Retrospectiva 2013 – Cidades em Destaque

Qualidade no Ensino

Uma agradável surpresa que não podemos deixar de registrar refere-se à descoberta e súbito interesse de internautas em algumas cidades em destaque no mapa, o que para nós revela o interesse por um Aprender a Ensinar. Lamentavelmente o Google Analytics não insere o título do artigo pelo qual o consulente realizou a abordagem. Ou pelo menos ainda não aprendemos a identificá-lo. Mas mesmo assim estamos satisfeitos por prender a atenção de pessoas que demonstram curiosidade e, certamente, nos dão crédito. 

Os destaques são recentes, até mesmo pelo respectivo tempo de permanência de internauta(s) na(s) página(s). Para melhor visualização, clique na figura.

Brasil dez 2013 Cidades

Açu – RN, 00:08:12;  Caicó – RN, 00:06:04

Ibirité – MG, 00:43:58;  Cariacica –ES, 00:17:40

Franca – SP, 00:15:50;  Bombinhas – SC, 00:07:06

Itapiranga – SC, 00:08:57;  Gravataí – RS, 00:14:17

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Estado do Pará: 2.251 visitantes

Outra grata surpresa está constituída pelo interesse crescente em cidades paraenses. É fato recente a interiorização de “buscadores” da informação por melhores aulas de voleibol e, possivelmente, outros desportos, graças à alentada disponibilidade de conhecimento e informações a respeito de Metodologia e Psicologia Pedagógica.  Assim, destacaram-se:

Belém (1.810), Santarém (76), Tucuruí (71), Parauapebas (52), Redenção (44), Marabá (36), Itaituba (23), Paragominas (20) e Castanhal (18).

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Fonte: Google Analytics.

Voleibol na Escola

Desporto Escolar

Desenvolver o voleibol nas escolas pode ser bom para a Fivb, mas como será para o principal interessado, a criança? Números estatísticos elevados não asseguram excelência no ensino, muito pelo contrário, a quantidade não se traduz em qualidade. Os instrumentos necessários para a criança se desenvolver em qualquer desporto estão historica e implicitamente ligados ao principal agente: o Professor.

Realizar programas massificados em escolas , as famosas receitas de bolo, não são adequados para a criança e, numa escola séria, inviáveis pedagogicamente. A escola não deve ser celeiro de qualquer desporto, mas a formadora de pessoas na sua totalidade. Cumpre que se disponibilize ao universo dos alunos toda sorte possível de experiências com os desportos na sua forma mais simples e natural, não se importando com a excelência dos gestos e cobranças técnicas. Futuramente, o rapaz e a moça estarão aptos a realizar suas escolhas e caminhos. Contribuir neste sentido é Educar, pois outras escolhas e decisões certamente surgirão ao longo de suas vidas.  

A conjugação dos dois fatores – escola e desporto – talvez seja o maior problema a resolver em qualquer país. Antes de entrarmos propriamente na buscas de respostas, vejam o depoimento de um pai neste último fim de semana cujo filho é atleta juvenil de voleibol do Clube Nacional de Ginástica (CNG) em Portugal: “Esta semana foi complicada, pois para além do trabalho, meu filho (e eu também) percorremos quase 800 km para jogar no sábado (ida e volta). Ele está bem, porém a dificuldade é conjugar escola e desporto, pois durante a semana frequenta as aulas das 8h30min às 17:00h, o que complica bastante”.                

Ainda do Doutor José Curado: “O Desporto Escolar deve se submeter a uma definição de prioridades no que respeita aos seus conteúdos. Não há lugar para tantas modalidades. Assim, proponho um programa centrado sobre escolhas no mundo dos Desportos Coletivos (os jovens precisam exercitar o processo de tomada de decisão); na Natação as razões são óbvias, bem como aos elementos básicos do Atletismo (fundamentalmente as “escola de corrida e de salto”) e da Ginástica. Estas seriam, digamos, modalidades de interesse nacional, com apoio central. Admitem-se outras desde que a especificidade e apoios locais o justifiquem. Para que servem campeonatos nacionais em tudo e, até mesmo, participações internacionais? E que tal fazermos todos um esforço para recolocar os praticantes no centro das preocupações e adaptarmos as organizações às suas reais necessidades? Em vez de tanta discussão sobre organizações será muito mais inteligente discutir a carga de treino mais adequada para cada jovem praticante”.

