Arbitragem na Década de 50

Destaques & Curiosidades 

 1. Velocidade da cortada – uma bola bem cortada pode adquirir a velocidade de 160 km/h. O Professor McCloy, da Universidade Estadual de Iowa, EUA, registrou velocidades de mais de 160km/h.

2. Cortada balanceada – quando a bola está longe e você não pode colocar-se atrás dela, use um movimento balanceado giratório (de braço). Bata na bola com a base da mão, mantendo a palma e os dedos ligeira e rigidamente curvos (acompanhando a curvatura da bola), semelhante ao que ocorre no saque balanceado (cortada de gancho).

3. Linha de ataque – (…) alguns a denominam de bloqueio ou linha de limite. O propósito desta linha é evitar que os jogadores excessivamente altos que estejam na defesa venham à rede para bloquear todas as bolas, o que não é válido. Os jogadores de defesa podem bloquear a bola, mas em cima ou atrás da linha de bloqueio.

4. A bola – o jogo oficial é praticado com uma bola esférica composta de um invólucro de couro flexível, de cor uniforme, ‘sem cordão’, de 18 gomos ou um invólucro de borracha apenas, com não menos de 65cm e não mais de 67cm de circunferência, contendo no seu interior uma câmara de ar de borracha ou material similar. Bola de couro, com pressão entre 0,48kg/cm2 e 0,52kg/cm2 e bola de borracha (0,47 e 0,49). Peso: masculino (250g a 280g) e feminino (230g a 250g).

5. Cuidados com a bola – depois de corretamente cheias e após o uso, as bolas devem ser guardadas em compartimentos frescos e limpos. Não devem nunca ser “chutadas”, servir de assento, ou golpeadas contra superfícies ásperas e irregulares. Recomenda-se o uso de sebo de sela para mantê-las limpas e para reservar o couro. De acordo com as decisões da CBV, a bola deve ser branca, possuir 18 gomos e estar dentro das pressões limites.

6. Saque – (…) o saque pode ser dado saltando ou na corrida. O jogador, após haver sacado, pode cair sobre o campo de jogo ou sobre a linha de fundo.

7. Inovação do jogo – em todo jogo internacional são jogados três sets vencedores.

8. Jogo na rede – (…) o dois toques (proposital) no bloqueio deve ser punido.

 

Cronologia

1950 – O guia da USVBA (Associação de Voleibol dos EUA) incluiu pela primeira vez uma seção colegial.

1951 – Em seu terceiro Congresso, a FIVB decidiu que será permitido ao atacante “invadir” com as mãos durante o bloqueio, mas somente após a fase final da cortada. Esta recomendação passou a ser cumprida somente após as Olimpíadas de 1964.

1953 – Em seu quarto Congresso a FIVB (Federacão Internacional de Voleibol) definiu as ações e terminologias da arbitragem.

1955 – A USVBA organizou oficialmente a prática do jogo nos EUA com vistas aos Jogos Pan-Americanos.

1957 – Após a realização de torneio demonstrativo durante o 53° Congresso do COI (Comitê Olímpico Internacional), seus membros decidiram pela inclusão do voleibol nos Jogos Olímpicos de 1964, a serem disputados em Tóquio, Japão. Atribuições foram dadas ao segundo árbitro: a duração dos pedidos de tempo foi limitada para 1 minuto e 30 segundos. Modificadas as regras do vôlei feminino pela Divisão de Esportes das Moças e Mulheres da Associação Americana de Saúde, Educação Física e Recreação para que se igualassem às regras do masculino da USVBA. As Regras Oficiais foram resumidas por João Lotufo (“Voleibol”, 1957, p.8) a título de ilustração e mais rápida compreensão, inclusive do que era essencial. Mantive a terminologia empregada pelo autor:

1) Um sorteio determina quem dará o saque.  2) Cada jogador do quadro dará o saque por sua vez e fará uma tentativa para atirar a bola para o campo adversário sem que toque a rede.  3) O jogador que dá o saque não deve ter contato com o campo ou a linha que o limita.  4) Não há restrições quanto ao modo de dar o saque, a não ser que o sacador deve permanecer na área do saque, com um dos pés, pelo menos tocando o solo e que a bola seja claramente batida.  5) É declarado o rodízio quando a bola do saque tocar a rede.  6) Se o jogador tocar a bola ou for por esta tocado, considera-se como se tivesse jogado.  7) É permitido sair dos limites (da quadra) e apanhar a bola.  8) A bola não poderá ser agarrada. Deve ser claramente batida.  9) A bola que toca o corpo mais de uma vez, simultaneamente, é legal.  10) O quadro (time) perdedor tem o direito ao saque na partida seguinte.  11) É permitido jogar bola usando qualquer parte do corpo acima dos quadris.  12) A bola é conservada em jogo ao bater na rede e passar ao campo contrário. No saque, porém, a bola não pode tocar a rede; se a bola não passar nitidamente sobre a rede, ficará de posse do outro quadro.  13) A bola que é enviada à rede por um dos quadros pode ser recuperada uma vez que a rede não seja tocada por nenhum jogador.  14) Um jogador pode bater na bola 2 vezes numa jogada, mas não consecutiva.  15) A bola deve ser devolvida para o campo adversário após o terceiro contato.  16) Os jogadores não podem tocar a bola ou passar além da linha de centro. Isto ocasiona a perda da bola se o quadro que sacou comete a falta e conta um ponto para quem saca no caso dos oponentes cometerem a falta. Se ambos os quadros tocam a rede simultaneamente, a bola é declarada “morta” e é dado novo saque.  17) Os jogadores de linha final – da defesa – têm a liberdade de mover-se no seu campo, mas não podem correr para a rede e cortar ou matar a bola.  18) Quinze pontos representam vitória, uma vez que haja diferença de dois pontos. A contagem pode ser de 15-13, 16-14, 17-15 etc.

1959 – No Congresso da FIVB em Budapeste, ficou decidida a proibição da barreira quando da execução do saque e a limitação da invasão por baixo com o pé (bastava tocar a linha).

Na foto jogadoras do C. R. do Flamengo realizam a barreira numa partida. Observe-se que as três atacantes estão “em linha” e uma quarta atleta (defesa-centro) se inclui entre elas com um passo atrás, preservando assim as “zonas de ataque e defesa”.

8 comentários em “Arbitragem na Década de 50

  1. Roberto: seu blog sempre é interessante mas essa história que abrange o meu tempo de atleta ganha cores muito vivas para mim. E por falar em velocidade de cortada lembro o Lúcio Alemão, do Flamengo, que tinha uma potência excepcional. E o Parker, do Fluminense, nos seus bons tempos. Arlindo

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  2. Arlindo: sinto-me feliz e recompensado por transmitir aos mais novos uma época vibrante e “romântica” da qual você vivenciou em todos os seus aspectos. Vou até mais longe, sugerindo um pequeno ensaio de suas memórias tricolores, de seus embates e fatos curiosos, que certamente nos encantarão a todos. Em breve prometo fazer o mesmo com as relíquias que possuo do Fluminense graças ao José Gil Carneiro de Mendonça.

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  3. Atendendo ao meu apelo, todos poderão deslumbrar-se com a narrativa do Arlindo em seu blogue http://arlindolcorrea.blogspot.com sob o título “Voleibol dos tempos do cachorro amarrado com linguiça”, de 25 de maio. Assim começa ele:
    (…)”Fui jogador de voleibol nos tempos do amadorismo. Ganhava-se pouco – ou melhor, nada – mas era divertido. Uma das boas coisas do esporte oficial eram as excursões…”
    Não percam!

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