Esporte na Escola

 Destaques de Setembro: São Paulo e Apucarana

A maioria das escolas públicas oferece horário integral às crianças e instalações bem equipadas, inclusive para a prática de exercícios. Alie-se a isto o interesse de professores traduzido nas 112 visitas ao Procrie, o que podemos julgar que estamos oferecendo um bom serviço à comunidade na esfera da Educação Física e Desportos Escolares. Unindo propósitos poderemos todos – comunidade estudantil e agentes educadores – alcançar ganhos incomensuráveis com a aplicação e desenvolvimento do projeto no Município, passando inicialmente pelas escolas públicas e seu professorado. Como muitos já devem ter observado, as propostas estão delineadas em vários textos que poderão ser consultados a qualquer momento e colocadas em prática de forma simples e planejada. A escola Padre Antônio Vieira, por exemplo, que já conta com laptops individuais que, inclusive podem ser levados para casa pelos alunos (e professores), teria um ganho supletivo, pois os interessados – alunos e docentes – poderiam ter contatos diretos com o Procrie, um projeto virtual. Além, é claro, do pioneirismo, transparência e difusão em nível internacional, uma vez que o site tem visibilidade não só no Brasil, como nos 5 Continentes. Diga-se de passagem, há algum tempo, final da década de 90, constituímo-nos fonte de instrução para o Centro de Excelência Rexona em Curitiba. Das informações e ensinamentos ali produzidos, o Governo do Estado difundiu o projeto para vários municípios, especialmente em escolas públicas. Outras realizações poderão ser consultadas no “Quem Faz”.

Por que  o Esporte na Escola? Como?

Quase sempre o primado da aplicação de projetos na área desportiva recai na Secretaria de Esportes e Lazer das Prefeituras. A perspectiva que temos não é esta, mas a Secretaria de Educação. Achamos que na escola devem estar TODAS as crianças e, ali, os professores devem educá-las segundo um planejamento pedagógico da Escola. E não pode ser diferente no aspecto da Educação Física e do Movimento… e da instrução de jogos esportivos ou simplesmente lúdicos. A perspectiva então é educar para a vida e não simplesmente detectar talentos fazer campeões alguns poucos indivíduos, alijando todos os demais. E a proposta do Procrie é justamente esta, promover atividades sadias e lúdicas para crianças e jovens em um processo de INCLUSÃO. Todos podem e devem participar e neste processo cabe ao professor, como principal facilitador, ter a necessária competência e aprimoramento através de Cursos de Formação Continuada. E aqui estamos nós próximos e presentes, ainda que virtualmente, para oferecer-lhes informação, experiência e, acima de tudo, criatividade. Configura-se um processo de MERITOCRACIA, onde o mais competente  é o professor que melhor atrai alunos para suas aulas e lhes garante sucesso no aprendizado, e não o que é campeão em qualquer modalidade esportiva com alguns poucos alunos.

Pedagogia do Esporte

Para não nos estendermos demasiadamente em considerações, transcrevo o Resumo do texto publicado no CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 13., 2003, Caxambu. “25 anos de história: o percurso do CBCE na educação física brasileira”. Anais… Caxambu: Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, 2003:

Discussão e Proposta

Este trabalho analisa e apresenta sugestão para Prefeituras – Secretarias de Educação e de Esporte e Lazer – para as relações que se estabelecem entre o esporte e a escola. Analisamos a presença de ambos nos processos de socialização, discutindo discursos e práticas propostas pelo Estado para a inclusão do esporte na escola. Propomos algumas  indicações para uma política pública para o esporte escolar, tomando como primado orientador a compreensão da escola e do esporte como direitos sociais, o que requer do Estado primazia para práticas democráticas e inclusivas formuladas e realizadas com participação popular. Isto implica  dialogar com  os sujeitos escolares, professores e alunos.

Temas: Programa de esporte escolar; Competição esportiva; Conteúdo de ensino. Teoria e prática: sugestões acerca da prática pedagógica; Princípios pedagógicos que orientam uma prática de QUALIDADE; Esboço de proposta escola/esporte”.

Contributos para a Escola

O trabalho que vimos desenvolvendo no Procrie apresenta sugestões para Prefeituras – Secretarias de Educação e de Esportes e Lazer – e mais do que isto, oportuniza um diálogo entre os mais proeminentes protagonistas, o docente e o aluno. Aos demais agentes educacionais caberia então criarem as condições para esse desenvolvimento. Fala-se muito em dificuldades, problemas, salários etc., mas ao longo de mais de duas centenas de textos só olhei para frente, desconsiderando as aparentes dificuldades e relegando-as ao esquecimento, e formatando uma nova ótica ao focar o ensino esportivo na escola. Creio que os escritos consignados são suficientes para iniciarmos um trabalho cujo objetivo a alcançar seja a Qualidade. Para tanto, aqueles que estiverem engajados deverão adotar uma atitude bastante realista e batalhadora. Toda mudança, sabemos, implica em muito suor, perseverança e acreditar no que se está a produzir.

