Curso de Mini Vôlei (III)

Alunos se divertem em ruidosa aula no Colégio Catarinense, Florianópolis.

 

 Despertar para o Vôlei Escolar         

 I – Particularidades do Ensino      

Conceito – O vôlei responde a regras fixadas pelo homem; as crianças têm as suas próprias motivações; não é suficiente adaptar o material à estatura das crianças.   Objetivo – Desenvolver consciência crítica do processo; aprender a avaliar e a expor; aprender a cooperar e a estimular colegas.   Meios – Formas de atrair alunos; aprendizado é difícil; formas de atividades motivantes; cuidar para que TODOS pratiquem; solução de problemas distribuída ao longo do tempo.  Estratégia – Convite e encantamento; classificar em grupos; não congelar num único grupo; reduzir diferenças com momento de superação; busca de um coeficiente de êxito.   Festivais – Sensação de jogar desde a 1ª aula; produzir animação de jogo (espetáculo); contagiar a turma e a escola com muitos  jogos e competições.          

II – Do Mini Vôlei ao Vôlei           

Os cuidados na estruturação das atividades devem subordinar-se ao programa didático e às condições da escola. O mini é um exemplo de atividade informal. O campo é reduzido e pode ser instalado em qualquer espaço, tem regras similares às do voleibol e as técnicas empregadas no jogo são simples e não exigentes.  Vem sendo utilizado em várias escolas. As aulas de educação física e os recreios certamente estão mais interessantes.       

Para quem? – Para milhares de crianças, meninos e meninas entre 8-14 anos de idade. TODOS participam ao mesmo tempo – ninguém fica de fora -, independentemente de suas habilidades e JOGAM a partir da 1ª aula.          

Problema crônico – Nas aulas de educação física os alunos geralmente praticam seus esportes preferidos. Quando a aula termina, muitos alunos acabam não jogando e, geralmente, esses são os que não sabem ou não têm muita habilidade para os esportes. Resultado: eles continuam sem saber jogar! 

Solução – Uma maneira simples de tornar o vôlei mais fácil para todos é determinar o nº de jogadores em cada equipe, que poderá ser de 2 a 4. Em cada campo jogam até 8 alunos. Isto significa que, em três campos de minivôlei, 24 indivíduos podem jogar ao mesmo tempo. O método de ensino agrupa os alunos sob diversas formas a serem consideradas pelo docente. Os jogos não são estáticos e o professor poderá variar e alternar a forma de competição, tornando a aula super agitada!       

Estruturação da Atividade         

Unidades didáticas. Parte do jogo simples, com a progressiva aquisição da habilidade, passa-se aos jogos mais complexos. Com o sistema 1 contra 1 pode-se jogar mini vôlei desde a primeira aula. O professor, dado o pouco tempo disponível e os espaços frequentemente exíguos, deverá dispor de:  1) uma boa organização da classe;  2) a divisão dos grupos (1×1, 2×2, 3×3, 4×4);  3) o emprego de rodízio de alunos nas funções de árbitro.   

Aspectos de organização. Material, equipamentos; como organizar torneios; adaptações convenientes sobre as características e as regras do jogo. Em minhas aulas e cursos venho empregando uma série de materiais que denomino “alternativo”, todos muito divertidos: muitas bolas de tênis, de mini vôlei, puçás, biruta, tamancos (para 4 pessoas), cones, lençóis, cortina sobre a rede, e possivelmente, o mais atraentes, inclusive para adultos, o paraquedas. A imaginação e a criatividade de cada professor vão realçar suas próprias aulas a seguir. Veja “Apresentação em Universidade” que realizei na Univ. Gama Filho.         

Jogo paralelo, Implicações da Teoria de Piaget[1]         

Minha proposta está calcada no Aprender Brincando e Jogando, graças ao desenvolvimento da obra do alemão G. Dürrwachter. Repasso a ideia e acrescento para o professor que introduza em suas aulas muitos jogos e brincadeiras, inclusive utilizando variados exercícios não específicos de voleibol. Sobre isto poderão ter uma breve explicação na leitura postada neste blogue sob o título “Teoria vs. Prática” em que dialogo sobre o assunto com o Professor João Crisóstomo. Transcrevo para uma rápida compreensão comentários sobre Princípios do Ensino da obra de Piaget:         

