Glossário (V)

 

REDE: Divide a quadra em duas áreas ocupadas pelas equipes contendoras.   

  1. Altura – Medida do solo à extremidade superior; atual: 2,43m (masc) e 2,24m (fem).
  2. Banana – Bola que toca a rede no bordo superior e ultrapassa para a quadra adversária.
  3. Entrada (de) – Posição IV (do atleta); extremidade esquerda de ataque.
  4. Espaço aéreo – Espaço livre.
  5. Espaço livre – Espaço acima da área de jogo livre de osbtáculo (mínimo de 7m).                                                                                                                    
  6. Extremidade (ou ponta) – Lateral extrema da rede; próxima à antena. 
  7. Faixa (lateral) – Delimita extremidade da rede (1976).
  8. Medir (a) – Aferir altura regulamentar.
  9. Meio – Posição intermediária.
  10. Montar (a) – Preparar para o jogo; armar ou esticar entre os postes.
  11. Saída – Posição II (do atleta); extremidade direita de ataque.
  12. Tocado (pela) – Resultado de forte cortada.
  13. Tocar (na) – Contato com a rede é falta; exceto acidentalmente (1994).

 SAQUE: Ação de colocar a bola em jogo pelo jogador defesa-direito posicionado atrás de linha de fundo (zona de saque). Primeira manifestação de ataque. 

  1. Americano (tipo) – Balanceado, executado de lado para a rede (equipe americana, 1955).
  2. Americano (com corrida) – Balanceado, com deslocamento em direção à quadra.
  3. Área (ou zona) – Atrás da linha de fundo; variou de 3m para os atuais 9m.
  4. Ataque ao saque – Proibido com a bola na zona de ataque e acima do bordo superior da rede (1984).
  5. Balanceado (japonês) – Bola tocada com movimento circular do braço; bola “sem peso” ou flutuante. (ver Flutuante)
  6. Bloqueio (de saque) – Proibido a partir de 1984. (ver Ataque ao saque)
  7. Caçar (jogador) – Tático; dirigido ao jogador deficiente na recepção.
  8. Carregado – Preso ou conduzido.
  9. Colocado – Ver Tático.
  10. Com corrida – Com deslocamento atrás da linha de fundo.
  11. Com defeito – Imperícia do executante.
  12. Com efeito – (inglês, spin serve) A bola ganha velocidade graças ao efeito produzido, dobrando-se o pulso no momento do contato (giro sobre o próprio eixo).
  13. Com força – Forte, violento.
  14. Com salto – Execução mediante salto anterior do atleta. (ver Viagem)
  15. Conduzido (preso) – Sem soltar a bola.
  16. De costas – Atleta coloca-se de costas para a quadra adversária antes da execução.
  17. Direito (de saque) – Ganho pela equipe que marcou um ponto.
  18. Tentativas – Facultadas 2 tentativas na execução, a exemplo do tênis.
  19. Flutuante – Ver Balanceado.
  20. Japonês – Ver Balanceado.
  21. Jornada (nas estrelas) – Trajetória muito alta e, com efeito; bola atinge altura de 25m. (ver paraquedas e spin service)
  22. Lateral – Por baixo, com o executor de lado para a quadra.
  23. Paraquedas – Empregado em 1949-50 (tchecos); altura da trajetória da bola de 8m. (ver Spin service e Jornada)
  24. Por baixo – Executado no nível da cintura.
  25. Por cima – Executado acima do nível dos ombros.
  26. Preso – Execução sem soltar a bola. (ver Conduzido)
  27. Queimar – Bola que toca a rede.
  28. Recepção (do) – 1º toque da equipe após execução do saque adversário.
  29. Sacador – Atleta que momentaneamente ocupa a posição I (defesa-direito)
  30. Saque alto – Trajetória da bola é alta.
  31. Sem peso (balanceado) – Pode ser realizado mesmo com o tipo tênis, ou por baixo.
  32. Serviço – Do inglês service; saque.
  33. Spin service – (inglês) Executado pelos americanos na década de 40, precursor do jornada. (ver Pára-quedas e Jornada)
  34. Tático – Colocado; dirigido a uma determinada área ou atleta.
  35. Tênis – Tocar a bola com uma das mãos acima da linha dos ombros.
  36. Tocando a rede – Permissão a partir de 1995.
  37. Viagem (ao fundo do mar) – Jogador lança a bola para o alto e para frente e, com salto, bate nela em direção à quadra adversária.
  38. Zona de – Inicialmente, delimitada em 3m (1948); posteriormente, em 9m (1994).

