Voleibol, Brasil e Portugal (IV, final)

 

Aprender Brincando e Jogando

 

 

      

          

 

 
  

 

Verdadeiro choque de alegria! A aula é uma festa. Os próprios alunos organizam os jogos (2×2, 3×3, 4×4). A torcida participa e se reveza. E o professor, um observador privilegiado. 

 

Pluralidade de atividades favorecida pela diversidade de conteúdos pode ser aplicada com sucesso às demais disciplinas curriculares. Além disso consegue-se retornar à tecla da multiplicidade de movimentos na infância e sua importância.

Múltiplas estações, múltiplas tarefas. A organização das aulas em múltiplos campos ou estações permite a participação de TODOS. Os campos de jogo podem estar organizados com tarefa única ou com diferenciadas tarefas (simultaneamente). Uma opção criativa interessante e bastante agradável seria o deslocamento de todos os alunos (em grupos, equipes) num sentido predeterminado, tanto nos exercícios, quanto nos jogos.

Solução de problemas. As ações propostas devem ter o objetivo de minimizar diferenças individuais, o tempo de aula, a falta de motivação dos alunos e a exclusão.

Avaliação. As atividades devem ser colocadas especialmente para o desenvolvimento da coordenação das relações espaço-temporal e as crianças se divertirem, testando-se à medida que o professor introduz as variações citadas nos objetivos da aula. Faz-se mister que o docente promova uma avaliação não só do desempenho dos alunos, mas de si mesmo, uma reflexão sobre a  própria ação. Neste momento poderá se servir de alguns princípios do ensino: 1) Como planejar uma atividade? 2) Como introduzi-la? 3) Como interagir com as crianças durante a atividade? 4) Que tipo de acompanhamento é importante? Além disso, os alunos podem responder às indagações: a) Estou aprendendo?  b) Como aprendo?

Jogo paralelo. Em “Formação Continuada/Curso de Mini Vôlei (III)”, teço considerações sobre as atividades do jogo paralelo. Em tais atividades as crianças querem fazer coisas com os objetos (fornecer vários deles, além de bolas variadas) e então, podem ser incluídos também os elementos da Ginástica Geral. Quando não puder fornecer materiais suficientes para diversas crianças de cada vez provavelmente será melhor dirigi-las para outras atividades e prometer uma mudança mais tarde do que fazê-las esperar e olhar os outros se divertirem.

Interação e cooperação. A criatividade do professor em confeccionar o próprio material deve estar “em alta”. Nesta tarefa ele poderá tirar partido da situação promovendo determinada atividade em que as crianças comecem fazendo suas próprias coisas e, a seguir, terem a oportunidade de exibir seus feitos, manipular seus objetos, imitar, comparar suas descobertas e dar conselhos umas às outras. Uma outra forma é: “Introduza a atividade de tal forma que a cooperação seja possível, mas não necessária”.

Um lembrete. As sugestões pedagógicas se aplicam ao ensino do desporto qualquer que seja ele, devendo o professor escolher as ferramentas adequadas a cada caso.

Grupos Criativos. Criatividade e imaginação devem estar presentes na escolha das brincadeiras e jogos; dando asas à imaginação, os próprios alunos podem participar da criação e confecção de materiais alternativos (e baratos) a serem utilizados. “O tempo – afirmou Heráclito – é um jovem a brincar. Às vezes, nos seus jogos, gosta de se divertir, sobretudo com a esfera emotiva, criando poesia, música e arte. (…) O importante é que cada homem saiba brincar com o tempo que brinca, de modo criativo, sem se esquivar aos seus dons”. “O tempo passou na janela – só Carolina não viu”, diz o lamento de Chico Buarque, na sua doce canção. Parece que sabemos todos o que fazer. O problema é colocar em prática. Dê, então, o primeiro passo e busque SUAS PRÓPRIAS ideias.

Spartakiada (conclusão)

Choque de alegria! A aula é uma festa. Alunos organizam os jogos. Torcida se reveza. Professor, um observador privilegiado.

Ideias Maravilhosas

Cada ideia é apoiada e colorida por uma rede de outras ideias. (Piaget) 

Dando seguimento à série de postagens a respeito da Spartakiada, trago à lembrança o esplêndido texto de Eleanor Duckworth, no livro The Having of Wonderful Ideas, 1972, O Ato de ter Ideias Maravilhosas: “Quanto mais ideias uma pessoa já tem à sua disposição, novas ideias ocorrem e mais ela pode coordenar para construir esquemas ainda mais complicados”. Pretendo produzir uma cadeia de pensamentos, ou ideias, em que se sugiro a adoção sistemática da Ginástica Geral e outras manifestações da Educação Física Geral no âmbito escolar infantil, sem perda de conteúdo para a tendência moderna de ensino desportivo precoce. Isto é, ambos podem evoluir harmonicamente, de forma bastante lúdica, favorecendo um desenvolvimento global da criança pelos motivos que veremos mais adiante.

