Novas Formas de Pensar o Treinamento: Defesa (3)

MiniEuFavBairro INVERTIDA
Roberto Pimentel repensa e sugere nova Metodologia na Iniciação e Formação em voleibol e outros desportos.

Tese Inovadora e Criativa

    – Vale a pena treinar?

     – O quê treinar?  – Como?

     – Quanto?  – Quando?

 

 

I – Justificativa  (já apresentada)

II – Metodologia e Pedagogia

III – Prática e Avaliação de Resultados

IV – Conclusão

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II – Metodologia e Pedagogia

Conceitos e Métodos – Importância da Dúvida – Seleção de Artigos.

Conceitos e Métodos

iAtleta e várias bolas (chegada para o toque)
Foto: Fivb/Divulgação.

Apresentamos uma seleção de artigos publicados neste Procrie sempre com o fito de concitar os leitores a meditar e produzirem experimentos com olhar pedagógico e agudeza no raciocínio, alavancando sua CRIATIVIDADE para novos feitos nessa difícil, mas prazerosa Arte de Ensinar. O ordenamento dos artigos às vezes foge à cronologia com que foram postados; buscou-se torná-los fluidos para leituras e discussões instrutivas. Internautas mais experientes nas coisas do voleibol perceberão de imediato que estamos pensando em voz alta, i.e., propondo alternativas metodológicas à luz de um instrumental pedagógico que está disponível a todos em seus cursos. Não se trata de um tiro no escuro, mas uma transposição da teoria para a prática que vimos divulgando a pouco e pouco. Dessa forma, não temos solução milagrosa, não determinamos o quê deva ser feito, mas buscamos juntos a melhor maneira de abordar, equacionar e, finalmente, configurar uma SOLUÇÃO, que pode ainda não ser definitiva, uma vez que em Educação tudo é mutável. Há que pelejar e não permanecer estagnado ou copiar as famosas receitas técnicas.

Importância da Dúvida

“Duvidar é um estado de espírito que pode significar o fim de uma fé ou o começo de outra. Em dose moderada, estimula o pensamento. Em dose excessiva, paralisa toda atividade mental”. (Vilém Flusser, filósofo tcheco)

Quanto à preocupação em concitar comentários no blogue, cremos que contribuem fundamentalmente para balizar os escritos ou o desenvolvimento de um assunto. Na sua ausência, cria-se um vazio ou expectativa em saber COMO chegam as informações e propostas. Mais à frente, a partir de alguma dúvida na interpretação dos escritos, certamente proporcionará uma nova postagem esclarecedora que atingirá outros indivíduos com as mesmas interrogações. Uma análise atenta no Procrie perceberão que grande parte de Comentários é oriunda do estrangeiro e, ainda, com ausência de dúvidas. Convidamo-los, então, a repensarem matéria tão pouco divulgada ou transparente na atualidade. Compartilhemos nossos erros e acertos de maneira transparente e amistosa e que possamos estimular professores, treinadores e atletas nessa sadia provocação. Concluindo, renovo o que já consignamos há tempos sobre a necessidade de realizarmos aulas ou CURSOS PRESENCIAIS, fundamentais a qualquer Ensino a Distância.

A seguir, relembramos postagens realizadas nestes três anos de Procrie relativas ao tema Defesa em Voleibol.

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Seleção de Artigos

Apresentamos uma seleção de artigos publicados no Procrie sobre o tema em que postulamos uma atitude crítica diante do que se produziu através de décadas. Neles não está escrito como fazer, mas sim o quê fazer. Por isso o seu conteúdo se adapta a diversas circunstâncias e locais, não importa se escolas, clubes ou até mesmo seleções nacionais”. Em suma, metodologia aplicável da Iniciação, passando pela Formação, e ainda, no alto nível. Boas leituras!

Treinamento de Defesa

Japão Copa do Mujndo BRAS e Servia BloqueioPalavras-chave (Tags): Segredos do Ensino, Aprendizagem Ativa.

O matemático húngaro George Pólya nos dá boas lições a respeito de ensino e aprendizagem que bem podemos aplicar ao nosso dia a dia: O que o professor diz na sala de aula não é de forma alguma pouco importante. Mas, o que os alunos pensam é mil […]

Defesa: Vale a Pena Treinar?  

Defesa em quadra femininaPalavras-chave (Tags): Treinamento de Defesa, Brasil vs. Alemanha.