“Embora interação e cooperação entre crianças sejam objetivos importantes, é melhor começar as atividades fornecendo a cada criança seus próprios materiais e encorajando o jogo paralelo. Nessas atividades, as crianças querem fazer coisas com os objetos (fornecer vários, além das bolas) e essa iniciativa é exatamente o que queremos encorajar. Se o professor tem que insistir para que as crianças se revezem, elas tornam-se inquietas e suas incitativas são frustradas. Quando, p.ex., é fornecida apenas uma bola e as crianças têm que ficar em fila esperando sua vez de atingir um alvo, metade da energia do professor será gasta pedindo às crianças que esperem sua vez e consolando aquelas que estão infelizes. Portanto, é melhor oferecer materiais para quatro ou cinco crianças de cada vez (em uma situação de jogo livre onde estão disponíveis muitas outras atividades atrativas) e encorajar primeiramente o jogo paralelo. Quando este princípio de fornecer materiais suficientes para diversas crianças de cada vez não pode ser adotado, é provavelmente melhor dirigir as crianças para outras atividades e prometer uma mudança mais tarde do que fazê-las esperar e olhar os outros se divertirem. Começar com o jogo paralelo nas atividades de qualquer desporto não significa que os objetivos de interação e cooperação foram abandonados. Esses são apenas temporariamente colocados de lado no interesse de encorajar a iniciativa das crianças com a diversidade de objetos. Na verdade, interação e cooperação evoluem mais facilmente com o jogo paralelo do que com a “cooperação” imposta pelo professor desde o início. Por exemplo, numa determinada atividade em que as crianças comecem fazendo suas próprias coisas, mas em seguida têm a oportunidade de exibir seus feitos, imitarem uma às outras, compararem descobertas e derem conselhos umas às outras.  Uma outra forma de estabelecer esse princípio é: Introduza a atividade de tal forma que a cooperação seja possível, mas não necessária”.        


   

[1] O Conhecimento Físico na Educação Pré-Escolar, Kamii C., Devries R., Artes Médicas, 1985.

Curso de Mini Vôlei (II)

Aprender Brincando e Jogando 

 

 “A aula é uma Festa”: os próprios alunos organizam os jogos 2 x 2, 3 x 3, 4 x 4. E a torcida participa!  

 

Promovendo a inclusão. Pluralidade de atividades favorecida pela diversidade de conteúdos pode ser aplicada com sucesso às demais disciplinas curriculares.

Solução de Problemas. As ações propostas devem ter o objetivo de minimizar diferenças individuais, o tempo de aula, a falta de motivação dos alunos e a exclusão. Além disso, e muito mais, promover uma caracterização crítica do próprio ensino e a Educação e Socialização através dos jogos.

Múltiplas estações, múltiplas tarefas. A organização das aulas em múltiplos campos ou estações permite a participação de TODOS. Os campos de jogo podem estar organizados com tarefa única ou com diferenciadas tarefas (simultaneamente). Uma opção criativa, interessante e bastante agradável seria o deslocamento de todos os alunos (grupos, equipes) num sentido predeterminado, tanto nos exercícios, quanto nos jogos.

Avaliação. As atividades devem ser colocadas especialmente para o desenvolvimento da coordenação das relações espaço-temporal e as crianças se divertirem bastante, testando-se à medida que o professor introduz as variações citadas nos objetivos da aula. Entretanto, faz-se mister que o docente promova uma avaliação não só do desempenho dos alunos, mas de si mesmo, uma reflexão sobre a  própria ação. Neste momento poderá se servir de alguns princípios do ensino:

  • Como planejar uma atividade?
  • Como introduzi-la?
  • Como interagir com as crianças durante a atividade?
  • Que tipo de acompanhamento é importante?

Além disso, os alunos podem responder às indagações:

  • Estou aprendendo?
  • Como aprendo?

 

Desenho de Curso

Particularidades do Voleibol Escolar. O vôlei responde a regras fixadas pelo homem e as crianças têm as suas próprias motivações. Não é suficiente adaptar o material à estatura das crianças.

Mini vôlei. Do mini vôlei ao vôlei. Desenvolvendo uma metodologia condizente com o local ou região. Cuidados na estruturação das atividades.

Prática e Avaliação. A organização dos exercícios e sua execução compõem a dinâmica ou ritmo da aula, para o que é necessário um encadeamento natural. Convém que o docente proceda à avaliação das respostas – motora e linguagem – dos alunos e de sua própria condução no trato com os mesmos: “Como e quando devo intervir”?

 (continua) 

Curso de Mini Vôlei (I)

 Bate-papo com o Professor

Ensino. “É dos objetivos que emanam os princípios do ensino.”

