Estamos próximo de atingir nossa meta de 1 mil artigos para deleite dos internautas interessados em Metodologias de Ensino – Escolar e Desportiva. O que não desmerece qualquer ensino de habilidade humana.
Inicialmente, as crianças preferem brincar e se divertir. Figura: Beto.
O minivoleibol é um jogo no qual afluem e se agrupam esquemas motores estáticos e dinâmicos, aspectos coordenativos, da esfera cognitiva e emocional. Todos concorrendo para se conseguir novas habilidades motoras. Já falamos em outro momento sobre o trabalho desenvolvido na Itália a respeito de uma metodologia a respeito. Retornamos ao assunto para uma vez mais estimular os professores a dotarem suas escolas (ou clubes) do equipamento necessário. Faremos isto em postagens sucessivas.
Chamamos a atenção para um fato: que o professor não se preocupe tanto no início dos trabalhos e se tudo está dando certo ou errado, mas que, junto com as suas turmas, realizem um aprendizado eficaz. Na interação professor-aluno é que se constrói a verdadeira comunicação e, consequentemente, o aprendizado pleno. Como dizia: “Faço-me criança e aprendo com elas”!
Características e regras
O minivôlei é um jogo coletivo praticado por duas equipes com dois ou mais jogadores num campo medindo 12m x 5m. Nas competições joga-se com três jogadores em cada campo (3×3) e, eventualmente, 4×4.
Organização
Um ginásio pode conter vários campos lado a lado, longitudinalmente, com diferentes dimensões.
Material e equipamento
várias redes pequenas
giz ou fita adesiva
Aprendizagem… transformando meios de informação em meios de comunicação.
Possibilitar que a criança atue, modifique e transforme a própria realidade, proporcionando técnicas de aprendizagem, auto-expressão e participação.
A criança está no centro da atividade proposta:
o aluno é o protagonista
a bola é um brinquedo
o jogo vem antes da técnica
a técnica e a tática se aprendem jogando
Progressão metodológica
A progressão parte do 1×1, passa ao 2×2 e ao 3×3, onde estão contidas todas as características do jogo de equipe:
a divisão do campo com o colega
a triangulação do passe
o levantamentos para o ataque
a tática de jogo
Estruturação da Atividade
O jogo é o instrumento principal em suas formas mais simples; com a progressiva aquisição da habilidade passa-se aos jogos mais complexos.
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Centro Rexona, Curitiba (PR). Foto gentilmente cedida ao Autor.
A melhor escolha foi feita e frutificou.
E a seguir, como manter a continuidade?
Contributos para a Escola. O trabalho que venho desenvolvendo neste Procrie apresenta sugestões para Prefeituras – Secretarias de Educação e de Esportes e Lazer – e mais do que isto, oportuniza um diálogo entre os mais proeminentes protagonistas, o docente e o aluno. Aos demais agentes educacionais caberia então criarem as condições para esse desenvolvimento. Fala-se muito em dificuldades, problemas, salários etc., mas ao longo de mais de duas centenas de textos mantive uma postura otimista, coerente, de olhar para o futuro, desconsiderando as aparentes dificuldades e relegando-as, e formatando uma nova ótica ao focar o ensino esportivo na escola. Creio que esses escritos são suficientes para iniciarmos um trabalho cujo objetivo a alcançar é a QUALIDADE. Para tanto, aqueles que estiverem engajados deverão adotar uma atitude bastante realista e batalhadora. Toda mudança, sabemos, implica em muito suor, perseverança e acreditar no que se está a produzir. Vejam a seguir um exemplo prático.
