SC Braga e Marketing Esportivo

O Estádio AXA ou Estádio Municipal de Braga, conhecido por “A Pedreira”, afirma-se como uma mais-valia para o concelho, valorizando a cidade e a região. (Fonte: Wikipédia)

 

1. Uma equipe com a ginga brasileira

Parabéns aos bracarenses! Assisti nesta última quinta-feira ao jogo de futebol em que o Sport de Braga garantiu sua classificação para as quartas de final da Liga Europa ao empatar com o Liverpool.  O time inglês não conseguiu vencer o goleiro brasileiro Artur, ex-Cruzeiro e Roma, e empatou por 0 a 0 com a equipe lusitana em partida realizada no Estádio Anfield Road. O interessante é que a equipe do Braga é a mais brasileira de todas, dado ao número de compatriotas que a compõem. Estamos todos, então, a torcer pelo seu sucesso na competição. Meu interesse não é bem o futebol, mas o voleibol. E por que estou a escrever sobre a bola nos pés?

Ocorre que constato que temos 24 visitas/mês ao Procrie oriundas de bracarenses, o que me deixa lisonjeado. Mas, na breve leitura da Wikipédia decepcionei-me em não ter informações sobre a prática do “esporte da rede” em Braga. Não entendo como estando tão próximo do pólo maior do voleibol – a região do Porto – onde ocorrem os maiores eventos, o clube não o desenvolva entre os seus milhares de sócios e habitantes da cidade. Alguém pode me informar? Será que também deverão “importar” mais compatriotas para ajudá-los? Tomara que não, pois creio na sua competência. Basta querer. Enquanto não posso torcer pelo voleibol, aguardo os demais jogos com ansiedade juntando-me aos mais de 22 mil associados, torcendo por portugueses e brasileiros do Sporting Clube de Braga.


2. Marketing esportivo, contributos aos portugueses

Na busca de soluções alternativas para uma melhor gestão em marketing no voleibol, relato alguns fatos ocorridos no Brasil em 1984. Os trabalhos foram conduzidos pelo presidente da Confederação Brasileira de Volley-Ball (CBV), Carlos Arthur Nuzman, quando passamos definitivamente da fase amadorística para o profissionalismo. Para discutir com os interessados Nuzman contratou a Fundação Mudes que organizou o Seminário Empresa/Esporte, tendo o patrocínio de um dos maiores bancos brasileiros.  Vejam os pontos comuns de opinião a respeito dos temas debatidos:

1) Empresas patrocinadoras; 2) Veículos e publicidade; 3) Direção esportiva; 4) Promoção esportiva.

1. Empresas patrocinadoras (debates de 24.4.84)

Foi acordado entre os participantes que a atual legislação constitui um dos principais entraves para o desenvolvimento do patrocínio esportivo no Brasil. Enfatizou-se o problema que as empresas patrocinadoras têm com seus atletas quando, nas seleções nacionais, se afastam por muitos meses de sua equipe-base. Lembrou-se ainda alguns problemas que precisam ser mais bem enfocados como, por exemplo, o de atletas que, via Confederação, passam a usar uma marca que não a da sua empresa patrocinadora original. Acordou-se que, possivelmente, a solução para estes entraves é iniciar um entendimento com as Confederações, levando-se em conta, naturalmente, as dificuldades financeiras destas entidades, no que tange à manutenção das representações nacionais. Foi afirmado que o envolvimento da empresa com o esporte é irreversível e é importante registrar ser essa a entidade mais capacitada a evitar a evasão dos grandes atletas para o exterior. No contexto empresarial, é possível criar uma estrutura profissional, hoje insuficiente, no esporte brasileiro.

Com referência às distorções do valor do esporte no ambiente educacional e cultural, foi lembrado o papel de algumas empresas que já conseguem mudar comportamentos históricos, mobilizando comunidades locais. Outra mudança identificada foi a da sociedade brasileira aceitar e, até mesmo, exigir, a remuneração do atleta. Observou-se que o presente seminário deveria ter como enfoque básico o patrocínio como veículo publicitário. Ao mesmo tempo, percebeu-se a necessidade da definição de uma linguagem comum entre as empresas patrocinadoras. A deficiência de profissionais especificamente voltados para a área de marketing esportivo foi apontada como uma das principais causas das dificuldades que as empresas enfrentam na administração das equipes e atletas por elas patrocinadas. Sugeriu-se, nesses termos, que se começasse um processo de identificação de pessoas habilitadas e, também, a transferência de conhecimentos e experiências para as empresas interessadas no desenvolvimento do esporte. Foi aventada a possibilidade de reformular a atual legislação do imposto de renda no sentido de conceder maior incentivo às empresas patrocinadoras. Aprovou-se o documento técnico apresentado como base para o seminário em andamento, como também se reafirmou a busca de posições comuns nas futuras reuniões: Associação, Acordo, Congresso, Reunião, Comissão de auto-regulação. 

Do ponto de vista da função desses instrumentos, considerou-se que deveriam ser cooperativos, representativos e abrangendo todos os segmentos envolvidos (veículos, agências de publicidade, entidades esportivas e governo). Acordou-se que, em qualquer alternativa a ser escolhida, o objetivo deverá ser o desenvolvimento do esporte. Finalmente, optou-se pelo dispositivo reunião mensal, como forma de iniciar-se um processo de entendimento entre as partes envolvidas. Foi marcada, então, a primeira reunião para 8 de junho, tendo como patrocinadora a Supergasbras (RJ).

A seguir considerações sobre o item Veículos e publicidade. Aguardem!

2 comentários em “SC Braga e Marketing Esportivo

  1. Admiring the time and effort you put into your website and
    in depth information you present. It’s good to come across
    a blog every once in a while that isn’t the same old rehashed
    material. Great read! I’ve bookmarked your site and I’m adding your RSS feeds to my Google account.

    Curtir

Deixe um comentário