Bolas de Voleibol

Bola com 12 gomos

 

Bola Drible 18 gomos, G-18

 

Bola japonesa moderna, em constante aperfeiçoamento técnico a partir de 2000.

 

O que diz a Regra sobre as bolas e sua influência no jogo através do tempo, especialmente no saque e no toque para levantamento.       

                                                                                               

Regras Oficiais de Voleibol, 1997-2000 (Referente às bolas)                

3. BOLAS              

3.1 CARACTERÍSTICAS. A bola deve ser esférica, sendo sua capa feita de couro flexível e a câmara interior feita de borracha ou material similar. Sua cor deve ser uniforme e clara. A circunferência deve ser de 65 cm a 67 cm e o peso de 260g a 280g. A pressão interna deve ser de 0,30kgf/cm2 a 0,325kgf/cm2 (294,3mbar a 318,82mbar ou hPa) ou 0,423lb a 0,456lb.              

3.2 UNIFORMIDADE DAS BOLAS. Todas as bolas usadas em uma partida devem ter as mesmas características no que diz respeito à circunferência, peso, pressão, tipo etc. As competições mundiais da FIVB devem ser jogadas com bolas aprovadas pela FIVB.               

3.3 SISTEMA DE TRÊS BOLAS. As competições mundiais da FIVB, devem ser jogadas com três bolas. Neste caso, seis boleiros ficam assim dispostos: um em cada ângulo da zona livre e um atrás de cada árbitro.              

As Primeiras Bolas. Nos primórdios do esporte no Brasil a bola tinha uma câmara de borracha e era coberta por couro ou lona. A circunferência media de 63,7cm a 68,6cm e o peso variava de 252g a 336g. As mais antigas eram de gomos (12) similares às atuais, inclusive com cordão, logo depois suprimido. Foram substituídas pelas de couro, com 18 gomos hexagonais (G-18), da marca Drible, a bola oficial do IX Campeonato Brasileiro de 1960 realizado no Rio e dos Mundiais do mesmo ano. Como o solo das quadras era coberto de cimento liso, recomendavam-se alguns cuidados na sua conservação, inclusive cobri-las com fina camada de sebo de sela antes de guardá-las. E mais, não deixá-las molhar, pois retinham a água e passavam a pesar demasiadamente, tornando-se impróprias para o jogo. Antes das partidas havia um acordo entre os capitães das equipes para a escolha da bola a ser usada, ainda que a recomendação oficial fosse a de que o time “da casa” providenciasse a melhor bola. Aliás, esta norma permaneceu para sempre.                

História. Recordo-me de um lance pertinente em 1981, por ocasião da partida entre o América e a Bradesco pelo campeonato carioca juvenil masculino. Éramos eu e Bebeto de Freitas os respectivos técnicos. Alguns instantes antes do jogo demos início à fase de aquecimento e bate-bola, mesmo sem a chegada da equipe visitante que logo chegou esbaforida, em cima da hora. No corre-corre, esqueceram de trazer o saco de bolas. Bebeto solicitou, então, a cessão de algumas para a sua equipe aquecer-se. Incontinenti, coloquei várias bolas à disposição de seus atletas. Ocorre que um deles, o levantador titular, muito saliente, pegou por sua conta a bola que estava sobre a mesa da súmula, entregue à arbitragem pela equipe com mando de campo. Imediatamente, recolhi a bola de suas mãos com a assertiva: “Esta é a bola de jogo; se minha equipe não deve usá-la, muito menos a equipe adversária.”               

Com o desenvolvimento do voleibol japonês, acompanhou-o a indústria de material esportivo, inclusive as empresas fabricantes de bolas, que passaram a utilizar material sintético no seu fabrico. Após alguns anos, a Mikasa destacou-se nesse mister e obteve a primazia (concessão) da FIVB para a utilização de suas bolas em todas as competições oficiais promovidas pela Federação (ver Regra 3). Além do excelente material desenvolvido, o fabricante esmerou-se também na concepção da válvula, um dos pontos fracos da maioria dos concorrentes. As válvulas atingiram uma perfeição incrível, com excelente vedação, resolvendo todos os problemas pertinentes ao escape de ar e consequente manipulação para enchimento da bola. As filiadas têm autonomia para decidir que bolas utilizarem nos respectivos campeonatos regionais.              

