Aprender a Ensinar – Metodologia

Inicialmente, as crianças preferem brincar e se divertir. Figura: Beto.

O minivoleibol é um jogo no qual afluem e se agrupam esquemas motores estáticos e dinâmicos, aspectos coordenativos, da esfera cognitiva e emocional. Todos concorrendo para se conseguir novas habilidades motoras. Já falamos em outro momento sobre o trabalho desenvolvido na Itália a respeito de uma metodologia a respeito. Retornamos ao assunto para uma vez mais estimular os professores a dotarem suas escolas (ou clubes) do equipamento necessário. Faremos isto em postagens sucessivas. 

Chamamos a atenção para um fato: que o professor não se preocupe tanto no início dos trabalhos e se tudo está dando certo ou errado, mas que, junto com as suas turmas, realizem um aprendizado eficaz. Na interação professor-aluno é que se constrói a verdadeira comunicação e, consequentemente, o aprendizado pleno. Como dizia: “Faço-me criança e aprendo com elas”!   

Características e regras 

O minivôlei é um jogo coletivo praticado por duas equipes com dois ou mais jogadores num campo medindo 12m x 5m. Nas competições joga-se com três jogadores em cada campo (3×3) e, eventualmente, 4×4. 

Organização

Um ginásio pode conter vários campos lado a lado, longitudinalmente, com diferentes dimensões. 

Material e equipamento

  • várias redes pequenas
  • giz ou fita adesiva

Aprendizagem…  transformando meios de informação em meios de comunicação. 

Possibilitar que a criança atue, modifique e transforme a própria realidade, proporcionando técnicas de aprendizagem, auto-expressão e participação. 

A criança está no centro da atividade proposta:

  • o aluno é o protagonista
  • a bola é um brinquedo
  • o jogo vem antes da técnica
  • a técnica e a tática se aprendem jogando

Progressão metodológica

A progressão parte do 1×1, passa ao 2×2 e ao 3×3, onde estão contidas todas as características do jogo de equipe: 

  • a divisão do campo com o colega
  • a triangulação do passe
  • o levantamentos para o ataque
  • a tática de jogo

Estruturação da Atividade

O jogo é o instrumento principal em suas formas mais simples; com a progressiva aquisição da habilidade passa-se aos jogos mais complexos.

Campeonatos Mundiais de Vôlei na Praia

O volei de praia teve rápido incremento no mundo, especialmente no Brasil. Foto Ary, CBV.

Campeonatos Mundiais

O 1° Campeonato Mundial de Vôlei de Praia foi realizado a partir de 17.2.87, no Posto 10, em Ipanema, Rio de Janeiro. Na sua organização estavam Carlos Arthur Nuzman, então Presidente da CBV, o Diretor Técnico da FIVB, Craig Thompson e o Vice-Presidente de Comunicações do Comitê Olímpico de Los Angeles e também membro da Comissão de Promoções da FIVB, Mike O’Hara.

Organização – A empresa paulista Koch Tavares foi a promotora do evento, juntamente com a Rede Globo. Fernando Oertzen era um dos sócios da Koch Tavares. Os custos foram estipulados em torno de US$ 500 mil, o equivalente a Cz$ 13 milhões (treze milhões de cruzados).

Participantes – Os americanos dominavam a modalidade nesse período. Foram convidados os primeiros do ranking, que constituíam as duplas Pat Powers-Karch Kyrali, Sinji Smith-Randy Stoklos. E também os italianos Solustri-Giovani. Participaram ainda atletas da Argentina, Chile, México e Japão. Entre os brasileiros, todos radicados no Rio de Janeiro, Clóvis-Caveirinha, Luís Américo-Serginho, Bernard-Edinho, Roese-Marcus Vinícius e Cid-Miguel.

Regulamento – As regras adotadas tiveram algumas alterações em relação ao que se jogava no Brasil por determinação e influência dos americanos, imbatíveis e já organizados nos EUA com a AVP. Apresentavam as seguintes características:

Defesa – Não vale defender de toque, não vale a bandeja (mão aberta).

Saque – Não existe zona de saque; executado de qualquer ponto do fundo da quadra.

Recepção – Não existe posição fixa para a recepção do saque.

Ataque – Vale a largada e a agarrada seguirá os mesmos critérios dos jogos em quadra fechada; vale a invasão por baixo, desde que não interfira na jogada do adversário.

Tempo – Permitidos dois tempos de 1 minuto a cada dupla durante o set.

