Estamos próximo de atingir nossa meta de 1 mil artigos para deleite dos internautas interessados em Metodologias de Ensino – Escolar e Desportiva. O que não desmerece qualquer ensino de habilidade humana.
No intuito de divulgar o livro que acabamos de produzir e editar, estaremos fazendo contato com universidades oferecendo não só o livro como a realização de palestra sobre o tema. O que não impede que a iniciativa venha da própria universidade ou de um de seus membros. Lembrando que se trata de obra enciclopédica, memorialista e “de referência”. E, pelo que fomos informados, também didática: 2 vol., 1.047 pág., +200 fotos.
Sua aquisição será exclusivamente pela internet. Os interessados poderão se valer deste Procrie ou pelo e-mail do autor.
Investimento: R$ 70,00, ambos os volumes (+Correios).
História do Voleibol, 1939-2000
De: “Roberto Pimentel” <roberto_pimentel@terra.com.br>
Para: “.” <defh@fef.unicamp.br>
Enviadas: Quinta-feira, 15 de Agosto de 2013 10:56:51
Assunto: Livro História do Voleibol no Brasil
Prezado Professor Bortoleto,
(…) Falamos em passado próximo a respeito de uma possível apresentação de slides sobre a Spartakiada em um congresso internacional. Tenho agora a mostrar-lhe e a seus colegas e alunos, uma História do Voleibol no Brasil , adjetivada como enciclopédica, memorialista e obra de referência. São dois volumes que abrigam 1.047 páginas e cerca de 200 fotos. Trata do voleibol e muitos de seus aspectos no séc. XX, tendo recuado até o ano de 1939. Pela riqueza de detalhes, a obra tem parâmetros aplicáveis em estudos das áreas da Sociologia, História da EF e Esportes, e Voleibol. Sem sombra de dúvida, uma obra imperdível. Poderá ver o projeto maior que proponho ao País em http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/ . Trata-se de um Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol perfeitamente aplicável a outros desportos. Gostaria de oferecer dois exemplares, um à Unicamp e outro a você, esperançoso que haja divulgação plena entre seus pares e alunos. Para tanto preciso de seu consentimento e endereço para envio. Se houver alguma oportunidade próxima, terei imenso prazer em ser o portador. Releases e dizeres estão gravados em
Devo mostrar-lhe meu interesse em divulgar essa História através de palestras diversas, acrescentando que alguns professores universitários estão utilizando-a também com emprego didático em seu cotidiano universitário. Além disso, outros colegas em escolas de ensino médio, como fonte de pesquisa para trabalhos de seus alunos na área.
De: “Maria Aparecida Moraes” <mmoraes@fef.unicamp.br>
Para: “Marco Antonio Coelho Bortoleto” <bortoleto@fef.unicamp.br>
Enviadas: Quinta-feira, 15 de Agosto de 2013 13:13:01
Assunto: Fwd: Livro História do Voleibol no Brasil
Prezado Sr. Roberto,
Sim, claro que me recordo do senhor. De fato os postais da Spartakiadas estão atualmente expostos em nossa biblioteca. Eis o convite: http://www.fef.unicamp.br/fef/pdf/noticias/convite_exposicao_biblioteca.pdf
Assim que a exposição cessar, disponibilizaremo-la on-line, para que o público externo possa acessar.
Será um prazer receber seus livros e poder divulgá-los entre nossos docentes, estudantes e pesquisadores. Aproveito e copio o Prof. João P. Borin, responsável pela disciplina de Volei e que com certeza receberá o material com alegria e satisfação. Copia ainda nossa bibliotecária, Sra. Andréia Manzato, que certamente receberá o livro para nossa biblioteca. Caso deseje enviar os exemplares: Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP Faculdade de Educação Física – FEF Avenida Érico Veríssimo, 701, Cidade Universitária Zeferino Vaz, Barão Geraldo CEP 13.083-851, Campinas, SP, Brasil
Atenciosamente,
Prof. Marco A C Bortoleto
FEF – UNICAMP
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Praga, a capital checa, possui um dos mais belos e conservados patrimônios arquitetônicos da Europa. Isso se deve principalmente ao fato de ela ter sofrido relativamente poucos danos durante as duas guerras mundiais. Monumentos, igrejas, ruas estreitas e prédios históricos contrastam com as modernas edificações da cidade. Uma das construções mais importantes é o castelo na colina Hradcany, fundado no séc. XVII, que atualmente serve como a residência presidencial e onde antigamente era habitado pelos reis da Boêmia.
