Sala de Aula Inovadora, Criativa, Transparente

 


 

Foco no Cliente

 

Em termos práticos, o objeto em inovar reside em assistir às necessidades da clientela: professores e alunos. Para saber se o que está sendo criado é mesmo uma inovação pense no cliente:

— A inovação oferece maior valor para ele?

O foco deve estar na clientela; ela é o alvo da inovação a  ser impactada.

Observá-la traz ideias que fazem sentido a serem incorporadas.

Construindo um mapa mental: brainstorming (¹), pesquisa de campo, design thinking ajudam a criar empatia e melhor entendimento.

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(¹) Brainstorming, é uma atividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa de um indivíduo ou de um grupo – criatividade em equipe – colocando-a a serviço de objetivos pré-determinados. Ao pé da letra significa “tempestade de ideias”. Organiza pensamentos de forma ordenada, relacionada, argumentada e, principalmente, visual.

Criando Cumplicidade

Sair à rua é criar intimidade, consiste em respostas ainda melhores. Neste caso, a melhor forma é criar um PROTÓTIPO. E o autor vem correspondendo na prática com criações maravilhosas e inéditas.

Vejam no final da postagem: Experiências Exitosas.

 

 

MISSÃO & VISÃO 

 

Constituir-se em um curso perene de pesquisas e formação profissional de professores que busquem a excelência em EDUCAÇÃO do Movimento e para a Vida.

Ser um consultor para a secretarias de Educação do país com um programa simples de gestão interdisciplinar, a partir da Educação Física e Esporte.

Um tutor, constituído de um “Manual de Engenharia Instrucional” e o site Procrie (EaD), compartilhando e monitorando informações simplificadas de modo que alcancem resultados desejáveis e surpreendentes.

 

CONVITE À AÇÃO

Em reportagem na revista Veja (Maria Clara Vieira, 6/9/2017) a jornalista dá-nos a conhecer uma iniciativa exemplar a ser implantada em São Paulo em que a Secretaria de Educação emprega ferramentas do mundo empresarial para identificar as causas do mau desempenho escolar – e superá-las. Destacamos dois trechos:

“Os muitos termômetros de avaliação do ensino que aferem a qualidade na sala de aula nos leva a compreender o quanto ainda estamos distantes da excelência. Como sempre, os números estatísticos pouco ou nada contemplam ou contribuem para soluções práticas e assim permanecemos inertes em ideias”.
“Sabemos todos o que nos revelam os mapas de desempenho de cada escola, o que nos faculta pensar para debelar suas deficiências de uma forma definitiva. Esta é uma atitude que requer compartilhamento de ideias e criatividade, sem titubeios e melindres entre todos os agentes”.

 

INOVAR 

A inovação requer uma ruptura que permita reconfigurar o conhecimento para além de propostas modernas. Nesse sentido há que se entender o conhecimento. No entanto, o perigo ronda por perto, pois as pessoas sempre resistirão porque sempre resistem a novas ideias. Lembrem-se: o mesmo aconteceu com Galileu. Todavia, não levemos isso para o lado pessoal.

 

 AVALIAR

É inerente e indissociável enquanto concebida como problematização, questionamento e reflexão sobre a ação. No ensino do Movimento somos favoráveis a um tipo de avaliação com uso das TICs, em especial vídeos (gestual e oral) e registros escritos. O que não exclui ou diminui outras apreciações igualmente importantes. Estas, entretanto, merecem um capítulo à parte, que pretendemos discuti-las em próximas postagens. Aguardem!

 

Um Modelo 

Ação coletiva e consensual

Concepção investigativa e reflexiva

Atua como mecanismo de diagnóstico da situação

Postura cooperativa entre professor e aluno

Privilégio à compreensão

Incentivo à conquista da autonomia (²) do aluno

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²) Autonomia, capacidade de um indivíduo tomar uma decisão não forçada baseada nas informações disponíveis. (Wikipédia)

 

 

INÍCIO, MEIO, FIM 

 

I – O PRIMEIRO EMPURRÃO (³)

O prêmio Nobel de Economia James Heckman diz que investir nos anos iniciais de vida de uma criança é o caminho mais certeiro para pôr um país na rota do desenvolvimento. Heckman criou métodos científicos para avaliar a eficácia de programas sociais e vem se dedicando aos estudos sobre a primeira infância – para ele um divisor de águas. Sobre isso, falará no dia 25/set. no encontro “Os desafios da primeira infância – Por que investir em crianças de zero a 6 anos vai mudar o Brasil“.

