Por que atletas erram tanto?

Se Você é apreciador de uma bela partida de voleibol, há de ter notado os altos e baixos de jogadores nas inúmeras partidas de que participaram recentemente nesse fevereiro/2024. E desesperados com erros tão banais no nível em que se encontram, muitas e muitos medalhistas olímpicos.

Há muito tempo, e torno a afirmar hoje, sou capaz de descrever como uma equipe treina após ver dois sets de sua atuação numa partida oficial. Já o fizera com muita propriedade, comentada pelo destinatário de minhas análises – o treinador mineiro do Minas T. C. – Adolfo Guilherme. Nessa ocasião estávamos num dos degraus da piscina do Grêmio Náutico União, em Porto Alegre, quando de um dos primeiros torneios entre equipes campeãs masculinas no país. Creio que por volta de jan./1962. Anteriormente, no Mourisco (Rio de Janeiro), presenciara os dois primeiros sets da partida amistosa diante do Botafogo.

Ficou encantado com os comentários, que resolveu reunir todo o grupo sentado na quadra e colocou o capitão da equipe – Belfort – a ler a carta em voz alta. Disse-me que dali para a frente a dedicação aos treinos superou todas as expectativas, tendo em vista as óbvias situações a serem evitadas pelos atletas diante das dificuldades aparentes no desenrolar de uma partida, e mais importante, como pensar uma saída para “não cometer tantos erros”: pior, muitas vezes os mesmos!

Entretanto, mesmo com os tempos regulamentares, paradas estratégicas (desafios), poder falar aos atletas próximo deles durante a partida, por que suas instruções (sic?) não são seguidas para sanar as dificuldades? Nesse momento, quando as imagens de TV demonstram toda a cena de “tempo de paralisação para instruções”, é quando analiso a capacidade de o treinador influir decisivamente na escolha dos atletas na solução de suas dificuldades aparentes e momentâneas. Outros até dizem… “Mas nós treinamos tanto isso, ou aquilo; já vi treinador olímpico pedindo a atleta que entra para sacar numa substituição, “pelo amor de Deus não erre o saque”! E por que tantos saques sobre o (a) líbero adversária? Alguém já teria ouvido ou experimentado saques táticos, em que a leveza e seu direcionamento encantam e deixam saudades? Como anular o(a) atleta mais eficiente em ataques? Por que erram tantos saques?

Toda vez que assisto na TV os jogos atuais, dito da elite, sinto um profundo desânimo em relação às novas gerações de atletas. Afora, que com tantas partidas, treinamentos com halteres e outras parafernálias, e principalmente um calendário monstruoso, seria a última coisa que desejaria para um filho e, principalmente, filha. Ah…! Que saudades da “era romântica” do voleibol nas quadras cariocas em que as meninas faziam a preliminar dos rapazes, e nos fins de semana, banhando-se nas areias e águas das praias, em perfeita harmonia e felizes! De certa forma, registro esse estado de comportamentos no livro História do Voleibol no Brasil – 1939 a 2000 -, 2 vols.; 1.047 págs.; inédito, memorialista, enciclopédico e obra de referência em Sociologia do esporte. Em alguns torneios de praia, compunham-se times meio a meio, três mulheres e três homens, jogos aos sábados; e sextetos masculinos aos domingos. Verdadeira festa que se renovava ano a ano graças à iniciativa do “Jornal dos Sports”. Valeu-me uma convocação para a seleção brasileira em 1962, sem nunca disputar um campeonato carioca adulto, nem juvenil. Passei a frequentá-los em Copacabana a partir de 1961.

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História do Voleibol  no Brasil-1939 a 2000
Dando vazão à liberdade de aprender solo!

DESAFIOS NOS APRENDIZADOS

  1. Dificuldade não deve ser vista como obstáculo, mas sim como uma oportunidade de crescimento.
  2. Quando enfrentamos desafios, nosso cérebro é estimulado a buscar soluções criativas e a desenvolver estratégias eficazes.
  3. A dificuldade promove a retenção de informações e a transferência de conhecimento para situações práticas.
  4. Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), ou Ponto Ideal (R. Bjork).
  5. Proposta por Lev Vygotsky, a ZDP refere-se à diferença entre o que uma pessoa pode fazer sozinha e o que pode fazer com ajuda.
  6. Introduzir tarefas desafiadoras dentro da ZDP estimula o aprendizado, pois o aluno recebe suporte enquanto se esforça para superar a dificuldade.
  7. Curva do Esquecimento
  8. Hermann Ebbinghaus observou que esquecemos informações rapidamente após o pretenso aprendizado.
  9. A dificuldade em revisitar e recuperar essas informações é uma forma de desafio que fortalece a memória.
  10. Feedback e autoavaliação:
  11. Enfrentar dificuldades permite receber feedback valioso.
  12. A auto avaliação após superar um desafio ajuda a consolidar o aprendizado.

5. Desafio que fortalece a memória:

Feedback e auto avaliação.

Enfrentar dificuldades permite receber feedback valioso.

Em resumo:

Dificuldades na aprendizagem não devem ser evitadas, mas sim abraçadas.

Elas nos impulsionam a alcançar níveis mais profundos de compreensão e habilidades.