Clínica Investigativa, Tatear Pedagógico

 

Tatear Pedagógico, Subsídios para Teses e Mudanças

Foto 104Em continuidade aos meus apelos a PROFESSORAS e PROFESSORES, a respeito das pesquisas e experiências sobre Metodologia e Pedagogia aplicáveis às suas aulas, relembro o apelo do eminente Senhor  José Curado, em 2006, aos professores e treinadores portugueses:

Não há progresso significativo sem investigação. É preciso acabar com o clima de desconfiança há muito existentes entre os teóricos e os práticos, avançando para projectos de cooperação entre uma Academia verdadeiramente aberta à comunidade e a actividade desenvolvida pelos atletas e treinadores, contribuindo para a resolução dos problemas levantados por esta. 

Lições para Projetos, Métodos de Ensino, Pedagogia Experimental,  Interação Social, Linguagem, Instrução Individualizada e em Grupo, Reflexão na Ação, Interação e Construção do Conhecimento, Tatear Experimental, Heurística, Intuição, Métodos de Gradação de Ajuda.

Compilando artigos já postados, selecionei três deles que em última análise trata-se de um só. Refere-se à minha atuação em breve curso em uma das favelas do Rio de Janeiro, mais precisamente no Morro do Cantagalo, zona Sul. Efetivamente, soa como um relato bem elaborado para as minhas pretensões. Peço paciência, mas talvez muitos dos atuais visitantes ao blogue não tiveram contato com eles. Posteriormente, seguiremos a mesma linha comentando um quarto artigo – Apresentação na Escola -, com temas instigantes: O poder de pensar sem pensar e Intuição.

Como diria Pavlov, lancei apenas investigações objetivas, deixando de lado todo o subjetivo.

 

Lições de um Projeto, Perspectivas de Aprendizado (I)

Publicado em 8/nov./2009

OLYMPUS DIGITAL CAMERAInteração social e comunicação

Crianças (a partir de 9 anos), adolescentes e adultos (até 23 anos) de ambos os sexos, moradores de morros da Zona Sul. Total de inscritos: 200. Atividade: mini voleibol 3 monitores da comunidade.

Planejamento & Atuação

Tema pedagógico – Metáfora do Andaime

Quando bem construídos, os andaimes ajudam a criança a aprender a ganhar alturas que elas seriam incapazes de escalar sozinhas.

Proposta

Formação de liderança na comunidade para continuidade das ações.

a) Convite a moradores da comunidade para o papel de monitores/professores, independentemente de histórico desportivo.

b) Identificados na comunidade quem já praticava o desporto (clube, praia).

 

MiniSG3Metodologia

Instrução em grupo – nível de interação entre as crianças como facilitador do desenvolvimento dos exercícios; reconhecimento dos benefícios quando o indivíduo é ajudado por outro que tem mais conhecimento e como este último pode ele mesmo beneficiar-se. O professor e a capacidade de explorar as interações entre crianças para facilitar a aprendizagem (considere-se que trabalho em grupo pode produzir pouca atividade de aprendizagem dirigida); resolução cooperativa de problemas (exigência de técnicas de “combinação”, seleção de tarefas e incumbências, e administração do trabalho em grupo).

Instrução individualizada – capacidade de as crianças, enquanto aprendizes serem arquitetas da própria compreensão; capacidade de autocorreção e autoinstrução, individualizando a própria aprendizagem; importância da interação social, da comunicação e da instrução.

Criando a interação entre colegas – como e em que circunstâncias a cooperação e a comunicação levam à construção conjunta de conhecimento e compreensão entre crianças?

Mapa do território do aprendiz

A perspectiva que adoto solicita a interação, a negociação e a construção conjunta de vivências que habilitem a criança e o adolescente aprenderem a ‘linguagem’ proposta. Isso exige necessariamente, e sempre, um elemento de interdependência e a capacidade de fazer descobertas acidentais. A experiência me diz que certo grau de incerteza, a possibilidade de se deparar com surpresas e a chance de descobrir e resolver novas ambiguidades é o que impulsiona e motiva tanto o ensino quanto a aprendizagem. A única maneira de evitar a formação de concepções errôneas arraigadas é a discussão e a interação, lembrando que “no discurso matemático, uma dificuldade compartilhada pode tornar-se um problema resolvido”.

Pequenos grandes passos: teoria e prática

Vocês acompanharão na parte II dessas “Lições” os momentos em que buscamos soluções para unir a prática à teoria, um caminho que nos pareceu fácil de trilhar e que nos enriqueceu demasiadamente. Penso que a principal dificuldade a superar quando se ministra aula para grandes grupos é a comunicação: O que fazer? Quando fazer? Como fazer? Optei uma vez mais pelo emprego do “princípio da aprendizagem ativa”.

A seguir, revelaremos procedimentos práticos e uma reflexão sobre as ações. E, claro, pequenas surpresas.

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Lições de um Projeto, Perspectivas de Aprendizagem (II)

Publicado em 15/ nov./2009

Paraquedas CopacabanaCurso na Praia de Copacabana, 1994. Fundação Rio Esportes.

