Evolução das Regras, 1980-99

Década de 80

1980 – 17º Congresso da FIVB: as Regras do jogo foram traduzidas para três linguas: francês, inglês e espanhol.

1982 – A pressão da bola foi incrementada de 0,40 kg/cm² para 0,46 kg/cm².

1984 – A partir dos jogos de Los Angeles foi proibido o bloqueio do saque e os árbitros receberam instruções para serem mais benevolentes na avaliação das defesas. Durante os Jogos Olímpicos alguns atletas brasileiros (medalha de prata) atraíram as atenções pela habilidade do saque com salto. A ideia não era nova, pois foi usada no Campeonato Mundial da Argentina, em 1982, sem resultados objetivos.

1988 – A partir dos Jogos Olímpicos, uma nova regra impediu a interrupção do jogo para que se pudesse secar a quadra. Os times passaram a entrar com toalhinhas presas na parte de trás do calção, usadas sempre que o suor molhasse o piso. A FIVB impôs uniformes para as equipes femininas, o que gerou uma série de problemas com o descumprimento dessa obrigação por parte da maioria das Federações. Somente a equipe de Cuba fez uso desse uniforme. No Brasil, a Federação de Voleibol do Estado do Rio de Janeiro (FVERJ) oficializou a bola da marca Penalty.

Bloqueio. Em 1984 foi proibido o bloqueio de saques (Olimpíadas de Los Angeles). Proibido também o ataque do saque (na zona de ataque).

Defesa.  Em 1984  foram permitidos contatos múltiplos numa mesma ação. Em 6 de maio de 1988 a FIVB inaugurou suas novas instalações em Lausanne.  Nos Jogos Olímpicos desse ano o torneio masculino contou com 12 equipes (previstas 10). Os EUA venceram no masculino e a URSS no feminino, após dramática final com a equipe do Peru. O Congresso Mundial aprovou que o 5º set decisivo seja disputado no sistema de pontos por rali em que cada saque corresponde a um ponto. O placar final do set foi limitado em 17 pontos, com UM ponto de diferença. Essa medida seria modificada em 1992.

Década de 90

1992 – Após os Jogos Olímpicos de Barcelona, a regra do 5º set (tie-break) foi modificada. Nos empates em 16-16, o jogo continua até que uma das equipes consiga uma vantagem de dois pontos. Motivo: o jogo Itália e Holanda, no 5o set, foi encerrado com a vitória da Holanda por 17×16; em seguida, houve protestos dos italianos e a consequente mudança da regra.

1994 – O Congresso Mundial realizado em Atenas aprovou as novas Regras que seriam introduzidas oficialmente em 1º de janeiro de 1995: permite contatos com a bola com qualquer parte do corpo, incluindo os pés. A zona de saque foi estendida para a totalidade (9m) da linha de fundo. Eliminação da falta dos dois toques na recepção da bola vinda da quadra oponente. E a permissão para tocar na rede acidentalmente quando o jogador em questão não participa da jogada. A bola pode ser tocada voluntariamente com qualquer parte do corpo, inclusive pernas e pés (Mundial da Grécia).

1995 – A linha de ataque foi estendida com faixas tracejadas em 1,75m; a pressão interna da bola foi reduzida para 4,27lb a 4,56lb; foi permitida a invasão da linha central com as mãos; cartões de indisciplina passam a ser cumulativos; a bola que passa por cima ou por fora das antenas (fora do espaço de cruzamento) em direção à área livre da equipe adversária pode ser recuperada. Foi ampliada a zona de saque: corresponde à largura da quadra (9m); o saque pode tocar a rede; introdução de contagem de “PONTOS POR RALI (25 pontos) sem ponto limite – acaba o sistema de VANTAGEM –, sendo que no set DECISIVO (5°, tie-break), ainda jogado com 15 pontos, não há ponto limite; em caso de empate em 14-14, o jogo continua até que uma das equipes obtenha uma diferença de dois pontos. Nos quatro primeiros sets foram criados dois tempos comerciais para TV: no 8° e 16° pontos. Têm início as experiências com o sétimo jogador, o líbero, um jogador especial, diferenciado pelo uniforme, com características exclusivas de defesa e recepção, cujas trocas sucessivas não são computadas à equipe.

1996 – A figura do líbero foi introduzida experimentalmente no Grand Prix feminino logo após a Olimpíada de Atlanta; a posição dá principalmente ao voleibol masculino uma condição melhor, já que o ataque é preponderante em função do vigor físico da categoria e sobrepõe-se à defesa. O líbero veio para tentar dar um equilíbrio nessa relação entre ataque e defesa.

1997 – A partir desse ano foi testado o jogo com o líbero; sua aprovação e inclusão nas Regras deu-se somente em 1999. No Brasil do início da década de 80 era o jogador que não recepcionava o saque e se apresentava para o ataque de fundo.

O líbero é um atleta especializado nos fundamentos que são realizados com mais frequência no fundo da quadra, isto é, recepção e defesa. Esta função foi introduzida pela FIVB em 1998, com o propósito de permitir disputas mais longas de pontos e tornar o jogo mais atraente para o público. Um conjunto específico de regras se aplica exclusivamente a este jogador. O líbero deve utilizar uniforme diferente dos demais, não pode ser capitão do time, nem atacar, bloquear ou sacar. Quando a bola não está em jogo, ele pode trocar de lugar com qualquer outro jogador sem notificação prévia aos árbitros e suas substituições não contam para o limite que é concedido por set a cada técnico. Por fim, o líbero só pode realizar levantamentos de toque do fundo da quadra. Caso esteja pisando a linha de três metros ou esteja sobre a área por ela delimitada, deverá executar somente levantamentos de manchete, pois se o fizer de toque por cima (pontas dos dedos) o ataque deverá ser executado com a bola abaixo do bordo superior da rede.

1998 – Após as Olimpíadas de Seul, foi incluído o sistema de pontos rally no set decisivo (5º) (Regra 7.4). A contagem de cada set limita-se a 17 pontos: depois de um empate de 16 a 16, a equipe que primeiro marcar o 17º ponto vencerá o set com somente um ponto de vantagem (Regra 7.2.2). Modificações que não deram certo: TEMPO de JOGO e as duas TENTATIVAS de SAQUE (Regra 17.6). A Regra 17.7 coibiu o emprego da barreira, que impedia a visão do sacador. A CBV comunicou ainda (NO nº145/88) decisões da FIVB sobre a secagem (toalhas) da quadra e outros formas escusas utilizadas para interromper a partida.

1999 – As normas relativas à atuação do líbero foram finalmente incluídas nas Regras.

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