Considerações sobre o Simpósio no Canadá
A Fivb e a federação canadense de voleibol organizaram um Simpósio (23-27/6/2007) para discussão de aplicativos e técnicas de ensino a serem desenvolvidas nas escolas. Participaram representantes das federações nacionais de oito países que discorreram sobre oportunidades das atividades para os alunos. O intuito da Fivb é estimular novas ideias, ou seja, criatividade sobre o tema. Pelo lado brasileiro, creio que estamos muito longe disso.
Veja a íntegra em www.fivb.org/Programmes/VolleyballatSchool
Foi estabelecido um programa com quatro diferentes formatos:
- Leitura: apresentação descritiva das características do sucesso dos programas nacionais.
- Demonstração prática: apresentação em ginásio ilustrando o programa e suas perspectivas práticas.
- Workshop: uma sessão no ginásio envolvendo participação ativa com os representantes.
- Seminário: rodada de discussões com os principais experts (prática e oral).
O representante brasileiro foi o Professor Newton Santos Vianna Júnior, que fez um relato sobre as características e o desenvolvimento do esporte escolar no Brasil com ênfase no Programa Vivavôlei da CBV.
COMENTÁRIO: Ninguém inventa nada se for servil ao conhecimento passado.
Pelo visto continuam a repetir os mesmos erros. Não há criatividade, a metodologia está estagnada há muito e não se apercebem que as crianças de qualquer nacionalidade não se importam em aprender as técnicas do jogo, mas querem apenas BRINCAR. No que tange à formação dos professores, especialistas ou não, estes dificilmente terão condições práticas para desenvolverem algum trabalho consistente por dois motivos: o deficiente ensino universitário e os cursos de formação no País. Há uma constante e nociva influência de se pretender formar atletas, prospectar talentos, o que reduz o número de adeptos e praticantes. Quanto aos verdadeiros educadores, acautelem-se: “A dúvida nos ensina o caminho da busca de querer ser para dentro, diferente da ilusão e fascínio de querer ter e mostrar para o mundo o que se tem”.
Importância da Dúvida. No ensaio “A Dúvida” (Relume Dumará), o filósofo tcheco Vilém Flusser diz que “duvidar é um estado de espírito que pode significar o fim de uma fé ou o começo de outra. Em dose moderada, estimula o pensamento. Em dose excessiva, paralisa toda atividade mental”.
