História do Mini Vôlei (II)

Mini Vôlei no Brasil e no Mundo (II)

Tema: Introdução Natural do Vôlei na Escola.

 

3. A experiência alemã, por Gerhard Dürrwachter.

Métodos de preparação, iniciação e aperfeiçoamento do mini vôlei.

É importante combinar o aprendizado tático – através de jogos – com os fundamentos básicos para os iniciantes: jogos de menor importância não motivam como faz um jogo internacional de voleibol e jogos de menor importância proporcionam uma maneira mais prática de ensinarem táticas. través dos jogos os alunos aprendem tática; aprendem a antecipar; aprendem a cooperar na defesa e no ataque; aprendem que o sucesso depende da cooperação e do mais fraco elo da cadeia; aprendem através de “tentativas e erros”, mas é necessário o ensino direto do professor; são motivados para a iniciação; entendem que é necessário aprender os fundamentos básicos através de exercícios; ganham experiências, motivação e intensificam seu interesse.

Estratégia de ensino. Sequência de pequenos jogos, como pegar e arremessar por cima da rede; passar por cima e segurar; voleibol com saques; mini voleibol e voleibol de acordo com as regras internacionais. Notem que é um exemplo real para as escolas; muitos jogos podem ser cansativos; escolher os pequenos jogos de acordo com a capacidade dos alunos. A principal idéia do voleibol real deve ser dada através de simplificações e não interromper o jogo por causa de pequenos erros, porque isto perturba o envolvimento emocional da criança com o jogo. Durante o jogo é melhor usar palavras em códigos ou sinais para esclarecer os erros e não permitir a continuação dos mesmos. Todos os fundamentos básicos devem ser explicados claramente.

Metodologia. Considerações e passos metódicos para os exercícios técnicos: é muito difícil ou impossível ensinar a técnica corretamente através de jogos; exercitar os fundamentos básicos separadamente; é impossível simular o jogo exatamente apenas exercitando os fundamentos.

Exercícios. 1) É possível determinar os objetivos e os métodos do exercício; 2) é possível modificar os objetivos e os métodos de acordo com o desenvolvimento dos alunos; 3) durante o exercício é possível aumentar ou diminuir a intensidade do mesmo; 4) durante o exercício a vontade de aprender é mais forte do que durante o jogo, especialmente se os alunos conhecem a finalidade do exercício; 5) os exercícios permitem um aprendizado mais apurado.

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4. A experiência alemã, por Manfred Utz.

O professor deverá planejar suas aulas de acordo com as habilidades dos alunos. Ele não deve considerar apenas os aspectos físicos, mas também os aspectos sociais e pedagógicos. A pesquisa tem mostrado que há quatro pontos a considerar: o objetivo do aprendizado; o conteúdo; métodos de ensino; controle do progresso do aprendizado.

Objetivo do aprendizado: o aspecto psicomotor inclui as habilidades básicas (força, velocidade de movimentos, resistência e suas combinações), fundamentos técnicos e táticos, a serem desenvolvidos até o grau máximo individual. Incluir o desenvolvimento da coordenação e reflexos, não somente para o jogo, mas para a vida em geral.

Efeitos (longo prazo): há um importante aspecto na cooperação que os elementos sociais do jogo transferem para a vida do indivíduo: aceitação das regras, aprender a comparar seu grau de habilidade em relação aos outros etc. Além disso, satisfazer a necessidade de jogo e encorajar a força de vontade para o sucesso das atividades de grande esforço e, assim, dar-lhes o senso de satisfação.

Aspecto cognitivo: a criança deve ter um conhecimento das regras, técnicas e táticas referentes ao voleibol.

Conteúdo: os movimentos básicos, como correr, parar, cair, rolar e saltar, devem ser desenvolvidos. Igualmente, a habilidade, flexibilidade, elasticidade, reflexo e velocidade de movimentos. Força e resistência não são tão importantes para as crianças.

No aspecto técnico há três elementos básicos a desenvolver: o passe por cima, a manchete e o saque por baixo. O elemento tático a ser desenvolvido é a percepção da quadra no momento de dar e receber o saque. As regras do mini vôlei devem ser ensinadas às crianças.