Praga é famosa por ser um dos grandes centros culturais europeus, ligado a nomes como os compositores Antonín Dvořák e Bedřich Smetana e os escritores Franz Kafka, Rainer Maria Rilke e Jarosla Hašek. É o centro editorial do país e possui diversas instituições de ensino superior. A mais famosa é a Universidade de Carlos, fundada no séc. XIV, sendo também a mais antiga da Europa Central. Merece também destaque a Universidade Técnica de Praga, fundada no séc. XVIII. Além dessas duas importantes universidades, o sistema de ensino superior da cidade é apoiado pela Academia de Ciências que contribui para o desenvolvimento de diversas áreas de pesquisa. Praga também possui escolas de economia, artes, música, cinema e dança. Na capital existe um grande número de bibliotecas e teatros. Entre seus museus se destaca o Museu Nacional, de 1818, e os museus técnico, judaico, etnográfico e de literatura. Uma preciosa coleção do rei Rodolfo II é conservada na Galeria de Arte do Castelo de Praga.
Amistoso Internacional – Spartak vs. Botafogo
Por força de minha admiração desde o Mundial de 1960 quanto vi atuar no Brasil a seleção tcheca, sinto-me bastante honrado em perceber tantos visitantes ao blog do país, até porque sempre os considerei os mais técnicos jogadores naquele período, justificado inclusive por serem vencedores em dois campeonatos mundiais (1956 e 1966). Estou postando neste blog matéria sobre o seu país e as relações históricas com o Brasil na área do voleibol. Tenho dúvidas quanto ao time do Spartak que esteve no Brasil em 1966. Poderiam ajudar-me a identificar seus nomes?
“Em dezembro, o Botafogo, bicampeão e base da seleção carioca, contando com o concurso de vários jogadores integrantes da seleção do Brasil, obteve sensacional façanha ao derrotar, de forma inconteste, a representação tcheca do Spartak, integrada por quatro jogadores campeões do mundo, inclusive Pavel Schenk, considerado o melhor cortador, por 3 a 1 (15×13, 15×11, 9×15 e 15×10), em partida disputada no ginásio do Mourisco, sábado à noite, com um público que rendeu Cr$ 1milhão e 200mil. A vitória do clube alvinegro foi valorizada pelo empenho apresentado pelos tchecos, que não tiveram a atuação que se esperava, mas que nem por isso jogaram mal. Quaresma, o cérebro do Botafogo, foi a grande figura em quadra, enquanto que Petlak foi o melhor do Spartak, tendo Pavel atuação bastante falha, talvez pela temperatura local de 33 graus. Nas fotos, os destaques das equipes, Quaresma (1,78m) e Pavel (2m) trocam cumprimentos antes da partida; e a equipe do Spartak com Lasnika e Pavel Schenk (primeiro e segundo, à esquerda)”. Fotos: acervo da família de Jorge de Mello Bettencourt.
Foto: acervo José Maria Schwartz da Costa.
Em 1966, atuando em Praga, os tchecos recuperaram a primeira colocação em campeonatos mundiais (foram campeões em 56), com a Romênia em segundo, a URSS em terceiro, seguidos da Alemanha Oriental, Japão e Polônia. Vinte e quatro países solicitaram inscrição neste Campeonato: Chave A, em Praga – Tchecoslováquia, Iugoslávia, Itália, China, Israel, Marrocos; Chave B, Nitra – URSS, Hungria, USA, Alemanha Oc., França, México; Chave C, em Gottawoldow – Romênia, Polônia, Turquia, Mongólia, Argentina; Chave D, em Jihlava – Brasil, Bulgária, Japão, Coreia, Finlândia, Bélgica. O Brasil não conseguiu a almejada classificação para a segunda fase.