Aos gestores públicos e agentes educacionais, acrescento que a tarefa é fácil e de baixo custo, inclusive pelo seu alcance. Será marcante na vida dos indivíduos, especialmente quando nós, adultos, estivermos pensando como foi a educação física na escola que frequentei menino. E, no Brasil, o problema é mais grave quando se trata das meninas, tradicionalmente condenadas ao imobilismo atlético. Esperemos alguma manifestação dos Administradores. Pelo que vimos nas estatísticas, há público cativo e interessado em “Ensinar a Aprender”. Para auxiliá-los, postei cinco artigos (parte superior, Home) que poderão ser analisados caso a caso para desenvolvimento nas escolas municipais, ou até mesmo da rede privada. Não deixando de lembrar a parceria não excludente entre as Secretarias de Educação e a de Esporte e Lazer, cuja comunhão de propósitos só trará ganhos para o próprio Governo municipal.

Cursos e Pedagogia do Esporte

Roberto Pimentel, Bené, Bernardinho e R. Tabach visitam o Curso prático e criativo (1ano) nas areias de Copacabana, Rio de Janeiro, 1995.

A melhor escolha foi feita. Alguém duvida?   

    

Importância dos Cursos de Formação   

Relia um dos livros de Le Boulch e tendo recebido a comunicação de um curso em minha caixa eletrônica deparei-me com um conflito ainda não resolvido em nosso país que, a julgar pelo andar da carruagem, estamos longe disso. Diz aquele médico, psicólogo e professor de Educação Física francês acerca das finalidades da ação educativa: “O objetivo da educação é o de favorecer um desabrochar humano que permita ao homem situar-se e agir no mundo em transformação por um melhor conhecimento e aceitação de si; um melhor ajustamento da conduta; e uma verdadeira autonomia e acesso à responsabilidade no âmbito da vida social. Considere-se que os profissionais não têm em geral uma formação suficiente para resolver, no plano científico, os problemas que descobrem no decorrer de sua prática. São então levados naturalmente a resolver estes problemas aplicando certo número de “receitas” técnicas que representam outras fórmulas dogmáticas impermeáveis a qualquer crítica científica. E continua: “Agindo sobre as atividades corporais e os movimentos atingiremos o ser social, pois o ato motor não é um processo isolado e só tem significação quando em relação com a conduta de toda a personalidade. Inversamente, afastamo-nos totalmente de um aspecto que a ciência do movimento pode perder, centrado no rendimento motor, que visa fazer do corpo humano um objeto útil para a sociedade, criando uma forma de alienação que compromete a unidade da pessoa.                    

Eis a mensagem:  Curso Nacional de Treinadores de Voleibol Nível 2 em Rondônia. A Federação Rondoniense de Voleibol (FRV), através da Confederação Nacional de Voleibol (CBV), vai realizar de 27/08 a 05/09 o Curso Nacional de Treinadores de Voleibol Nível 2. O curso é voltado para profissionais de educação física, interessados em atuar como técnico de voleibol, mas pode ter a participação de ouvintes. Será ministrado pelos instrutores Luiz Delmar e Romeu Beltramelli, que são instrutores internacionais de nível 3. Para o presidente da FRV, José Romano, é importante que os profissionais que atuam na área se qualifiquem, pois quem é formado em educação física mas não tem a formação específica exigida pela CBV (o grifo é meu), não pode ficar no banco de reservas orientando seus atletas durante as competições oficiais. Para atuar como técnico os profissionais devem ter registros na CBV. O profissional de educação física, graduado, tem direito à graduação de Técnico nível 1. Do nível 2 ao 5, o profissional deve fazer os cursos organizados pelas federações ou pela CBV. São oferecidas no mínimo 15 e no máximo 40 vagas, e outras 10 vagas para ouvintes. As inscrições encerram dia 23 de agosto. Para inscrições feitas até dia 15/08 o curso custa R$ 350. Já quem fizer a inscrição até dia 23/08 o custo será de R$ 400, nos dois casos o pagamento deve ser à vista. Para se inscrever os interessados devem apresentar cópia da carteira de técnico nível 1; caso não tenha, deve providenciar a inscrição na CBV junto à FRV e apresentar cópia do diploma (licenciatura ou bacharelado em educação física), RG, CPF, comprovante de alistamento militar, comprovante de endereço e local de trabalho com endereço e telefone e comprovante da taxa inscrição de R$ 20,00 (Banco do Brasil: 3231-x, C/C 100.511-1); preencher ficha de certificado profissional da CBV, comprovante de atestado médico indicando estar apto à prática de atividade física; Curriculum Vitae.                    

