Arbitragem e Curiosidades

Cursos de Formação de Árbitros – II

Conduta, fumo. Nos primórdios dessa fase – início dos anos 1970 – era permitido aos técnicos fumarem no banco de reservas. Os árbitros, especialmente o 2° árbitro, durante os intervalos dos sets, deslocavam-se até o fundo da quadra e ali também fumavam. Não havia respeito ou atitudes condizentes com o espetáculo. Outro, um militar, ameaçou sacar sua arma numa discussão de arbitragem em jogo entre juvenis. Por certo, alguma coisa deveria ser feita no sentido de se obter um desenvolvimento equânime entre a técnica dos atletas e as arbitragens. Esta fase de apuro de atitudes da arbitragem só teve início a partir da profissionalização dos atletas na década de 80, com a participação efetiva e permanente de Carlos Nuzman, que chegava a ponto de advertir o árbitro sobre a sua conduta nos jogos.

Associação de Árbitros. A esse respeito, o presidente da Federação de Volley-Ball, em 6.6.84, resolveu advertir os árbitros José Menescal, Ricardo Ferreira Gomes e Ricardo Amorim Vilarinho Cardoso, em virtude de afirmações constantes de relatório conduzido pela Comissão Administrativa da própria FVR. A proposta de constituição de uma Associação de Árbitros do Rio de Janeiro visava a estruturar problemas legais como patrocínio dos uniformes, intercâmbio dos árbitros do Brasil, realização de congressos e seminários e recepção de adesões de outros Estados. A decisão se fez necessária por ferir normas legais que regem o desporto nacional, estando as referidas atividades exclusivamente afetas ao âmbito da Federação de Volley-Ball do Rio de Janeiro e da Confederação Brasileira de Volley-Ball.

Histórias (continuação)

3. Bola por fora. Em meados da década de 50 ainda havia muitas dúvidas sobre a validade de determinados lances. Um deles aconteceu quando um atleta, ao defender uma cortada, não conseguiu recuperá-la e esta ultrapassou a rede por baixo. Antes que ela tocasse o solo, o jogador da equipe adversária segurou-a e, incontinenti, enviou-a para o sacador para repô-la em jogo. Qual não foi sua surpresa, quando o juiz puniu-o por ter segurado a bola “antes que ela tocasse o solo!”

4. Moedas na quadra. Ano de 1958 ou 59, jogo Botafogo F. R. x CIB (Centro Israelita Brasileiro), categoria juvenil, na antiga quadra do clube alvinegro, onde hoje está um posto de combustíveis e, em cima, a piscina. A equipe do CIB foi agredida pela torcida com arremesso de moedas de pequeno valor, em nítida atitude anti-semita. O fato se repetiria anos mais tarde, em 1963, no jogo Fluminense e AABB por outros motivos. 

5. Toque duplo. Década de 80, partida entre Bradesco e Pirelli, no Maracanãzinho, pelo campeonato sul-americano de clubes e conduzida pelo árbitro argentino Norberto D’Agostino. Bernard realizou um dos seus saques jornada. Do outro lado, torpor total para a sua recepção. No “deixa que eu deixo”, o levantador da equipe William, que estava atrás, pronto para infiltrar, acabou tendo que realizar a recepção do saque, fazendo-o com maestria. Contudo, como era o levantador, todos os seus companheiros deixaram que ele mesmo realizasse o levantamento (esqueceram-se de que ele havia dado o primeiro toque). Não se fazendo de rogado, William continuou o lance e procedeu ao levantamento e o ataque foi realizado com sucesso para espanto de todos. Foi o maior quiproquó (*)!

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(*) Do latim quid pro quo, que significa “uma coisa pela outra”, inicialmente o conceito referia-se a um diálogo no qual uma pessoa era confundida com outra, gerando, na maioria dos casos, uma situação cômica. Num sentido lato, utiliza-se quiproquó para designar um equívoco ou uma confusão de palavras. (infopedia)

 

Um comentário em “Arbitragem e Curiosidades

  1. 8.4.2013 – (Cerys)… Hmm, parece que o seu site não considerou meu primeiro comentário (extremamente longo), então vou resumir o que escrevi: estou gostando do seu blog. Também sou um escritor aspirante, mas ainda sou novo para a coisa toda. Você tem alguma dica para escritores iniciantes? Agradaria em saber.

    Procrie… 1º) Leia muito (diversos autores) sobre o assunto; 2º) Mantenha-se escrevendo; 3º) Procure ouvir os leitores.

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