Linguagem

A abertura do curso consistiu num espetáculo marqueteiro voltado para a mídia. Convidados a então governadora do Estado – Benedita da Silva – seu marido e Secretário de Estado, diversas atletas de seleção e campeoníssimas do vôlei de praia – Shelda e Adriana Behar -, além da direção do CIEP e a totalidade dos alunos daquele turno. Não poderiam esquecer da TV, é claro. Tudo gerenciado pela musa do voleibol nos anos 80, Isabel Salgado.

Curiosamente, esta foi a segunda vez que tive contato com um grupo de alunos com os quais eu faria pequenos esquetes de apresentação da metodologia. O primeiro foi na véspera. No grande dia, estando o ginásio repleto, e após alguns discursos, desenvolvi minha parte com os ensaios que julguei pertinente. O auge da apresentação, constituindo-se surpresa geral, foram as brincadeiras produzidas com um paraquedas que reservo como surpresa. Em torno dele cabem muitos indivíduos e todos, sem exceção (inclusive a governadora), foram convidados a brincar. E como se divertiram! Terminado o evento, fui procurado por uma das diretoras que exclamou: “Estou aqui há 16 anos e conheço bem o meu ofício e nunca vi coisa igual. O Senhor chegou ontem, entretanto parece que as crianças já o conheciam de longa data! Como é possível”? Certamente, referia-se à conduta do professor em relação ao grupo e à linguagem (comunicação) empregada. Senti-me orgulhoso no reconhecimento de meus esforços na busca de uma metodologia inovadora e na conduta que abracei.

Instrução individualizada ou em grupo?PraiaIcaraí

Curso para 400 crianças. Praia de Icaraí, Niterói.

Este é o primeiro dilema que se nos depara. Pode ser também expresso como “que devo ensinar primeiro, a técnica (fundamentos) ou o jogo propriamente dito (tática)”? A experiência me ensina que os indivíduos estão ali para se divertir e brincar. Se lhes proporciono este quesito terei realizado seus desejos. Então, a pouco e pouco, sugiro que lhes seja garantida diversão e instrução, isto é, em cada sessão, exercícios técnicos e jogos. E para que esses exercícios não se tornem enfadonhos e despropositados, que sejam propostos de forma lúdica: ficam preservados ganhos psicológicos e participação mais intensa.

Lembro que já presenciei treinos com 18 participantes que realizavam ataques na rede com utilização de uma forca; a cada ação, individualmente recolhiam a própria bola e retornavam à fila, isto é, aguardavam 17 outras intervenções. O tempo que destinaria ao “aquecimento” prefiro que os alunos brinquem com o objeto do seu desejo, a bola. Se não tiverem intimidade com ela, seu aprendizado estará demasiadamente prejudicado. Se for possível uma bola por indivíduo será o ideal; caso contrário, o professor diligenciará para que cada um tenha o máximo proveito nestes contatos iniciais de malabarismos, lançamentos etc. A seguir, utilizo um estratagema em que, fazendo uma pequena encenação teatral, consigo que a cada proposta de exercício ainda não conhecido, TODOS os alunos se reúnam no centro da quadra. Ali, enuncio e já realizo rápida demonstração com alguns deles, sem a preocupação de detalhes (“linguagem proposta”). Dali retornam aos seus lugares nas mini quadras e, por sua conta, dão início à tarefa. É bem possível que neste momento haja uma dificuldade que deve ser compartilhada pelo grupo para a consecução da tarefa (“discussão e interação”).

Para manter o ritmo dos exercícios (dinâmica da aula), uso também recurso bem simples: o grupo que utiliza o campo central será sempre o “demonstrador do dia”; antes de convocar todos ao centro antecipadamente já os instruo para a novel demonstração. A partir da construção dessa linguagem posso aquilatar o ponto onde o aprendiz está e desenvolver uma psicologia de forma harmoniosa. Estes desafios são superados à medida que proponho novas tarefas. Nesse momento minha observação recai em “como cada grupo está realizando (pensando) sua tarefa”.

Metáfora do andaime

A partir de agora minha tarefa torna-se mais difícil, pois se trata de saber “como e quando” intervir (“metáfora do andaime”). Um auxiliar poderoso poderá ser um dos próprios alunos do grupo com alguma experiência ou liderança, ou ainda, um pequeno lembrete: “Vejam como o grupo vizinho está fazendo”! Asseguro que as possíveis perdas nesta fase são insignificantes face aos ganhos inequívocos quando à maneira de pensar futura, que passa a integrar a personalidade do indivíduo. Além disso, como o objetivo nesta fase é exatamente “conhecer a linguagem”, convém que o professor administre muito bem a quantidade de ensaios a propor e o respectivo tempo de execução. Por enquanto, esqueça as correções técnicas.

Considere que as tarefas não recaíram somente na administração de exercícios, mas também na “conquista” da comunidade, através de serviços voluntários de limpeza e lavagem do ginásio (mutirão) envolvendo os próprios alunos e suas mamães, o convite à participação de monitores, a aceitação de pequeninas crianças para brincadeiras paralelas e a recepção a jovens de outras comunidades.

