Como Treinar Defesa em Voleibol?

Valor da Boa Formação        Breves Histórias

Praia de Icaraí, Niterói-RJ. Aulas regulares para 400 crianças.                                                                                            

Faço este preâmbulo para situá-los no tempo e nas considerações técnicas que pretendo discorrer com colocações e teorias a respeito. Nesta nossa conversa tratarei de relatos com passagens e histórias com campensíssimos também do Vôlei de Praia. Perceberão que diversas contingências influenciavam a forma de treinar, causando danos irreparáveis na formação de novos atletas e, pior, a precariedade e as improvisações realizadas nos períodos de treinamento das seleções a indicar falsos caminhos aos treinadores brasileiros. E, também, ao ensino universitário, cujo currículo imagino seja o mesmo ainda hoje para a formação de professores. Verão também as razões pelas quais muitos treinadores de alto nível em vários desportos dizem que o erro está na “base”, quando se referem a atletas com deficiência em alguns fundamentos. E, em seguida, se exprimem: “Não tenho tempo para treiná-los”! Esquecem-se que eles mesmos, ao formarem jogadores nos respectivos clubes procedem de forma semelhante e repetitiva. Continue lendo “Como Treinar Defesa em Voleibol?”

Inspiração e Criatividade, a Busca por Soluções

 

Junte-se a Nós!

 

Escola, Local Privilegiado para Inovações 

Não existe uma melhor forma de percorrer o processo. O modo contínuo da inovação pode ser visto como um sistema de espaços que se sobrepõem:

Inspiração, o problema ou a oportunidade que motiva a busca por soluções

Idealização, o processo de gerar, desenvolver e testar ideias

Execução, o caminho que vai da sala de design ao mercado

MERITOCRACIA

Essas propostas de ensino só se concretizarão se Você, Professor(a), estiver disposto(a) a se engajar nas  mudanças metodológicas para crianças e jovens do séc. XXI. É a figura central de todo o processo, e uma oportunidade inigualável de valorização profissional.

Tudo tendo início a partir do ensino básico – fundamental e médio. Já é considerado por alguns um projeto REVOLUCIONÁRIO para os atuais padrões de ensino em escolas. Acrescente-se o cuidado com que tratamos as nuances relativas à Educação, na busca de um ser emancipado em suas escolhas de vida.

INÉDITO, IMPERDÍVEL

“A ginástica não é uma questão de circo nem de barraca de feira, é uma alta e grave questão de educação nacional” – Ramalho Ortigão, 1836-1915
 

Sumário redondo

Para os que ainda não conhecem nossas propostas, vejam neste sítio a série de artigos recentes relativos à criação de um PROTÓTIPO, uma breve apresentação do que seja a concepção pedagógica do que nos propomos realizar nas escolas brasileiras.

Valor da Prototipagem   uma concepção de projeto e como realizá-lo 

Inovando em Criatividade, Construindo Lideranças a nova sala de aula 

Novo Século, Novos Métodos de Ensino  novos parâmetros de ação

Como Construir um Protótipo como era antigamente: estudos, pesquisas

Criando um Protótipo  breve relato de algumas intervenções significativas

 

INOVANDO NAS AULAS

Aprendem Brincando e Jogando

Formando Líderes

A partir de sua inclusão voluntária, perceberá que VOCÊ e colegas terão os subsídios essenciais para comporem um Plano Pedagógico da escola, além de conceber programas multidisciplinares. Você se tornará verdadeiro(a) líder entre seus pares.

Compartilhando Críticas e Sugestões

Você não estará só. A qualquer momento, estará disponível um canal (sítio) para a captura de sugestões e críticas, algo que poderá alavancar novos ideias e caminhos pedagógicos. Além de que oportunizará intervir e compartilhar em tempo real suas experiências em outras regiões do país.

Cursos de Formação Acadêmica 

Não só no Brasil, os cursos são eminentemente teóricos, repetitivos e “chatos”: obedecem a um currículo jurássico. Basicamente, repetem-se os mesmo dizeres de autores ultrapassados. E se tiverem a paciência de ler trabalhos de conclusão de curso, mesmo em mestrados e doutorados, perceberão que a grande maioria tem algo em comum: “dizem o que se deve fazer, não como fazer”!