Enquanto isto me chega a vontade de visitar o país e, na foto ao lado, percebam o motivo. Tábor é uma pequena e bela cidade na Boêmia do Sul, fundada em 1420 pelos Hussitas. (Foto: Wikipédia). Não é por acaso que o governo da Rep. Tcheca vem se empenhando e divulgando pelo mundo, inclusive no Brasil, as virtudes e belezas de sua terra e de seu povo.
Fonte dos dados: Wikipédia; Embaixada da República Tcheca em Brasília (http://www.mzv.cz/brasilia/pt/); “História do Voleibol no Brasil”, vol. I e II, Pimentel, Roberto Affonso.
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Cada ideia é apoiada e colorida por uma rede de outras ideias. (Piaget)
Dando seguimento à série de postagens a respeito da Spartakiada, trago à lembrança o esplêndido texto de Eleanor Duckworth, no livro The Having of Wonderful Ideas, 1972, O Ato de ter Ideias Maravilhosas: “Quanto mais ideias uma pessoa já tem à sua disposição, novas ideias ocorrem e mais ela pode coordenar para construir esquemas ainda mais complicados”. Pretendo produzir uma cadeia de pensamentos, ou ideias, em que se sugiro a adoção sistemática da Ginástica Geral e outras manifestações da Educação Física no âmbito escolar infantil, sem perda de conteúdo para a tendência moderna de ensino desportivo precoce. Isto é, ambos podem evoluir harmonicamente, de forma bastante lúdica, favorecendo um desenvolvimento global da criança pelos motivos que veremos mais adiante.
Melhor ensino para o voleibol. Retroagindo um pouco no tempo, publiquei em 27.11.2009 neste blogue (procrie), sob o título “Teoria vs. Prática” meu diálogo com o Professor João Crisóstomo (Vôlei vs. Vôlei) tratando sobre as possíveis relações entre a especialização unilateral precoce e a qualidade final do desempenho. Ele acentuava as possíveis relações entre vivências motoras variadas na infância e o comportamento técnico do atleta na idade adulta. Concluía com a hipótese de que o voleibol praticado na infância de forma sistematizada visando à formação de futuros atletas para a modalidade atua como fator limitante para o desempenho de voleibolistas adultos, pois lhes falta a necessária memória motora produzida na infância. Nesse diálogo relatei a minha história, o que viria a atestar a sua hipótese. Evidentemente, é quase nada para se concluir como uma teoria. Resolvi, então, incrementar meus estudos para encontrar apoio técnico-científico às minhas ideias.
Como surgem as ideias. A inteligência não pode desenvolver-se sem conteúdo. Fazer novas ligações depende de saber o suficiente sobre algo em primeiro lugar para ser capaz de pensar em outras coisas para fazer, em outras perguntas a formular, que exigem as ligações mais complexas a fim de compreender tudo isso. Uma vez que o conhecimento é organizado em uma estrutura coerente, nenhum conceito pode existir isoladamente. Assim, cada ideia é apoiada e colorida por uma rede de outras ideias.
Conhecimento amplo e conhecimento restrito. Quando Piaget ministrava seu curso sobre inteligência, ele começava perguntando: “O que é inteligência”? Ele então respondia: “Inteligência é o que nos possibilita adaptarmo-nos a novas situações”. E continuava salientando que existem dois aspectos em qualquer ato de adaptação – nossa compreensão da situação e a invenção de uma solução baseada nesse entendimento. As situações nunca são inteiramente novas e nós as entendemos assimilando o que observamos à totalidade de conhecimento que trazemos para cada situação. A solução que inventamos pode nunca ser, portanto, mais inteligente que nossa compreensão da situação. Uma vez que nossa compreensão da situação depende do conhecimento que trazemos para ela, inteligência e conhecimento para Piaget referem-se amplamente à mesma coisa. Essa afirmação torna-se mais clara à luz da distinção feita por Piaget entre conhecimento em um sentido amplo e conhecimento em um sentido restrito. Sugere-se, então, que é melhor colocar a ênfase na aprendizagem no sentido amplo. Porções específicas de conhecimento são entendidas por assimilação dentro da totalidade de conhecimento no sentido amplo. A construção de conhecimento no sentido amplo depende da construção de sistemas operacionais e de uma vasta rede de relações. Conhecimentos gerais sobre matérias variadas – Geografia, História, Voleibol… – não podem ser construídos sem uma estrutura lógica e espaço-temporal. O conhecimento no sentido amplo não é, portanto, uma coleção de fatos específicos, mas antes uma rede de ideias organizadas. Em outras palavras, a aprendizagem não pode ser destituída de input (contribuição) específico se crianças pequenas devem aprender qualquer coisa, contudo a questão permanece: Que tipos de input específicos contribuem para a aprendizagem no sentido amplo do termo? Acreditamos que as atividades de conhecimento físico são ideais porque dão oportunidade para a aprendizagem de porções específicas de informação de uma forma que contribui para a aprendizagem no sentido amplo do termo. Concluindo, se tentarmos encher a cabeça das crianças com uma grande quantidade de fatos como os educadores empiristas tentam fazer, teremos a ilusão, em curto prazo, de termos ensinado muita coisa quando na verdade contribuímos para a repressão da construção com o decorrer do tempo. Enfim, todo ensino específico torna-se fútil quando ignora a importância da aprendizagem no sentido amplo.