Reflexão na ação

Creio que até então nunca se encontrou maneira confiável de realizar os objetivos propostos no planejamento de projetos. Todavia, tenho absoluta certeza que se houvesse continuidade neste tipo de trabalho criaríamos a possibilidade de identificar na prática caminhos para o desenvolvimento futuro na educação daquele grupo. Estivemos mostrando como aproveitar em “sala de aula” estes recursos potencialmente valiosos de aprendizagem e ensino, mesmo em condições não muito favoráveis, para as quais procuramos encontrar soluções e nunca nos queixarmos dos problemas.

Para espíritos empreendedores as adversidades muitas vezes são desafios a serem transpostos. Naqueles momentos balizamo-nos em alguns princípios, utilizamos nossa intuição e experiência colhendo frutos virtuosos. Todavia, sabemos que temos muito a percorrer até encontrar o melhor procedimento. Numa época em que muitos desafios e oportunidades novas surgem na educação, graças ao advento de novas tecnologias e subsídios computadorizados à aprendizagem e à instrução, achamos que vale a pena lembrar-se das dimensões sociais e interativas do crescimento e desenvolvimento humanos que a educação física e os desportos suscitam. Suspeito e concordo que os recursos mais preciosos para uso em “sala de aula” continuarão apresentando-se sob a forma humana.

O desenvolvimento de uma teoria eficaz do “ponto onde o aprendiz está” e a construção de uma “psicologia do assunto” que seja operável representam desafios formidáveis. Quando se está trabalhando com uma classe grande a combinação de ambas as teorias para saber qual o “próximo passo” a dar aparenta ser uma exigência impossível. Neste particular, o professor torna-se um privilegiado em relação ao técnico desportivo.

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Lições de um Projeto, Perspectivas de Aprendizagem (final)

Publicado em 23/nov./2009

1x1 Redimensionado

Quais os primeiros obstáculos na Iniciação?

Interação e Construção do Conhecimento

Como e em que circunstâncias a cooperação e a comunicação levam à construção conjunta de conhecimento e compreensão entre crianças? Por entendermos que circunstâncias são elas mesmas indeterminadas ou indefinidas, e se associam ao tempo ou ao momento oportuno para estabelecer a maneira correta de agir (Aristóteles), passamos a criá-las no nosso pequeno “laboratório” (Morro do Cantagalo). Em se tratando de grupo numeroso de aprendizes prefiro tratar este assunto na esfera da interação entre colegas e não propriamente com o professor. O alcance parece ser bem mais significativo, desde que se identifiquem lideranças capazes desse mister. Não é difícil descobri-las ou mesmo encorajá-las. Vejam o exemplo a seguir:

Descrição: exercício com uma biruta (uma adaptação do aparelho capaz de mostrar a direção do vento) e 24 bolas; metade do grupo se exercita e a outra metade auxilia na reposição de bolas. Após algum tempo de prática, troca de funções. O professor dita o ritmo das tarefas.

Tarefas: alunos colocados de um lado da quadra e a biruta do outro; o professor lança as bolas por cima da rede e os alunos (individualmente) lançam-na de toque para dentro da biruta (colocada do mesmo lado do professor). Segundo grupo colabora com presteza e velocidade na reposição das bolas em favor do ritmo dos ensaios.

Considerações

O simples fato de existir um alvo e ter sucesso nos arremessos era motivo suficiente para o regozijo dos alunos. A surpresa ficou por conta do grupo que ajudava na reposição das bolas que invariavelmente se espalhavam pelo ginásio. Com muita alegria dispuseram-se inteligentemente atrás e ao lado da biruta e recolhiam as bolas desperdiçadas; estas eram arremessadas pelo chão a um colega, próximo ao professor. Este, então, municiava os arremessadores. O empenho dos recolhedores de bola foi tamanho que mereceu elogios do mestre que, não desperdiçando a oportunidade, solicitou uma salva de palmas.

Ao recomeçarmos o exercício com a troca de função dos grupos, fez-se um apelo para que tentassem superar os primeiros em “serviço ao próximo”. Nem seria preciso, tamanho o clima de camaradagem que se criou em torno de nossas brincadeiras. Confesso que nunca vi algo igual e lembro-me de ter-me emocionado com uma pequenina lágrima. Naquele breve instante, senti que me tornava amigo de todos. E mais ainda, afortunado por estar ali entre crianças tão espontâneas. Ao terminarmos, reunimo-nos e nos saudamos com uma grande salva de palmas e muitos gritos de alegria pelas brincadeiras. Então, a surpresa maior: “Indagados, avaliaram como melhor coisa a função de recolher as bolas”! Saí dali enriquecido…

Tatear experimental

Através do tatear e da possibilidade de relatar as próprias vivências, as crianças desenvolvem sua autonomia, seu juízo crítico e sua responsabilidade. Para muitos, a escola tradicional é inimiga desse método, permanecendo fechada, contrária à descoberta, ao interesse e ao prazer da criança. Ao final de cada aula resumia o que foi realizado e lhes solicitava a confecção em casa de desenhos ou escritos sobre as atividades. A aprendizagem por tentativas e erros representa um modo primitivo lento e às vezes ineficaz. Os imperativos sociais e a necessidade de chegar a resultados rápidos levam o educador a adotar uma atitude mais intervencionista, atraindo a atenção do aluno sobre tal ou qual aspecto particular do movimento. Para que este tipo de aprendizagem se torne eficaz:

1) Deve-se voltar frequentemente à realização global a fim de que o indivíduo consolide suas aquisições.