Na recente partida entre as seleções dos dois países (6.10), observei um lance que reputo como um daqueles já comentado em textos sobre a Iniciação e Formação de jogadores. Creio que se desenrolava o 3º e último set da partida que seria ganha pelo Brasil (3×0). Um jogador alemão salta […]

Treinamento de Defesa – Formação

Italiana defende bola Certo ou Errado Palavra-chave (Tag): Formação.

Observando a foto ao lado o que teria a dizer o treinador italiano? Faço este preâmbulo para situá-los no tempo e nas considerações técnicas que pretendo discorrer com colocações e teorias a respeito. Nessa nossa conversa tratarei de relatos com passagens e histórias com campeoníssimos também do Vôlei de Praia. Perceberão que diversas contingências […]

Treinamento de Defesa – II

Brasil Checos Bloqeuio Defesa atrasPalavras-chave (Tags): Tempo: passado e futuro.

Em 30 de julho publiquei o primeiro artigo com este título. O tema é o fundamento defesa em voleibol, quer seja individual ou coletivamente. Lá, dei os primeiros passos para estimular a maneira de pensar o treinamento dos atletas. Da mesma forma faço-o agora esperando

Defesa em Voleibol – Lição I

Digitalizar0003 Roger FedererPalavras-chave (Tags): Biomecânica em Voleibol, Câmeras Modernas, Como Ensinar Voleibol, Defesa em Voleibol, Treinamento Profundo, Vídeo em Voleibol.

Treinar, treinar, treinar… Será mesmo que resolve? Muitas vezes ainda vamos ouvir a expressão acima como condicionante para o apuramento da técnica do atleta. Todavia, tenho minhas dúvidas. É bem possível que a maioria dos profissionais do ramo em que atuam tenha plena consciência do que realizam e, de forma consciente, pratiquem os seus saberes no […]

Defesa em Voleibol – Lição II

Atletas POLONESAS ROUBAM A CENADURANTE mUNDIAL DE VOLEIPalavras-chave (Tags): Aprender a Ensinar, Defesa em Voleibol, Lições de Defesa, Metodologia e Pedagogia, Pedagogia de Ensino, Primeiro Movimento e Vontade

Revendo Métodos e Conceitos Pedagógicos. Após  observações sobre a maneira comportamental em DEFESA de atletas de alto nível – p. ex. final da Superliga feminina – animei-me ainda mais a levar aos respectivos treinadores minhas pesquisas e, se de acordo, compartilharmos novas experiências pedagógicas no que se refere ao respectivo treinamento. Seria de bom alvitre não deixar de considerar […]

Ensinar a Defender – Lição III                                                     

Canhota Canadense atacandoPalavras-chave (Tags): Ensinar a Defender, Formação, Oposto em Voleibol, Treinamento de Defesa, Valor da História.

Como ensinar a defender. Representar e ilustrar o passado, as ações do homem são tarefas tanto de historiador como do romancista (Henry James). Poderíamos dizer que o bom treinador deve ter “um olho no jogo e outro no treino”. Para facilitar os nossos leitores e produzir um encadeamento sobre o tema DEFESA, republico o artigo Lições do Mundial […]

Aprender a Defender – Lição IV                        

SARA PAVAN, UNILEVAR CANHOTA CANADENSEPalavras-chave (Tags): Líbero, Métodos de Treinamento, Treinamento de Defesa em Voleibol.

Altos e baixos no jogo. Os poucos e raros atletas altos (1,90m) de voleibol no Brasil nas décadas de 40 a 60  eram considerados lerdos e, por isto, pouco aproveitáveis numa equipe. A tal ponto que o treinador da seleção masculina – Sami Mehlinsky – presente ao Mundial de Paris em 1956, justificou a convocação de vários atletas de baixa […]

A Rede Coberta – Lição V   

Rede CobertaPalavras-chave (Tags): Aprendizagem Individualizada e Cooperativa, Método de Treinamento, Rede Coberta, Treinamento de Defesa.

Em prosseguimento ao tema DEFESA, faço uma ressalva aos leitores para destacar a importância de um planejamento em suas atividades. Dessa forma, relembro os textos postados neste Procrie sob o título Lições de um Projeto, Perspectivas de Aprendizagem (3 art., nov./2009) sobre nossa atuação no Morro do Cantagalo, no Rio de Janeiro, projeto que antecedeu o […]

Treinamento: Defesa vs. Ataque – Lição VI 

TIM Brasil Mundial Volei Campeão BraslPalavras-chave (Tags): Defesa vs. Ataque, Grandes Ralis, Treinamento de Defesa.