Método de ensino

Ensino formal e informal: o ensino formal é o melhor método de aprendizado de técnicas enquanto que o ensino informal é a melhor maneira de se aproximar das habilidades básicas como correr, saltar, etc. Escolhi o método formal, porque as crianças alcançam a meta mais rapidamente e o método informal torna isso muito demorado, fazendo com que as crianças percam o interesse pelo jogo.

Jogos com regras adaptadas ao jogo propriamente dito. Apesar de as crianças conhecerem os fundamentos básicos, isto não significa que elas podem jogar. Deverão praticá-los na situação de jogo, através de estágio a estágio.

Controle do progresso do aprendizado: é importante para o professor saber que ele alcançou sucesso através de seus métodos. Deve usar testes para os aspectos psicomotor, cognitivo e social. É importante também para a criança avaliar seu próprio desenvolvimento (aspecto pedagógico) em relação aos demais.

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5. A experiência polonesa, por Czeslaw Wielki.

Em seu método, o professor vê três possibilidades de realizar seus objetivos:atividades obrigatórias, atividades opcionais (atividades obrigatórias a escolher entre as diferentes formas de educação física) e atividades opcionais não-obrigatórias (a escolher entre a educação física e outras atividades culturais). Em todo o complexo da educação física e do esporte educacional distinguimos certos graus ou progressos: atividades motoras de base, atividades com regras simples, atividades específicas aos esportes escolhidos e prática dos esportes (competição).

Observações. Durante nossa experiência de diferentes atividades na escola primária os alunos mostraram interesse espontâneo pela prática do basquete e do handebol. A  despeito da habilidade motora natural entre 7-8 anos as crianças não se interessavam pelo voleibol porque o mesmo exige uma habilidade motora especial para executar o passe, o saque ou a cortada; no início, trabalhamos com crianças de 8 anos. Tínhamos atividades motoras que iam diretamente ao voleibol, prestando atenção na sua habilidade geral e objetivando uma habilidade mais específica; iniciando a prática, induzimo-las a pequenos jogos de maneira a dar-lhes uma habilidade psicomotora geral e específica apenas suficiente para iniciá-las nos elementos de base do voleibol. Posteriormente, passamos a uma formação de base onde desenvolvemos as bases específicas de todos os elementos técnicos do voleibol através de um trabalho mais sistemático, induzindo-as a vencer em “grupo” ou “equipe”, sem considerar, entretanto, a apreciação de uma técnica perfeita. Aos 15-16 anos, orientamo-las à especialização, induzindo-as a jogar baseado nas suas características somáticas; as experiências relacionadas com as atividades esportivo-motoras escolar induziu-nos a sincronizar o desenvolvimento psicossomático das crianças com os estágios de formação afim de jogar com sucesso como os melhores jogadores. Esses estágios são separados a fim de tornar a compreensão mais fácil. Na prática, estão integrados completamente:

Estágio 1 – Preparação preliminar (7-8 anos até 11-12 anos)… convite e iniciação.

Estágio 2 – Formação básica (11-12 anos até 14-15 anos)… aprendizado, aperfeiçoamento, orientação, especialização.

Estágio 3 – Treinamento (depois de 14 anos)… exercícios leves (escolar), exercícios pesados (total).

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Na última postagem sobre o tema “Introdução natural do vôlei na escola” trarei para vocês os comentários das experiências suecas com Jorgen Hylander e Erik Skarback, e do holandês Jaap Tel. Aguardem.

7 comentários em “História do Mini Vôlei (II)

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  2. 20.1.2013 – (…) Estou inspirado juntamente por suas habilidades de escrita e também com a estrutura de seu blog. É este um assunto pago? De qualquer forma mantenha a qualidade da escrita agradável, pois é raro ver um bom blog como este atualmente.

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    1. Olá Vicky, você está no lugar certo. Clique na Categoria do Mini Vôlei e encontrará tudo do que precisa. As regras não são oficiais e cada professor combina com os alunos o que se deve permitir. O importante é que os saques sejam sempre do tipo “por baixo” até uma determinada idade. A bibliografia é difícil, especialmente no Brasil, pois as referências quase sempre recaem neste Procrie. Mas poderá citar (e ler) os “Anais do I Simpósio Mundial de Mini Voleibol”, que consta também deste blogue. Dê uma vasculhada por aqui.

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