Falar muito não resolve. Para se entender melhor, quando os proponentes de um novo programa de educação “científica” alegam que ele é “orientado ao processo” se segue um “método de descoberta”, suas suposições empiristas básicas estão ainda em contradição com a importante distinção feita por Piaget entre “descoberta” e “invenção”. Colombo descobriu a América – ela já existia; mas o homem inventou o automóvel. Essa mesma diferença aplica-se ao conhecimento físico versus conhecimento lógico-matemático, o primeiro referindo-se à descoberta do que está no mundo exterior e o último, envolvendo a criação de relações, teorias e novos objetos. Para a construção do conhecimento científico, a observação de fatos empíricos e a conceitualização de teorias são ambas necessárias. O professor pode, portanto, saber o que a criança pode aprender por observação e o que ela não pode a fim de evitar o perigo de reduzir à “descoberta” toda a aquisição de novo conhecimento.
Concluindo, as atividades de conhecimento físico são usadas não para a instrução ou “descoberta” de conhecimento científico, mas para a construção de conhecimento pela criança num sentido amplo. Se aceita tal teoria, “Como, então, aplicar tais conhecimentos no ensino desportivo de crianças”? É o que veremos a seguir.
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Choque de alegria! A aula é uma festa. Alunos organizam os jogos. Torcida se reveza. Professor, um observador privilegiado.
Ideias Maravilhosas
Cada ideia é apoiada e colorida por uma rede de outras ideias. (Piaget)
Dando seguimento à série de postagens a respeito da Spartakiada, trago à lembrança o esplêndido texto de Eleanor Duckworth, no livro The Having of Wonderful Ideas, 1972, O Ato de ter Ideias Maravilhosas: “Quanto mais ideias uma pessoa já tem à sua disposição, novas ideias ocorrem e mais ela pode coordenar para construir esquemas ainda mais complicados”. Pretendo produzir uma cadeia de pensamentos, ou ideias, em que se sugiro a adoção sistemática da Ginástica Geral e outras manifestações da Educação Física Geral no âmbito escolar infantil, sem perda de conteúdo para a tendência moderna de ensino desportivo precoce. Isto é, ambos podem evoluir harmonicamente, de forma bastante lúdica, favorecendo um desenvolvimento global da criança pelos motivos que veremos mais adiante.
Melhor ensino para o voleibol. Retroagindo um pouco no tempo, publiquei em 27.11.2009 neste blogue, sob o título “Teoria vs. Prática” meu diálogo com o Professor João Crisóstomo (Vôlei vs. Vôlei) tratando sobre as possíveis relações entre a especialização unilateral precoce e a qualidade final da performance. Ele acentuava as possíveis relações entre vivências motoras variadas na infância e o comportamento técnico do atleta na idade adulta. Concluía com a hipótese de que o voleibol praticado na infância de forma sistematizada visando à formação de futuros atletas para a modalidade atua como fator limitante para o desempenho de voleibolistas adultos, pois lhes falta a necessária memória motora produzida na infância. Nesse diálogo relatei a minha história, o que viria a atestar a sua hipótese. Evidentemente, é quase nada para se concluir como uma teoria. Resolvi, então, incrementar meus estudos para encontrar apoio técnico-científico às minhas ideias. Eis o destaque que encontrei nas descrições de Kamii e Devries no livro que trata das implicações da teoria de Piaget, “O conhecimento físico na educação pré-escolar”, 1985.