  (continua)

Glossário (IV)

Dando seguimento à apresentação do Glossário, apresento alguns termos utilizados a respeito de Jogador e Jogo

JOGADOR: Indivíduo que joga por hábito, profissão ou lazer. 

  1. Atacante – O que produz ataque, geralmente por cortada.
  2. Bloqueador – O que bloqueia ataques contrários; permitido somente aos jogadores de ataque (posições II, III e IV).
  3. Cobrir (um atleta) – Ação de defesa geralmente empregada junto ao(s) bloqueador(es).
  4. Cortador – Aquele que predominantemente executa cortada (ataque).
  5. De ataque – Atacante; momentaneamente nas posições II, III e IV; diz-se também jogador de rede.
  6. De defesa – Momentaneamente nas posições I, V e VI; diz-se também do líbero.
  7. Diagonal (rel. ao jogador) – Relativo à posição na quadra (ordem de saque); posições limítrofes entre atacante e defensor (VI e III; I e IV; II e V).
  8. Levantador – Aquele que predominantemente prepara (levanta) a bola para ser atacada (2º toque de uma equipe).
  9. Líbero – (em italiano, livre); 7º atleta; especializado em defesas e recepção, que não pode atacar, bloquear ou levantar na zona de ataque com as mãos; introduzido na Regra em 1988. No Brasil (1984), era o jogador que atacava do fundo.
  10. Mão-de-seda – De excelente toque de bola; que toca a bola sem ruído ou infração. 
  11. Reserva – Jogador não escalado para o início da partida ou set. 
  12. Titular – Jogador que inicia a partida ou set. 

JOGO: Partida; o jogo sofreu muitas modificações, mas a ideia original da rede entre os dois quadros opostos ficou de pé. 