Poder dos Estímulos

Estímulos nos primeiros anos de vida são decisivos para a idade adulta porque é uma fase em que o cérebro se desenvolve em velocidade frenética e tem um enorme poder de absorção. As primeiras impressões e experiências na vida preparam o terreno sobre o qual o conhecimento e as emoções vão se desenvolver mais tarde.

Até os 5, 6 anos a criança aprende em ritmo espantoso, e isso será valioso para toda a vida. Infelizmente, é uma fase que costuma se negligenciada, especialmente em famílias pobres com pouca orientação básica. Além disso faltam boas creches e pré-escolas e, sobretudos, o empurrão certo na hora certa.

Erro Atual

Há ainda uma substancial ignorância sobre o tema. Até hoje a ideia que predomina é que a família deve se encarregar sozinha dos primeiros anos de vida dos filhos. A ênfase das políticas públicas é na fase que vem depois, no ensino fundamental. E assim se perde a chance de preparar a criança para essa nova etapa, justamente quando seu cérebro é mais moldável à novidade.

Investimento Social

Investir bem cedo nas crianças para que adquiram habilidades, como um bom poder de julgamento e autocontrole, que as ajudarão a integrar-se à sociedade longe da violência. Recaímos na velha questão: prevenir ou remediar? Como se demonstra, é muito melhor prevenir.

Professores

O país também precisa prestar atenção na qualidade dos professores: países como a Finlândia souberam valorizar a carreira docente – não apenas no salário -, e colheram grandes resultados na educação desde cedo.

Habilidades Socioemocionais

Muitos educadores torcem o nariz quando se fala em habilidades socioemocionais porque estão aferrados à ideia obsoleta de que inteligência se resume a QI, um conceito de cinquenta anos atrás que não evoluiu com o mundo.

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(³) Páginas Amarelas, entrevista a James Heckman, professor da Universidade de Chicago; revista Veja, 27/7/2017, por Monica Weinberg.

 

 

II – CONTRIBUTO MULTIDISCIPLINAR

 

A escola decide: 

“Criação de um sistema de ensino que englobe experiências em várias disciplinas, em busca de metas, e dentro de um programa específico”.

A proposta baseia-se em ambiente descontraído, fora das quatro paredes das salas convencionais, na disciplina Educação Física e Esporte. Acrescente-se-lhe a companhia dos professores de Matemática, Português, Música,  Tecnologias da Comunicação e Informação (TICs).

Absenteísmo, Evasão Escolar, Violência, Gravidez  

Quando a criança atinge a idade 7 a 8 anos sua educação evolui para o aprimoramento dos estímulos, agora apoiados em uma rede, que levem às famílias toda sorte de incentivos, de diferentes áreas convergentes. Mais uma vez ressalta-se a importância de bons professores.

Um Centro de Referência – Procrie

Os primeiros passos estarão focados no ensino fundamental, com alunos de 8 a 13 anos de idade, e a seguir, no ensino médio. Além disso, o alcance do projeto deixa margem para incursões curriculares na formação profissional – uma das lacunas a considerar – de futuros professores.

Educação Física e Esporte

A disciplina obrigatória e desprezada é muitas vezes considerada um entrave para os gestores educacionais. Não percebem o valor do brincar e dos esportes  para a formação socioemocional dos indivíduos. Igualmente, o  país volta-se tardiamente a pensar em esportes nas escolas como base para descobrir talentos. E uma vez mais confundindo ponto de partida com ponto de chegada! Precisamos de novas escolhas. Aspirantes a inovadores e autoridades temporárias raramente chegam a ter alguma influência no mundo externo na forma de novos produtos, serviços ou estratégias confiáveis.

 

 

IIICONSTRUINDO UMA ESCOLA INOVADORA

 

As melhores ideias surgem quando todo o sistema organizacional tem espaço para experimentação.

 

Pretende-se dar o primeiro passo na construção dessa nova escola restando-nos somente o apoio de uma instituição governamental ou não, para o primeiro passo: um PROTÓTIPO.

A Secretaria Estadual de Educação do Paraná já recebeu nossa manifestação e aguardamos sua decisão. Tendo em vista o possível interesse de outras congêneres em ativar algo similar, estaremos nos manifestando enviando uma síntese do que se contem no blogue. Outra, a Universidade de Harvard, a quem estamos nos reportando.

 

Revelações de um Protótipo 

— Inicialmente, de quê precisamos? Em que devemos nos apegar?