Melhor ensino para o voleibol. Retroagindo um pouco no tempo, publiquei em 27.11.2009 neste blogue, sob o título “Teoria vs. Prática” meu diálogo com o Professor João Crisóstomo (Vôlei vs. Vôlei) tratando sobre as possíveis relações entre a especialização unilateral precoce e a qualidade final da performance. Ele acentuava as possíveis relações entre vivências motoras variadas na infância e o comportamento técnico do atleta na idade adulta. Concluía com a hipótese de que o voleibol praticado na infância de forma sistematizada visando à formação de futuros atletas para a modalidade atua como fator limitante para o desempenho de voleibolistas adultos, pois lhes falta a necessária memória motora produzida na infância. Nesse diálogo relatei a minha história, o que viria a atestar a sua hipótese. Evidentemente, é quase nada para se concluir como uma teoria. Resolvi, então, incrementar meus estudos para encontrar apoio técnico-científico às minhas ideias. Eis o destaque que encontrei nas descrições de Kamii e Devries no livro que trata das implicações da teoria de Piaget, “O conhecimento físico na educação pré-escolar”, 1985.

Como surgem as ideias. A inteligência não pode desenvolver-se sem conteúdo. Fazer novas ligações depende de saber o suficiente sobre algo em primeiro lugar para ser capaz de pensar em outras coisas para fazer, em outras perguntas a formular, que exigem as ligações mais complexas a fim de compreender tudo isso. Uma vez que o conhecimento é organizado em uma estrutura coerente, nenhum conceito pode existir isoladamente. Assim, cada ideia é apoiada e colorida por uma rede de outras ideias.

Conhecimento amplo e conhecimento restrito. Quando Piaget ministrava seu curso sobre inteligência, ele começava perguntando: “O que é inteligência”? Ele então respondia: “Inteligência é o que nos possibilita adaptar-nos a novas situações”. E continuava salientando que existem dois aspectos em qualquer ato de adaptação – nossa compreensão da situação e a invenção de uma solução baseada nesse entendimento. As situações nunca são inteiramente novas e nós as entendemos assimilando o que observamos à totalidade de conhecimento que trazemos para cada situação. A solução que inventamos pode nunca ser, portanto, mais inteligente que nossa compreensão da situação. Uma vez que nossa compreensão da situação depende do conhecimento que trazemos para ela, inteligência e conhecimento para Piaget referem-se amplamente à mesma coisa. Essa afirmação torna-se mais clara à luz da distinção feita por Piaget entre conhecimento em um sentido amplo e conhecimento em um sentido restrito. O construtivismo piagetiano sugere que é melhor colocar a ênfase na aprendizagem no sentido amplo. Porções específicas de conhecimento são entendidas por assimilação dentro da totalidade de conhecimento no sentido amplo. A construção de conhecimento no sentido amplo depende da construção de sistemas operacionais e de uma vasta rede de relações. Conhecimentos gerais sobre matérias variadas – Geografia, História – não podem ser construídos sem uma estrutura lógica e espaço-temporal. O conhecimento no sentido amplo não é, portanto, uma coleção de fatos específicos, mas antes uma rede de ideias organizadas. Em outras palavras, a aprendizagem não pode ser destituída de input (contribuição) específico se crianças pequenas devem aprender qualquer coisa, contudo a questão permanece: Que tipos de input específicos contribuem para a aprendizagem no sentido amplo do termo? Acreditamos que as atividades de conhecimento físico são ideais porque dão oportunidade para a aprendizagem de porções específicas de informação de uma forma que contribui para a aprendizagem no sentido amplo do termo. Concluindo, se tentarmos encher a cabeça das crianças com uma grande quantidade de fatos como os educadores empiristas tentam fazer, teremos a ilusão, a curto prazo, de termos ensinado muita coisa quando na verdade contribuímos para a repressão da construção com o decorrer do tempo. Enfim, todo ensino específico torna-se fútil quando ignora a importância da aprendizagem no sentido amplo.

Falar muito não resolve. Para se entender melhor, quando os proponentes de um novo programa de educação “científica” alegam que ele é “orientado ao processo” se segue um “método de descoberta”, suas suposições empiristas básicas estão ainda em contradição com a importante distinção feita por Piaget entre “descoberta” e “invenção”. Colombo descobriu a América – ela já existia; mas o homem inventou o automóvel. Essa mesma diferença aplica-se ao conhecimento físico versus conhecimento lógico-matemático, o primeiro referindo-se à descoberta do que está no mundo exterior e o último, envolvendo a criação de relações, teorias e novos objetos. Para a construção do conhecimento científico, a observação de fatos empíricos e a conceitualização de teorias são ambas necessárias. O professor pode, portanto, saber o que a criança pode aprender por observação e o que ela não pode a fim de evitar o perigo de reduzir à “descoberta” toda a aquisição de novo conhecimento. Concluindo, as atividades de conhecimento físico são usadas não para a instrução ou “descoberta” de conhecimento científico, mas para a construção de conhecimento pela criança num sentido amplo. Se aceita tal teoria, “Como, então, aplicar tais conhecimentos no ensino desportivo de crianças”? É o que veremos a seguir.