Metodologia. “Aprender brincando e jogando”.

TODOS incluídos. Crianças de ambos os sexos, de 8-13 anos de idade; portadores de deficiências ou com necessidades especiais. Resgatando valores tão esquecidos: cooperação, amizade.

Não tema errar. No raciocínio frequentemente nos enganamos e cometemos erros. O pensamento é um substituto da ação concreta e permite a realização de tentativas cujos erros ficam somente na imaginação.

Eis uma ideia que vale ouro. Aproveite os espaços permitindo que mais crianças joguem e se divirtam.

Revista Ciência Hoje. Resumo de artigo do Autor publicado na revista Ciência Hoje das Crianças, ed. SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, n° 109, dez./2002.

Aprenda jogando e brincando. No Brasil, o programa do mini vôlei vem sendo elaborado desde 1974 por Roberto Pimentel, quando realizou o primeiro curso do País, em Recife (PE). O minivôlei já é utilizado em várias escolas, em áreas de lazer e, certamente, as aulas de educação física e os recreios ficarão mais interessantes. Só não vai jogar quem não quiser…

Como fazer. Não pense que jogar mini vôlei é só na escola. Você pode montar um campo em qualquer lugar: na praia, no quintal da sua casa, no clube… Marque o campo de jogo com uma corda ou com um risco no chão. Para medir o tamanho, conte 8 passos para cada lado a partir da rede. A largura do campo é a da rede. Vai precisar de uma corda ou barbante para fazer a rede que separa os dois campos de jogo. Os postes onde ela é amarrada podem ser de madeira ou bambu e devem estar bem presos ao chão. Uma boa dica é aproveitar árvores e postes de luz em lugares onde não passe carro. A altura da rede é a mesma atingida pelo colega mais alto quando ele levanta o braço. A bola pode ser a de vôlei ou outra menor. Cuidado para não enchê-la demais. Se você quiser, combine algumas regras com o grupo antes de começar o jogo.

 Cartilha

Quem consegue?

Jogar a bola bem alta e segurá-la antes que caia no chão?

Segurar a bola com uma das mãos?

Dar volta pela barriga e passar entre as pernas?       

Bater várias vezes com ela no chão usando a mão direita e a esquerda?

Jogar a bola para cima e segurar junto da cabeça?

Jogar a bola alta, deixar bater no chão e dar uma cabeçada nela?

 

 

Brinque com a bola. Que tal agora inventar outras brincadeiras?

Chame um colega… quem consegue….?  1) Um contra um: 1×1, é fácil jogar somente você e um amigo.  2) Cada um passa a bola para o outro lado sobre a rede.  3) Pode jogar com uma ou com as duas mãos.  4) Quem recebe a bola não deixa cair no chão.

Curso de Mini Vôlei na Escola

 

Promovendo a inclusão

  • Torneios de 2×2, 3×3 ou 4×4
  • Torcida também participa!
  • Alunos organizam e administram os jogos

Pluralidade de atividades favorecidas pela diversidade de conteúdos podem ser aplicadas com sucesso às demais disciplinas curriculares.

A organização da aula em múltiplos campos ou estações permite a participação de todos.

Quando da aplicação de exercícios, os campos podem estar organizados com tarefa única ou com múltiplas tarefas. Uma opção interessante e bastante agradável seria TODOS os alunos se deslocarem num sentido predeterminado: MÚLTIPLAS ESTAÇÕES e MÚLTIPLAS TAREFAS. Nesse momento podem ser atendidas necessidades impostas pela Educação Física Geral, que se somarão aos ensaios da aquisição da técnica específica.

As ações propostas devem ter o objetivo de minimizar diferenças individuais, aproveitamento máximo do tempo de aula, a falta de motivação dos alunos e a exclusão. Além disso, e muito mais, promover uma caracterização crítica do próprio ensino e uma educaçãosocialização pelo esporte. Assim, afastamo-nos das propostas de prospecção de talentos ou privilegiar alguns alunos em detrimento dos mais necessitados de atividades motoras.

Produzindo um aluno curioso, crítico e investigativo:

  • Estou aprendendo?
  • Como aprendo?