Campo – Haverá troca de campo no 8° ponto, quando o set for de 15 pontos, e a cada set quando a disputa for em melhor de 3 sets. Neste caso, haverá um descanso de 5 minutos entre eles.

Substituição – Não será permitida; se um jogador não tiver condições de continuar, a dupla será obrigada a desistir e perderá a partida.

Circuito Mundial. Na temporada 96/97, foram dez etapas. Desde 87 aumentou de uma para dezessete o número de etapas. No Rio, parada final da chamada World Series, o total do prêmio no ano de 96 chegou a US$ 200 mil. O baixo custo na formação das duplas é também responsável pela popularização da versão praiana.

Campeões Mundiais – Masculino

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1987    Randy Stoklos/Sinjin Smith       EUA
1988    Karch Kiraly/Pat Powers          EUA
1989    Randy Stoklos/Sinjin Smith       EUA
1990   Randy Stoklos/Sinjin Smith        EUA
1991   Randy Stoklos/Sinjin Smith        EUA
1992   Randy Stoklos/Sinjin Smith        EUA
1993   Franco Neto/ Roberto Lopes        Brasil
1994   Jan Kvalheim/ Bjorn Maaseide      Noruega
1995   Franco Neto/ Roberto Lopes        Brasil
1996   Emanuel Rego/Zé Marco             Brasil
1997   Emanuel Rego/Zé Marco             Brasil
1998   Guilherme Marques/Rogério Pará)   Brasil
1999   José Loiola/Emanuel Rego          Brasil
2000   Zé Marco/Ricardo Santos           Brasil
 

Campeãs Mundiais – Feminino

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1992   Nancy Reno/Karolyn Kirby         EUA
1993   Adriana Samuel/Mônica Rodrigues  Brasil
1994   Isabel Salgado/Roseli Timm       Brasil
1995   Sandra Pires/Jacqueline Silva    Brasil
1996   Sandra Pires/Jacqueline Silva    Brasil
1997   Shelda Bede/Adriana Behar        Brasil
1998   Shelda Bede/Adriana Behar        Brasil
1999   Shelda Bede/Adriana Behar        Brasil
2000   Shelda Bede/Adriana Behar        Brasil
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Curso de Mini Vôlei (III)

Alunos se divertem em ruidosa aula no Colégio Catarinense, Florianópolis.

 

 Despertar para o Vôlei Escolar         

 I – Particularidades do Ensino      

Conceito – O vôlei responde a regras fixadas pelo homem; as crianças têm as suas próprias motivações; não é suficiente adaptar o material à estatura das crianças.   Objetivo – Desenvolver consciência crítica do processo; aprender a avaliar e a expor; aprender a cooperar e a estimular colegas.   Meios – Formas de atrair alunos; aprendizado é difícil; formas de atividades motivantes; cuidar para que TODOS pratiquem; solução de problemas distribuída ao longo do tempo.  Estratégia – Convite e encantamento; classificar em grupos; não congelar num único grupo; reduzir diferenças com momento de superação; busca de um coeficiente de êxito.   Festivais – Sensação de jogar desde a 1ª aula; produzir animação de jogo (espetáculo); contagiar a turma e a escola com muitos  jogos e competições.          

II – Do Mini Vôlei ao Vôlei           

Os cuidados na estruturação das atividades devem subordinar-se ao programa didático e às condições da escola. O mini é um exemplo de atividade informal. O campo é reduzido e pode ser instalado em qualquer espaço, tem regras similares às do voleibol e as técnicas empregadas no jogo são simples e não exigentes.  Vem sendo utilizado em várias escolas. As aulas de educação física e os recreios certamente estão mais interessantes.       

Para quem? – Para milhares de crianças, meninos e meninas entre 8-14 anos de idade. TODOS participam ao mesmo tempo – ninguém fica de fora -, independentemente de suas habilidades e JOGAM a partir da 1ª aula.          

Problema crônico – Nas aulas de educação física os alunos geralmente praticam seus esportes preferidos. Quando a aula termina, muitos alunos acabam não jogando e, geralmente, esses são os que não sabem ou não têm muita habilidade para os esportes. Resultado: eles continuam sem saber jogar! 

Solução – Uma maneira simples de tornar o vôlei mais fácil para todos é determinar o nº de jogadores em cada equipe, que poderá ser de 2 a 4. Em cada campo jogam até 8 alunos. Isto significa que, em três campos de minivôlei, 24 indivíduos podem jogar ao mesmo tempo. O método de ensino agrupa os alunos sob diversas formas a serem consideradas pelo docente. Os jogos não são estáticos e o professor poderá variar e alternar a forma de competição, tornando a aula super agitada!       