  1. Ace – (inglês = um ponto) Ponto de saque quando a bola vai diretamente ao solo sem ser tocada por qualquer jogador.
  2. Apontador – Responsável pelas anotações da súmula; mesário.
  3. Aquecimento (bate-bola) – Troca de toques entre jogadores; cortadas utilizando a rede.
  4. Árbitro (1º e 2º) – Denominação a partir de 1957; anteriormente: juiz de baixo e juiz de cima; ou juiz e auxiliar (ver Equipe de arbitragem).
  5. Bandeirinha – Juiz de linha; fiscal de linha; compõe Equipe de arbitragem.
  6. Barreira (cortina, parede) – Situação que antecede o saque, em que os jogadores de ataque da mesma equipe se colocam lado a lado, dificultando a visão dos adversários; proibida em 1959.
  7. Bola de graça – Bola lançada para o adversário sem conotação de ataque.
  8. Bola em jogo – A partir do momento do golpe de saque.
  9. Bola fora de jogo – A partir do momento em que uma falta é assinalada por um dos árbitros.
  10. Bola perdida – Quando não há qualquer possibilidade de recuperação durante um lance da partida.
  11. Boleiro – Menores recrutados para auxiliar na reposição de bolas.
  12. Cadeira (do árbitro) – Antes, cadeira em que o juiz subia para presidir o jogo; assento situado no topo de uma escada (com dois pés).
  13. Capitão – Previsto na Regra; jogador identificado para a função por sua liderança e experiência.
  14. Cartão (de indisciplina) – Indicativo de advertência (amarelo) e punição (vermelho).
  15. Cera (fazer) – Artifício empregado para interromper o jogo.
  16. Chave – Tática de uma equipe efetuada por dois ou mais jogadores; jogada; combinação (termo do basquete, usado nas décadas de 40 e 50).
  17. Condução – Jogador carrega a bola, sob a forma de puxada, ou mesmo no toque demorado; empurrar, puxar.
  18. Cortina – Ver Barreira, parede.
  19. Decisivo (set) – Em inglês, tie-break; 5º set; set de desempate.
  20. Direito de saque – Equipe ganha com o erro do adversário (vantagem).
  21. Disputa – Competição; rivalidade.
  22. Enxugador – Pessoa recrutada para enxugar a quadra.
  23. Equipe (de arbitragem) – 1º e 2º árbitros; um apontador e quatro (dois) juízes de linha.
  24. Equipe (de jogadores) – Limitado a doze atletas; obrigatório 6 na quadra de jogo.
  25. Escrete – Ver scratch.
  26. Esfriar – Fazer cera; provocar retardamento.
  27. Falta técnica – (antiga) Penalidade imposta a um componente da equipe; aplicação do cartão vermelho (atual).
  28. Fair play – (inglês = jogo limpo) Cortesia; conduta adequada.
  29. Fiscal de linha – Ver Equipe de arbitragem (juiz de linha); bandeirinha.
  30. Gandula – Aquele que apanha e devolve as bolas que saem da quadra (boleiro).
  31. Infiltração (penetração) – Deslocamento (após o saque) de um jogador de defesa em direção à rede.
  32. Instruções – Esclarecimentos técnico-táticos passados aos atletas.
  33. Internacional (categoria) – Disputado em três sets vencedores (1950).
  34. Interrupção (do jogo) – Regulamentado no cap. 5 da Regra.
  35. Invasão (de quadra) – Ultrapassar a linha central com os pés ou as mãos.
  36. Invasão (por baixo) – Geralmente, com o pé, que bastava tocar a linha central; posteriormente, mão e pé podem tocar a quadra adversária, desde que também permaneça em contato com a linha.
  37. Jogo (1º, 2º e 3º) – (jogo = set) Era composto de dois jogos; o 3º era o decisivo (melhor de 2 jogos vencedores). A partir de 1957, cinco sets (melhor de 3 sets vencedores).
  38. Jogo de desempate – (ver Decisivo); jogo ou série de jogos entre duas equipes após o torneio regular para determinar o campeão (em inglês, playoff); pode referir-se também ao set decisivo (tie-break).
  39. Jogo na rede – Ações dos atletas ao longo da rede durante uma partida.
  40. Juiz – Ver Árbitro (1º e 2º).
  41. Juiz (de baixo) – Ver Equipe de arbitragem.
  42. Juiz (de cima) – Ver Equipe de arbitragem.
  43. Juiz (neutro) – Ver Equipe de arbitragem.
  44. Juiz (principal) – Ver Equipe de arbitragem.
  45. Líbero – 7º jogador com funções predefinidas na Regra (1997); anteriormente, no Brasil, atacante que não recepcionava o saque.
  46. Melhor de dois – Ver Jogo
  47. Melhor de três – Ver Jogo
  48. Mesário – Apontador (ver Equipe de arbitragem)
  49. Minivoleibol – Pedagogia específica para ensino de crianças.
  50. Nível – Qualidade técnica de uma equipe ou jogador.   
  51. Parede – Ver Barreira, cortina.
  52. Partida – Jogo; composta de três a cinco sets.
  53. Pedido de tempo – Interrupção regulamentada (Cap. 5 da Regra).
  54. Penetração – Ver Infiltração.
  55. Posição (dos jogadores, sentido anti-horário) – Linha de ataque (na rede: II, III, IV) e linha de defesa (V, VI, I).
  56. Placar – Indica a contagem dos pontos; é da responsabilidade do apontador.
  57. Ponto morto – Área da quadra desguarnecida. (ver Zona morta).
  58. Pontos por rali – Cada infração é ponto para o adversário (1988); substituiu o sistema “com vantagem”.
  59. Jogo por tempo – Experiências internacionais (1ª) em 1941; no Brasil em 1997, abandonada em 1998.
  60. Posição do jogador – Relativo à ordem de saque durante o saque.
  61. Preliminar – Partida que antecede um outro jogo principal.
  62. Pressão da bola – Pressão interna contida na câmara de ar.
  63. Rali – (inglês rally = duelo) Tempo em que a bola permanece em jogo decorrente do saque até alguma infração.
  64. Rodízio – Movimento dos jogadores em sentido horário para ocupar novas posições na quadra; rotação.
  65. Rotação – Ver Rodízio.
  66. Scracht – (inglês = escrete) Seleção; muito difundido nas décadas de 50 e 60.
  67. Set – (inglês = set) atualmente divisão do jogo até o 25º ponto (ou 15º). No Vôlei de Praia = 21 e 15 pontos.
  68. Set decisivo (tie-break) – Atualmente o 5º set; último (jogo) de desempate de uma partida.
  69. Set point – (inglês = último ponto) Momento em que uma equipe tem a oportunidade de ganhar o set.
  70. Set(s) vencedor(es) – Forma de disputa; necessário vencer 3 sets para ganhar a partida.
  71. Sorteio – Realizado antes do jogo e antes de um set decisivo.
  72. Sinalização – Comunicação gestual entre os intervenientes de uma partida.
  73. Sistema de – Composição tática de uma equipe: 3×3, 4×2, 5×1.
  74. Súmula – Documento oficial de registro da partida.
  75. Tempo da TV – Previsto na Regra no 8º e 16º pontos dos 4 primeiros sets; tempo comercial.
  76. Tempo de descanso – Paralisação do jogo a pedido do técnico ou capitão; tempo técnico. (ver Pedido de tempo)
  77. Tempo entre sets – Intervalo para troca de quadra das equipes.
  78. Tempo comercial – Ver Tempo (da TV).
  79. Tempo técnico – Ver Pedido de tempo.
  80. Tentativa de saque – Experiência encerrada (Brasil, 1998); duas tentativas.
  81. Tie-break – (inglês) Set (5º) decisivo de uma partida.
  82. Time – (inglês, team) Aportuguesado: equipe.
  83. Tocar a rede – Qualquer toque com o corpo ou parte dele.       
  84. Troca (de posição) – Relativo à posição da ordem de saque.
  85. Vantagem (sistema de) – Equipe ganha o direito de sacar; término em 1997 (ver Direito de saque).
  86. Virar (a rede) – Atacante tem sucesso no ataque e ganha a vantagem.
  87. Voltar o ponto – Repetição de rali.
  88. Voltar o saque – Ver Voltar o ponto; utilizado no sistema de vantagem.
  89. Zona morta – Região da quadra temporariamente desguarnecida; ponto morto.
  90. W.O. – (inglês Walk Over = passar por cima) Abreviação (WO); competição ganha devido à ausência do oponente.