2) É necessário partir dos automatismos naturais da criança, cujo desenvolvimento deve continuar global. 3) Deve-se chamar a atenção para um só detalhe de cada vez.

Conceito de heurística

Define-se procedimento heurístico como um método de aproximação das soluções dos problemas, que não segue um percurso claro, mas se baseia na intuição e nas circunstâncias a fim de gerar conhecimento novo.  Leia mais…

Intuição

Esta experiência transcorreu em outro dia, paralela ao desenvolvimento de uma das aulas, desprovida de qualquer programação prévia. Provavelmente, uma intuição, ou em bom português, deu-me na telha. Quantos ensinamentos retiramos dessa intuição. Ver mais… Apresentação na Escola.

Enquanto a aula transcorria normalmente, dediquei-me a três meninas de 4-5 anos de idade que se achavam no local e não inscritas para as atividades; uma delas inclusive portando chupeta na boca. O experimento consistiu em fornecer-lhes 12 bolas de tênis para lançamentos de variadas distâncias contra uma parede. Foram observados mais uma vez os três aspectos pertinentes à “instrução individualizada” assinalados anteriormente. Destaca-se aqui o papel do professor promovendo as interações entre as próprias crianças e os benefícios quando uma é ajudada por outra. Afinal, dois errados podem fazer um certo.

1ª fase – Situação inicial: entregue as bolas houve disputa acirrada para conseguir o maior número para si (sentido de posse). Após alguns instantes propusemos nova tarefa: as crianças sentadas no solo em círculo, bolas no centro, cada uma retirava uma bola alternadamente. Ao final, constataram que possuíam o mesmo número de bolas e mostraram satisfação (ou resignação).

2ª fase – Preliminares da tarefa principal: de pé, a 2m-3m da parede, foi-lhes sugerido que arremessassem as bolas e as recuperassem. Aconteceu um tirambaço e profusão de dificuldades: bolas que se perdiam pelo ginásio, busca da bola da companheira, aproximação do alvo e, finalmente, perplexidade, pois não mais encontravam bolas para novos arremessos. Comentário – Manter a posse das 4 bolas junto ao corpo, tendo a tarefa de arremessá-las constituiu-se no maior obstáculo nessa fase. A capacidade de regular o próprio pensamento e atividade, de reconhecer que a primeira coisa que vem à cabeça nem sempre é a correta, de buscar reformulações, simplificações e estimativas aproximadas da solução provável de um problema, são todas realizações intelectuais que nascem das interações entre novatos e indivíduos mais peritos. Com certeza, precisavam de ajuda. Revela informações importantes para uma avaliação do professor a respeito do intelecto dos alunos.

3ª fase – Outra dificuldade foi recuperar a bola: faziam-no com a ajuda de ambas as mãos e o tronco (abdome). Foi-lhes sugerido, com um mínimo de instrução, segurar uma bola em cada mão e arremessar uma delas. Desenvolveram-se, então, os primeiros ensaios para a apreensão correta com uma das mãos. Os lançamentos tornaram-se mais controlados (força e direção). As duas outras bolas naturalmente foram desprezadas. Assim, permitindo uma sequência razoável aos ensaios e de instrução em instrução (e pouca fala), chegamos aos arremessos com a mão esquerda (“a outra mão”).

Método da gradação de ajuda, como ajudar?

O esquema vai da ajuda verbal geral. P. ex.: “Será que não há outro jeito”? Até a demonstração: “Olha o que acontece quando eu faço isto”! (Metáfora do andaime)

Quando se trabalha com crianças pertencentes a grupos de “baixa capacidade” e “terapêuticos”, descobre-se que suas atividades autorreguladoras são insatisfatórias. Atribui-se a carência de tais habilidades a duas razões: pouco contato com indivíduos que as utilizam ou precisam de mais experiências que as outras crianças para aprender a executá-las. A autorregulação é atividade particular, invisível e inaudível. Para ajudar as crianças a descobrir como regular a própria atividade de resolução de problemas buscou-se externalizar o processo de autorregulação, como os de fazer perguntas para si mesmo, lembrar-se, procurar novos indícios, tentar ver o problema a partir de outro ângulo. Para tanto se representava esse tipo de processo enquanto resolviam-se problemas junto com as crianças. Aquilo que conseguiam realizar com um pouquinho de orientação de um perito era muito superior a seus esforços solitários. (David Wood)

Como diria Pavlov, lancei apenas investigações objetivas, deixando de lado todo o subjetivo.

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Nota:

1, Pasmem! Foi segundo metodologia similar que aprendi Matemática e Português aos 14 anos de idade.

2. Em algumas outras oportunidades realizamos breves ensaios sobre essa particularidade da instrução com adultos. Infelizmente sem continuidade, apenas como demonstração para professores titulares, ou mesmo treinadores, considerado o desenvolvimento motor dos indivíduos.