Nota: Por meu (Roberto Pimentel) turno, acrescentaria o detalhe: a Qualidade no ensino ou o treino profundo.                  

Ídolos? A imprensa esportiva está sempre a exaltar os grandes ídolos do momento. No caso português, a bola da vez recai em dois expoentes internacionais do futebol – Cristiano Ronaldo e o professor e técnico José Mourinho. Este acaba de receber o troféu de Melhor do Mundo, mesmo não tendo participado do último mundial da modalidade. Julga-se por isto que o futebol, sendo o desporto número um do país, dificulta o desenvolvimento dos demais esportes. O segundo detalhe recai uma vez mais na formação de novos atletas. Buscam descobrir o código para formação de novos talentos? Para atrair crianças para qualquer desporto não são necessários ídolos, quase sempre de barro, mas de uma boa técnica de ensino ministrada por professores capazes e interessados no desenvolvimento global de seus aluno para a vida. E, antes de fazê-lo, pensem a respeito da formação de seus Professores, os principais agentes transformadores. Lembrem-se que as universidades têm as suas virtudes na difusão do conhecimento, mas pecam na maioria dos aspectos quando se trata da formação de seus alunos.                

De que adianta despejar milhares de euros nas escolas e clubes? O dinheiro não compra o saber fazer, o saber ensinar! E os cursos da Fivb apregoados para crianças, uma lástima! Muito embora a modalidade voleibol seja a segunda na preferência da população não se consegue fazê-la decolar em qualidade na maior parte do país e mesmo nos grandes centros. Como fazer? Como e quanto se deve investir em crianças? Quantas desejarão praticar o voleibol por longo tempo? O que fazer para despertar-lhes o interesse? Além do futebol, quem concorre na preferência de lazer das crianças?

Curso de Formação

Centro Rexona, Curitiba (PR). Foto gentilmente cedida ao Autor.

A melhor escolha foi feita e frutificou.  

E a seguir, como manter  a continuidade?
 

               

Contributos para a Escola. O trabalho que venho desenvolvendo neste Procrie apresenta sugestões para Prefeituras – Secretarias de Educação e de Esportes e Lazer – e mais do que isto, oportuniza um diálogo entre os mais proeminentes protagonistas, o docente e o aluno. Aos demais agentes educacionais caberia então criarem as condições para esse desenvolvimento. Fala-se muito em dificuldades, problemas, salários etc., mas ao longo de mais de duas centenas de textos mantive uma postura otimista, coerente, de olhar para o futuro, desconsiderando as aparentes dificuldades e relegando-as, e formatando uma nova ótica ao focar o ensino esportivo na escola. Creio que esses escritos são suficientes para iniciarmos um trabalho cujo objetivo a alcançar é a QUALIDADE. Para tanto, aqueles que estiverem engajados deverão adotar uma atitude bastante realista e batalhadora. Toda mudança, sabemos, implica em muito suor, perseverança e acreditar no que se está a produzir. Vejam a seguir um exemplo prático.                            

Lembro que há algum tempo propusera à Secretaria de Educação da cidade do Rio de Janeiro um projeto visando à implantação do minivoleibol nas escolas públicas. O universo de alunos estava representado por número próximo de 700 mil. Naquela oportunidade não foi possível. Sem desistir, em 1995 propus à Secretaria de Esportes e Lazer a realização de um curso para crianças e adolescentes em plena Praia de Copacabana. Comportaria até 300 crianças recrutadas principalmente das escolas públicas do bairro. A gerência administrativa foi atribuída à Fundação Rio-Esportes. Ainda antes de se decidirem, convidei o gestor a presenciar uma aula em mesmo curso que vinha produzindo na Praia de Icaraí, Niterói, também para 300 crianças com duas aulas semanais. Ficou deslumbrado, ainda mais quando se dispôs a conversar com os 20 alunos da APAE que também participavam das atividades. Em suma, mantive dois cursos concomitantes, com duas aulas semanais em cada, com material e equipe de professores diferenciadas. Além disso, todo o equipamento foi fornecido por mim e gerida sua colocação, desmonte e guarda a cada dia. Em dado momento, uma vez que a seleção feminina treinava no Rio – na Escola de Ed. Física do Exército – resolvi dar um realce à iniciativa e convidei o Bernardo a visitar-nos com as atletas. Convite feito, convite aceito. E as fotos reproduzem aqueles momentos inesquecíveis não só para as crianças, como também para o próprio técnico e as estrelas. Vejam por que.                 