Como surgem as ideias. A inteligência não pode desenvolver-se sem conteúdo. Fazer novas ligações depende de saber o suficiente sobre algo em primeiro lugar para ser capaz de pensar em outras coisas para fazer, em outras perguntas a formular, que exigem as ligações mais complexas a fim de compreender tudo isso. Uma vez que o conhecimento é organizado em uma estrutura coerente, nenhum conceito pode existir isoladamente. Assim, cada ideia é apoiada e colorida por uma rede de outras ideias.
Conhecimento amplo e conhecimento restrito. Quando Piaget ministrava seu curso sobre inteligência, ele começava perguntando: “O que é inteligência”? Ele então respondia: “Inteligência é o que nos possibilita adaptar-nos a novas situações”. E continuava salientando que existem dois aspectos em qualquer ato de adaptação – nossa compreensão da situação e a invenção de uma solução baseada nesse entendimento. As situações nunca são inteiramente novas e nós as entendemos assimilando o que observamos à totalidade de conhecimento que trazemos para cada situação. A solução que inventamos pode nunca ser, portanto, mais inteligente que nossa compreensão da situação. Uma vez que nossa compreensão da situação depende do conhecimento que trazemos para ela, inteligência e conhecimento para Piaget referem-se amplamente à mesma coisa. Essa afirmação torna-se mais clara à luz da distinção feita por Piaget entre conhecimento em um sentido amplo e conhecimento em um sentido restrito. O construtivismo piagetiano sugere que é melhor colocar a ênfase na aprendizagem no sentido amplo. Porções específicas de conhecimento são entendidas por assimilação dentro da totalidade de conhecimento no sentido amplo. A construção de conhecimento no sentido amplo depende da construção de sistemas operacionais e de uma vasta rede de relações. Conhecimentos gerais sobre matérias variadas – Geografia, História – não podem ser construídos sem uma estrutura lógica e espaço-temporal. O conhecimento no sentido amplo não é, portanto, uma coleção de fatos específicos, mas antes uma rede de ideias organizadas. Em outras palavras, a aprendizagem não pode ser destituída de input (contribuição) específico se crianças pequenas devem aprender qualquer coisa, contudo a questão permanece: Que tipos de input específicos contribuem para a aprendizagem no sentido amplo do termo? Acreditamos que as atividades de conhecimento físico são ideais porque dão oportunidade para a aprendizagem de porções específicas de informação de uma forma que contribui para a aprendizagem no sentido amplo do termo. Concluindo, se tentarmos encher a cabeça das crianças com uma grande quantidade de fatos como os educadores empiristas tentam fazer, teremos a ilusão, a curto prazo, de termos ensinado muita coisa quando na verdade contribuímos para a repressão da construção com o decorrer do tempo. Enfim, todo ensino específico torna-se fútil quando ignora a importância da aprendizagem no sentido amplo.
Falar muito não resolve. Para se entender melhor, quando os proponentes de um novo programa de educação “científica” alegam que ele é “orientado ao processo” se segue um “método de descoberta”, suas suposições empiristas básicas estão ainda em contradição com a importante distinção feita por Piaget entre “descoberta” e “invenção”. Colombo descobriu a América – ela já existia; mas o homem inventou o automóvel. Essa mesma diferença aplica-se ao conhecimento físico versus conhecimento lógico-matemático, o primeiro referindo-se à descoberta do que está no mundo exterior e o último, envolvendo a criação de relações, teorias e novos objetos. Para a construção do conhecimento científico, a observação de fatos empíricos e a conceitualização de teorias são ambas necessárias. O professor pode, portanto, saber o que a criança pode aprender por observação e o que ela não pode a fim de evitar o perigo de reduzir à “descoberta” toda a aquisição de novo conhecimento. Concluindo, as atividades de conhecimento físico são usadas não para a instrução ou “descoberta” de conhecimento científico, mas para a construção de conhecimento pela criança num sentido amplo. Se aceita tal teoria, “Como, então, aplicar tais conhecimentos no ensino desportivo de crianças”? É o que veremos a seguir.