Acrescente-se a cultura do que “vem de fora”. Um exemplo está no vídeo japonês em que se desenvolve uma partida entre crianças até 12 anos, tudo o que deve seer evitado em pleno séc. XXI.

Visite:dos participam, companheirismo.

Já nos cursos de treinadores esportivos, o clássico registro de exercícios a serem copiados. Acrescentem-se os eventos acadêmicos – Simpósios, Congressos -, para se constatar o “faz de contas”. E ao que tudo indica, em todas as áreas do conhecimento, salvo raras exceções, e não só na Educação Física. Formam-se verdadeiros lobies entre os mesmos. Finalmente, quando não se apropriam de uma ou outra ideia inovadora.

Construindo Seus Projetos

A partir de seus erros você se torna mais inteligente

- antigo provérbio alemão

Ao se visualizar uma ideia utilizando uma técnica com longa e rica história estabelece-se um vínculo intelectual entre professores e tutor. A partir das próprias experiências deverão saber pensar a própria escola. Dessa maneira passam a se autogerir, tornando-se senhores de seu próprio fazer.

Uma representação visual ajuda a ver as relações entre os diferentes tópicos, dá um senso mais intuitivo do todo e ajuda a pensar em como exemplificar melhor uma ideia.

Formação Profissional Continuada

Agora sim, podemos construir os Cursos de Formação na PRÁTICA.

A ideia  inicial é a de criarmos Núcleos disseminadores do projeto em cada estado brasileiro. Façâmo-lo passo a passo, promovendo convênios com as Secretarias de Educação e, quando possível, de Esportes.

Lembrando que nossas ações voltam-se para alunos e suas atividades na disciplina Educação Física e Esporte. Assim, os cursos oferecidos deverão privilegiar professores lotados em escolas. Certamente, em havendo outros interessados, que sejam acolhidos para a formação de uma “grande família”.

E não menos importante, a oferta desse blogue, verdadeiro Ensino a Distância para muitos desde 2010, incentivando e tirando dúvidas.


Papel da Educação Física e do Esporte nas Escolas

Muitos são os alertas. Contudo, quem saberá indicar na prática o bom caminho?

Parece que herdamos muito mais coisas de nossos amigos lusitanos. Vejam trechos do libelo do professor português Rui J. Baptista (8/fev./2015)

 

Argumentações lusitanas sobre a ignorância

do Ministério da Educação

 

“Deverá a Educação Física dos escolares portugueses continuar ajoujada (atrelada, dominada) ao peso de resquícios de falsos preconceitos que a subalternizem”?

“A ginástica não é uma questão de circo nem de barraca de feira, é uma alta e grave questão de educação nacional” (Ramalho Ortigão, 1836-1915).

“As acções governamentais deverão ter em conta que a promoção da saúde, na qual se inclui o combate ao sedentarismo, deverá começar cedo, sendo a escola um lugar privilegiado para valorizar as atitudes e incutir hábitos de vida saudável que irão nortear o indivíduo ao longo da vida”.

“Prover a actividade física nas escolas é, pois, contribuir para uma sociedade mais saudável e, por conseguinte, ter uma saúde mais custo-efectiva no futuro. A promoção da actividade física permitirá ao Estado poupar significativamente gastos na saúde”.

“Por tudo isto, inevitável a pergunta: deverá a Educação Física dos escolares portugueses continuar ajoujada ao peso de resquícios de falsos preconceitos que a subalternizem relativamente a outras disciplinas curriculares, promovendo, desta forma, o seu empobrecimento por diminuição das horas curriculares a ela destinadas”?

“Dando crédito aos testemunhos aqui deixados, não. Definitivamente não… a menos que a intenção do Ministério da Educação seja recriar eusebiozinhos, saídos da pena queiroziana, molengões, tristonhos e de pernas flácidas habituados a memorizar todas as coisas do saber”!

Leia mais…
www.publico.pt/2015/02/08/sociedade/noticia/a-ignorancia-do-ministerio-da-educacao-1685443#/comments/

Formação em Portugal

Formação Continuada de Treinadores

Colhi notícia no Facebook que possivelmente pode interessar a alguns treinadores de voleibol no Brasil. Trata-se de uma “Ação de Formação Contínua de Treinadores” promovida pela Federação Portuguesa de Voleibol em Viseu, região central do país. Vejam a nota e o Programa.