Experiência Pedagógica. Grandes ralis não são raros no voleibol feminino. Se acharem que já viram um desses, avisem-me: http://www,youtube.com/watch_popup?v=8zBRdO1XFGg&vq=medium  (Grandes ralis, voleibol sensacional) Lições – Ocorreu que o vídeo pode nos induzir a pensar livremente, desacondicionado da intenção primeira do(s) autor(es). Sendo assim, criemos nossos próprios pensamentos e hipóteses com a finalidade de obtermos subsídios pedagógicos nos […]

Valorizando Defesas em Detrimento de Ataques – Lição VII 

Japão Copa do Mujndo BRAS e Servia BloqueioPalavras-chave (Tags): Circo de Matsudaira, Treinamento de Defesa.

Vimos em postagem anterior – Treinamento: Defesa vs. Ataque – como podemos aproximar um treino das condições reais de jogo, tornando-o bastante motivante. Como alcançar tal estágio? Aparentemente, parece fácil, diriam, basta não errar. Todavia, muitas nuances se incorporam àqueles momentos, o que empresta certo grau de imponderabilidade aos lances. Aliás, altamente recomendável para a […]

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Continua…

III Prática e Avaliação de Resultados  (a desenvolver…)

IV – Conclusão (a desenvolver…)

Novas Formas de Pensar o Treinamento: Defesa (2)

 Busca de Novos Métodos de Treinamento na Formação

MiniEuFavBairro INVERTIDA
Roberto Pimentel propõe o volley thinking na busca de novos métodos de treinamento.

 

Pensando o Vôlei… Volley thinking 

– Vale a pena treinar?

– O quê treinar?

– Como?

   – Quanto?

    – Quando?

 

 

 

Conceitos e Métodos – O Circuito do Ensino – Aprender Brincando e Jogando – Valor da Defesa – Circo de Matsudaira – Criatividade nas Aulas e Treinos – Liberdade de Ter Ideias Maravilhosas – Líbero, Antes e Depois – Importância da Dúvida.

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Conceitos e Métodos

O Circuito do Ensino. Daniel Coyle é autor do livro O Código do Talento, que trata de uma ideia simples: a fábrica de talento. Esta consiste no acesso a um mecanismo neurológico no qual certos padrões de treinamento direcionado constroem uma habilidade. Trata-se de uma zona de aprendizagem acelerada, zona essa à qual podem ter acesso aqueles que sabem como fazê-lo. Em suma, decifraram o código do talento. Este se baseia em descobertas científicas revolucionárias sobre um isolante neural chamado mielina, atualmente considerado por alguns neurologistas o Santo Graal da aquisição de habilidades. (Leia mais O Circuito do Ensino)

Aprender Brincando e Jogando. Os internautas que me acompanham conhecem a máxima em que me apóio sobre a metodologia a empregar nos treinamentos, mesmo para adultos. Sempre que possível divertir-se jogando previne uma série de contra tempos e desgastes nervosos, quebrando as inefáveis monotonias a que estão submetidos os treinandos em qualquer circunstância. Este um dos piores defeitos do adestramento, em que se ensina o automatismo, e não fazer com que se adquira uma aptidão geral para a aprendizagem motora. O mais importante é o trabalho de tatear efetuado pelo indivíduo, e muito mais, a resultante desse trabalho, i.e., a aquisição de habilidades motoras. É um grande erro pedagógico querer acelerar os processos de ações intempestivas e invasoras. O papel do educador é o de suscitar, de favorecer as tentativas, os erros e o ajustamento, e não o de substituir o mecanismo educativo desse processo adaptativo por suas técnicas (Le Boulch). Quando uma experiência é bem sucedida no decorrer do tatear, ela cria como que um apelo à potencialidade e o indivíduo experimenta a necessidade de repetir esse ato bem sucedido até que possa fazer parte do automatismo. A atmosfera da alegria das sessões certamente contribui para a criação (C. Freinet). (Leia mais em Categoria/Metodologia e Pedagogia)          

 

Tese Inovadora

I – Justificativa

II – Metodologia e Pedagogia

III – Prática e Avaliação dae Resultados

IV – Conclusão

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Parte I – JUSTIFICATIVA 

Valor da Defesa

O emocional e os números

Quem jogou e quem quer se iniciar no voleibol é principalmente atraído pelos lances espetaculares, especialmente as cortadas de ataque. Pouquíssimos emprestam atenção aos lances de defesa. É bem possível que nos EUA os treinadores de base tenham despertado sua atenção para esse detalhe e consequentemente valorizado o treinamento específico. A tal ponto que nos jogos entre profissionais na década de 70 disputados entre equipes constituídas de cinco atletas, sendo uma mulher, sem rodízio, os lances mais aplaudidos eram referentes às defesas. Ao final da partida, o destaque era sempre o que mais defendera.