Estruturação da Atividade         

Unidades didáticas. Parte do jogo simples, com a progressiva aquisição da habilidade, passa-se aos jogos mais complexos. Com o sistema 1 contra 1 pode-se jogar mini vôlei desde a primeira aula. O professor, dado o pouco tempo disponível e os espaços frequentemente exíguos, deverá dispor de:  1) uma boa organização da classe;  2) a divisão dos grupos (1×1, 2×2, 3×3, 4×4);  3) o emprego de rodízio de alunos nas funções de árbitro.   

Aspectos de organização. Material, equipamentos; como organizar torneios; adaptações convenientes sobre as características e as regras do jogo. Em minhas aulas e cursos venho empregando uma série de materiais que denomino “alternativo”, todos muito divertidos: muitas bolas de tênis, de mini vôlei, puçás, biruta, tamancos (para 4 pessoas), cones, lençóis, cortina sobre a rede, e possivelmente, o mais atraentes, inclusive para adultos, o paraquedas. A imaginação e a criatividade de cada professor vão realçar suas próprias aulas a seguir. Veja “Apresentação em Universidade” que realizei na Univ. Gama Filho.         

Jogo paralelo, Implicações da Teoria de Piaget[1]         

Minha proposta está calcada no Aprender Brincando e Jogando, graças ao desenvolvimento da obra do alemão G. Dürrwachter. Repasso a ideia e acrescento para o professor que introduza em suas aulas muitos jogos e brincadeiras, inclusive utilizando variados exercícios não específicos de voleibol. Sobre isto poderão ter uma breve explicação na leitura postada neste blogue sob o título “Teoria vs. Prática” em que dialogo sobre o assunto com o Professor João Crisóstomo. Transcrevo para uma rápida compreensão comentários sobre Princípios do Ensino da obra de Piaget:         

“Embora interação e cooperação entre crianças sejam objetivos importantes, é melhor começar as atividades fornecendo a cada criança seus próprios materiais e encorajando o jogo paralelo. Nessas atividades, as crianças querem fazer coisas com os objetos (fornecer vários, além das bolas) e essa iniciativa é exatamente o que queremos encorajar. Se o professor tem que insistir para que as crianças se revezem, elas tornam-se inquietas e suas incitativas são frustradas. Quando, p.ex., é fornecida apenas uma bola e as crianças têm que ficar em fila esperando sua vez de atingir um alvo, metade da energia do professor será gasta pedindo às crianças que esperem sua vez e consolando aquelas que estão infelizes. Portanto, é melhor oferecer materiais para quatro ou cinco crianças de cada vez (em uma situação de jogo livre onde estão disponíveis muitas outras atividades atrativas) e encorajar primeiramente o jogo paralelo. Quando este princípio de fornecer materiais suficientes para diversas crianças de cada vez não pode ser adotado, é provavelmente melhor dirigir as crianças para outras atividades e prometer uma mudança mais tarde do que fazê-las esperar e olhar os outros se divertirem. Começar com o jogo paralelo nas atividades de qualquer desporto não significa que os objetivos de interação e cooperação foram abandonados. Esses são apenas temporariamente colocados de lado no interesse de encorajar a iniciativa das crianças com a diversidade de objetos. Na verdade, interação e cooperação evoluem mais facilmente com o jogo paralelo do que com a “cooperação” imposta pelo professor desde o início. Por exemplo, numa determinada atividade em que as crianças comecem fazendo suas próprias coisas, mas em seguida têm a oportunidade de exibir seus feitos, imitarem uma às outras, compararem descobertas e derem conselhos umas às outras.  Uma outra forma de estabelecer esse princípio é: Introduza a atividade de tal forma que a cooperação seja possível, mas não necessária”.        


   

[1] O Conhecimento Físico na Educação Pré-Escolar, Kamii C., Devries R., Artes Médicas, 1985.

Mundial de Paris (III)

Torneio Principal e Organização

Os Campeonatos Mundiais contaram com 24 equipes masculinas e 18 femininas que, em muitas ocasiões, chegaram a lotar o Palais des Sports, com capacidade para 25 mil espectadores. Os jogos se desenvolveram entre os dias 30/8 e 12/9. As equipes ficaram hospedadas no Instituto Nacional dos Esportes que, por sua grande área, mais parecia uma grande fazenda. Era presidente da Federação Internacional de Voleibol o Senhor Paul Libaud. Desistiram de participar Finlândia, Grécia, México e Paquistão.

