Campeonatos Mundiais de Vôlei na Praia

O volei de praia teve rápido incremento no mundo, especialmente no Brasil. Foto Ary, CBV.

Campeonatos Mundiais

O 1° Campeonato Mundial de Vôlei de Praia foi realizado a partir de 17.2.87, no Posto 10, em Ipanema, Rio de Janeiro. Na sua organização estavam Carlos Arthur Nuzman, então Presidente da CBV, o Diretor Técnico da FIVB, Craig Thompson e o Vice-Presidente de Comunicações do Comitê Olímpico de Los Angeles e também membro da Comissão de Promoções da FIVB, Mike O’Hara.

Organização – A empresa paulista Koch Tavares foi a promotora do evento, juntamente com a Rede Globo. Fernando Oertzen era um dos sócios da Koch Tavares. Os custos foram estipulados em torno de US$ 500 mil, o equivalente a Cz$ 13 milhões (treze milhões de cruzados).

Participantes – Os americanos dominavam a modalidade nesse período. Foram convidados os primeiros do ranking, que constituíam as duplas Pat Powers-Karch Kyrali, Sinji Smith-Randy Stoklos. E também os italianos Solustri-Giovani. Participaram ainda atletas da Argentina, Chile, México e Japão. Entre os brasileiros, todos radicados no Rio de Janeiro, Clóvis-Caveirinha, Luís Américo-Serginho, Bernard-Edinho, Roese-Marcus Vinícius e Cid-Miguel.

Regulamento – As regras adotadas tiveram algumas alterações em relação ao que se jogava no Brasil por determinação e influência dos americanos, imbatíveis e já organizados nos EUA com a AVP. Apresentavam as seguintes características:

Defesa – Não vale defender de toque, não vale a bandeja (mão aberta).

Saque – Não existe zona de saque; executado de qualquer ponto do fundo da quadra.

Recepção – Não existe posição fixa para a recepção do saque.

Ataque – Vale a largada e a agarrada seguirá os mesmos critérios dos jogos em quadra fechada; vale a invasão por baixo, desde que não interfira na jogada do adversário.

Tempo – Permitidos dois tempos de 1 minuto a cada dupla durante o set.

Campo – Haverá troca de campo no 8° ponto, quando o set for de 15 pontos, e a cada set quando a disputa for em melhor de 3 sets. Neste caso, haverá um descanso de 5 minutos entre eles.

Substituição – Não será permitida; se um jogador não tiver condições de continuar, a dupla será obrigada a desistir e perderá a partida.

Circuito Mundial. Na temporada 96/97, foram dez etapas. Desde 87 aumentou de uma para dezessete o número de etapas. No Rio, parada final da chamada World Series, o total do prêmio no ano de 96 chegou a US$ 200 mil. O baixo custo na formação das duplas é também responsável pela popularização da versão praiana.

Campeões Mundiais – Masculino

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1987    Randy Stoklos/Sinjin Smith       EUA
1988    Karch Kiraly/Pat Powers          EUA
1989    Randy Stoklos/Sinjin Smith       EUA
1990   Randy Stoklos/Sinjin Smith        EUA
1991   Randy Stoklos/Sinjin Smith        EUA
1992   Randy Stoklos/Sinjin Smith        EUA
1993   Franco Neto/ Roberto Lopes        Brasil
1994   Jan Kvalheim/ Bjorn Maaseide      Noruega
1995   Franco Neto/ Roberto Lopes        Brasil
1996   Emanuel Rego/Zé Marco             Brasil
1997   Emanuel Rego/Zé Marco             Brasil
1998   Guilherme Marques/Rogério Pará)   Brasil
1999   José Loiola/Emanuel Rego          Brasil
2000   Zé Marco/Ricardo Santos           Brasil
 

Campeãs Mundiais – Feminino

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1992   Nancy Reno/Karolyn Kirby         EUA
1993   Adriana Samuel/Mônica Rodrigues  Brasil
1994   Isabel Salgado/Roseli Timm       Brasil
1995   Sandra Pires/Jacqueline Silva    Brasil
1996   Sandra Pires/Jacqueline Silva    Brasil
1997   Shelda Bede/Adriana Behar        Brasil
1998   Shelda Bede/Adriana Behar        Brasil
1999   Shelda Bede/Adriana Behar        Brasil
2000   Shelda Bede/Adriana Behar        Brasil
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Vôlei no Rio e em Nictheroy

Nossas histórias. Vamos contá-las juntos! 

Para que deixemos de ser um país “sem memória” presto uma contribuição às novas gerações, que poderão acompanhar um resumo sobre o tema. Na foto de 1939 a equipe do Icaraí Praia Clube (de Nictheroy) campeã do Torneio da ACM, vendo-se ao fundo o local da própria “Rede”. Em pé, à esquerda, Milton Braga, Vital Imbassahy e Aguinaldo Mendonça; agachados, Nelsinho, Otávio Botafogo e Klauss. Acervo Aguinaldo Mendonça. Esta “Rede” foi fundada dois anos antes, em 1937, pelos associados do Clube IPC.