(continua)

 

Evolução do Jogo e Linguagem (I)

Praxiologia

A Praxiologia é “uma ciência ou teoria epistemológica que estuda as ações humanas, o comportamento e suas leis, induzindo conclusões operacionais”. Neste instante ela nos propõe a realização de uma verdadeira radiografia do jogo de voleibol quando buscamos desvendar seus segredos e sua riqueza gestual. Como participante e observador privilegiado, mostro aos leitores as ações motrizes, os relacionamentos e o íntimo dessa atividade.

Expressão corporal. Para tanto, sirvo-me da contribuição de Jean Le Boulch que nos ensina que o ato de se expressar consiste em exteriorizar uma ideia e um sentimento por uma reação corporal inconsciente, mas controlada, possuindo um caráter de evidência para o interlocutor. Apesar das possibilidades de inibição e de controle que se podem exercer sobre a mímica e a gestualidade, apesar das possibilidades de simulação e de dissimulação, a expressão do corpo revela mais sobre a pessoa do que a expressão oral. A atitude positiva ou negativa para com outrem se manifesta necessariamente por reações tônicas que se inscrevem nos músculos do rosto: “Olha a cara que ele fez!”. Concluindo ele nos fala:  

 “(…) A expressão somática e, particularmente, as variações tônicas traduzem fielmente as reações afetivas e são, portanto, significativas do modo como é vivida a relação consigo mesmo e com outrem. O homem é inseparável da expressão pela qual ele se revela a outrem”.