“A Federação Portuguesa de Voleibol (FPV), com a colaboração da Associação de Voleibol de Viseu (AV Viseu) e com o apoio institucional do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), realiza, nos dias 7 e 8 de Dezembro, uma Acção de Formação Contínua de Treinadores de Voleibol que terá lugar nas instalações da AV Viseu e do Colégio de Lamego. A acção é subordinada ao tema «Uma semana de treinos  – Um ciclo de trabalho semanal nos escalões de formação» e tem “uma vertente essencialmente prática, centrada em dois aspectos fundamentais: a gestão do treino no espaço de treino, aplicação e controlo dos exercícios e das unidades de treino e a prática do treinador centrada no planeamento de um ciclo de treinos semanais”, conforme salienta o seu prelector, António Guerra, Técnico do Departamento de Formação da FPV e Treinador dos seniores femininos do GDC Gueifães. Abordando temas diversos mas interligados e de interesse crucial, como o Clube e a Equipa na nova realidade socio-económica, O microciclo de treino, O Dossier do treinador – Sebenta de exercícios e Uma unidade de treino tipo, a acção está orientada para treinadores, professores de Educação Física, preparadores físicos e fisioterapeutas. As inscrições podem ser feitas na AV Viseu [contactos: secretaria.avv@gmail.com]”

Além disso, como já perceberam, o Procrie se esmera em também difundir cultura aos seus visitantes. Assim, lembramos algumas postagens que nos remontam a Viseu: “Voleibol, Brasil e Portugal”; Intercâmbio com Portugal” (o construtor da árvore de Natal que veio de Viseu para o Rio de Janeiro) e “Trás-os-Montes e Alto-Doro”. 

 

 PROGRAMA

DATA HORA    UMA SEMANA DE TREINO ESPAÇOS

17:00 – 17:30   Abertura e acolhimento (Sala)

17:30 – 18:00   Conceitos básicos: Como jogar o jogo de Voleibol  (Sala)

18:00 – 19:00   Fundamentos: Posições em campo; Ordem de rotação; etc..; Recepção com: 5 em W e em M e com 4 em taça; Sistema  ofensivo:4-2 e 6-2; Sistema de bloco e defensivo (3-2-1/3-1-2); Transição. (Sala)

19:00 – 19:10   Intervalo

07 Dez

19:10 – 20:30   Habilidades de base: KI – Recepção – Passe – ataque; KII – Serviço; Bloco – defesa; contra-ataque; Transição de KI e KII (sala)

9:00 – 10:30   O Clube e a equipa no actual contexto: – Entrada e fixação na modalidade – Ter uma equipa de entrada, torneios – Gira ou Mini-Voleibol – Iniciação à modalidade e treino propriamente dito – Equipas de competição – Aquisição e consolidação (Pavilhão sentado e Aplicação em campo)

10:40 – 12:30  O microciclo de treino

Elaboração e aplicação de um microciclo de trabalho semanal: – O treino físico – avaliação, prescrição e aplicação – Treino técnico táctico individual – Treino decisional e prática deliberada – Táctica colectiva – Como e quando treinar (Pavilhão sentado, Aplicação em campo)

12:40 – 13:20  Almoço

13:30 – 15:30 (10´intervalo) O Dossier do treinador – Sebenta de exercícios – Treino físico – Exercícios e circuitos; – Treino técnico – Exercícios com duas técnicas e reduzida organização – Treino colectivo – Implementar sistema de jogo da equipa – Exercícios – Preparar a competição – Treino do jogo

 Pavilhão prática – Aplicação em campo (vs – jogo de treino -)

 17:30 – 17:40   Intervalo

 08 Dez

17:40 – 19:30   Uma unidade de treino tipo: – Prevenção, recuperação e trabalho individualizado – Treino físico – circuitos de trabalho funcional – Aquecimento sem e com bola – Parte fundamental – Final do treino – retorno à calma e treino de recuperação (Pavilhão sentado – Aplicação em campo)

NOTA: A ordem pode ser alterada em função da disponibilidade das instalações

PONTOS A DESENVOLVER NA ACÇÃO:

O Clube e a equipa na nova realidade sócio-económica 

Entrada e fixação na modalidade: – ter uma equipa de entrada no clube.

