XV Campeonato Mundial de Voleibol Feminino – Gamova

Ekaterina Gamova

Velha conhecida dos torcedores brasileiros, a ponteira Ekaterina Gamova foi mais uma vez o ponto de desequilíbrio para tirar da seleção brasileira o tão sonhado inédito título mundial. Com uma atuação memorável no quinto set, a gigante de 2,02 m chamou a responsabilidade para si e virou três bolas incríveis na sequência. Ao Brasil coube olhar e admirar o desempenho da russa, que além de um foco incrível na partida, sabia muito bem como provocar a equipe verde e amarela com encaradas e olhares a cada cravada que dava no chão da quadra brasileira. “Ela conseguiu fazer tudo no tie-break, foi só ela. Não conseguimos segurar, o ataque dela vem muito alto e vem para baixo, pontua muito. Para o time da Rússia foi o diferencial”, disse a levantadora Fabíola. “Ela jogou sozinha. Ela que ganhou esse campeonato. Infelizmente, não deu para a gente”, completou Jaqueline.

Ficamos no quase

Na reedição da final de 2006, a equipe brasileira começou arrasadora, mas sucumbiu para a Rússia a partir do quarto set e viu o inédito título mundial escapar pelas mãos pela segunda vez consecutiva. A vitória russa, de virada, veio apenas no tie-break, com parciais de 21/25, 25/17, 20/25, 25/14 e 15/11, neste domingo, em Tóquio. Com as duas equipes invictas na competição, o time conseguiu durante parte do jogo controlar a gigante Gamova e a experiente Sokolova, porém sofreu uma queda de rendimento inesperada e viu exatamente as duas jogadoras desequilibrarem a partida.

A derrota encerra não da melhor forma uma campanha irretocável da Seleção até chegar à final, passando por adversários favoritos ao título como Itália e Estados Unidos. Estraga ainda a possibilidade da Seleção de ter a hegemonia do vôlei feminino, com os títulos dos Jogos Olímpicos e do Mundial. Alguns destaques da equipe no Mundial, como a ponteira Natália e a meio de rede Thaisa, não conseguiram repetir os desempenhos das partidas anteriores. No final restou às brasileiras chorarem e verem a festa da Rússia.

Como dizemos no Brasil para a levantadora: “Dá para quem está virando”. Isto é, se ela está acertando todas, por que lançar para outra? É a segurança de pontos para a equjipe.

Todavia, quando se trata de adversária, o que devemos fazer para anular o seu ataque ou mesmo, atenuar. Como criar problemas para que a equipe não jogue com ela?

Sugiro que acompanhem a série de textos sobre o SAQUE que venho postando regularmente.

 

XV Campeonato Mundial de Voleibol Feminino – Pódium

 

Foto: AFP

 Campeãs Mundiais, as russas festejam com justiça o feito. Estão de parabéns! 

Com o resultado, as russas somam três vitórias em partidas decisivas contra o Brasil. Além do jogo deste domingo, as europeias bateram a seleção nas semifinais das Olimpíadas de 2004 e na final do Mundial de 2006.

Foto: AFP

Com camisas das lesionadas e cortadas Mari e Paula Pequeno, as brasileiras não esconderam a decepção pela derrota na decisão.

Foto: AFP

A equipe japonesa comemorou muito o retorno ao pódio e a medalha de bronze. Foi considerada por muitos a equipe mais técnica do campeonato.

XV Campeonato Mundial de Voleibol Feminino – Jogar com Alegria

Atletas camaroneses festejam com dança primeira vitória em Mundial. Foto: Fivb/Divulgação.
Sheilla abusou das largadinhas para levar a Seleção à vitória. Foto: Fivb/Divulgação.

Sheilla abusou das largadinhas para levar a Seleção à vitória. Sheilla chegou a brincar. “Tomara que sejam várias mesmo, para ninguém marcar”, ironizou a camisa 13. “Tem dias que estou mais inspirada, acho que foi isso também”. Consegui brincar um pouco no ataque. Quando o passe está bom, a gente vê o bloqueio chegando e tem uma noção de como vai ser a movimentação”. Sheilla abusou principalmente das largadinhas neste sábado, fazendo por duas vezes a jogada chamada de “carroça”, em que põe a bola de forma lenta no fundo da quadra. “Eu gosto muito de dar largadinhas, mas não posso ficar fazendo isso sempre se não o Zé (Roberto) me mata”. Entre as mais regulares da Seleção Brasileira até o momento no Mundial Feminino de Vôlei, a oposto Sheilla teve atuação brilhante na vitória sobre a Tailândia, por 3 a 0, neste sábado. Em lances dignos de mágica, a jogadora tirou jogadas da cartola e marcou 21 pontos. (Celso Paiva, no Terra). 