  

DESENHO DE CURSO

I – Particularidades do Voleibol na Escola

II – Mini vôlei e Avaliação

III – Técnica de Treinamento e Prática

  

I – Particularidades do Voleibol na Escola

  • O vôlei responde a regras fixadas pelo homem
  • As crianças têm as suas próprias motivações
  • Não é suficiente adaptar o material à estatura das crianças

 II – Mini vôlei e Avaliação

  • Do Mini vôlei ao vôlei
  • Metodologia
  • Estruturação da atividade
  • Avaliação

III – Técnica de Treinamento e Prática

  • Organização dos exercícios
  • Dinâmica da aula
  • Mecânica do treinamento

Clínica de Mini Vôlei

Voleibol na Escola

O vôlei responde a regras fixadas pelo homem. As crianças têm as suas próprias motivações e a maior delas é BRINCAR. Como conciliar os interesses? A tarefa é simples, mas carece de algum conhecimento pedagógico, além de liberdade para dar vasão à sua criatividade. Não basta simplesmente adaptar o material à estatura dos alunos. É preciso muito mais.

Calcado na prática apresento um programa para escolas. As atividades devem ser lúdicas, recreativas, com emprego de contestes e vistas como mais do que alegres e divertidas ocupações de tempo; “brincar é para a criança o que há de mais sério”.

O objetivo é desenvolver no aluno uma consciência crítica que lhe permita ser sujeito de seu processo de desenvolvimento, permitindo-lhe ainda ser o melhor que puder ser. A predominância de procedimentos deverá estar centrada na iniciativa dos próprios alunos. Não se cogita detectar talentos, mas que TODOS participem e atuem prazerosamente. Sabemos das principais dificuldades que assolam o ensino no Brasil, mas neste momento me cabe apontar soluções metodológicas e pedagógicas. Se o docente tiver um conhecimento razoável nesta área poderá ser motivado e atingir patamares mais elevados.  

Como fazer?  Imaginei realizar um curso para professores que estejam dispostos a dar prosseguimento neste mister, e não somente cumprir o seu horário e seu dever. Preciso de um pouco mais para dar a partida nesta tarefa que se avizinha bastante alegre e divertida. É necessário algum comprometimento, pois estaremos compartilhando informações e conhecimento, ambos voltados para uma prática salutar e alegre. E, principalmente, de baixo custo. Certamente, eu garanto, sairão regiamente contemplados e terão o reconhecimento da comunidade a que pertencem. Isto é MERITOCRACIA.

1a fase: Instrução e adaptação de professores e alunos; Adequar instalações às necessidades e profundidade dos ensinamentos; Material disponível suficiente e simples, relativamente barato; Grupos de demonstração visando a uma divulgação posterior. 2a fase: Instrução de alunos levada a níveis avançados, em escala gradual; Formação de grupos homogêneos – pedagogia e imagem; Instalações já definidas e adequadas ao número de alunos; Material simples, multiplicidade de exercícios e forte efeito didático. 3a fase: Instrução de professores concluída; início da formação de equipes; Alunos com melhor rendimento poderão constituir equipes de 6; Memória: vídeo, como elemento de efeito didático e de divulgação.

Eis um resumo de temas que serão tratados, além daqueles que surgirão ao longo de nossos encontros. Lembro que poderão se servir de leituras pedagógicas, vivências e “tira-dúvidas” neste blogue a qualquer tempo. 

Reflexão na ação. Do mini vôlei ao vôlei.

Formação e Iniciação Esportiva: Ênfase na qualidade de vida.

Parcerias. Centros comunitários, associações e fundações; empresas e ONGs.

Aspectos Organizacionais. Estrutura do Programa; Material e Pessoal.

Aspectos Educacionais. Cursos de capacitação e atualização para professores; Ambiente e espaço escolar.

Co-educação. Crianças e adolescentes de ambos os sexos; portadores de deficiência ou necessidades especiais.

Desenho das Ações. Módulo básico; Material específico; Metodologia: princípios, plano de ação, aulas, cuidados.

Módulo Específico. Habilidades gerais necessárias para o jogo; Desenvolvimento social, criatividade, auto-estima; Atividades sociais, de lazer e filantrópicas.

Tarefas e características do treinamento esportivo: ¨Que significa “Aprender”?  … Aprender movimentos específicos.

  • Fase A: Aprender                …  fase do educar
  • Fase B: Aperfeiçoamento   …  fase dos detalhes ou refinamento
  • Fase C: Consolidação        …  utilização em competição

As diferentes tarefas. Preparação física, técnica e tática; Preparação intelectual e desenvolvimento de comportamento.

Características das etapas. Planificação anual; Planificação de períodos cíclicos; Nível de carga de trabalho.