 

As palavras-chaves (tags)  compreendidas no texto acima são Lições de um projeto, Métodos de ensino, Pedagogia experimental.

Séc. XXI: Grande Salto em Educação

Desenho 0 Ginásio
Bagunça organizada: TODOS participam na organização e nos jogos.
Ilustração: Beto Pimentel.

Pedagogia Experimental

Reportamo-nos ao que foi dito em recente postagem (28/set.) relativo ao grupo de alunos que estariam colaborando para realizar nossos experimentos pedagógicos. Alguns problemas surgiram e não foi possível dispor das instalações nas quais procederíamos os ensaios. Sendo assim, estamos buscando outro local – uma escola – para administrar e concebermos nossas ideias a respeito. Trataremos de planejar e compartilhar nossos ensaios a partir do próximo ano escolar. Em Niterói possuímos dois educandários que oferecem plenas condições. Resta-nos fecharmos com ambos (ou um deles) uma parceria que consumiria 4-5 aulas práticas, inclusive com a edição de um vídeo. Em um terceiro, estaremos incentivando a criação de um blogue para o  desenvolvimento dos alunos na área da Educação Física e Esporte. Enquanto isto, vejam abaixo o que estamos apresentando à comunidade acadêmica e esportiva de todo o país e concitando a participação de TODOS que se interessam por dias melhores no Ensino Escolar e Esportivo.

Contributo Histórico e Acadêmico

Discute-se a importância da Formação Continuada de professores fazendo-os perceber que dois séculos estagnados não devem se contrapor à evolução do ensino. Cabe trazer para a sala de aula Vygotsky, Piaget, Le Boulch e outros, e apresentá-los aos alunos. Ou seja, unir teoria à condução de uma boa prática com métodos condizentes. Se as descobertas de psicólogos e neurocientistas contemporâneos forem tão poderosas quanto acreditam ser, teremos todos nós que reavaliar algumas hipóteses nas Ciências Sociais e Educação. A bibliografia (ver Prezi) consultada está voltada para o campo da neurociência e psicologia pedagógica, desbravando a mente e analisando como os indivíduos pensam e agem. A interpretação de suas leituras orienta para novos caminhos no dia a dia dos professores.

Brasil Cidades até 31.8.2013

Pesquisas Aplicadas

O Autor firma-se como inovador em métodos de ensino quando propõe um zoom sobre a Memória e a História. Nesse novo olhar o tempo parece brincar com todos, como nos brindou o Prof. José Pacheco com sua corajosa constatação: Temos escolas no séc. XIX, professores no séc. XX e estudantes no XXI. (Procrie no Brasil)

Jogando na rua
Ilustração: Beto Pimentel.

O BOM PROFESSOR

1º Passo… Principal Protagonista: Voleibol, esporte difícil de ser ensinado?

Este contributo voltado especialmente para o professorado lotado em sala de aula – especialista ou não em voleibol – encerra metodologia para atenuar dificuldades seculares do ensino. O passo seguinte nos conduz a estreitar proximidade com os protagonistas objetivando maior perícia pedagógica em favor das atividades esportivas escolares. 

EDUCAÇÃO DE BASE

CursoVoleidePraia1

2º Passo… Rompendo com o Passado: Curso presencial.

Observamos no ensino descompassos entre teoria e prática, isto é, acredita-se haver uma espécie de letargia à espera de uma ruptura com o passado por parte dos agentes educacionais. A solução reside nos Cursos Presenciais para professores e acadêmicos. Enfim, Ver pra Crer, ou seja, conquistado o interesse, resta-nos o pontapé inicial na prática. Na foto o Autor ministra aula no 1º Curso de Técnicos de Vôlei de Praia, CBV.

 PROPOSTA PEDAGÓGICA

MiniEuFavBairro INVERTIDA 3º Passo… Estágio Supervisionado: Treinamento profundo.

O material foi produzido como proposta para compartilhamento em realidades múltiplas para aqueles que pretendem organizar e gerir atividades esportivas. Constitui-se em suporte curricular para a instituição e a partir de condução mais bem elaborada em classe, certamente se transforma em ferramenta pedagógica indispensável á realização plena dos alunos. Cada indivíduo saberá como proceder de forma equilibrada face às circunstâncias em que se encontra.

Parte II —– Ideias Maravilhosas

Centro de Referência em Iniciação Esportiva. Ferramenta virtual a serviço de professores, o que nos torna também aprendizes. A Formação Continuada está caraterizada pela produção de centenas de artigos conciliatórios entre Teoria e Prática. Bons professores são formados a partir de boas leituras e práticas bem orientadas. A conquista da meritocracia é um caminho sem volta, que nos leva a examinar três pilares em nossas decisões e experimentos antes dos primeiros passos.

 – Que tal compartilharmos nossas experiências?

  • Passado          Memória e História
  • Presente       Educação Física e Esporte Escolar
  • Futuro           EaD e Curso Presencial
PraiaIcaraí
Praia de Icaraí, Niterói (RJ): 400 crianças no Procrie.
Ilustração: Beto Pimentel.