XV Campeonato Mundial Feminino – Resultado Final

Campeã: Rússia 
 
Vice-Campeã: Brasil
 
3º lugar: Japão 
 
4º lugar: EUA
  
  
  
  
  
  
  

  

  

 

 

 

  

  

  

  

  

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Deu no Terra
Celso Paiva Direto de Tóquio

O Brasil terminou o Mundial Feminino de Vôlei sem premiações individuais, mesmo com o vice-campeonato no torneio. Em compensação, as jogadoras da Rússia – campeão em cima da Seleção Brasileira na decisão – levaram dois prêmios: melhor atacante (Tatiana Kosheleva) e melhor jogadora (Ekaterina Gamova). Confira as melhores jogadoras do Mundial, segundo a FIVB:

Atacante: Tatiana Kosheleva (Rússia)
Bloqueadora: Christian Fürst (Alemanha)
Sacadora: Maret Grothues (Holanda)
Líbero: Stacy Sykora (Estados Unidos)
Recepção: Logan Tom (Estados Unidos)
Levantadora: Qiuyue Wei (China)
Jogadora: Ekaterina Gamova (Rússia)
Pontuadora: Darnel Neslihan (Turquia)

 

Fotos: Fivb/Divulgação. 
 
 

XV Mundial de Voleibol Feminino – Semifinal

Atleta JAPONESA Saori é o grande destaque da seleção japonesa no Mundial.
Kimura Saori é o grande destaque da seleção japonesa no Mundial. Foto: Fivb/Divulgação.

O Saque como Arma Principal  

Mais uma vez sirvo-me da oportuna reportagem de Celso Paiva, do Terra, que direto de Tóquio nos informa agora sobre as próximas (sábado) adversárias, as japonesas.”Se a Seleção Brasileira tem conseguido fazer a diferença dentro deste Mundial Feminino de Vôlei por conta da variedade de opções (uma hora com Natália, uma hora com Sheilla, outra com Jaqueline), o mesmo não se pode dizer das adversárias de José Roberto Guimarães na semifinal, no próximo sábado. A equipe do Japão chega pela primeira vez, nos últimos 18 anos, entre as quatro melhores principalmente por conta da ponteira Kimura Saori. Apelidada de “milagre” Saori ou de “infinito” Saori, a jogadora é conhecida pela sua rápida mobilidade e por ocupar várias posições diferentes se assim for exigida. Com 1,85m, ela é uma das mais altas do baixinho time japonês… (…) O Japão melhorou muito, principalmente nos ataques de fundo e no bloqueio, com a Ebata e a Saori, que estão fazendo a diferença. Cada uma tem feito em média 20 pontos. A jogadora japonesa é a segunda maior neste quesito no campeonato, com 187 pontos, perdendo apenas para a turca Darnel Neslihan. Nas estatísticas do torneio, a ponteira ocupa ainda o título de melhor atacante das donas da casa até aqui na competição. Mas a arma principal da camisa 12 vem sendo o saque. Melhor no ranking do torneio neste fundamento, Saori já conseguiu 18 aces no Mundial e errou apenas 11 dos seus 154 tentados ao longo do torneio. Se a tática que o Brasil vem utilizando nos seus jogos é a de anular as peças chave de cada adversária fica a dica para o jogo contra as japonesas: olho na camisa 12″.

 

Boa Recepção

Soube que uma emissora de TV brasileira estará transmitindo a partida neste sábado (amanhã) a partir das 7horas, horário de Brasília. Convoco a todos os interessados para assistirem, pois será uma oportunidade única de contemplar e analisar o embate entre duas escolas de voleibol. A par de tudo o leitor poderá “descobrir” o valor do saque numa partida tão equilibrada. A partir daí esperamos todos tirar boas lições para o futuro.

Não percam!

XV Mundial de Voleibol Feminino – 4ª de Final

Atletas italianas aguardam o hino de seu país. Foto: Divb/Divulgação.

Galeria de fotos do Mundial – Musas embelezam Mundial japonês

 
 
 
 
 
 

 

Já eliminada, a Alemanha venceu a Holanda por 3 sets a 1, pelo Grupo F do Mundial de Vôlei Feminino, realizado no Japão. Foto: Fivb/Divulgação.
No chão, jogadoras da Sérvia ganham olhares de fãs de vôlei e é uma das atrações do Mundial. Foto: Fivb?Divulgação.

 

 

 

 

 

 
 
 
 
 
 

 

 

Time de musas da República Checa aguarda execução do hino nacional em quadra. Foto: Fivb/Divulgação.