Ensinar é uma Arte

Visita da seleção feminina de vôlei, praia de Copacabana, 1995. Foto: Roberto Pimentel, Bené, Bernardo e Ricardo Tabach. Encantado, o técnico adquiriu o equipamento para o Rexona.

Este blog está colocado à sua disposição para trocarmos ideias. Minha intenção é compartilhar conhecimento e experiências com todos aqueles que se interessam pelo ensino dos desportos, especialmente o voleibol. Se necessitar indagar algo, tirar alguma dúvida ou mostrar suas atividades manifeste-se, entre em contato.

A divulgação da interpretação de fatos que vivenciei ao longo dos anos será tratada à luz da psicologia pedagógica e compartilhada com todos. Nesta ação espero diagnosticar as necessidades de cada aprendiz – professor ou aluno – e como atendê-las depois de descobertas. Em alguns momentos de reflexão fico a pensar se tais exigências podem ser consideradas realizáveis quando um único adulto tem a obrigação de atingir metas a serviço de vinte, trinta e, até mesmo milhares de crianças.

A ideia inicial recaiu após minha leitura do trabalho de alguns estudantes portugueses sobre G. Pólya. Ele nos leva a pensar no significado de certos conceitos e nos convida a ilustrá-los concretamente com base na nossa própria história. Como você neste momento também participa desta conversa, aguardarei sua opinião e assim, juntos, passarmos a compartilhar novos conhecimentos em auxílio à “arte de ensinar”.

George Pólya (1887-1985) foi um matemático húngaro. Não é sempre que um grande matemático se interessa pelos currículos e pelos métodos de ensino da matemática no ensino secundário. A esse respeito, Pólya é quase uma exceção. Daí o interesse das traduções de dois célebres textos sobre o ensino da matemática: How to solve it (1945) – em que nos diz como resolver problemas de todos os tipos, mesmo os que não são de matemática – e o capítulo XIV do livro Mathematical Discovery (1962-64). As traduções foram realizadas por Elisa Mosquito, Ricardo Incácio, Teresa Ferreira e Sara Cravo. A revisão, por Olga Pombo. Peço permissão aos pesquisadores portugueses que me proporcionaram conhecer parte do pensamento de Pólya para estabelecer um pretenso diálogo construtivo com professores brasileiros a respeito do ensino do desporto em geral e a prática escolar. Àqueles que me honram com a sua leitura, minhas desculpas por estar falando na primeira pessoa, a intenção é relatar experiências e, em contrapartida, “ouvir” o que têm a me contar.

Educar é contar histórias?

Nas páginas que se seguem realizo uma digressão pedagógica aplicável a qualquer desporto, especialmente o voleibol, minha praia. Para os que julgarem pertinente, sirva este diálogo com Pólya (e outros mestres) de transposição para um ensino mais eficiente, original e criativo. Assim, considerem essas histórias apenas e acerca da minha experiência e opinião. Estarei aguardando suas considerações.