Pedagogia. Situações de jogo e tomada de consciência; Eleição do gesto; Criança constroi sua atividade; Etapas do querer, poder, saber; Relações educador x educando: da submissão à colaboração.

Prática. Organização; Dinâmica da aula/treinamento; Mecânica do encadeamento.

Aprender a Ensinar

Educação do movimento 

Fazendo parte de meus estudos e diálogos com grandes mestres, apresento um ensaio extraído da obra de Le Boulch, Psicocinética: educação do movimento.

Seria interessante que a despeito de todas as imperfeições de um primeiro passo, esse fosse dado na direção certa no sentido da criação de um sistema de psicologia pedagógica objetivo e preciso. Convido-o a considerar o trabalho que juntos vamos realizar como um manual provisório a ser substituído por outro que você mesmo tornará mais aperfeiçoado. Não se esqueça que são diversos os fatores que nos impedem de num primeiro instante construirmos um modelo aplicável às suas circunstâncias. Como dizem, “cada caso é um caso”, além das culturas regionais desse imenso país. “Receita-de-bolo” não faz parte de meu cardápio.

Esporte, lazer…  O essencial é situar o movimento, isto é, definir a ocasião a partir da qual ele foi realizado em função da situação vivida pelo organismo. O objetivo de uma atividade pode ser o de distrair-se, manter-se em forma, realizar uma tarefa prática da vida doméstica ou profissional, trocar e estabelecer relações com outras pessoas. De acordo com estes centros de interesses, a atitude a ser adotada para um educador deve ser diferente e bem ajustada à real intencionalidade. Neste particular você será o elemento chave do sucesso! Veja que não toquei no assunto “excelência de desempenho esportivo” ou “descoberta de talentos” e outras baboseiras mais. Refiro-me tão somente ao esporte como uma forma de lazer. A partir dessa conceituação, o meu, o seu e de tantas crianças estará garantido, tenha esta certeza!  

Objetivo. Propor uma forma de aprendizagem que concilie o caráter expressivo (pessoal) do movimento e seu aspecto transitivo (prática). O primeiro nos remete à pessoa e não a um objetivo externo (a ela) que se queira alcançar. Ela precisa saber o que concretamente pretende realizar com o seu corpo, até por que estará se desenvolvendo em presença do olhar de outrem, o que nos remete a uma “expressão para outrem”. Embora os movimentos possam ser compreendidos em relação à sua eficiência prática, eles traduzem também certo modo de ser da pessoa e são reveladores de suas emoções e sentimentos. Desse modo ele assume uma relação de significante a significado. A mecanização do corpo garante uma eficácia gestual relativa, em detrimento da expressividade. Assim, dizemos que no jogo o indivíduo revela muito mais do que seus gestos indicam, a própria maneira de ser, sua personalidade. 

Valor educacional do esporte. A partir desse entendimento, podemos nos situar quanto ao que queremos propor ao grupo de pessoas e à sua comunidade, cuidando para que a eficácia dos movimentos esportivos seja conseguida de forma harmoniosa com as características psicológicas de cada indivíduo. Algumas observações práticas levarão o professor a avaliar com cautela cada indivíduo do seu grupo e harmonizar suas intenções e conciliar seus interesses. Assim se desenvolve o processo de INCLUSÃO: TODOS, absolutamente todos que queiram praticar disporão de oportunidade para fazê-lo, inclusive apoiado pelos demais colegas.

Ao longo de nosso bate-papo verá que é muito fácil chegar lá. Estarei acompanhando-o sempre!

Referência em Educação

O Procrie é um Centro de Referência em Iniciação Esportiva virtual voltado para o desenvolvimento socioeducativo sustentável a partir de programas pedagógicos desportivos na escola. Pretende apoiar ações de capacitação de professores voltadas à geração ou melhoria do ensino e qualidade de vida nas comunidades. É um projeto online para docentes que queiram Aprender a Ensinar o vôlei e outros esportes.

Você participa ativamente na construção do “seu” projeto. Ainda tem a oportunidade de interagir com práticas criativas em consonância com seus objetivos. Enfim, uma nova metodologia – Aprender Brincando e Jogando – em que você decide como realizar, em consonância com o projeto pedagógico da instituição a que pertence. Confira algumas das vantagens:

    – É grátis, você entra ou sai quando quiser.

    – Qualificação do professor para o mercado de trabalho.

    – Um Fórum com exemplos de situações de aprendizado; da teoria à prática.