Na versão masculina, a Tchecoslováquia retomou a medalha de ouro, tendo derrotado no encontro decisivo a favorita URSS; a seguir, nas demais colocações, Romênia, Polônia, Bulgária e EUA. O jogo teve a duração de duas horas. Os tchecos acumularam 18 pontos, produto de nove vitórias na chave dos dez finalistas. A URSS e a Romênia classificaram-se como vice-campeãs com 16 pontos cada, sete vitórias e duas derrotas. O Brasil foi o 11° colocado, posição também da equipe feminina.

Organização

Sorteio das Chaves – No dia 28/8, à tarde, foram realizados os sorteios das chaves eliminatórias. No masculino foram organizadas dez chaves, classificando-se um país em cada uma para o turno final. Na série feminina, dois países se classificariam em cada uma das cinco chaves. Os países cabeças-de-chave foram:

MASCULINO- Rússia, Tchecoslováquia, Bulgária, Romênia, Hungria e França. As outras quatro chaves (numeração de 7 a 10) foram sorteadas entre os Estados Unidos (campeão Pan-Americano), a China Popular (campeã Pan-Asiática), a Polônia (6ª no campeonato Europeu e beneficiada pela entrada da URSS nas chaves superiores) e a Iugoslávia (5ª no campeonato Europeu e beneficiada pela entrada da Tchecoslováquia nas chaves superiores). Esses foram os dez países que lideraram os grupamentos eliminatórios.

FEMININO – Rússia, Polônia, Tchecoslováquia, Bulgária, Romênia e França. O México, campeão Pan-Americano, e a China Popular, campeã Pan-Asiática foram sorteados com prioridade para uma das quatro primeiras chaves, isolando-se a quinta por já contar com dois líderes, a Romênia (colocada no 5º lugar em Moscou) e a França, seleção do país-sede.

Sistema de Disputa

MASCULINO – Primeiros colocados das dez séries disputarão as colocações de 1 a 10; segundos colocados nas dez séries disputarão as colocações de 11 a 20; demais disputarão as colocações de 21 em diante.

FEMININO – Dois primeiros colocados disputarão as colocações de 1 a 10; demais disputarão os lugares de 11 em diante.

Tanto na Série Eliminatória quanto nos turnos finais (disputas dos primeiros lugares) e de Classificação (disputa das demais colocações), será obedecido o critério de “rodada completa” – cada adversário jogando com todos os demais. Se nos turnos decisivos das colocações encontrarem-se dois países que já tenham jogado nos prélios de classificação, o resultado obtido neste será homologado outra vez, dispensando-se a disputa de um novo match entre ambos os quadros.

Sistema das Competições – Foi estabelecido em função do número de participantes. Em votação, os organizadores mantiveram a fórmula prevista para o campeonato, que foi disputado em 10 chaves (masculino) disputando os 10 vencedores a final e os outros, as chaves de Classificação. O feminino foi disputado em 5 chaves. Os resultados das eliminatórias seriam considerados nos casos de desempate.

 Chave Masculina

  1. URSS, Turquia e Coreia
  2. Tchecoslováquia e Alemanha Or.
  3. Bulgária e Áustria
  4. Romênia e Itália
  5. Hungria e Holanda
  6. França, Luxemburgo e Israel
  7. Estados Unidos e Bélgica
  8. China, Brasil e Índia
  9. Iugoslávia, Alemanha Oc. e Portugal
  10. Polônia e Cuba

Chave Feminina

  1. URSS, Estados Unidos, Israel e Luxemburgo
  2. Polônia, China, Áustria e Alemanha Ocidental
  3. Tchecoslováquia, Holanda e Bélgica
  4. Bulgária, França e Alemanha Oriental
  5. Romênia, Brasil e Coreia

Nas eliminatórias seriam jogados 16 jogos matinais, 18 vespertinos e 13 noturnos. Por sua vez, nas finais e no turno de classificação seriam jogados 25 jogos matutinos, 58 jogos vespertinos e 50 noturnos. Notando-se que o número de partidas diárias e a distribuição delas pelos diversos horários e os locais para onde estão previstas não seriam alterados de maneira alguma, constituindo, já, ponto pacífico dentro do certame.

