Aprender a Ensinar – Equipamento

Alunos se divertem no recreio jogando mini voleibol.

Como fazer?     

A distribuição e montagem dos campos de jogo podem ser realizadas na própria quadra da escola ou em um ginásio. O cuidado é para não prejudicar o piso e ao mesmo tempo oferecer conforto e segurança para os praticantes.     

Equipamento     

1) Rede – Dada a dificuldades financeiras na maioria dos educandários, à praticidade de montagem e desmontagem, e ainda à guarda e manutenção, tenho recomendado a utilização de redes com 5m x 0,80m. Quando dispostas longitudinalmente numa quadra oficial de voleibol ocuparão integralmente os seus 18m. Isto permite o aproveitamento de algumas linhas já traçadas no terreno. Em quadras abertas muitas vezes serão aproveitadas as linhas traçadas pela junção das placas de concreto. Entre as extremidades da rede e os postes de sustentação, um intervalo de 0,75m permite distanciar um campo do outro em 1,75m, o que na prática oferece relativa segurança quando da realização de jogos. Dessa forma, a extremidade das duas redes laterais estará exatamente sobre as linhas de fundo da quadra oficial. Para manter o sistema seguro, requer-se a fixação com cordas dos postes das extremidades a um ponto fixo e estável, como a baliza de futsal (figura), ferragem da cesta de basquete ou à parede. As cordas que sustentam as redes podem ser individuais, isto é, uma ara cada uma delas, ou única, indo de uma extremidade à outra. Nesse caso, recomenda-se a utilização de cabo de aço com pequena dimensão.       

2) Postes –  Utilizamos sempre postes de alumínio redondo de fina espessura, uma vez que também serviam para aulas na praia ou em diversos locais. Seu peso é suficientemente compatível para que uma criança possa transportá-lo e, muitas vezes, contribuir para ajuda voluntária na armação das quadras. As extremidades e as junções estão recobertas com tubos de PVC. Optamos por dividir o poste em duas partes para efeito de comodidade no transporte e guarda. Como pretendemos uma altura de até 2,10m do bordo superior da rede, o poste deve ter então um pouco mais, podendo alcançar 2,20m. Ao se tensionar as cordas de fixação inferiores chegaremos à altura desejada. O uso de postes de alumínio é mais dispendioso e nada impede que sejam empregados sem a conexão de que falamos, isto é, pode ser inteiro nos seus 2,20m. Como também podem ser utilizados postes de ferro, de custo muito mais em conta. Devidamente preparados – ganchos para suporte da corda da rede – e pintados, deverão ter longa duração de uso.       

3) Bases – Recorremos a uma pequena estrutura de ferro, com apoios de espuma que evitam deslizamentos e não permitem arranhar pisos de madeira quando utilizadas em ginásios. Recomenda-se que sejam cobertas com espuma envolvida em dois pequenos sacos de pano para completa segurança dos alunos. Na sua parte mediana deixamos um pequeno cano de espera para encaixe do tubo. Essa espera deve conter também uma pequena seção do tubo de PVC que receberá o poste com ajuste perfeito, sem folgas, para evitar balanços e desequilíbrios do conjunto. Pequenas oscilações durante os exercícios ou jogos não afetarão o sistema. Aliás, um excesso de peso na base poderia justificar uma quebra. Por isto, evitar também que crianças que não estejam participando do jogo ali se alojem, uma tendência comum.     

4) Montagem –  São simples e perfeitamente assimiláveis pelos próprios jovens alunos: a) Para um equilíbrio estável é necessário que as Bases estejam alinhadas e equidistantes umas das outras regularmente (aproximadamente 6,50 a 7m; b) Para se certificar desse alinhamento, coloque as redes somente apoiada na sua parte superior, deixando a inferior solta; c) Em seguida, providencie para que as redes estejam bem esticadas (somente ainda pela parte superior); d) Posicionado numa das extremidades, atrás do poste, faça uma leitura ocular de modo que só veja o poste que está imediatamente à sua frente. Um auxiliar deverá fazer os acertos e ajustes; e) A partir desse momento, serão realizados os encaixes finais das partes inferiores da rede.     

5) Campos – Os exercícios poderão ser desenvolvidos ou não nos próprios campos de jogo. Algumas linhas laterais podem ser aproveitadas das marcações pré-existentes ou até mesmo, as marcas das juntas das placas de cimento. Quanto à linha de fundo, caberá ao professor decidir caso a caso, uma vez que poderá ter equipes atuando ora com 2 alunos, ora com 3 ou 4. Com mais jogadores, maior a quadra.     

6) Altura da rede – Em princípio, com uma altura fixa próximo dos 2,10m é bastante conveniente, tanto para realização de exercícios, quando para o próprio jogo. E, pelas experiências em diversas situações, as crianças respondem satisfatoriamente em todos os quesitos. Caso resolvêssemos adaptar o equipamento com conexões que permitissem regular a altura teríamos que remodelar o conjunto e tornar os campos independentes uns dos outros, onerando e dificultando o processo.   

Olá pessoal. A seguir estarei mostrando como dispor os campos de jogo na praia ou em grandes áreas livres para a prática do Mini Vôlei com até 400 alunos ou mais. Poderão apreciar o relato de minhas práticas em projetos simultâneos envolvendo 1.200 crianças em quatro cidades distintas do Brasil. Quer saber mais? Pergunte e responderei com prazer.