Um segundo aspecto nos é oferecido pela Regra do jogo em que cada erro corresponde a um ponto – pontos por raly. O locutor de Tv e alguns comentaristas muitas vezes afirmam que, a partir do vigésimo ponto, todos os pontos são importantes. Já refutei a sentença em postagem neste Procrie quando considerei que cada ponto, a partir do primeiro, é importante, pois pode fazer falta no final do set. Qual seria o ponto mais importante: o primeiro ou o último? Nesse caso tenho certeza de que o emocional prevalece sobre os números, pois os atletas são compelidos por seus treinadores a não errarem nos derradeiros momentos de um set (decisivo). Há aqueles que apelam: “Pelo amor de Deus, entra lá e não erre o saque”!

Por último, uma indagação: “Por que o líbero é o melhor defensor”?

A resposta soa óbvia, mas existe um desdobramento que nos parece importantíssimo para o desenvolvimento de nossa tese. Imagina-se que todos responderiam dizendo que o indivíduo apto a se constituir como líbero deve possuir algumas características inatas que o levem a se tornar um exímio especialista na função. Como está impedido de atacar, e até de sacar, sua participação no jogo está devidamente demarcada: ele só defende! E, consequentemente, seu treinamento é voltado exclusivamente para se tornar um perito em defesa ou recepção de saques, nada mais. Certamente, o criador do voleibol não gostaria de ver sua obra tão deturpada, uma vez que a ideia primitiva era de rodízio de funções entre os componentes. Todavia, através dos anos as competições tornaram imperiosas as especializações. Antes do advento da manchete no Brasil (1964), os três (depois dois) levantadores eram os principais artífices em defesas, pois basicamente tanto estas, quanto as recepções de saques eram realizadas “de toque” (por cima) com ambas as mãos. Considerando-se ainda, que este toque deveria ser perfeito, sob pena de punição pelo árbitro (“dois toques”). Por outro lado, à época, o voleibol dividia espaços nos raros ginásios com o basquete, o que lhes conferia reduzido tempo para treinamento, além de horários exprimidos com as diversas divisões em cada modalidade. Em suma: técnicos do alto nível e mesmo treinadores das categorias de base jamais tiveram vislumbre ou preocupação em treinar defesa por gerações. E o que acho incrível, até nossos dias!

E para concluir, sabe-se que quem dita métodos e programa de treinos invariavelmente são os treinadores das seleções nacionais de plantão, os demais, copiam. Especialmente, quando são vitoriosos. Mas quem disse que também aqueles (da seleção) já não têm suas receitas técnicas construídas desde seus tempos de atletas? Estaríamos confundindo o ponto de partida com o ponto de chegada?

Circo de Matsudaira

Brasil URSS Maracanã 2
Foto: Abril Press; Revista Vôlei Brasil.

O Voleibol transformado em ESPETÁCULO!

A foto ao lado refere-se à partida entre os selecionados de União Soviética e do Brasil, Maracanã (1983), com recorde de público de 90 mil espectadores. (Leia mais História do Voleibol no Brasil, vol. II, pág. 163-164)

Antes, no Japão, Yasutaka Matsudaira realizou façanha que surpreendeu e encantou o mundo quando levou o país a se tornar campeão olímpico em 1972 com a equipe masculina. Anteriormente (1964), as moças conquistaram a medalha de ouro na própria casa. Para isto, foram precisos oito anos de treinamento e aperfeiçoamento em novas técnicas e táticas não conhecidas no ocidente, entre elas o jogo de ataque fintado, o saque de longa distância balanceado e a técnica defensiva aprimorada ao extremo. Dizia-se até que para eles “não existia bola perdida”. O principal encantamento – as fintas e ataques rápidos – foram imediatamente incorporadas aos cardápios de treinos no mundo, enquanto que saques e defesas invariavelmente postos de lado, e a não ser por um ou outro detalhe, logo esquecidos. A técnica do saque seria substituída em 1982-84 com o emprego do saque com salto (viagem ao fundo do mar), mas até o momento espera-se que treinadores despertem de sono profundo. Resta saber que a federação japonesa produziu um filme de 20min contando essa verdadeira epopeia, exibido no Brasil em 1975 durante curso na EsEFEx. Espero que o tempo não tenha danificado o DVD que copiei, e que algum dia possa mostrar aos novos treinadores e internautas como os japoneses treinavam defesa e mantinham sua elasticidade. (Leia mais Valorizando Defesas em Detrimento de Ataques – Lição VII; História do Voleibol no Brasil, vol. II, pág. 145-147.)