Exercícios para fixar os praticantes na modalidade: – Gira ou Mini-Voleibol: Iniciação à modalidade e ao treino propriamente dito – Equipas de competição – Aquisição e consolidação das técnicas em competição formal.

O microciclo de treino – Elaboração e aplicação de um microciclo de trabalho semanal: – O treino físico – avaliação, prescrição e aplicação ao longo da semana como gerir a carga – Treino técnico-táctico individual – Dias centrados no treino decisional e prática deliberada – Táctica colectiva – Como e quando treinar.

O Dossier do treinador – Sebenta de exercícios

Grupos de trabalho elaboram e aplicam na prática os exercícios propostos: – Treino físico – Exercícios e circuitos – Treino técnico – Exercícios com duas técnicas e reduzida organização – Implementar sistema de jogo da equipa – Exercícios – Preparar a competição – Treino do jogo. (vs – jogo de treino)

Uma unidade de treino tipo – Problemas e soluções: Prevenção, recuperação e trabalho individualizado – Treino físico – circuitos de trabalho funcional para jovens praticantes – Aquecimento sem e com bola – Parte fundamental – Final do treino – retorno à calma e treino de recuperação.

———————–

Mini Vôlei em Portugal (II)

Fonte: FPV/Acção de Formação de Gira-Volei em Lisboa, 30/10/2012.

No intuito de dar ciência do que ocorre além-mar, retransmito noticiário da Federação Portuguesa de Voleibol (FPV) a respeito da Formação para crianças.

A Federação Portuguesa de Voleibol (FPV), em colaboração com a Associação de Voleibol de Lisboa e com o apoio da Universidade Lusófona, realiza, na próxima segunda-feira (5 de Novembro), uma Acção de Formação subordinada ao tema «Monitor Gira-Volei: Nível I».

Dirigida a monitores de Gira-Volei, professores de Educação Física e alunos de Educação Física e Desporto, a acção de formação está agendada para as 21h15 e terá por palco o auditório da Universidade Lusófona.

A formação é gratuita e integrada no Plano nacional de Formação da FPV mas com obrigatoriedade de inscrição, cuja data limite é o dia 2 de Novembro de 2012. 

Acção de Formação será ministrada pelo técnico federativo Leonel Salgueiro, Coordenador Nacional do projecto Gira-Volei.

O Gira-Volei, iniciado em 1998, desenvolve-se por mais de 1800 centros em todo o País, envolvendo autarquias, clubes e associações e movimenta actualmente mais de 100 mil jovens praticantes.

Computação nas Nuvens

A computação nas nuvens, em inglês chamada de cloud computing, é uma tendência na internet do futuro. Acredita-se que daqui a alguns anos ninguém mais precisará instalar nenhum software em seu computador para desempenhar qualquer tipo de tarefa, desde edição de imagens e vídeos até a utilização de Office, pois tudo isso será acessível através da internet. Estes são os chamados serviços online, ou seja, você simplesmente cria uma conta no site, utiliza o aplicativo online e pode salvar todo o trabalho que for feito para acessar depois de qualquer lugar. (http://www.insoonia.com/voce-sabe-o-que-e-computacao-em-nuvens/)

—————————————————————————————————————-

Visitas                                150.003              Período: 14/maio/2010 – 27/jun./2013

Visualizações de páginas   244.300              Países: 119       Cidades:  2.044

Brasil/visitas… (89,2%)      133.855              ……………….           Brasil:       871

Páginas/visita                         1,63                 ………………..         Outras:  1.173

Tempo médio/página        00:02:21

—————————————————————————————————————-

Efetivamos a atualização de nosso Projeto de Formação (entregue à CBV em fev./2012 e sem resposta), no Prezi, um site exclusivamente educacional localizado virtualmente nas nuvens. Nossa primeira manifestação deu-se em 3/ago./2011 intitulada PROCRIE no Prezi.

Visitação e Comentários – Visite: http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/. Como está muito carregado de fotos e ilustrações, aguarde um breve instante antes da navegação até que o sistema execute o download. Se preferir, deixe suas impressões neste blogue, pois elas estarão mais visíveis para todos que nos seguem ou visitam esporadicamente. Além de se constituir numa forma de participar, compartilhando e fornecendo novas e maravilhosas ideias.