Pluralidade de atividades: favorecida pela diversidade de conteúdos pode ser aplicada com sucesso às demais disciplinas curriculares. Múltiplas estações, múltiplas tarefas: A organização das aulas em múltiplos campos ou estações permite a participação de TODOS. Os campos de jogo podem estar organizados com tarefa única ou com diferenciadas tarefas (simultaneamente). Uma opção criativa, interessante e bastante agradável seria o deslocamento de todos os alunos (em grupos, equipes) num sentido predeterminado, tanto nos exercícios, quanto nos jogos. Solução de Problemas: As ações propostas devem ter o objetivo de minimizar diferenças individuais, o tempo de aula, a falta de motivação dos alunos e a exclusão. Avaliação: As atividades devem ser colocadas especialmente para o desenvolvimento da coordenação das relações espaço-temporal e as crianças se divertirem, testando-se à medida que o professor introduz as variações citadas nos objetivos da aula. Faz-se mister que o docente promova uma avaliação não só do desempenho dos alunos, mas de si mesmo, uma reflexão sobre a  própria ação. Neste momento poderá se servir de alguns princípios do ensino: 1) Como planejar uma atividade? 2) Como introduzi-la? 3) Como interagir com as crianças durante a atividade? 4) Que tipo de acompanhamento é importante? Além disso, os alunos podem responder às indagações: a) Estou aprendendo?  b) Como aprendo?

Em “Formação Continuada/Curso de Mini Vôlei (III)”, teci considerações sobre a atividade do jogo paralelo. Em tais atividades as crianças querem fazer coisas com os objetos (fornecer vários deles, além de bolas variadas), e aqui podem ser incluídos também os elementos da Ginástica Geral. Quando não puder fornecer materiais suficientes para diversas crianças de cada vez, provavelmente será melhor dirigir as crianças para outras atividades e prometer uma mudança mais tarde do que fazê-las esperar e olhar os outros se divertirem. A criatividade do professor em confeccionar o próprio material deve estar “em alta”. Nesta tarefa ele poderá tirar partido da situação promovendo determinada atividade em que as crianças comecem fazendo suas próprias coisas e, a seguir, terem a oportunidade de exibir seus feitos, manipular seus objetos, imitar, comparar suas descobertas e dar conselhos umas às outras. Uma outra forma é: “Introduza a atividade de tal forma que a cooperação seja possível, mas não necessária”.

Curso de Mini Vôlei (II)

Aprender Brincando e Jogando 

 

 “A aula é uma Festa”: os próprios alunos organizam os jogos 2 x 2, 3 x 3, 4 x 4. E a torcida participa!  

 

Promovendo a inclusão. Pluralidade de atividades favorecida pela diversidade de conteúdos pode ser aplicada com sucesso às demais disciplinas curriculares.

Solução de Problemas. As ações propostas devem ter o objetivo de minimizar diferenças individuais, o tempo de aula, a falta de motivação dos alunos e a exclusão. Além disso, e muito mais, promover uma caracterização crítica do próprio ensino e a Educação e Socialização através dos jogos.

Múltiplas estações, múltiplas tarefas. A organização das aulas em múltiplos campos ou estações permite a participação de TODOS. Os campos de jogo podem estar organizados com tarefa única ou com diferenciadas tarefas (simultaneamente). Uma opção criativa, interessante e bastante agradável seria o deslocamento de todos os alunos (grupos, equipes) num sentido predeterminado, tanto nos exercícios, quanto nos jogos.

Avaliação. As atividades devem ser colocadas especialmente para o desenvolvimento da coordenação das relações espaço-temporal e as crianças se divertirem bastante, testando-se à medida que o professor introduz as variações citadas nos objetivos da aula. Entretanto, faz-se mister que o docente promova uma avaliação não só do desempenho dos alunos, mas de si mesmo, uma reflexão sobre a  própria ação. Neste momento poderá se servir de alguns princípios do ensino:

  • Como planejar uma atividade?
  • Como introduzi-la?
  • Como interagir com as crianças durante a atividade?
  • Que tipo de acompanhamento é importante?

Além disso, os alunos podem responder às indagações:

  • Estou aprendendo?
  • Como aprendo?

 

Desenho de Curso

Particularidades do Voleibol Escolar. O vôlei responde a regras fixadas pelo homem e as crianças têm as suas próprias motivações. Não é suficiente adaptar o material à estatura das crianças.