Você poderá sugerir e compatilhar assuntos de maior relevância. Entre e participe, é talvez uma oportunidade única de poder contar suas histórias de atleta e relembrar o chamado “Voleibol romântico”. Este resumo tornou-se um aprendizado novo para mim no intuito de chegar mais rápido a você antes da edição dos dois volumes sobre a “História do Voleibol no Brasil” que estarei publicando em breve . Enquanto isto volte no tempo e se não teve atuações impecáveis, releve-as como eu fiz. Divirta-se uma vez mais como no “nosso tempo”.

Voleibol no Rio de Janeiro. O jogo ganhou novos espaços ao ser praticado ao ar livre, especialmente nas praias. E o Rio  não poderia ficar de fora dessa, ainda mais pelo favorecimento geográfico, com belas praias e sol o ano inteiro. Quanto a Nictheroy, comecem a descobrir porque a cidade era tida como “celeiros de craques” e a que tem a “melhor vista do mundo”. 

Contribuições: 1930 – Criada a EsEFEx – Escola de Educação Física do Exército; 1937 – Obrigatória a Educação Física escolar; 1938 – A Liga de Volley-Ball, fundada em 14/9, precedeu a Federação Metropolitana de Volley-Ball; 1939 – Criada a Escola de Educação Física e Desportos da Universidade do Brasil (atual UFRJ).

Papel da ACM. A Associação Cristã de Moços do Rio de Janeiro, fundada em 4.6.1893, teve papel saliente no desenvolvimento de vários desportos, notadamente o voleibol e o basquetebol, graças à orientação norte-americana à qual muito se deve em matéria de Educação Física. Em 1938, deu início aos famosos “Torneios Abertos” (anuais) que atraía a nata dos praticantes do voleibol no Rio de Janeiro e de Nictheroy. Vejam o resultado do segundo torneio realizado no ano seguinte:

2° TORNEIO ABERTO DE VOLLEY-BALL

Promoção: ACM do Rio de Janeiro – Patrocínio: “Correio da Noite” – 1939

Nº. de Participantes: 20 equipes masculinas – Campeão: Icaraí Praia Clube (Nictheroy) – Vice-campeão: Praia das Flexas (Nictheroy).

Caminhos da Praia

Vôlei na Praia

O Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia, disputado desde 1992, espalha seus frutos pelo mundo. A prova de que ele é hoje o maior circuito de todos são as últimas conquistas das duplas brasileiras no exterior. O resultado foi um grande sucesso que permanece até hoje. Com esse apoio o talento dos atletas brasileiros ficou mais evidente. E os resultados não demoraram a aparecer. Sucesso de público, criação de ídolos, as torcidas organizadas, tudo isso contribuindo para que mais e mais jovens desejem participar de alguma forma desse grande “circo” do vôlei de praia. A CBV vem realizando  estudos  para incentivar o aprendizado do voleibol, preparando uma nova geração de talentos.

Técnico de Vôlei de Praia.  A partir dessas perspectivas, a CBV inovou, também, ao realizar o 1° Curso para Técnicos de Vôlei de Praia – Iniciação e Alto Nível – na Escola de Educação Física do Exército, no Rio, no período de 28/8 a 4/9/98, para cerca de 60 alunos e professores. A partir de agora, nos próximos Circuitos, será permitida a presença do técnico junto aos atletas durante todo o transcorrer da competição. É outra novidade a ser implantada e levada posteriormente à FIVB. Com isto, reforça-se a imagem da figura do técnico, ao tempo em que se valoriza a sua atuação profissional. É um novo mercado, regulamentado e assistido.

Histórico. Os primeiros passos foram dados em 91, quando o autor programou o 1° Curso de Mini vôlei em praias de Fortaleza, Recife, João Pessoa e Niterói – ao todo, 1.200 alunos. Já agora, a orla do Rio de Janeiro tem cerca de 300 crianças regularmente aprendendo e descobrindo os segredos desse esporte espetacular.

Projeto do 1º Curso de Mini Voleibol em Praias no Brasil

Objetivo. Continuar atraindo mais crianças a este amplo e prazeroso mundo do vôlei. Através de profissionais especializados da área de Educação Física acompanhar as crianças desde sua iniciação até o aprimoramento de suas técnicas. Além disso, prestar serviços em obras filantrópicas, tal como as realizadas com alunos excepcionais da APAE-Niterói há vários anos. O Programa a ser desenvolvido prevê atuações em diversas escolas através de convênios, inclusive com material específico para a prática do minivôlei.