Pluralidade de atividades: favorecida pela diversidade de conteúdos pode ser aplicada com sucesso às demais disciplinas curriculares. Múltiplas estações, múltiplas tarefas: A organização das aulas em múltiplos campos ou estações permite a participação de TODOS. Os campos de jogo podem estar organizados com tarefa única ou com diferenciadas tarefas (simultaneamente). Uma opção criativa, interessante e bastante agradável seria o deslocamento de todos os alunos (em grupos, equipes) num sentido predeterminado, tanto nos exercícios, quanto nos jogos. Solução de Problemas: As ações propostas devem ter o objetivo de minimizar diferenças individuais, o tempo de aula, a falta de motivação dos alunos e a exclusão. Avaliação: As atividades devem ser colocadas especialmente para o desenvolvimento da coordenação das relações espaço-temporal e as crianças se divertirem, testando-se à medida que o professor introduz as variações citadas nos objetivos da aula. Faz-se mister que o docente promova uma avaliação não só do desempenho dos alunos, mas de si mesmo, uma reflexão sobre a própria ação. Neste momento poderá se servir de alguns princípios do ensino: 1) Como planejar uma atividade? 2) Como introduzi-la? 3) Como interagir com as crianças durante a atividade? 4) Que tipo de acompanhamento é importante? Além disso, os alunos podem responder às indagações: a) Estou aprendendo? b) Como aprendo?
Em “Formação Continuada/Curso de Mini Vôlei (III)”, teci considerações sobre a atividade do jogo paralelo. Em tais atividades as crianças querem fazer coisas com os objetos (fornecer vários deles, além de bolas variadas), e aqui podem ser incluídos também os elementos da Ginástica Geral. Quando não puder fornecer materiais suficientes para diversas crianças de cada vez, provavelmente será melhor dirigir as crianças para outras atividades e prometer uma mudança mais tarde do que fazê-las esperar e olhar os outros se divertirem. A criatividade do professor em confeccionar o próprio material deve estar “em alta”. Nesta tarefa ele poderá tirar partido da situação promovendo determinada atividade em que as crianças comecem fazendo suas próprias coisas e, a seguir, terem a oportunidade de exibir seus feitos, manipular seus objetos, imitar, comparar suas descobertas e dar conselhos umas às outras. Uma outra forma é: “Introduza a atividade de tal forma que a cooperação seja possível, mas não necessária”.
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Spartakiada era inicialmente o nome de um evento desportivo internacional que a União Soviética tentou usar tanto como oposição como complemento dos Jogos Olímpicos (em russo, há certo paralelismo nos nomes: Spartakiada e Olimpíada)
Gymnaestrada (Ginastrada)
Vários países da Europa, em especial Áustria, Noruega, Alemanha, Suécia e Suíça, desenvolviam movimentos ginásticos distintos, cada um com suas especificidades, baseados em suas culturas e interesses. Com o objetivo de reunir todos estes países numa integração cultural, a Federação Internacional de Ginástica FIG) resolveu em meados do século XIX realizar um grande festival de Ginástica, chamado Gymnaestrada. O termo criado por Jo Sommer significa a essência do evento: gymna = ligado à ginástica; e estrada = caminho. A Gymnaestrada Mundial é realizada de 4 em 4 anos. A última edição aconteceu em Lisboa, em 2003, com a participação de 30 mil pessoas de diversos países. Este evento engloba demonstrações na área de Ginástica Geral sem fins competitivos, com objetivo de levar ao publico o espetáculo, a cultura dos diversos povos e do intercambio entre os grupos participantes. (Fonte: www.unijuiedu.br)
Ginástica Geral
A Faculdade de Educação Física da UNICAMP em parceria com o SESC-SP e o apoio da International Sport and Culture Association – ISCA comunicam a realização do V Fórum Internacional de Ginástica Geral no período de 1 a 4 de Julho de 2010 na cidade de Campinas (SP). Este evento que se tornou referência nacional e internacional, tem como principais objetivos a criação de um espaço de informação, capacitação e discussão sobre a Ginástica Geral, de divulgação das pesquisas e trabalhos realizados e de abertura de possibilidades para disseminação dessa prática no âmbito escolar e comunitário.
