
Saques e bloqueios: as armas da surpreendente República Checa.
O Terra acompanhou as duas partidas da equipe checa e traçou um perfil das características principais da equipe. Colaborou Celso Paiva, de Hamamatsu.
Uma incógnita dentro do Grupo B antes do início do Mundial Feminino de Vôlei, a seleção da República Checa se transformou em um azarão bastante indesejável para os dois adversários considerados mais fortes da chave: Brasil e Itália. Primeiro, a seleção brasileira suou muito para conseguir vencê-la na segunda rodada, resultado naquele momento apontado como surpreendente. Nesta terça-feira (2), foi a vez de as italianas sofrerem, mas sem a mesma sorte do Brasil saíram de quadra com uma virada impressionante tomada no tie-break.
Muralha
As duas gigantes meios de rede Pastulova e Plchtova, com 1,97m e 1,92m respectivamente, são a arma para facilitar a recepção das checas e ainda anular as principais atacantes adversárias. A importância da participação das duas pode ser vista nos números da competição: Plchotova é apontada atualmente como a melhor bloqueadora, enquanto Pastulova ocupa a terceira posição.

No duelo contra a Itália, Plchtova fez a incrível marca de 10 bloqueios na partida. “Ficou muito difícil passar pelo bloqueio delas, com certeza foi o que nos complicou mais”, afirmou a italiana Ortolani, maior pontuadora italiana na partida.
Exterminadora
Tanto contra Brasil como contra a Itália, ficou comprovado que é difícil parar Havlichkova. Com um braço potente e cortadas fulminantes, principalmente no fundo da quadra, ela é a bola de segurança para virar um ataque quando o jogo está complicado. Segunda maior pontuadora da competição até o momento, a atacante checa fez a incrível marca de 34 pontos no duelo contra as italianas. “É o meu trabalho, não é importante que eu tenha feito 34 pontos e sim que o time todo rendeu bem. Foi um sonho ganhar da Itália”, disse.

Saques forçados
O último quesito que faz a equipe ter um bom desempenho é o saque forçado. Contra o Brasil, Jaqueline sofreu com a recepção. No duelo desta terça-feira, foi a vez de Piccinini ser a vítima principal no quesito. Neste fundamento, a República Checa deixa a cargo de Muhlsteinova e da levantadora Barborkova a função de desmontar a defesa adversária.
Notem bem: em outra oportunidade falaremos o que vem a ser “saque forçado”. Mas, até lá, não deixem de ler sobre “saque tático”, já comentado no Procrie.
História. E por falar na altura das atletas checas Pastulova e Plchtova, lembrei-me de uma história que vai publicada no meu livro “História do Voleibol no Brasil”, vol. I, ainda no prelo.
Caça Talentos. No início da década de 70, José Gil Carneiro de Mendonça empreendeu uma verdadeira revolução na equipe de voleibol feminina do Fluminense F. C., no Rio de Janeiro. Teve início uma operação de recrutamento de talentos. A preferência recaiu em moças com idade de 16 anos, altas e que se dispusessem a enfrentar a maratona de treinos e jogos que adviriam daí. No Rio, várias atletas se transferiram para o clube e em anos subsequentes, atraídas pelo sucesso do empreendimento e as perspectivas de grandes jogos, principalmente no exterior. Anna Lílian, um destaque surgido em Brusque, no Estado de Santa Catarina, foi também convidada e aceitou vir para o Rio (1967). Eunice Rondino e suas irmãs, Ivani e Cidinhas, todas no Botafogo, também se transferiram para o clube tricolor. Teve ainda a contribuição de Célia Garritano, que atuava pelo Tijuca T. C. e assídua atleta da seleção brasileira. Foi uma verdadeira garimpagem nos clubes, embora “nenhuma das atletas jamais recebeu dinheiro para jogar”, afirma Gil. Pela primeira vez no Brasil surgiria a figura do preparador físico especializado, o Professor e Comandante, Manoel Tubino.
Jogos e treinos. Eram diários (17h às 22h), inclusive aos sábados e domingos, estes com menos cargas. Para que não houvesse problemas com horários escolares, foi providencada bolsa de estudo para todas as atletas em colégio. Em todo período de atuação do projeto, foram visitados 36 países. A primeira excursão foi realizada pela América do Sul, tendo como destinos o Uruguai e a Argentina. Em outra oportunidade, Chile, Uruguai, Paraguai, Argentina e Peru. Mais tarde foram visitados Estados Unidos, Japão, Holanda, Alemanha (ambas), Bélgica, Suíça, França, Bulgária e Turquia. Na terceira vez, jogaram no Japão, Polônia, França, Espanha e Tcheco-Eslováquia. Na foto, do acervo da atleta Anna Lílian, ela comentou: “Como são altas as tchecas”!

18.12.2011, por Roscow – Como também tenho um web-site, acredito que a questão aqui é material de conteúdo variado e incrível; aprecio-o por seus esforços. Você deve mantê-lo para sempre! Muito boa sorte.
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12.2.2012 – As informações contidas neste “submit” realmente têm muita consistência, sendo também única. Adoro o teu apresentar; vou aparecer de novo para examinar as novas mensagens.
– Vejam “Procrie na Rep. Tcheca” a partir de hoje e cuidemos para incentivar um intercâmbio cultural proveitoso para todos.
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9.1.2013 – Uau! Este é um dos principais blogs que tocam sobre este assunto. Simplesmente MAGNÍFICO!
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