Características

1. Expectativa de Público

Transitam diariamente pelos calçadões das praias de Icaraí considerável número de pessoas:

Assistência direta 400 pessoas
Horário de lazer 600 pessoas
Horário de rush 12.000 pessoas
Total de público 13.000 pessoas

2. Período: 6 ou 12 meses, renováveis – Aulas: 4as e  6as feiras Horário: 17h às 18h; 18h às 19h; 19h às 20h

3. Local: Praia de Icaraí – entre as ruas Belizário Augusto e Oswaldo Cruz – área provida de refletores.

4. Área: Aproximadamente de 108m x 70m, equivalente ao campo do Maracanã.

5. Faixa Etária: Crianças dos 8 aos 13 anos.

6. Apoio: Prefeitura de Niterói.

7. Coordenação: Prof. Roberto A. Pimentel.

8. Espaço Publicitário: Placas promocionais – 2m x 0,80m e painel 2m x 3m, removíveis; Camisetas… 350

9.Convênios & Parcerias: Colégios públicos e entidades promotoras de ações sociais; Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE

10. Custo: Processos normais de propaganda em eventos, com objetivo primordial de exclusividade. Poderá ser subdividido em cotas proporcionais no caso de copatrocínio.

Obs.: descortina-se amplo campo de atuação dentro de colégios conveniados com o Programa

Justificativa & Atribuições

1. Descrição

Nome: Mini vôlei

Apoio: Prefeitura Municipal de Niterói

Patrocínio: (a definir)

Coordenação: Prof. Roberto A. Pimentel

Objetivos: Promover o aprendizado e incentivar a prática esportiva; Divulgar novas técnicas de ensino do vôlei

Estratégia: Ensino dos principais fundamentos e de tática elementar; Vivenciar o voleibol; Enriquecimento por multiplicação de soluções; Estímulo à obtenção de recordes pessoais.

Período:                                        Início                término

Local:  Praia de Icaraí                   ……                    …….

Horário:                                   4ªe 6ª, das 17h às 20h

Clientela:           300 crianças, de ambos os sexos, de 8 a 13 anos

2. Organização e Definição de Atribuições

Coordenador Geral: Planejar o projeto; Administração contábil e financeira; Programar as atividades; Garantir a interação e montagem entre os setores; Compor a equipe de trabalho; Estabelecer contrato com o(s) patrocinador(es); Estabelecer contato com Prefeitura; Convênios com Universidades; Produção de “memória” em vídeo.

Administração: Providenciar local para a execução do evento; Dar ou obter a devida autorização oficial; Providenciar a respectiva iluminação do local; Promover o evento junto à mídia, autoridades e público; Providenciar a segurança no momento das aulas; Solicitar acompanhamento médico (primeiros socorros).

Serviços: Montar e desmontar os equipamentos no local do evento; Garantia do local  pronto ½ hora antes do início da 1ª aula; Cuidar pela conservação e guarda de todo equipamento; Permanecer junto ao local durante todo o período de aulas; Atender às solicitações da Administração e Coordenação;

Coordenação Técnica: Elaborar o planejamento técnico geral e os planos de aula; Instruir supervisor e professores sobre o planejamento; Relacionar os recursos materiais necessários; Acompanhar a aplicação do Projeto;  Apoio na obtenção de parceiros comerciais (patrocinador); Avaliar e reciclar os professores e estagiários; Acompanhar a montagem do apoio administrativo; Organizar torneios de exibição periodicamente.

Professores: Ministrar o plano de aula de acordo com o planejamento; Organizar as atividades dos alunos, da chegada à saída; Verificar a apresentação dos alunos; Zelar por todo o material de aula disponível;

Assessoria de comunicação: Supervisão Técnica; Garantir a aplicação do planejamento de aulas.

3. Estrutura

Pessoal: 1 Coordenador (professor) – 10 Estagiários – 4 Auxiliares

Material: 40 bolas de voleibol – 40 bolas de tênis – 10 bolas de medicine-ball  – 10 mini rede, marcação etc. – 10 aros ginásticos – 2 cordas elásticas – 14 puçás – 10 petecas – 1 biruta – 6 sacos (guarda de material) – 1 bomba – 5 sacos de bola

Festival de Minivôlei. O Festival de Minivôlei destina-se a crianças de ambos os sexos, matriculadas regularmente no Curso. O objetivo desse Festival é incentivar o contato social e fomentar o desejo da prática esportiva ao ar livre. Apresenta-se, também, como oportunidade de divulgação de novas técnicas de ensino. A previsão é de uma clientela de 300 crianças, distribuídas por sexo e faixas etárias, em horários distintos, assim constituídas:

Masc.              10-11 anos                   24 crianças

12-13 anos                   24 crianças

Fem.                10-11 anos                   24 crianças

12-13 anos                  24 crianças

Nota: crianças de 9 anos terão torneio especial.

Datas previstas para a realização do Festival…….. (enumerá-las).

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