    – Transdisciplinar, relacionando docentes e alunos do Brasil e de Portugal.

O Procrie é muito mais ainda:

    – Facilitador para projetos sociais, atende os direitos da criança e do adolescente.

    – Baixo custo do equipamento.

    – Elevado rendimento da qualidade do aprendizado; TODOS participam.

    – Solução das principais dificuldades na escola: evasão, absenteísmo, violência.

    – Alunos, familiares e docentes, todos compartilham experiências.

Benefícios para a Escola e Município:

   – Promove a inclusão social nas relações pais/escola.                                

    – Incentivo a atividades entre educandários do Município.

    – Oferta de Residência Pedagógica.

Outra novidade é o incentivo à participação da mulher professora na gestão do projeto, sua valorização e atendimento às meninas, as mais interessadas e sempre pouco atendidas. Veja Quem Faz.

Quem Faz

ROBERTO AFFONSO PIMENTEL (1939)

O Professor Roberto Pimentel é pioneiro do Mini Voleibol no Brasil, tendo produzido metodologia diferenciada a partir de 1974. Em suas atuações, nas escolas e outros ambientes (praia, clubes, morros) tornou-se a forma de ensino preferida pelas meninas. Sua pedagogia está hoje reconhecida pelos principais agentes educacionais e desportivos.

Trabalhou no Banco do Brasil (1963 a 1991) – Diretoria Internacional, CACEX, onde compôs livro único de Estatísticas de Comércio Exeterior, com tiragem em cores de 25 mil exemplares – 4 volumes.  Apresentado ao presidente do Banco do Brasil – Camilo Calazans – para realizar o 1º projeto esportivo da recém criada Fundação do Banco do Brasil. Realizou serviços a beneficiar funcionários em atividades sócio desportiva na AABB-Rio e Jogos da FENAB por vários anos.

Aposentado, tornou-se também escritor, tendo produzido dois livros inéditos e aceitos pela crítica… “Villa Pereira Carneiro”, um bairro de Niterói (1922); e “História do Voleibol no Brasil”, 1939 a 2000 – 2 vols., 1.047 págs., inédito, memorialista, enciclopédico e obra de referência em Sociologia do Esporte.

Pioneirismo Também em Portugal

A partir de 2009 o autor foi convidado a ser um dos colaboradores do site português www.sovolei.com. Vejam o destaque recente de nossa participação:

Volei Net Tour, Viagem Trans-Atlântica
“Mais rápida e menos conturbada que a histórica e pioneira travessia do Atlântico Sul realizada por Gago Coutinho e Sacadura Cabral em 1922 a bordo do “Lusitânia” e do “Santa Cruz”, propomos hoje repetir a mesma rota para visitar o nosso já bem conhecido e interventivo Roberto Pimentel e o seu “Projecto de Centro de Referência em Iniciação Desportiva”. Esta é uma visita de carácter pedagógico dirigida a quem desenvolve a árdua tarefa de incentivar e proporcionar aos mais jovens, a prática desportiva em geral e o voleibol em particular”.

Qualificação

Professor de Educação Física (UFRJ, 1967) – Pós-graduado em Técnica – Voleibol (UFRJ, 1968) – Foi atleta de alto nível – Participou do 1º Simpósio Mundial de Mini Voleibol da FIVB, Suécia (1975) – Convidado especial ao Congresso de Mini Voleibol da Federação Argentina, Buenos Aires (1984)

Visão e Metas

Emprego de tecnologia educacional no desenvolvimento de práticas pedagógicas Buscas perseguidas com a criação de um Centro de Estudos.

Educação

Desenvolver instrumento didático original, cujo objetivo seja pesquisar e criar metodologia também para outros desportos. O caminho passa pela QUALIDADE do ensino na escola e na valorização de professores.

Inclusão

As ações se reportam a crianças e jovens escolares, inclusive portadores de necessidades especiais.

Metodologia

Desenvolvimento de práticas pedagógicas. Aprendizagem, pensamento e o papel da escola revelam-se temas para construção de um Centro de Referência.

Empreendimento

Criatividade em soluções alternativas, aproveitamento de espaços, utilização de material de baixo custo e prática intensa no curto prazo da aula. O mini vôlei é revelado como caminho promissor para assegurar cumprimento da obrigatoriedade de prática da Educação Física no sistema escolar.