Criatividade nas Aulas e Treinos

Cada vez mais me convenço da inutilidade dos treinamentos de defesa da forma como são aplicados. Possuo longa e profícua experiência no voleibol como atleta de excelente nível técnico, treinador. Tenho repetido que ao ver uma equipe atuando duas ou três vezes posso adiantar como ela é treinada, ou seja, o que falta de técnica individual a seus integrantes. No caso masculino, invariavelmente as bolas atacadas pelos adversários que ultrapassam os bloqueios não são defendidas. Os esquemas táticos de defesa empregados pelas equipes permanecem os mesmos da década de 60, em nada se diferem uns dos outros, inclusive no alto nível. Assim, os principais erros procedem de falha humana, ou de treinadores que não procedem a métodos de treinamento mais adequados a partir da Formação. Daí as expressões mais ouvidas no alto nível em qualquer desporto: “Não tenho tempo para treinar”! Deveriam aprender isto na Formação”!

Por que tudo isto? A meu ver, má colocação dos defensores e, na maioria das vezes, a posição não muito adequada dos braços (estão dispostos para defesa por manchete) e o consequente receio de uma bolada (medalha) que acarreta as sucessivas esquivas, especialmente em bolas na altura do peito ou rosto. É o que chamo de esconder-se atrás do bloqueio. Este estudo – verdadeira tese não acadêmica – está lançado online inclusive para debatermos o assunto de forma livre e cristalina. Aos que se juntarem, sejam bem-vindos, pois não creio que tenham encontrado nada similar e desfrutem de oportunidade ÚNICA de aprofundamento na matéria. Mais do que tudo, compartilharemos informações, conhecimentos e estaremos nos comunicando. Quer mais? Não se esqueçam que nossas descobertas deverão fazer parte dos treinos e aulas na Formação e mesmo nas aulas escolares. Aprenderão brincando e se divertindo!

Liberdade de Ter Ideias Maravilhosas

Penso que a inteligência não pode desenvolver-se sem conteúdo. Fazer novas ligações depende de saber o suficiente sobre algo em primeiro lugar para ser capaz de pensar em outras coisas para fazer, em outras perguntas a formular que exigem ligações mais complexas a fim de compreender tudo isso. “Quanto mais ideias uma pessoa já tem à sua disposição, mais novas ideias ocorrem, e mais ela pode coordenar para construir esquemas ainda mais complicados”. (Leia mais Importância de um Bom Ensino)

Líbero, Antes e Depois

FABI UNILEVER Marketing
Fabi, Unilever Marketing.

É certo que a atleta consagrada da foto jamais figuraria em um time de voleibol devido à sua estatura (1,69m) caso não fosse alterada a regra do jogo em 1992 após as Olimpíadas de Barcelona. E por que alteraram a regra? Invariavelmente os ataques preponderam sobre as defesas e a solução foi permitir (não é obrigatório) que jogadores mais ágeis atuassem somente na função de defensor (não podem atacar), e ao mesmo tempo não prejudicassem o número de substituições permitidas em cada set (6). Para chegar a ser a melhor do mundo na função o que foi preciso? Como foi treinada? Por que outras não atingiram tanta excelência? Enfim, como prospectar e produzir novos talentos? De uma coisa sei, facilitou-a o fato de atuar no futebol com seus irmãos e amigos desde tenra idade e possuir um jeito todo descontraído de ser, quase moleca. Por outro lado, para estar no time, tem que ser a melhor entre as baixinhas. (Leia mais Teoria vs. Prática)

 Continua… (em desenvolvimento)

II – Metodologia e Pedagogia

III – Prática e Avaliação de Resultados

IV – Conclusão

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Bibliografia:

Psicologia Pedagógica, L. S.Vigotski – Como as Crianças Pensam e Aprendem, David Wood – O Código do Talento, Daniel Coyle – O Código Cultural, Clotaire Rapaille – Rumo a uma Ciência do Movimento Humano, Jean Le Boulch – Rápido e Devagar, Duas Formas de Pensar, Daniel Kahneman – História do Voleibol no Brasil, Roberto Affonso Pimentel.