Realizando certos gestos, os indivíduos fornecem indícios a outros indivíduos que lhes respondem. É desse modo que o comportamento não verbal aparece como um elemento importante da comunicação e da percepção de outrem. Nessa troca de pessoa a pessoa, a linguagem oral e a linguagem gestual estão intricadas; a linguagem por gesto reforça na maioria das vezes a linguagem falada e acentua-lhe o lado expressivo. Esta associação da palavra e da mímica decuplica as possibilidades de projetar-se e de expressar-se. Mas, inversamente, a existência destas duas linguagens complementares pode acarretar discordâncias voluntárias ou inconscientes: às vezes a mímica trai sentimentos desmentidos pelas palavras.

Evolução do Jogo. Faço um alerta aos leitores mais jovens para que estejam atentos à terminologia que encontrarão nos textos a seguir. Muitos termos traduzem a concepção, a forma e até a técnica empregada no voleibol desde longa data. É evidente e praticamente impossível realizar um glossário completo, mas como base para um trabalho mais exaustivo de mestrandos – voleibol ou linguística – creio que já é um bom começo. Peço desculpas aos meus leitores de outras regiões deste nosso imenso Brasil por só ter contemplado termos utilizados no Rio de Janeiro, mas como sabem, é aqui a “minha praia”. Assim sendo, acompanhem-me nesse périplo e ajudem-me na recordação dos fatos. 

Comunicação em Voleibol. No glossário procuro traduzir diversos aspectos de comunicação nesse relacionamento entre os personagens, pois para entendermos a fala de alguém não é suficiente que entendamos suas palavras, mas temos que compreender o seu pensamento e, mais ainda, precisamos conhecer a sua motivação: “entre a palavra e a intenção existe um grande abismo”.  Há uma estreita relação entre o pensamento e a palavra num processo vivo, uma vez que o pensamento nasce através das palavras. Porém, esta relação não é algo já formado e permanente; surge ao longo do desenvolvimento do indivíduo e também se modifica.

Entendimento. O entendimento mútuo pode ser obtido por meio de uma fala completamente abreviada quando duas mentes se ocupam do mesmo sujeito. Ao contrário, mesmo com a fala integral, pode ocorrer a falta total de entendimento, uma vez que os pensamentos das pessoas seguem trajetórias diferentes. Quaisquer pessoas que atribuem significado diferente à mesma palavra ou que sustentam pontos de vista diferentes não conseguem se entender. Como Tolstoi notou, “aqueles que estão acostumados ao pensamento solitário e independente não aprendem com facilidade os pensamentos alheios e são muito parciais quanto aos seus próprios; mas as pessoas que mantêm um contato mais estreito aprendem os complexos significados que transmitem uma à outra, por meio de uma comunicação lacônica e clara, que faz uso de um mínimo de palavras”. (Vigotski)

Sentido da palavra. As palavras têm um significado definido e constante, mas num determinado contexto podem adquirir um sentido intelectual e afetivo muito mais amplo; esse enriquecimento que o sentido lhes confere a partir do contexto é a lei fundamental da dinâmica do significado das palavras. Dependendo do contexto, uma palavra pode significar mais ou menos do que significaria se considerada isoladamente: a) mais, porque adquire um novo conteúdo; b) menos, porque o contexto limita e restringe o seu significado. Além disso, a inflexão revela o contexto psicológico dentro do qual uma palavra deve ser compreendida. Quando o contexto é claro fica possível transmitir todos os pensamentos, sentimentos e até mesmo toda uma sequência de raciocínios em uma só palavra. (Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem, Vygotsky, Luria, Leontiev, 1988)

(continua)