Pioneirismo e Buscas

Desde 1974, quando o Autor realizou o primeiro curso do Brasil, em Recife (PE), o minivôlei já conquistou diversos estados e certamente as aulas de educação física e os recreios ficaram muito mais interessantes. As buscas recaem também na dinamização de comunidades ou associações.

Projetos e Atividades

Metodologia e didática do minivôlei – Prospecção de Talentos, base nas impressões digitais, COB – Centro de Referência em Iniciação Esportiva (Procrie) – Fundação Rio-Esportes, Copacabana, 1995 – Palestra na Escola de Educação Física do Exército – EsEFEx – 1ª Clínica de Mini vôlei na AABB-Rio, 1984 – Festival no Maracanãzinho, 108 alunos – Feira Olímpica, 300 alunos, COB.

Aulas: UFRJ, UGF, UERJ, Estácio de Sá, UDESC – Projeto no Morro do Cantagalo, Rio de Janeiro – Convênio entre CBV e SESI-Nacional, 1975 – Lançamento do Minivôlei no País, 1976 – Sec. de Esportes da Presidência da República, 1.200 alunos, 1991, em quatro Estados  – Projetos na Praia de Icaraí para 400 alunos – Projeto 300 alunos,  com a Fundação Rio-Esportes, Copacabana, 1995.

Intercâmbio e Difusão

Palestra no 1o Simpósio Mundial de Minivôlei, 1975 – Convidado especial ao Congresso Argentino de Minivoleibol, 1984 – Credenciado ÚNICO pelo presidente da CBV, Carlos A. Nuzman, 1995 – Artigo para a Revista Ciência Hoje das Crianças, ed. SBPC, 2002 – Palestra no Centro de Excelência Rexona, Curitiba (PR).

Internet

Facebook, LinkedIn, procrie.blog … cerca de 800 artigos (até 25/02/2024); milhares de visualizações.

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Mini Voleibol

Aprender Brincando e Jogando

Proposta de ensino escolar

O Minivoleibol é um instrumento didático para um aprendizado duradouro, que se impõe por sua originalidade, renovação e valor educativo. É revelado como um caminho dos mais promissores para a prática da Educação Física no sistema escolar. Constitui-se numa iniciativa para milhares de crianças. Passa pela construção de um Centro de Referência inédito no País e se viabiliza como elemento de desenvolvimento da QUALIDADE TOTAL na educação de base. Chamo a atenção dos professores lotados em escolas públicas (e mesmo particulares) para o fato de que a sua prática é de grande aceitação entre o público feminino, a esmagadora maioria (90%) em todos os cursos que realizei pelo país. Ademais, percebam como as meninas estão tão abandonadas em suas atividades curriculares básicas em Educação Física.

Minha proposta é uma contribuição para verdadeira cruzada dando início a novos tempos de pesquisa e experimentação, pré-condição para a concepção, testagem e concretização de projetos capazes de enfrentar e superar as dificuldades que se antepõem à prática da Educação Física escolar no Brasil. Sabemos todos da carência de novas idéias no setor. Ressalte-se que o trabalho a ser proposto respeita a orientação e proposta pedagógica da escola e ao mesmo tempo valoriza o papel de seus docentes. Torna-se, então, mais um instrumento para alavancar a chamada  ‘Educação de Base’.

Selo de Qualidade

O trabalho está representado por Metodologia pioneira apresentado em universidades e entidades, pronto para expandir-se em programas de forte apelo comunitário e educacional, pois não se cogita a prospecção de talentos, mas a participação e inclusão de TODOS. Atuei em favelas, praias, escolas públicas e particulares, clubes, Centro de Excelência Rexona, além de participações internacionais – Argentina e Suécia. Atualmente empenho-me em compartilhamento com os portugueses através do site www.sovolei.com, ampliando o horizonte de pesquisa.

A seguir, apresentarei uma proposta desenvolvida pela Federação Italiana de Voleibol, com base em experiências de seus professores e treinadores. Trata-se da “Progressão do Campo de Jogo e da Educação Motora das Crianças”. Até lá.

Procrie, um Centro de Referência em Iniciação Esportiva

Oficina do Aprender Brincando e Jogando

 

Ensino crítico… Contestar sempre as verdades estabelecidas é um princípio básico da pedagogia moderna. É um treinamento decisivo para quem deseja mais do que reproduzir, mas inventar. Ninguém inventa nada se for servil ao conhecimento passado”. (desconhecido)

Projeto de ação perene que visa à atualização de professores através de um Centro de Referência em Iniciação Esportiva.

Área de atuação: Educação, Cultura, Saúde e Desenvolvimento Social.