No Brasil, a bola era produzida por algumas poucas empresas – Drible, Rainha,  Penalty – que, dependendo de negociações com a CBV, acertavam sua  participação de exclusividade nos jogos de campeonatos. Entretanto, as bolas nacionais são fabricadas a mão, possuem costuras entre seus gomos e sua câmara não adere ao couro de revestimento, provocando deformação em pouco tempo, inclusive o aumento de sua circunferência. Para atenuar o problema de enchimento/esvaziamento da bola, a Penalty, por exemplo, desenvolveu um tipo de válvula descartável (removível) com relativo sucesso. Entretanto, a FIVB já recomendava que os jogos internacionais de sua promoção fossem realizados somente com bolas de fabricação da Mikasa, uma vez que suas características técnicas no fabrico eram inigualáveis e aceitas internacionalmente. Este fato redundou na decisão da CBV que, em NO nº24, de 12/5/75, deu o seu parecer sobre o assunto dizendo: “O volley-ball brasileiro somente pode adotar a bola japonesa”.  As) Dr. Ary da Silva Graça Filho, Vice-Presidente Técnico.  No documento eram ressaltadas características da bola japonesa quanto ao fabrico em máquinas de fiação, com carcaça de cordel de nylon e pelica de revestimento aplicada eletronicamente, sem costura, redundando em maior tempo de uso. Além disso, resultaram num avanço das técnicas individuais e esquemas táticos: o revestimento e a estrutura da bola permitem imprimir um efeito especial ao vencer a resistência do ar, provocando o aparecimento de tipos de saque e aproveitando esta característica. A pelica, que possui maior aderência no contato, permitiu o aperfeiçoamento da sensibilidade do atleta durante o impacto. No que  diz respeito à durabilidade, calculava-se para a bola japonesa um uso de 4-5 meses, enquanto a nacional, de um mês e meio a dois meses.              

A FIVB permanece sempre atenta aos perigos e nuances que a bola oferece aos atletas em função da evolução do jogo. Assim, frequentemente determina alterações físicas para maior proteção dos jogadores, especialmente no que se refere à pressão interna da bola, como em 1997, quando recomendou a sua redução. Até 2000 as bolas eram totalmente brancas e, a partir daí, a FIVB facultou à empresa fabricante a inclusão de duas cores – azul e amarela.              

Peço licença para apresentar alguns aspectos desenvolvidos em relação à bola de voleibol no início do século XXI colhidos na Internet em tradução livre.              

Nova tecnologia patenteada (desde 2005). O objetivo da Mikasa – fabricante de material esportivo – era desenvolver uma nova e revolucionária tecnologia de costura para combinar as duas vantagens da costura à máquina clássica e da costura manual. A empresa hoje é capaz de produzir com sucesso bolas incrivelmente mais bem costuradas graças a uma nova tecnologia, chamada TwinStLock. Os pontos foram melhorados através de costuras de alça dupla mais apertadas. As desvantagens das duas tecnologias tradicionais – a rigidez e o contato irritante com a pele – foram eliminadas. O novo material em couro sintético natural usado na bola (MVP200) é um produto macio e convencional que visa a atender as exigências e aspirações do esporte de alto nível, além de cumprir todos os requisitos de compatibilidade ambiental. Vantagens:  1) Os pontos são mais macios, estreitos e quase invisíveis.  2) Não há mais irritação da pele, especialmente para as crianças.  3) Durabilidade da bola aumentada de 30% a 50%.   4) A bola permanece esférica e limpa.              

Características:  1) As cores são brilhantes e parecem transparentes em comparação ao couro natural.  2) Colorida com pigmentos, não há esmaecimento da cor na superfície.  3) Fácil de cuidar, de limpar, não demanda a manutenção complicada do couro natural; as boas condições são mantidas por longo tempo.   4) O material é adequado para o ambiente; não há liberação de dioxina, mesmo em sua queima.             

Em novembro de 2007 foi anunciado que a nova bola produzida pela Mikasa é mais leve do que a última versão MVP200. O material de cobertura e o modo como foi costurado está totalmente diferente. Somente as linhas são coladas, não mais as camadas por completo. As mudanças deixaram o modelo mais estável no ar.             

A fabricante brasileira de bolas Penalty anunciou (16.8.2006) que o projeto para desenvolver uma bola de vôlei “inteligente” entrou na fase final de testes. A bola será equipada com microprocessador que auxilia árbitros em lances duvidosos. A empresa investiu cerca de 2 milhões de dólares no projeto que envolve a inserção de um chip transmissor de sinais de rádio que indicam se ela caiu dentro ou fora da quadra. Além do chip na bola, um conjunto de sensores precisa ser posicionado na quadra para permitir a identificação dos lances difíceis de serem julgados “manualmente” pelos árbitros. Não tenho conhecimento que o projeto teve sucesso.

9 comentários em “Bolas de Voleibol

  1. Oláaaaa pessoal bom dia gostei muito desse site ,ele me ajudou muito na escola “”””!!! Usamos diariamente ele espero que postem mais coisas bjus pessoas feias !!!!!!!!!!!”””””””””””

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    1. Oi Bruna e restante do pessoal! Que bom que gostaram muito e que tenhamos prestado algum serviço para a instrução de todo o grupo. Preocupa-nos como estejam usando “diariamente”, pois não se esqueçam de ter um tempo para estudar, se divertir e, até mesmo, jogar voleibol. Quanto a postar mais coisas de interesse do grupo seria interessante que dissessem qual o assunto da preferência. Estaremos aguardando e, enquanto isso. naveguem pelo SUMARIO. Um grande abraço a todas!

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