III – Prática e Avaliação
Organização dos exercícios
Dinâmica da aula
Avaliação
Organização dos exercícios
Como criar e organizar exercícios de técnica. O professor deverá cuidar para que os exercícios tenham: 1) um objetivo claro; 2) muitas repetições e um retorno correto; 3) condições próximas do jogo (exigências adaptadas); 4) uma ação principal (desenvolver ações encadeadas); 5) cada exercício tenha o seu ritmo próprio; 6) deve ser interessante, exigente, competitivo.
Observações: 1) cada exercício deve ter uma “palavra-chave” ou apelido; 2) objetivos quantificados; 3) normas de comportamento dos alunos; 4) funções dos jogadores e técnicas de organização; 5) como recolher bolas; 6) referência e colaboração.
Dinâmica da Aula
Olhar no aluno: exercícios, por si só, não resultam num treinamento eficaz; sendo assim, o comportamento da criança é a variável decisiva.
Olhar do professor: estar consciente de sua influência; compreender como os alunos o percebem; controlar eficazmente o ritmo de cada exercício e a totalidade da aula; sensível à personalidade dos alunos; ligeira distinção entre os extremos, entre ser duro e inflexível e ser gentil e generoso; melhorar sua percepção do que é apropriado para cada indivíduo, não importa em que situação; ser criativo e flexível, copiar os outros revela falta de inspiração.
Interação professor-aluno: contar coisas, dar opinião ou ideias, estimular a fala, perguntas dos alunos, produzir debates. O acréscimo do tempo de espera a uma pergunta resulta em respostas mais pertinentes, refletidas e de mais alto nível.
Meios: possibilitar o manuseio da bola (criar intimidade, cuidar da limpeza); criar exercícios diferenciados e simples (cuidados e organização); bolas diferenciadas: tamanho, peso, textura, cor etc.; bilateralidade, recordes pessoais e de grupos; trajetórias eferente e aferente, ponto-chave, transferência.
Sequência: natureza do exercício e seus objetivos; um mesmo exercício pode ser decomposto ou ampliado.
Quantificação: medir o n° de exercícios na aula – aborrece ou confunde? Repetições não devem ser extensas e demoradas; criar variações; avançar ou retroceder quando necessário; alunos decoram automaticamente os exercícios; dar nome ou apelido aos exercícios; rememorar os exercícios ao final de cada aula; estimular grupos a comporem os exercícios; observar maiores dificuldades e indicar guia a cada aula.
Ritmo: tão intenso quanto os alunos suportem respeitados seus limites; garantir razoável aplicação técnica: todos participam, não importa o nível.
Cuidados na execução: maneira de distribuir as bolas com precisão e proteção dos alunos; formas de passar as bolas ao professor (manutenção do ritmo); fixar tempo de início/repetição para garantir o interesse (não aborrecer).
Destaques: responsabilidades na execução das tarefas; concentração e intensidade na execução.
Avaliação
Observar o desempenho tendo como referência o processo que a criança está vivenciando. Enfatizar a auto-avaliação estimulando o aluno a referenciar seu desempenho atual em relação aos anteriores. Analisar a totalidade, fornecer informações qualitativas quanto ao domínio dos objetivos, como efetuar possíveis correções, tendo como critério a participação, o interesse e o desenvolvimento global a partir da história da criança.
Levar os alunos a compreender: um desenvolvimento de consciência crítica do processo; aprender a avaliar e a expor; aprender a cooperar e a estimular seus companheiros.
Zona de desenvolvimento proximal: Um espaço entre a competência assistida e a não-assistida; auxílio em tarefas que as crianças não conseguem fazer sozinhas.
Arguindo o professor: Aquilo que está sendo ensinado está sendo também aprendido? A instrução está sendo sensível ao desenvolvimento da criança? As exigências ultrapassam o nível potencial de compreensão? A instrução está subestimando a capacidade dela? Que significa ser “bem ensinada”?
Meios: quem consegue sozinho? Incentivar a liderança e a criatividade. Levar os alunos a se treinar e a organizar um torneio sozinhos. Uma aula sem o professor.