Candidatura do Mundial de 60 – Durante o Congresso Técnico, José Gil Carneiro de Mendonça, Vice-Presidente de Relações Exteriores e Representante da CBV junto à FIVB, apresentou a candidatura do Brasil para sediar os próximos campeonatos mundiais, masculino e feminino, em 1960. A candidatura foi aceita, tendo acarretado uma série de problemas, pois o Brasil não tinha a necessária infraestrutura, verbas ou mesmo qualquer experiência internacional. E a Polônia já havia se candidatado. O dirigente também recebeu uma comenda das mãos do embaixador francês.

190 Jogos – Segundo esquemas demonstrativos, tendo por base 28 equipes masculinas e 17 femininas que estarão disputando aqueles campeonatos mundiais, a Federação Internacional demonstrou que não menos de 190 jogos seriam travados na grande corrida pela conquista dos títulos. Seriam 47 eliminatórias e 143 jogos finais e de classificação, compreendendo implicado e bem feito estudo (numérico):

Voleibol nas Olimpíadas – No Congresso a questão da inclusão do voleibol nos Jogos Olímpicos prendeu a atenção geral A expectativa era que se  ratificasse a solicitação já feita pela FIVB para que nos Jogos de Roma o esporte da rede figurasse como modalidade facultativa. O representante da CBV (Gil Carneiro) apresentou um projeto ao Comitê Olímpico Internacional visando regulamentar o número de países que poderiam participar nas próximas olimpíadas. O dirigente nacional pretendia evitar o grande número de participantes na jornada de Tóquio.

Fogo Simbólico, dia 29/8 – Nessa tarde as 23 delegações tomaram parte na cerimônia cívica celebrada junto ao Arco do Triunfo, ocasião em que foi aceso o fogo simbólico.

Dia 30/8 – Efetuou-se no famoso Palais des Sports a cerimônia inaugural dos certames de voleibol organizados e patrocinados pela Federação Francesa. Às 20 horas as delegações participantes desfilaram, seguindo-se o cerimonial cívico, com o hasteamento dos pavilhões dos países participantes.

Mundial de Paris, 1956 (I)

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O Palais des Sports atualmente utilizado para eventos e shows.

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Palais des Sports

 

Torneio Principal e Organização

Os Campeonatos Mundiais realizados em Paris (1956) contaram com 24 equipes masculinas e 18 femininas que, em muitas ocasiões, chegaram a lotar o Palais des Sports, com capacidade para 25 mil espectadores. No II Mundial, foram 11 representações masculinas e somente oito no feminino, tendo a URSS predominado nas duas categorias. Os jogos se desenvolveram entre os dias 30/8 e 12/9. As equipes ficaram hospedadas no Instituto Nacional dos Esportes que, por sua grande área, mais parecia uma grande fazenda. Era presidente da Federação Internacional de Voleibol o Senhor Paul Libaud. Desistiram de participar Finlândia, Grécia, México e Paquistão.

Resultados – Na versão masculina, a Tchecoslováquia retomou a medalha de ouro, tendo derrotado no encontro decisivo a favorita URSS; a seguir, nas demais colocações, Romênia, Polônia, Bulgária e EUA. O jogo teve a duração de duas horas. Os tchecos acumularam 18 pontos, produto de nove vitórias na chave dos dez finalistas. A URSS e a Romênia classificaram-se como vice-campeãs com 16 pontos cada, sete vitórias e duas derrotas. O Brasil foi o 11° colocado.

No feminino, a URSS confirmou seu favoritismo sendo bicampeã, seguida da Romênia, Tchecoslováquia e Polônia. Como no masculino, as brasileiras lograram a 11ª colocação.

Sistema das Competições – Foi estabelecido em função do número de participantes. Em votação, os organizadores mantiveram a fórmula prevista para o campeonato, que foi disputado em 10 chaves (masculino) disputando os 10 vencedores a final e os outros, as chaves de Classificação. O feminino foi disputado em 5 chaves. Os resultados das eliminatórias seriam considerados nos casos de desempate.

Chave Masculina

  1. URSS, Turquia, Coréia
  2. Tchecoslováquia, Alemanha Oriental
  3. Bulgária, Áustria
  4. Romênia, Itália
  5. Hungria, Holanda
  6. França, Luxemburgo, Israel
  7. Estados Unidos, Bélgica
  8. China, Brasil, Índia
  9. Iugoslávia, Alemanha Ocidental, Portugal
  10. Polônia, Cuba

Chave Feminina

  1. URSS, Estados Unidos, Israel, Luxemburgo
  2. Polônia, China, Áustria, Alemanha Ocidental
  3. Tchecoslováquia, Holanda, Bélgica
  4. Bulgária, França, Alemanha Oriental
  5. Romênia, Brasil, Coréia