Custo & Benefício. Não conheço o Estado nem a capital Porto Velho, mas imagino a dificuldade de um professor desembolsar R$ 420,00, pouco mais de 82% do salário mínimo (R$ 510,00), mais alguns centavos por conta das cópias documentais exigidas e, ao final de 10 dias sair todo satisfeito com o seu diploma. E aí?    

Democratização do esporte. Um segundo texto chegado pela mesma via pede a democratização do esporte. Vejam parte do seu teor: “Raí Oliveira, Ida, Ana Moser, Magic Paula e Joaquim Cruz reuniram-se hoje (9/8), em São Paulo, com o ministro do Esporte, Orlando Silva. No encontro, os ex-atletas da ONG Atletas pela Cidadania levaram ao ministro propostas para a valorização do esporte brasileiro tendo em vista a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. No documento apresentado, os atletas defendem a necessidade de democratização da atividade esportiva, em todas as escolas públicas, com aumento do investimento público na educação esportiva. Pedem, ainda, a revisão do Sistema Nacional do Esporte, de forma que a sociedade tenha mais dados e informações sobre o assunto. O presidente da Atletas pela Cidadania, Raí Oliveira, acredita que o esporte ainda é visto como supérfluo dentre um universo de temas tão importantes para o desenvolvimento do Brasil. O esporte desejado pelos atletas da ONG vai contribuir para o desenvolvimento da sociedade, na melhoria dos indicadores sociais, de um modo geral. Por isso, é necessário um maior investimento no desenvolvimento de políticas públicas que busquem o esporte para o desenvolvimento social e por isso, os recursos atuais e a média histórica não são suficientes, ainda mais tendo-se em vista os mega eventos esportivos”. Seria legislar em causa própria?                 

E os professores? Esta é uma das razões de eu estar voltado para o verdadeiro professor, aquele que pretende servir-se do esporte para educar, conduzir, respeitar a criança pelo que ela é e pelo que poderá vir a ser algum dia, isto é, um ser humano, ético e capaz. Não um simples campeão, um mero medalhista, que ao final da vida útil de atleta passa a depender dos favores do Estado ou de alguma entidade. Percebam a natureza do que fazem no Brasil – e certamente no mundo – e as poucas esperanças de não nos deixarmos contaminar por tanta insensatez. O esporte encarado como “negócio” não pode ser educacional, pelo contrário, a vitória tem que vir a qualquer preço; todos nós estamos vivendo sob essa égide. Le Boulch, citado no início desse tema, dá-nos a exata posição sobre os objetivos da educação. E mais, sobre os perigos das “receitas técnicas”, que aqui chamamos de “receitas de bolo”, fórmulas dogmáticas muitas delas jurássicas, que se repetem ano após ano e mofam nas prateleiras caseiras dos cursilhistas. Não é bem isso que precisa o Professor para ser bom e eficiente em seu mister.  Não estariam todos “atropelando” os verdadeiros missionários da Educação Física? Ao que tudo indica, eles decidem o que os professores devem fazer ou deixar de fazer sem ao menos ouvir as suas vozes. Quer me parecer que os ex-medalhistas encontraram a solução para os seus próprios problemas. Não importa o que se faça cientificamente, o importante é o que pensam, ou melhor, do que precisam. E o pior é que podem ter sucesso em suas investidas, até porque este é um ano de eleições. E, até onde sei, são colocados como “delegados” de alguma entidade desportiva maior. Será que o que estou pregando tem alguma valia neste cenário? Em que país estou? O que faz o Ministério da Educação?                    

Pedagogia do Esporte. Felizmente, nem tudo está perdido. Descobri uma luz em artigo que busquei na Internet e aqui deixo um resumo do texto publicado no CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 13., 2003, Caxambu. 25 anos de história: o percurso do CBCE na educação física brasileira. Anais… Caxambu: Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, 2003: “Este trabalho analisa e apresenta sugestão para Prefeituras (Secretarias de Educação e de Esporte e Lazer) para as relações que se estabelecem entre o esporte e a escola. Analisamos a presença de ambos nos processos de socialização, discutindo discursos e práticas propostas pelo Estado para a inclusão do esporte na escola. Propomos algumas  indicações para uma política pública para o esporte escolar, tomando como primado orientador a compreensão da escola e do esporte como direitos sociais, o que requer do Estado primazia para práticas democráticas e inclusivas formuladas e realizadas com participação popular. Isto implica  dialogar com  os sujeitos escolares, professores e alunos”.                    

Programa de esporte escolar – Competição esportiva – Conteúdo de ensino                    

1. Teoria e prática: sugestões acerca da prática pedagógica.                   

2. Princípios pedagógicos que orientam uma prática de QUALIDADE.                   

3. Esboço de proposta escola/esporte.                     

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E se você ainda tem dúvidas sobre a escolha de cursos aguarde a próxima postagem, Curso de Formação. Vou contar-lhes um caso bem sucedido em matéria de curso/ensino. E se você conseguiu ler até aqui deixe sua opinião sobre a Logo.