A Mulher e o Voleibol

Foto: Terra.

 

Com o término do Mundial feminino disputado no Japão, e depois de muitas lágrimas choradas, a vida das profissionais do voleibol volta ao normal, se isto é o que se chama “vida”. Enfim, é uma profissão como qualquer outra e a escolha é individual. Mas o sonho de se tornar independente financeiramente e estar diante dos holofotes e câmeras de TV com sua imagem pelo mundo inteiro realmente deve mexer com a cabecinha de muitas garotas, especialmente as menos afortunadas de berço. Nesse particular, chamo a atenção para o interesse que o Vôlei de Praia desperta tanto para os rapazes quanto para as moças. Na entrevista que concedeu ao Terra, a cearense Juliana Felisberta, melhor atleta do ano pela segunda vez consecutiva, deixa transparecer este sentimento de busca da independência financeira através do esporte quando lembrou o inicio de sua carreira esportiva: “No começo éramos duas meninas imaturas, sem nenhuma estrutura, longe da família e sem dinheiro. Morávamos juntas, dividindo um apartamento. Começamos do nada e crescemos juntas”, relatou, lembrando de uma lesão de Larissa na época, que colocou em dúvida o futuro da dupla”. Hoje a realidade é totalmente diferente. Larissa chegou a afirmar que poderia, inclusive, abandonar as quadras no ano passado, pois o esporte havia garantido segurança tanto profissional como financeiramente. E arremata ao ser perguntada sobre o que fazer quando parar de jogar: “não penso em ser técnica, mas quero colaborar de alguma forma com o vôlei, pois foi o esporte que me ajudou a ser quem eu sou hoje”. Ela tem um exemplo bem próximo, o seu técnico Reis, também cearense e que atuou durante algum tempo no início da carreira no vôlei de praia ao lado do campeoníssimo canhoto Márcio. Contudo, chamo a atenção para o fato de que a vida de intensos treinamentos, viagens, compromissos internacionais, busca de patrocínios, tudo isto impede que a jovem tenha o que se chama uma vida “normal”. Como tudo a sua volta impele a compromissos inarredáveis, a atleta torna-se refém do próprio labor. E isto numa das melhores fases da sua existência e, especialmente, em se tratando de mulher. Afora os estudos, impossíveis de serem efetuados graças à repleta agenda de jogos e treinos, constituir família, nem pensar tão cedo.   

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Ranking Mundial Feminino da FIVB   

Apesar da decepção com o vice-campeonato, a Seleção Brasileira, da líbero Fabi, permanece na ponta do ranking. Foto: Fivb/Divulgação.

 

Os dez melhores: 1º Brasil: 240 pontos (0) – 2º Estados Unidos: 205,5 (0) – 3º Itália: 165,75 (+1) – 3º Japão: 165,75 (+2) – 5º China: 157 (-2) – 6º Rússia: 143,75 (+1) – 7º Cuba: 104,5 (-1) – 8º Polônia: 98,25 (0) – 9º Sérvia: 83,75 (0) – 10º Alemanha: 77,25 (+5)   

Apesar da decepção com o vice-campeonato, a seleção brasileira permanece na ponta do ranking. A prata no campeonato mundial foi suficiente para isto. Agora a equipe soma 240 pontos, bem à frente dos Estados Unidos, segundo colocado com 205,5. Campeã da disputa, a Rússia ultrapassou Cuba e é sexta, com 143,75 pontos – a colocação apenas mediana acontece porque as russas não disputaram o último Grand Prix, que conta pontos ao lado dos campeonatos continentais de 2009 e das Olimpíadas de Pequim. A honrosa medalha de bronze no mundial rendeu ao Japão duas posições na lista, deixando a rival China para trás e dividindo o terceiro lugar com a Itália. Entre os primeiros colocados, quem mais subiu foi a Turquia, que passou da 22ª para a 12ª colocação.   

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Superliga Nacional Feminina   

Foto: Terra.

 

A Confederação Brasileira de Volleyball (CBV) lançou, a 17ª edição da Superliga feminina, no Jockey Clube Brasileiro, no Rio de Janeiro. O torneio começa dia 27 de novembro. A solenidade teve a presença de atletas como Fabi, Sheilla, Fabiana, Dani Lins, Mari e Paula Pequeno. A expectativa é de que a disputa seja muito equilibrada, ainda mais com a chegada de atletas estrangeiras, como as cubanas. A competição terá 12 equipes e, na fase classificatória, elas jogarão em turno e returno. Oito times vão as quartas de final, que serão disputadas em série melhor-de-três partidas, assim como as semifinais.   

Nota: Com base em reportagens postadas no Terra e Gazeta Esportiva.

3 comentários em “A Mulher e o Voleibol

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