
Et Dieu… créa la femme
Este é o título original do filme francês de 1956, dirigido por Roger Vadim, com Brigitte Bardot no papel principal, reconhecido como o filme que lançou a atriz ao estrelato e a tornou o sex-simbol do cinema europeu por três décadas. Na década de 60, em sua vinda ao Brasil, a atriz refugiou-se nas praias de Búzios (Rio de Janeiro) que, a partir daí nunca foram as mesmas. Ficou conhecida no mundo inteiro e atualmente é um dos mais badalados balneários do Brasil tendo, inclusive, hospedado a última etapa do Circuito do Banco do Brasil de Vôlei de Praia neste fim de semana.
Vi em mktsport um texto dos mais interessantes para mim por dois motivos: em primeiro lugar porque acabo de postar “A Mulher e o Voleibol”, dando início à série de textos que incentivem as mulheres à prática desportiva desde crianças. E, em segundo, descobri um blogue que certamente me instruirá a aperfeiçoar o que venho realizando neste espaço intergalático sem nada saber a respeito. Hoje mesmo enviei mensagem ao seu gestor e aguardo com ansiedade seus comentários e provável parceria. Vivendo e aprendendo!
O blogue apresentou uma foto que mostra o momento de concentração da atleta para a recepção do saque adversário. Sendo assim, permito-me reproduzi-la e acrescentar algumas outras do recente Mundial de Voleibol feminino, fotos estas divulgadas pela Fivb.
Aos responsáveis pelas meninas. A intenção é a de mostrar a plasticidade que envolve as cenas de um jogo de voleibol feminino. Movido por este espírito e lembrando o que já me dissera minha esposa há muito tempo, quando ainda treinava equipes femininas: “Todas as jogadoras de voleibol têm pernas lindas”! No que concordamos todos e isto dever ser um fato a ser explorado quando do recrutamento de novas atletas. Além disso, a Fivb ao criar grandes eventos com suas competições mundiais, esmera-se em produzir espetáculos que, sem dúvida, atraem milhões de indivíduos que os assistem. E, dessa forma, são atraídos para a prática. E o público mais propenso a tais convites é justamente o feminino. A preocupação da entidade chega ao ponto de indicar modelitos de uniformes para as atletas, inclusive no voleibol de praia. Para leitores atentos, comparem como faz diferença a vestimenta utilizada pelas atletas, por exemplo, no basquetebol, futebol, tênis etc.
Participação e interesse. Nos cursos de mini voleibol que promovia para 300-400 crianças em Niterói, Rio de Janeiro, invariavelmente 85% dos inscritos eram meninas. E assim permaneceu por longos anos, inclusive em outros cursos. A matéria do blogue acima referido exatamente nos remete a estes aspectos que devem ser bastante observados para os novos empreendedores. Recordo-me que um dos gestores da municipalidade refutou um projeto de minha autoria para desenvolver o voleibol em comunidade pobre. Argumentou que já possuíam projeto próprio, em que desenvolveriam o futebol entre as crianças e adolescentes. Insisti replicando: “Acho formidável! Entretanto, por que só para a metade da população infantil daquela comunidade”? Ele não entendeu e expliquei a seguir: “Não creio que as meninas estejam motivadas para a prática do futebol e, assim, ficarão à margem do projeto uma vez mais”. Não se dando por vencido, replicou: “Ah, mas já existem meninas interessadas no futebol”. Desisti! Poucos neste país percebem que “nem só de futebol vive o brasileiro”! E, assim, deixam de atender a uma demanda incrível. Um outro exemplo chega-me agora no projeto que estarei enviando ao Santos F. C. Identifiquei que na cidade de Santos há um percentual maior de público feminino e que parece não estar nas cogitações do clube explorar este segmento, pois segundo noticiário na mídia, devem limitar-se tão somente ao futebol feminino.
Então, vejamos algumas das musas que se exibiram no XV Mundial de Voleibol Feminino realizado no Japão.








