CONTINUAÇÃO DO ARTIGO
A Sala de Aula Moderna – Parte I
roberto_pimentel@terra.com.br
Palavras-Chave (Tags): Atenção – Autorregulação – Determinação – Emoção – Empatia – Rendimento Escolar – Resiliência – Habilidade – Talento – Métodos
A Sala de Aula Moderna – Parte II
Primeiras Aulas
Neurociência & Treinamento Profundo
10ª a 12ª aula De onde vem o talento?
Do ponto de vista biológico, nada substitui a repetição atenta.
Nada do que façamos – falar, pensar, ler, imaginar – é mais eficaz na construção de uma habilidade do que executar a ação, disparando o impulso pela fibra nervosa, corrigindo erros, afiando o circuito.
Para ilustrar essa verdade proponho a pergunta: “qual é a forma mais simples de diminuir as habilidades de um talento consagrado”?
Repita
A prática não leva à perfeição.
Uma prática perfeita é que leva à perfeição.
Descreve-se o treinamento profundo como alguém que tenha experimentado a sensação de aceleração referindo-se a ela como um “estalo”. E dessa forma, constroem-se novos tipos de atuação em qualquer atividade.
— Em que consiste o tipo de aprendizagem conhecido por autorregulação?
— As pessoas observam, julgam e planejam a própria atuação, i.e., quando ensinam e supervisionam a si mesmas.
Responda como puder:
— Como indivíduos que parecem ser iguais a nós, de repente se tornam talentosos?
— Qual a natureza desse processo capaz de gerar realidades tão díspares?
— O que é TALENTO? Formar ou detectar?
Talento
A posse de habilidades repetíveis que não dependem do tamanho físico: a diferença entre jogadores fabulosos e jogadores comuns está na organização; entre alguém que compreende uma linguagem e outro que a desconhece.
Neurociência & Treinamento Profundo
13ª a 15ª aula Construir circuitos e isolá-los com mielina
Conceito de CHUNKING: pedaço, bocado, naco
A fluência é alcançada quando o indivíduo repete os movimentos por tantas vezes que já sabe como processar esses blocos como um só grande bloco.
Quando o chunking é bem realizado cria a miragem que provoca espanto, tipo CARAMBA!
Essa falsa realidade faz artistas, atletas e jogadores excepcionais parecerem superiores.
Habilidade
A habilidade – com sua graça e fluidez – é criada pelo acúmulo de circuitos pequenos e individualizados. Ações físicas também são constituídas de pedaços.
A habilidade consiste em organizar exercícios em blocos maiores e carregados de sentido; é o que os psicólogos chamam de chunking (divisão).
Habilidade é, em essência, o poder de agrupar e desagrupar pedaços – ou, para dizê-lo em termos de mielina, de disparar configurações de circuitos.
Ignição
Importância da IGNIÇÃO: disparo, motivação, interesse
— Na prática, o que sentimos quando isso acontece?
— Como sabemos se estamos fazendo certo?
— O treinamento profundo é um treino reflexivo. O instinto deve fluir lentamente e dividir as habilidades em seus componentes.
Praxia… Foco na Prática
Um dos objetivos dos neurocientistas responsáveis pelo I Simpósio Internacional de Neurociência Aplicada à Educação (Rio, jul./2015) era realizar uma ponte entre a ciência e professores.

Foi estruturado para dar conhecimento sobre os avanços da ciência de modo que professores em geral colhessem frutos e tornassem seus ofícios mais profundo e moderno. O mote escolhido foi promover uma “ponte entre cientistas e docentes”. Infelizmente, os organizadores (URFJ) não apresentaram as “duas equipes” precedendo a contenda, tendo em vista as linguagens diferenciadas entre o mundo acadêmico e a prática em sala de aula.
Resultado: “NADA se aproveitou em dois dias de blá, blá, blá”. Note-se que fizemos oferta de palestra sobre o tema constante de nossos estudos, mas recusado tempestivamente.
DIÁLOGO COM PROFESSORES
Liberte a criança que há dentro de Você!
Construímos um Manual de Engenharia Pedagógica para as primeiras orientações aos ainda não identificados com métodos modernos de ensino. É o resultado de muitos anos de pesquisa, estudos e conceitos que edificamos por conta de nossa intuição e vasta experiência com crianças e adultos, especialmente naqueles indivíduos com pouquíssima ou nenhuma identificação com o esporte – voleibol -, dito por muitos profissionais com o mais difícil de ser ensinado.
Vale lembrar que o Manual aplica-se a todo e qualquer ensino esportivo, pois repleto de estímulos de aprofundamento em psicopedagogia, na novel neurociência, e em design instrucional, a principal carência nas universidades.
Dito isso, há um pressuposto que os interessados nas práticas que aqui estamos propondo, se imiscuam nas leituras propostas e, mais ainda, aprofundando-se em suas buscas, tal como fez este escriba. Por si só o Manual não é a “fonte” dos saberes, mas um guia para qualquer iniciante na “Arte de Ensinar”.
Nossa prática tem início em janeiro/1974, em Recife, quando de um curso para crianças, um programa grandioso desenvolvido pelo SESI-DN durante alguns anos. Naqueles momentos tornamo-nos pioneiro do minivoleibol no país.
1. Explorar o espaço repetidas vezes, atento aos erros, ampliando a área e desenhando um mapa mental até conseguirmos nos mover rapida e intuitivamente.
2. Dividir nos menores blocos possíveis. Construir circuitos confiáveis, atentando-se para os erros que então são corrigidos; decompor a habilidade e repetir cada circuito.

3. E assim são disparados os sinais que formam velozes circuitos de processamento.
Construindo vídeo, e-book
Inicialmente, uma panorâmica da quadra; em seguida, zoom para examinar detalhes em câmera lenta. Editar e-book.
Ignição, disparo, start, motivação
Criar ambientes motivacionais nos quais as crianças se apaixonem pelo que realizam. Que se sintam construtoras de sua “própria matemática”.
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