Voleibol e Spartak
Em dezembro de 1966, a equipe tcheca do Spartak, com alguns jogadores de sua seleção nacional, esteve realizando alguns amistosos no Rio de Janeiro. Um desses encontros foi contra o Botafogo, bicampeão carioca, que venceu a sensacional partida por 3 x 1. Chamou-me a atenção o estado atlético de seus componentes, todos altos e fortes, verdadeiros ginastas. Neste momento o leitor mais perspicaz já percebe o sentido dos textos que estou desenvolvendo, ligando o desenvolvimento de um desporto qualquer à prática elementar desde criança de uma Educação Física eficiente.
Desporto Escolar
As discussões sobre a prática escolar da Educação Física permanecem e o Brasil cada vez mais “anda para trás” nesse quesito. Continuamos a não termos as práticas para todos – escolas públicas e privadas – e muito pouco, quase nada, em matéria de ensino, tanto na Educação Física (Ginástica Geral), quanto nas chamadas “escolinhas” que, conforme o próprio nome diz, são pequenas demais para quem sonha com um Brasil potência esportiva.
Então, qual seria a nossa contribuição?
(continua…)
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Ao término desta série de textos procurarei mostrar a possibilidade de realizarmos algo mais concreto e eficaz nas aulas de Educação Física, inclusive em benefício de uma Formação Desportiva. Acompanhem-me neste passeio maravilhoso que a história nos revela através de fotos e comentários em tradução livre.
2. “Nós os defenderemos”! É o título da exibição dos ginastas do exército. Esta composição de difícil execução provocou muitos aplausos.
4. Vista aérea da cena das principais jornadas da 2aSpartakiada. EstádioStrahov, um dos maiores do mundo com uma área de 58 ha, uma arena de 200mx310m e uma arquibancada para milhares de espectadores.
6. Uma demonstração de exercícios de massa jamais realizada foi protagonizada por ginastas do exército nos plintos de ginástica. 2.720 homens sobre 272 plintos provaram não apenas suas excelentes qualidades de ginastas, mas também capacidade e precisão numa execução harmoniosa. (continua…)
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Volto ao tema consignando as demais fotos da 2ª Spartakiada Nacional tcheca e os comentários pertinentes das autoridades governamentais.
7. Ambas as paradas (desfiles) prestaram um tributo ao Partido Comunista e ao Governo, sendo ao mesmo tempo uma expressão de alegria e satisfação. Uma com 350 mil participantes e outra, de adultos, com 200 mil indivíduos, que participaram, todos, na Spartakiada Nacional.
8. Mais de 1.485 mil expectadores assistiram às demonstrações dos oito dias principais do 2aSpartakiada Nacional. 450 mil estiveram presentes no ensaio matutino. Milhares de pessoas admiraram a habilidade dos atletas nas suas TVs e nos cinemas. As salas de exibição estiveram consequentemente funcionando ininterruptamente.
9. 6.984 homens e mulheres membros da Associação de Cultura Física Estrela Vermelha, além de membros das forças do Ministério do Interior apresentaram um quadro de alta qualidade. Na foto, a fase final.
10. Passar ao menos uma vez por este caminho, a porta dos ginastas, é uma experiência inolvidável e o desejo de cada menino e menina da República Socialista da Tchecoslováquia. Desta vez, por ocasião da 2aSpartakiada Nacional, 721.603 realizaram este sonho. É o maior número na história dos exercícios de massa.
11. Os homens, membros da Associação Tchecoslovaca de Educação Física, apresentaram duas composições: exercícios com barras (15.300 executantes de cada vez) e exercícios com bolas pesadas.
12. Por decisão do Comitê do Partido Comunista, Antonín Novotny, Presidente da República, concedeu a Ordem de Klement Gottwald para a construção da pátria socialista à Associação Tcheca de Educação Física. Na foto, Frantisek Vodslon (à esquerda) presidente da Associação, recebe a condecoração.
(continua…)
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