Mini vôlei. Do mini vôlei ao vôlei. Desenvolvendo uma metodologia condizente com o local ou região. Cuidados na estruturação das atividades.

Prática e Avaliação. A organização dos exercícios e sua execução compõem a dinâmica ou ritmo da aula, para o que é necessário um encadeamento natural. Convém que o docente proceda à avaliação das respostas – motora e linguagem – dos alunos e de sua própria condução no trato com os mesmos: “Como e quando devo intervir”?

 (continua) 

Experiências e Recompensas

Experiências de Internautas. Solução de Problemas 

Registro de experiências minhas e de internautas em suas comunidades. Participe, diga-me o que está realizando ou pensa fazer a respeito. Quer uma ajudinha?

Muitas lembranças ressoam ainda em minha mente, são momentos belos e inesquecíveis. Prometo reavivá-los neste espaço sem a preocupação cronológica. Gosto de escrever quando me brotam estas lembranças e elas não me avisam quando vêm, chegam de surpresa. Parece que o tempo brinca comigo, jogando-me de um lado ao outro. Nestes momentos, sou um mero intérprete de sua vontade! 

Comentários. Os maiores de todos, sem dúvida, advêm dos sorrisos e expressões das crianças com quem tive contato em aulas. Reproduzo alguns deles para que futuramente você mesmo possa ouvi-lo de viva-voz de seus alunos. Tenha um pouco de paciência com meu sentimentalismo:

– “As aulas de educação física tinham que ser sempre assim!” Niterói, RJ

– “Quer vir ser nosso professor de educação física?” Florianópolis, SC

– “Nunca tinha jogado e hoje consegui pela primeira vez.” Uma professora, Rio de Janeiro, RJ

– “Depois do que vi, não sei como dar minha aula amanhã!” Uma professora, Rio de Janeiro, RJ

– “É incrível! Você consegue prever as reações das crianças.” Um professor, Niterói, RJ

– “Você se difere porque dá aula com muito amor.” Diretor da UERJ, Rio de Janeiro, RJ

– “Minha filha mudou completamente, não falava. Agora é outra!” Uma mãe, Niterói, RJ

– “A melhor coisa de Niterói é a vista do Rio; a segunda, este projeto (na praia para 300 crianças).” (de um paulista) Niterói, RJ

Dedicatória. A professora Nilce, que frequentou um Curso de Atualização que realizei para professores do Ensino Fundamental da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro obsequiou-me com o livro “Multieducação, Núcleo Curricular Básico” editado pela Secretaria que muito me enriqueceu. Destaco sua impressão que fez consignar na obra: “Mestre Roberto Pimentel,  Tenho certeza que ao ler esta proposta pedagógica, além da identificação com o seu trabalho, o Senhor terá condições de avaliar o quanto o minivôlei irá contribuir na construção do conhecimento de nossas crianças. Sua aluna Nilce, 17.05.98.”

Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. No início da década de 90 apresentei um Projeto à Secretaria de Educação do Rio de Janeiro. Tratava-se de incluir na grade escolar o Minivoleibol com aproveitamento de suas instalações e pessoal praticamente com custos irrisórios. O universo escolar regulava em torno de 600 mil alunos. A introdução se realizaria a pouco e pouco, de acordo com as necessidades da Secretaria. Cursos seriam ministrados aos professores que optassem pelo emprego da modalidade nas respectivas unidades. O Projeto assinalava, inclusive, que o esporte contemplado num primeiro instante tratava-se do voleibol, mas que a pedagogia empregada poderia ser estendida a outros desportos. Notem que não procurei a Secretaria de Esportes por vários motivos, entre eles, o número de alunos, as instalações e, mais importante, os professores já pertencentes às escolas. Além do mais, as crianças já estariam nos locais das aulas, não implicando duplo deslocamento, o que inviabilizaria o processo. O Departamento de Educação Física da Secretaria acolheu o Projeto, examinou e exarou a seguinte avaliação: “Projeto interessante, rico pedagogicamente, que se coaduna com o Núcleo Curricular Básico Multieducação. A atividade básica do projeto é a prática do voleibol de uma forma mais lúdica. Neste sentido, há o favorecimento da participação de todas as crianças, não havendo uma submissão rígida à forma técnica do desporto, possibilitando-se a participação, independente da habilidade individual de cada indivíduo. Em suma, trata-se de uma atividade agregadora cuja metodologia pode ser estendida a outros esportes. A relação custo/benefício pode ser favorável. A Secretaria atenderia inicial e experimentalmente um determinado número de escolas com pouco dispêndio mensal – dentro dos recursos disponíveis – o que pode se tornar uma ação bastante multiplicadora a seguir”. 

Infelizmente não foi efetivado.