 

Conclusão

Esta a nossa oferta – um Projeto Educativo Nacional cujas linhas mestras estão já delineadas no Prezi. Pretende-se discutir e realizar práticas com novas perspectivas metodológicas, descortinando horizontes para a excelência em Educação.

 

 

 

Convidamos VOCÊ, PROFESSOR, a dar o Grande Salto para o séc. XXI!

Fonte:

www.procrie.com.br/sumario

http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie

NOVÍSSIMO SUMARIO COMPLETO 2013      (Excel)

 

 

Alegria no Futebol e no Voleibol?

Jogadores de Camarões comemoram histórica vitória sobre a Austrália no Mundial de vôlei. Foto: Fivb/Divulgação.

 

Interesses, Alegria e Xenofobia                   

O que estamos ensinando às novas gerações? As crianças quando jogam ou brincam parecem estar desligadas do mundo, concentradas nos seus propósitos. Obedecendo às regras do jogo aprendem todas a respeitar os seus contendores e, cessada a atividade, estimular o convívio social. Isto é o que se pretende repassar a elas. Todavia, entre o discurso e a prática parece que os interesses estão se sobrepondo à simplicidade e alegria da pura diversão.              

Lendo aqui e acolá notícias relacionadas ao voleibol deparei-me com um estranho no ninho em duas ocasiões. Trata-se do agora polêmico José Mário dos Santos Mourinho Félix, mais conhecido como José Mourinho, português que antes de iniciar a sua carreira de treinador de futebol, foi professor de Educação Física. Ele agora nos dá algumas lições de vida. Como meus ouvidos estão longe de sua voz, não o interpreto, mas aprendo a conhecê-lo melhor e tirar lições pedagógicas, o verdadeiro sentido deste texto.                   

Li no site português Sovolei (Luís Melo, “Sinais” José Roberto Guimarães e José Mourinho, 5.11.2010) uma análise e comentários a respeito da atuação entre os dois treinadores, um no voleibol e o outro no futebol a partir de um programa radiofônico. Aliás, fiquei muito satisfeito, pois dá uma dimensão maior e perspectivas de desenvolvimento do voleibol em Portugal, no qual o Procrie contribui com pequena parcela. Vejam o que disse o Luís Melo:                   

Quenianas realizam sonho e ganham admiração do Brasil. Foto: AFP

  

“Sinais” José Roberto Guimarães e José Mourinho. Todas as manhãs (8h50m) é transmitido o programa “Sinais” na rádio TSF. Em apenas 1 minuto Fernando Alves faz um exercício de análise interessante sobre o nosso quotidiano, abordando os temas mais variados da actualidade. No programa de hoje fez referência a José Roberto Guimarães, treinador da selecção brasileira de voleibol feminino, colocando-o no mesmo patamar de José Mourinho. Surpreendente mas reconfortante. Se já é inédito ouvirmos falar de voleibol nos meios de comunicação social, mais o é ainda quando vemos que, inesperadamente, alguém reconhece José Roberto Guimarães e sabe que na modalidade ele está ao nível de José Mourinho no futebol. Esta é mais uma prova que a modalidade começa realmente a conseguir ganhar mais notoriedade, e começa a ser vista como um desporto onde também há gente com a capacidade e qualidade dos “monstros mediáticos” do futebol.                   

Fernando Alves referia-se ao facto de a “Alegria” ter uma importância decisiva na nossa forma de viver, e pegou então nas palavras de José Roberto Guimarães no final do jogo do Campeonato do Mundo: Brasil 3-0 Quénia (25/15, 25/16, 25/11). O técnico quis relevar a equipa adversária “Foi muito legal ver como o time do Quénia jogou. Elas jogam com amor, alegria, vibram a cada ponto. A equipe evoluiu tecnicamente. É muito bacana ver um time da África, que não tem tanta tradição no vôlei, evoluindo dessa forma. Elas estão de parabéns“.      

José Mourinho também tinha feito referência há dias sobre a importância que tem a “Alegria” no desempenho de qualquer equipa. O técnico do Real Madrid fazia o balanço deste surpreendentemente bom início de época da equipa madrilena “Estamos bem. Somos uma equipa em construção, com jogadores novos e um treinador novo. Se os resultados são positivos, o processo de construção corre melhor. Quando vences, acreditas mais em ti, há mais alegria e a alegria faz milagres“. É de facto verdade, a “Alegria” faz milagres. Mas não é por obra e graça de Nosso Senhor. Estes dois mestres referem-se ao facto de a “Alegria” contribuir para a confiança e o bem estar nos treinos e na competição. Um atleta que treina e joga com alegria tem mais vontade de trabalhar, aprender, evoluir, corrigir, chegar mais longe e conquistar mais títulos. Este é um “Sinal” e de facto é fundamental, que no voleibol, todos os atletas, técnicos, dirigentes e também adeptos, tenham presente esta importante ideia. Esta atitude será mais um forte contributo para a evolução de todos e, consequentemente, para o desenvolvimento da modalidade.          