Desta feita, pensamos em nos alongar para deixarmos registrados os passos que elaboramos nessa difícil arte de Aprender a Ensinar. O Procrie está voltado para o professorado e aqueles treinadores que atuam (ou vão atuar) na área da Iniciação e Formação de futuros atletas ou simplesmente jogadores. Também sabemos que a Educação é um processo que não tem fim, uma busca da melhor maneira de retransmitirmos às novas gerações o legado de nossos antepassados e da própria vida. Sendo assim não considerem como verdades o que ali está exposto, mas um contributo para que os mais jovens. Estes, que lidam com o ensino esportivo no dia a dia nas escolas, clubes, associações, praias, terão um parâmetro a mais, além daquele que já possuem para desenvolverem um trabalho estruturado e experimental. E, dessa forma, eles mesmos descortinarem suas conquistas pedagógicas. Além disso, em um país continental, com tanta diversidade cultural e social, seria impossível rotular ou oferecer receitas técnicas sobre o assunto. Dessa maneira, no blogue estimulamos que os professores não deixem de lado em suas atuações a própria intuição, exercitem sua criatividade e compartilhem não só com seus alunos, mas também com seus colegas de profissão. Daí a necessidade que tivemos em apresentar à CBV nosso projeto: ela facilitaria os Cursos Presenciais, indispensáveis na formação e atualização de professores e mesmo em qualquer Ensino a Distância.

Perceberão, de imediato, que destacamos três grandes temas colocados para discussões ao longo de nossos encontros no Procrie. Tomamos a iniciativa de mantê-los vivos nos afazeres de quem lida diretamente com crianças e jovens. Em seguida, oferecemos à critica um caminho, os primeiros passos na busca de perspectivas mais profundas de um aprendizado eficiente que contribua para uma contextualização eficiente (teoria e prática), navegando pela Metodologia e Pedagogia, matéria  desprezada em nossas universidades. Este é um caminho sem volta, que merece ser perscrutado, pois se calca em raízes científicas modernas e não em receitas técnicas transmitidas por gerações passadas.

Como disse São Paulo, “combati o bom combate”, agora esperamos aglutinar mais combatentes que farão muito melhor do que nós mesmos. Lembrem-se, nenhuma ideia sobrevive sem adeptos. Se você é um deles, compartilhe com comentários. Mais do que nunca necessitamos de todos!

Boas leituras.

Futuro do Voleibol em Portugal – Parte II

Valor da Formação

Percebam que no âmago da questão – a Formação – está a solução para todos os problemas. desde que me conheço, em qualquer desporto no Brasil, os técnicos de seleções sempre reclamaram que não lhes competia treinar fundamentos em regime de treinos das seleções do país: imagina-se que já os possuam desde a Base (Formação). Assim, perdia-se tempo em corrigir este ou aquele fundamento na maioria dos atletas. Verdadeiro absurdo, mas que se perpetua especialmente no voleibol brasileiro. Ocorre que as universidades e os cursos oferecidos pelas respectivas Federações permanecem repetitivos, isto é, pouco acrescentam. Em suma, alguma coisa que leve os professores a serem construtores do próprio saber, que os instigue a pensar e a decidir o que fazer em cada circunstância, com este ou aquele indivíduo e o grupo em geral. Mas não, repetem e repetem as mesmas coisas e, pelo que imagino, no mundo inteiro. Conhece alguém em Portugal que o faça? Infelizmente, no Brasil não conheço. Ou, então, conheço pouca gente e não sei o que andam fazendo! Todavia, é fácil reconhecer o trabalho na Base avaliando os novos valores quando. e se é que surgem. Luís Melo, construtor do site português Sovolei, comenta com muita propriedade e destaca a “Formação nos clubes” e coloca em dúvida o esquema de treinamento de alguns atletas em permanente estágio. Nesta segunda colocação, alguns poucos jogadores estarão a treinar sob uma nova ótica, em um outro regime e sujeitos a algum tipo de cobrança (e competição), o que não é agradável para aspirantes à qualquer seleção. A espontaneidade fica prejudicada e impede uma plena realização do indivíduo, além do que, imagino eu, o treinamento deve estar voltado para um adestramento. Repetem-se os mesmos movimentos à exaustão e recebem um afago pelos acertos e um puxão de orelhas pelos erros. A criatividade jamais será estimulada dessa forma. Daí a importância de os treinadores dos clubes e até nas escolas, adotarem métodos adequados que despertem nos aprendizes condições de auto-aprendizagem e desenvolvimento. Por outro lado, estarão na posição de facilitadores nas correções e aconselhamentos para que obtenham uma técnica perfeita em TODOS os movimentos. Isto é fácil de realizar, mas não está nas cartilhas e manuais. Como fazer? Alguém teria interesse em fazê-lo com suas equipes em Formação? Destaco, ainda, o aspecto dos treinamentos para equipes femininas, reféns de muitos mitos e preconceitos.