Valorização do Professor. Percebam na sequência das fotos o resultado silencioso da pregação e divulgação que venho há tempos realizando. Após visita ao curso de Copacabana, o Bernardo se interessou pela metodologia e adquiriu material análogo comigo para implantar cursos para crianças no Centro Rexona, em Curitiba. Logo a seguir, difundiu-o em parceria com o Governo do Estado por diversas escolas públicas. No Centro Rexona as crianças de diversas idades frequentavam as aulas orientadas simplesmente para o aprendizado do esporte. Caso se interessassem pela atividade competitiva, estariam livres para fazer a escolha em qualquer agremiação. O Rexona só patrocinava a equipe principal feminina para as disputas únicas e exclusivas da Liga Nacional. Aliás, este era um dos grandes problemas da direção técnica, pois não disputando campeonato da cidade (Curitiba), faltava à equipe a necessária confrontação com adversários de nível. Vez por outra, como atenuante, participavam como convidadas dos torneios de outras federações – carioca, paulista, mineira. Na foto que inicia este texto tem-se uma panorâmica do ginásio do Tarumã e percebe-se como foram configuradas inteligentemente as diversas seções de atendimento às atletas compostas por 13 campos de jogo. No primeiro plano 4 mini quadras para alunas menores; a seguir, uma quadra oficial; mais adiante, ocupando toda a área central, 3 quadras com proporções menores (6m-7m) proporcionavam a instrução de moças com mais idade. Ao fundo, pouco visível, uma quadra com dimensões oficiais acolhia o treinamento da equipe principal; e, terminando, outras 4 mini quadras. Todo este material era passível de ser removido a qualquer instante para acolher qualquer evento ou competição oficial. Foram feitos convênios com universidades, secretarias e escolas para Cursos de Formação Continuada aos professores que se interessassem. Tive a honra de realizar uma breve palestra em dois dias que lá estive a convite do Bernardo. Ali encontrei seus dois principais auxiliares – Ricardo Tabach e Hélio Griner, este o treinador da equipe – velhos amigos do Rio de Janeiro (clube Fluminense), que já conheciam meu trabalho e trabalharam em cursos que realizei com o minivoleibol. Houve uma excelente difusão da modalidade, vários professores escolares realizaram estágio no Centro e muitos se surpreenderam pela novidade, pois não conheciam esta alternativa pedagógica de ensino do voleibol.                 

Certamente os objetivos traçados foram atingidos. Entretanto, faço um pequeno reparo quanto ao desenvolvimento das práticas pedagógicas, uma vez que para mim essa busca pela Qualidade do Ensino é obsessiva como poderão observar em todos os meus textos. No nosso próximo encontro comentarei sobre exemplos de prática pedagógica em escolas, clubes e logradouros públicos que vêm de Niterói, “minha praia”. Perceberão como é simples e criativo.              

FOTO 1: Roberto Pimentel, Bené, Bernardinho e Tabach.
FOTO 2: Bernardinho e Tabach envolvidos pelos alunos.
FOTO 3: As estrelas surpresas e encantadas com o que presenciaram.
FOTO 4: Variedade e criatividade nos equipamentos.

          

          

          

          

          

          

FOTO 5: Manchete aprendida com puçás?
FOTO 6: Para que serve um paraquedas?

 

                             

    

                   

E lembro-o de comentar e sugerir sobre a LOGO: