ATENDENDO A PEDIDOS, REEDITAMOS NOVOS (e poucos) EXEMPLARES
Aos interessados, favor entrar em contato com o autor (em Comentários). O livro não está à venda em livrarias.
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Um Lugar Incrível e Maravilhoso!
Repriso o artigo sobre o local de meu nascimento, de meus irmãos e uma dezena de amigos ainda vivos que por lá moraram ou passaram dias maravilhosos. Comunico a todos que reeditei uma tiragem pequena de novos exemplares que estarão à disposição dos interessados. Não percam, pois até hoje ninguém reclamou ou devolveu! 
Caríssimos internautas,
Abro breve parêntese em minhas postagens convencionais para atender variados reclames de amigos que me honraram com a leitura do meu primeiro livro publicado em 2008. Trata-se da história da Villa Pereira Carneiro, o local em que nasci e fui criado. Peço desculpas por me servir da crítica de um desconhecido para mim, dono de um blog e bastante ácido em suas palavras a historiadores da antiga capital fluminense. Por modéstia permito-me publicar somente a parte que me cabe como personagem, mas poderão ver a íntegra no endereço abaixo. Já agradeci por e-mail ao Professor e Doutor Kahlmeyer-Mertens, ao tempo em que enviei para sua análise crítica a segunda obra que compus, História do Voleibol no Brasil. Permaneço em vigília literária e apreensivo quanto aos seus comentários. Relativo à tiragem, foram somente duzentos (200) exemplares consumidos por ex-moradores e seus descendentes. Restam-me três ou quatro para os mais atrasadinhos, que poderão valer-se da internet para adquiri-los.
Bené e a Villa – De curioso e ao mesmo tempo coincidente, o autor descreve na obra da Villa seu primeiro encontro com o saudoso Benedito Silva, Bené, que realizava treinos em quadra improvisada no local no início da década de 50, inclusive com frequência nobre, como Borboleta, Quaresma, Nélio Achão e outros. Nos meus onze anos ficava admirado e certamente influiu em minha decisão em abandonar o basquete e ingressar anos mais tarde no voleibol com o mesmo Bené, agora no Gragoatá, em 1958.
Literatura-Vivência (http://www.literaturavivencia.blogspot.com.br) (Busque mês de julho, 2012)
“Ser anfitrião das belas letras.” Com esta legenda, o presente Blog pretende abrir espaço para os talentos da literatura (com ênfase na fluminense). Tal sítio é reservado ao fomento e divulgação da boa poesia, da crônica, do conto, da crítica e, também, da vivência em meio às Instituições acadêmico-literárias. Preservar a memória dessa literatura, promover o trabalho de autores cujas obras já se encontram consolidadas e apoiar as promessas que ingressam na senda literária é o nosso papel.
“Villa Pereira Carneiro”: Recanto adorável de Niterói em livro definitivo Postado por R. S. Kahlmeyer-Mertens às 15:41; sábado, 28 de julho de 2012.

Os animais da floresta se reuniram para escolher sua rainha. Na disputa, a cevada porca reclamou a coroa: “– Eu chego a dez filhos!”. A ardilosa raposa, coçando sua calva, calculava quase cem crias nas últimas primaveras. Foi quando chegou a leoa dizendo ser ela a rainha. Autoritária, a cadela (acudida pela toupeira e pelo veado) contestou questionando quantos filhotes ela teria. A leoa respondeu imediatamente “ – Um, mas é um leão”. (ESOPO, Fábulas)
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Existem livros que por sua especificidade acabam demorando a ser reparados num cenário de ideias, entretanto, uma vez descobertos e lidos, essas obras passam a receber a merecida atenção pelo valor de sua contribuição. É o caso de Villa Pereira Carneiro, de Roberto Affonso Pimentel. Editado pela Nitpress em 2008, o livro oferece consideráveis subsídios para a elaboração da história deste bairro de Niterói e, em boa medida, elementos que contribuiriam para a própria escrita da história do Município. Objetivando a narrativa da história da vila operária criada pelo Conde Pereira Carneiro, o livro tem o tom predominantemente técnico-historiográfico, mas não ficam de fora (como o próprio autor adverte em seu prefácio) os elementos da memória afetiva. Apreciando sua forma e conteúdo, constatamos a existência de um livro inteiro, pois nele nada falta ou é interrompido repentinamente.
De início, temos uma coletânea sistemática de artigos que seu autor chamou de “Textos e reportagens”, ali vemos notícias sobre aquela vila operária, sobre o Conde que a administrava e sobre as Condessas (que foram, em diferentes épocas, suas esposas); após, temos substanciais capítulos de desenvolvimento, são eles: “Anatomia da Villa”, “Casas”, “Diversão”, “Termos, costumes, simpatias e curiosidades”, “Comércio e serviços”…
Entre os itens de desenvolvimento do livro, o capítulo denominado “Moradores” merece, aqui, uma especial ressalva. Trata-se da mais completa relação de documentos sobre a alocação dos daquela vila. Casa a casa, Roberto A. Pimentel identifica moradores, destaca o trabalhador de seus familiares e documenta fielmente datas, taxas de aluguel vigentes na época e os laços de parentesco criado entre os da vizinhança. Este elenco cobre criteriosamente os anos de 1920-1955.
A acuidade da pesquisa pode ser identificada como saldo competente de um levantamento documental em que, além de fotos (rigorosamente identificadas com legendas explicativas) e mapas (também imagens feitas por satélites), o pesquisador apresenta em fac-símile diversos documentos obtidos na pesquisa empírica, junto a antigos moradores. Fora esses, o livro ainda possui uma vasta coleção de anexos, são eles: escrituras, registros dos primeiros nascimentos (1921), relação de remembramentos e proprietários etc. Estes, entre outros, seriam certamente úteis aos que, como Roberto A. Pimentel, entendem como séria a tarefa de escrever a história daquele lugar.
Roberto Pimentel reforça a seleta casta de historiadores fluminenses integrada por autoridades como Carlos Wers, Clélio Erthal, Cesar Ornellas, Emmanuel Macedo Soares, Francisco Tomasco de Albuquerque, Ismênia Martins, José Inaldo Alonso e Thalita de Oliveira Casadei nos fazendo acreditar no que resta da saúde intelectual da micro-história nas terras do Rio de Janeiro. Diante de livro em apreço – por enquanto o primeiro e o único de seu autor – minha palavra aos “prolíficos estoriadores” (sic) não pode ser outra senão aquele verso de Leconte de Lisle: “Lâche, que ne fais-tu comme a fait ce lion?”[1] , Enfim: livro de Roberto Pimentel é um leão!
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[1] “Frouxos, por que não fazem como esse leão”?
Uma vez mais agradecido ao autor do texto acima e reafirmo o que postei à época em seu blog que não sou escritor e tão pouco historiador, mas um mero contador de histórias, muitas delas que me foram passadas por amigos e os mais “velhinhos”.