Comentário de Roberto Pimentel (12/2010). Não conheço o Professor José Mourinho a não ser pela TV. Admiro seu histórico que pude contemplar na Wikipédia. É vertiginoso e muito promissor e fico a pensar como teriam se beneficiado seus alunos da Escola Básica 2/3 José Afonso em Alhos Vedros. Pena que não deu continuidade ao trabalho como professor e talvez não tenha havido tempo suficiente para formar seguidores. Como se reportam a ele como uma figura mítica, despertou-me a curiosidade. E, então, busquei e encontrei algo que estava esquecido no tempo, um pouco lá atrás (4.8.2009) publicado no site do Centro Esportivo Virtual (CEV), por Leopoldo Gil Dulcio Vaz: Achei o Manuel Sergio… De forma semelhante, relata de próprio punho o revolucionário treinador José Mourinho, em um capítulo do livro Motrisofia (obra organizada que reúne uma diversidade de autores comprometidos em homenagear o filósofo Manuel Sérgio). Ele escreve: “Fiz o curso de Educação Física há mais de 20 anos, onde no meu primeiro ano conheci o Prof. Manuel Sérgio. Tinha uma convicção, queria ser treinador de futebol, mas na minha época estava no auge estudar Matveyv, porém a teoria do treinamento desportivo positivista não se alinhava a minha forma de pensar. Foi aí que o Prof. Manuel Sérgio me ensinou que para ser aquilo que eu queria ser, teria de ser um especialista na área das ciências humanas. Foi assim que aprendi que um treinador de futebol que só perceba de futebol, de futebol nada sabe. Se sou um treinador singular é porque não me esqueço das lições sobre emancipação e libertação. É preciso ser livre para fazer o novo… até no futebol”. (Motrisofia – Homenagem a Manuel Sérgio, de José Mourinho). (Veja mais sobre Manuel Sérgio na Wikipédia).        

Sendo assim, creio que encontrei alguém com quem comungo os mesmos pensamentos filosóficos, uma vez que prega a libertação do indivíduo pelo esporte. Como disse, “até no futebol”. Todavia, daí a compará-lo com o treinador brasileiro de voleibol José Roberto Guimarães, tenho que perdoá-los, pois não o conhecem bem. Ser um treinador campeão não é suficiente para atestar ser um “monstro mediático”, pois tenho presente na memória cenas incríveis de treinadores brasileiros campeoníssimos que mal distribuíam as camisas dos atletas. Que dirá a competência para orientá-los!        

E para falar em ALEGRIA, perdôem-me, é preciso muito mais, é preciso realizar o tempo todo. Será que só deve estar presente nas vitórias? Não se trata só e diplomaticamente de mostrar um exemplo africano. Mas realizar e transmitir isto à sua própria equipe, o que nunca conseguiu fazer. Aos amigos portugueses sugiro uma vez mais leituras dos textos colocados em Metodologia e Pedagogia, além de outros, em que sugerimos desde cedo que as crianças “Aprendam Brincando e Jogando”, e não se tornem meras figuras de “adestramento”. Os jogos são formas formidáveis de educar para a vida! Não desperdicemos tamanho potencial e nos fecharmos para ser campeão de coisa alguma. Vejam também o que já escrevemos sobre o “Interesse e Colorido Emocional” quando tratamos da importância da memória (Pedagogia Experimental).               

Interesses e acertos para justificar a derrota para a Bulgária no Mundial da Itália. Foto Celso Paiva, Terra.

  

E, ainda por cima tal qual o futebol, o voleibol também virou um “grande negócio”, parece que vale tudo ultimamente, isto é, os meios justificam os fins. E o programa social para crianças com selo da Unesco?  E o patrocinador?  Por falar em celeumas, não é que a imprensa vem estimulando um bate-papo improdutivo e catastrófico para as partes? Cuidem-se os contendores e demais leitores para que não sejam levados por sentimentos nada condizentes com o nível que atingimos em matéria de consciência desportiva. Acredito que o bom senso prevalecerá, mas não posso deixar de alertar a todos. Prometo não mais publicar nada a respeito.         

Para onde estão nos levando (retirado do Terra – AFP – dezembro/2010)       Depois de o brasileiro Daniel Alves, do Barcelona, dizer que o técnico José Mourinho, do Real Madrid, “não descobriu o futebol”, o português respondeu com ironia, comparando o jogador ao cientista Albert Einstein. Daniel Alves havia dito que Mourinho era um grande treinador, mas que teve tantas conquistas graças aos bons jogadores com quem trabalhou. “Mourinho não descobriu o futebol e nem vai descobrir”. Na réplica, em entrevista coletiva, o técnico respondeu em tom sarcástico. “Todos temos a aprender com as pessoas inteligentes”, referindo-se ao lateral-direito. “O que Daniel Alves disse Einstein não diria melhor. Foi um português que descobriu seu país, mas não inventou o futebol. Tem toda a razão, não inventei o futebol”, declarou o treinador. De acordo com o jornal As, o brasileiro disse que considera o técnico do Real Madrid um “brincalhão”. A troca de farpas começou na semana passada, quando Daniel Alves descartou se transferir para o time merengue. O lateral direito mostrou que não gostou da declaração e rebateu neste domingo. “Talvez aos brasileiros não agrade que um português tenha nos descoberto”.                  