Busca de soluções metodológicas e pedagógicas; facilitador da INCLUSÃO por tornar o esporte acessível a TODOS.

Local de atuação: Município do Rio de Janeiro/Niterói e demais participantes.

Para ser compartilhado com milhares de crianças e parcerias com governo, prefeituras e instituições de ensino em todo o país e no exterior. 

AUTOR: Roberto Affonso Pimentel.

Qualificação: Professor de Educação Física (UFRJ); Pós-graduado em Técnica de Voleibol (UFRJ); Foi atleta de alto nível; Técnico indoor e de Vôlei de Praia. 

Resumo de atividades. 1. Pioneiro do minivoleibol no Brasil (1974); 2. Busca do conhecimento voltado para a Iniciação Esportiva possibilitou sua participação em congressos internacionais (Suécia e Argentina), a valorização de seus trabalhos e a riqueza dos detalhes. 3. Coordenador de programa nacional de Iniciação Esportiva no SESI; 4. Projetos desenvolvidos para a Confederação Brasileira de Volleyball (CBV); 5. Projetos com a Secretaria de Esportes da Presidência da República. 6. Inspiração e subsídios para Bernardinho, no Centro de Excelência Rexona e Governo do Paraná. 7. Projetos enviados para o Comitê Olímpico Brasileiro. 8. CBV adotou seu projeto de mini vôlei (Vivavôlei). 9. Iniciação no Morro do Cantagalo, precedendo o Criança Esperança. 10. Cursos e aulas em diversas universidades e escolas do Brasil. 11. Projetos em praias – Fortaleza, Recife, João Pessoa, Rio, Niterói – para milhares de crianças.

Missão – Esporte para TODOS; pesquisar e divulgar conhecimento.

Visão – Habilidades escolares e sociais; Metodologia com foco na criança.

Meta – Educação com QUALIDADE; Matriz para projetos Comunitários.

Abrangência – TODOS participam; Modelo para outros esportes.

Descrição. 1. Formatar Centro de Referência em Iniciação Esportiva; 2. Desenvolver Centro de Estudos para desenvolvimento de uma ciência em pedagogia dos esportes e treinamento; 3. Empreender a QUALIDADE TOTAL; 4. Multiplicar a qualificação de professores; 5. Produzir propostas transformadoras na estrutura metodológica das aulas de educação física em escolas primárias e secundárias. 6. Ampliar parcerias, ser referência para diversas instituições.

1. Proposta INCLUSIVA voltada para três frentes – universitários, docentes e crianças. 2. Utilização do ambiente escolar e comunitário. NÃO se cogita prospecção de talentos. Residência pedagógica para acadêmicos e professores.

Número de indivíduos beneficiados diretamente: 1. Alunos do Ensino Fundamental (7-14 anos); 2. Universitários e professores.

Objetivo(s)

Objetivo geral – Desenvolver estudos relativos ao MOVIMENTO visando seu desenvolvimento integral e inserção social.

Objetivos específicos – a) Participação ativa da comunidade acadêmica em pesquisas e troca de informações na área da Formação e Iniciação Esportiva; b) Formulação e divulgação de propostas pedagógicas; c) Contribuição para a difusão – internet – junto às universidades e governo; d) Busca e discussão de metodologias aplicáveis em tempo real.

Atividades. Atuações preliminares com base em metodologia desenvolvida pelo autor para o ensino do mini voleibol. Num segundo tempo, estendidas para outros esportes. O aluno é visto como pessoa única, com sua afetividade, percepções e crítica a serem desenvolvidas. Tema principal é a criança, o movimento, a aprendizagem e o pensamento. Centro das atividades: a) aluno é o protagonista; b) bola é um brinquedo; c) jogo antes da técnica; d) técnica se aprende jogando. Estrutura das atividades parte da organização de jogos simples aos mais complexos. Cursos práticos com prioridade na dinâmica da aula. Conteúdo composto de unidades didáticas – linha de ação. Formação continuada de docentes calcada na prática reflexiva em grupos de estudos. Acompanhamento permanente pela Internet.

Período de vigência: Perene. Esforços se voltam para sua consolidação em âmbito regional no prazo de dois (2) anos.

Parceiros institucionais: Universidades, Prefeituras, ONGs.

Parceiros no exterior (Internet): Portugal tem produzido ciência em esportes e tenta mudar métodos de ensino com o GIRA-VOLEI (Federação Portuguesa de Voleibol).