A partir da esquerda, Marcelo Cândido, Roberto Pimentel e Santa Cruz, na arena de Fortaleza (CE).

Um breve exemplo prático do que realizamos na Praia de Icaraí, Niterói, tendo ao fundo dois cartões postais do Rio de Janeiro, o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor. Durante nove meses treinei graciosamente dois rapazes que me solicitaram apoio técnico para suas investidas no Circuito de Vôlei de Praia do Banco do Brasil. Independentemente do calendário do Circuito, dispuseram-se a treinar 6 vezes na semana, das 9h às 12h nas areias e, por conta de cada um, à tarde fariam o reforço físico em academia. Foi minha primeira experiência e, portanto, um grande aprendizado, pois mantive diálogo aberto com todos. Ocorre que (nenhum treinador fazia) convenci-os de que precisaríamos de quatro outros atletas para compor e auxiliarem nos ensaios. Concordaram e fizemos as escolhas em conjunto. Um deles, de elevada estatura (2,03m) era completamente descoordenado e desastrado em todos os fundamentos. Queria muito também se iniciar no Circuito e estava muito incentivado pelo pai, um ex-atleta da seleção brasileira. Todavia, não conseguia um parceiro para formar dupla, mas, mesmo enquanto buscava alguém, treinava com muito afinco. Resumindo, treinamos durante longos nove meses, o que me tornou um professor enriquecido com tudo o que aprendi. Não vou dizer sobre a dupla principal que enveredou pelos jogos Brasil afora, mas destacar o que ocorreu com o Frederico (Fred), o rapaz que tinha dificuldade em conseguir um parceiro. Na primeira instância em que poderia atuar no Circuito foi na cidade de Fortaleza (CE), onde os portugueses atualmente estão se estabelecendo em férias. Frederico conseguiu convencer um colega a participar com ele (suas idades seriam próximas dos 19 anos) e não lograram êxito nos jogos. Retornando aos treinos, pouco tempo depois o pai solicitou-me a inserção de um novo companheiro para o filho, que estaria hospedado em sua casa e comporia uma nova dupla. Acedi e no dia seguinte, lá estava o rapazinho, muito simpático como todo cearense, magro, franzino e canhoto. Tratava-se do Márcio Araújo, atualmente um campeoníssimo, inclusive com medalha olímpica. Não me recordo quanto tempo ficou por ali treinando, mas se perguntarem a ele sobre sua estada em Niterói, dirá que foi inesquecível e marcante para ele. Retornou ao Ceará e compôs dupla com o Reis, hoje treinador da dupla Juliana e Larissa, campeãs mundiais. Quanto ao Fred, só não foi mais longe porque se perdeu na busca de um novo treinador. Contudo, chegou a conquistar o título de “Rei da Praia – 2000”, torneio anual na Praia de Ipanema, Rio, com todos os ases do voleibol de praia. Mais à frente tornou-se o melhor sacador do Brasil. Esteve ainda a treinar comigo por algum tempo numa segunda fase pela qual enveredei com outro grupo de atletas.

  • Será que os treinos realizados nessa fase de Formação contribuíram para o desenvolvimento do Márcio e do Fred?

Creio que ninguém melhor do que eles para responder. Entrem nos respectivos sites e eles lhes responderão. Tenho algumas outras experiências nesse sentido que estão descritas no Procrie; acentuo possibilidades de treinamento voltadas para a formação técnica, mesmo em se tratando de adultos e as dificuldades inerentes à prática do voleibol no Brasil.

Não deixem de navegar literalmente nas “nuvens” em http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/  Estou colhendo sugestões!

(continua…)