Xenofobia. E, finalmente, prestem atenção ao comentário abaixo, que relutei muito em transcrever. Tomara que seja um pensamento solitário, não compartilhado.         

De Nuno Sampaio (Terra, 12.12.2010). Acho estranho reclamarem tanto com o comentário do Mourinho. Vocês são os primeiros a aprender isso na escola. Os portugueses quando chegaram ao vosso território, não se chamava Brasil, e viviam lá os ameríndios. Com a presença dos portugueses, nós desenvolvemos a vossa civilização, com novas pessoas, nova cultura, nova língua, nova religião e…a formação de um país. Isto é história. A verdade é que se vocês existem, é devido ao ‘cruzamento’ entre portugueses, índios e africanos. Mesmo a palavra ‘Brasil’ deriva do povo europeu, os celtas. Eu concordo com o facto de dizerem que não vos descobrimos, mas criámos bases para que existissem cultura, história, país e o povo brasileiro com o que levamos nos barcos, com a ajuda dos índios, que se lembrem, não eram brasileiros.                 

E ponto final.

Pedagogia Experimental

Um Novo Caminho   

Momento de síntese de pensamentos radicados numa cultura técnica e esportiva diversa. O material oferecido é um instrumento didático para um aprendizado duradouro, que se impõe por sua originalidade, renovação e valor educativo. O mini vôlei é revelado como um caminho dos mais promissores para a prática da Educação Física no sistema escolar.

Desenvolvimento das Atividades

Planejadas com bases técnicas, desenvolvem-se em situações naturais, espontâneas e prazerosas, explorando vivências corporais através de brincadeiras, jogos, diversos brinquedos e materiais. No futuro, o aluno precisará ser criativo, crítico, agir com autonomia e competência, saber transformar seus conhecimentos em soluções para resolver problemas e desafios. Enfim, tornar-se apto a trabalhar em equipe.

Progressão do Campo de Jogo 

Aulas consistentes com exercícios na forma de contestes atraem muito mais adeptos para o jogo. Já produzi textos sobre a prática metodológica e pedagógica (ver Categoria “Metodologia e Pedagogia”).  O Professor terá sempre em mente que as dimensões das quadras de jogo (largura e profundidade) não são rígidas, mas que devem oferecer melhores condições de desenvolvimento aos alunos nas respectivas fazes de seu aprendizado. Naturalmente, dependendo também das condições físicas e de equipamento.

 

 

 

 

Características e Regras 

O minivôlei é um jogo coletivo praticado por duas equipes com dois ou mais jogadores num campo medindo 12m x 5m. Nas competições pode-se jogar com 2 contra 2 (2×2), 3 contra 3 (3×3), e eventualmente, 4 contra 4 (4×4).  As pequenas regras que o professor vai a pouco e pouco introduzindo deve ser conversada com os próprios alunos que indicarão o melhor caminho. É interessante que desde o início aprendam a executar o “saque por baixo” a fim de evitar erros e pequenos acidentes; além disso, é mais provável um jogo com maiores ralys.

 

Interesse e Colorido Emocional

ginasio-escolar-colorido-reduzido Se um mestre quer que algo seja bem assimilado deve preocupar-se em torná-lo interessante. Somos do ponto de vista que a velha escola era antipsicológica, uma vez que era igualmente desinteressante. A memória funciona de modo mais intenso e melhor naqueles casos em que é envolvida e orientada por certo interesse. Entende-se interesse como um envolvimento interior que orienta todas as nossas forças no sentido do estudo de um objeto. Os psicólogos comparam o papel do interesse na memorização com o do apetite na assimilação do alimento. O interesse produz o mesmo efeito preparatório sobre o nosso organismo durante a assimilação de uma nova reação. Toda pessoa sabe que efeito inusitadamente aumentativo exerce o interesse sobre o psiquismo.

 

 Aulas: Jogos e Exercícios

O papel seguinte do interesse consiste na função unificadora que ele exerce em relação aos diferentes elementos de assimilação do material. O interesse cria um encaminhamento permanente no curso da acumulação da memorização e acaba sendo um órgão de seleção em termos de escolha das impressões e sua união em um todo único. Por isso é de suma importância o papel desempenhado pela atitude racional da memorização em função do interesse. Por que então não incluir pequenos jogos ou até mesmo jogos populares como a peteca nas aulas? No dia a dia da escola pode tornar-se prática comum nos recreios.

Aprender Brincando e Jogando  

Exercícios lúdicos, na forma de contestes, atraem muito mais adeptos para as brincadeiras e o próprio jogo. A participação maciça da classe facilitada por múltiplas tarefas, promove a integração entre os alunos, professores e seus responsáveis. Podem e devem participar meninos e meninas. Para manter o interesse e atrair mais gente para nossas aulas, vale até a utilização de um paraquedas; as aulas tornam-se mais atraentes e divertidas. Esta é uma técnica empregada na cooptação: uma novidade sempre tem o seu lugar no imaginário dos alunos.

Centro de Treinamento de mini voleibol; Praia de Copacabana, Rio (1995).