Lembro que há algum tempo propusera à Secretaria de Educação da cidade do Rio de Janeiro um projeto visando à implantação do minivoleibol nas escolas públicas. O universo de alunos estava representado por número próximo de 700 mil. Naquela oportunidade não foi possível. Sem desistir, em 1995 propus à Secretaria de Esportes e Lazer a realização de um curso para crianças e adolescentes em plena Praia de Copacabana. Comportaria até 300 crianças recrutadas principalmente das escolas públicas do bairro. A gerência administrativa foi atribuída à Fundação Rio-Esportes. Ainda antes de se decidirem, convidei o gestor a presenciar uma aula em mesmo curso que vinha produzindo na Praia de Icaraí, Niterói, também para 300 crianças com duas aulas semanais. Ficou deslumbrado, ainda mais quando se dispôs a conversar com os 20 alunos da APAE que também participavam das atividades. Em suma, mantive dois cursos concomitantes, com duas aulas semanais em cada, com material e equipe de professores diferenciadas. Além disso, todo o equipamento foi fornecido por mim e gerida sua colocação, desmonte e guarda a cada dia. Em dado momento, uma vez que a seleção feminina treinava no Rio – na Escola de Ed. Física do Exército – resolvi dar um realce à iniciativa e convidei o Bernardo a visitar-nos com as atletas. Convite feito, convite aceito. E as fotos reproduzem aqueles momentos inesquecíveis não só para as crianças, como também para o próprio técnico e as estrelas. Vejam por que.
Valorização do Professor. Percebam na sequência das fotos o resultado silencioso da pregação e divulgação que venho há tempos realizando. Após visita ao curso de Copacabana, o Bernardo se interessou pela metodologia e adquiriu material análogo comigo para implantar cursos para crianças no Centro Rexona, em Curitiba. Logo a seguir, difundiu-o em parceria com o Governo do Estado por diversas escolas públicas. No Centro Rexona as crianças de diversas idades frequentavam as aulas orientadas simplesmente para o aprendizado do esporte. Caso se interessassem pela atividade competitiva, estariam livres para fazer a escolha em qualquer agremiação. O Rexona só patrocinava a equipe principal feminina para as disputas únicas e exclusivas da Liga Nacional. Aliás, este era um dos grandes problemas da direção técnica, pois não disputando campeonato da cidade (Curitiba), faltava à equipe a necessária confrontação com adversários de nível. Vez por outra, como atenuante, participavam como convidadas dos torneios de outras federações – carioca, paulista, mineira. Na foto que inicia este texto tem-se uma panorâmica do ginásio do Tarumã e percebe-se como foram configuradas inteligentemente as diversas seções de atendimento às atletas compostas por 13 campos de jogo. No primeiro plano 4 mini quadras para alunas menores; a seguir, uma quadra oficial; mais adiante, ocupando toda a área central, 3 quadras com proporções menores (6m-7m) proporcionavam a instrução de moças com mais idade. Ao fundo, pouco visível, uma quadra com dimensões oficiais acolhia o treinamento da equipe principal; e, terminando, outras 4 mini quadras. Todo este material era passível de ser removido a qualquer instante para acolher qualquer evento ou competição oficial. Foram feitos convênios com universidades, secretarias e escolas para Cursos de Formação Continuada aos professores que se interessassem. Tive a honra de realizar uma breve palestra em dois dias que lá estive a convite do Bernardo. Ali encontrei seus dois principais auxiliares – Ricardo Tabach e Hélio Griner, este o treinador da equipe – velhos amigos do Rio de Janeiro (clube Fluminense), que já conheciam meu trabalho e trabalharam em cursos que realizei com o minivoleibol. Houve uma excelente difusão da modalidade, vários professores escolares realizaram estágio no Centro e muitos se surpreenderam pela novidade, pois não conheciam esta alternativa pedagógica de ensino do voleibol.
Certamente os objetivos traçados foram atingidos. Entretanto, faço um pequeno reparo quanto ao desenvolvimento das práticas pedagógicas, uma vez que para mim essa busca pela Qualidade do Ensino é obsessiva como poderão observar em todos os meus textos. No nosso próximo encontro comentarei sobre exemplos de prática pedagógica em escolas, clubes e logradouros públicos que vêm de Niterói, “minha praia”. Perceberão como é simples e criativo.
FOTO 1: Roberto Pimentel, Bené, Bernardinho e Tabach.FOTO 2: Bernardinho e Tabach envolvidos pelos alunos.FOTO 3: As estrelas surpresas e encantadas com o que presenciaram.FOTO 4: Variedade e criatividade nos equipamentos.
FOTO 5: Manchete aprendida com puçás?FOTO 6: Para que serve um paraquedas?
E lembro-o de comentar e sugerir sobre a LOGO:
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