Observa-se que a peça fundamental reside no professor. Vejam a seguir um belo exemplo de consagrada universidade americana.

 

Você Gostaria de Estudar em Harvard?

Um compromisso para tornar o mundo um lugar melhor

Um desejo de ajudar a resolver os desafios da Educação

Uma dedicação para aprender e liderar

Para impactar o mundo

Seria isso idealismo?

 

Formando Novos Professores

A americana Katherine Merseth, 70 anos, tornou-se proeminente na área da educação. Na Universidade de Harvard é diretora do Programa de Formação de Professores, e ganhou projeção por um feito raro: faz todo mundo querer dar aulas. A fórmula se baseia na atração de jovens recém-formados, das engenharias às ciências biológicas, que ali aprendem a ensinar crianças de escolas públicas, onde vão trabalhar depois. À frente de um dos cursos mais concorridos de Harvard, a prestigiada educadora diz que treinar gente talentosa para dar aulas é a fórmula para qualquer país trilhar o caminho do crescimento.

 

Nossa consulta à Professora Katherine

 

Voleibol em Harvard                    Quem ensina? Como funciona?

Como são planejadas – métodos e pedagogia – as aulas de Educação Física e Esportes nas escolas de ensino básico (8 a 13 anos) nos Estados Unidos?

— Em Harvard, há cursos para professores da disciplina?

 

Professora brasileira em Harvard

Acrescente-se nossa satisfação a respeito do paradeiro da professora Cláudia Costin, muito próxima à professora Katherine, e com rico currículo de serviços prestados à Educação no Brasil. Igualmente, formataremos contato no sentido de ampliarmos nossos conhecimentos e compartilhar ideias.

Leiam maishttps://www.gse.harvard.edu/faculty/claudia-costin/

 


 

 

CENTRO DE REFERÊNCIA

 

Ferramentas

Postulamos a criação de um Centro de Referência em Iniciação Esportiva, onde escolas se alinhariam a programas inovadores na  disciplina de educação física, com um toque de qualidade e criatividade ainda não tentada no país. Para tanto, estamos recorrendo a várias áreas do conhecimento, especialmente o Design Thinking, Brainstorm, Heurística (G. Pólya) e a Neurociência (teoria mielínica). Essas, tendo como coadjuvante nova Metodologia e Psicologia Pedagógica, traduzidas em Praxia diferenciada de forma substancial e preponderante, resultado de anos de atuações do autor desde 1974, quando procedeu ao primeiro curso no país (Recife-PE).

 

Caráter Interdisciplinar

Entendemos ainda que devamos também nos valer das disciplinas português,  matemática e música na construção global dos indivíduos. Em nosso programa, argumentamos a necessidade de construirmos uma ponte entre neurociência e educação a partir do ensino fundamental, que teriam continuidade nas fases seguintes dos alunos, inclusive no nível superior. Trata-se de grande oportunidade de a criança já ter noções da construção do projeto de sua vida, i.e., Aprender a Pensar, a trabalhar em Grupo, desenvolver Projetos.

É a AUTORREGULAÇÃO!

 

Oralidade, Língua Portuguesa, Matemática, Música 

Interpretação de Textos

Aos 14 anos de idade ingressei num curso preparatório à EsAer. O dono era um advogado muito calmo, que nos orientava em português e matemática. Certa feita disse-nos: “Se vocês não souberem português terão dificuldades em matemática.” Certamente, queria nos dizer sobre a importância do aprofundamento em estudos da língua pátria uma vez que todo entendimento passa pela interpretação do que nos é apresentado. Perceba isso pelo exemplo abaixo, retirado do livro “O Homem que Calculava”, de Malba Tahan:

Dois amigos se encontraram quando passeavam e um deles indagou ao outro quantos filhos ele tinha. O pai respondeu: tenho três filhos. Curioso, novamente perguntou: quais são as idades? O pai  resolveu desafiar o amigo com um problema: o produto das idades é 36; e a soma é igual ao número daquela casa em frente (apontara para a placa). Visto o número, o amigo fez alguns cálculos e retrucou: preciso de mais uma dica. O pai concordou e disse: tem razão, meu filho mais velho toca piano. Quais são as idades?

 

Uma Boa Receita

Trabalho em Grupo

Assim, enquanto em todas as semanas de curso cumpríamos tarefas de redações, principalmente interpretando ditos populares, paralelamente executávamos incontáveis exercícios de matemática, escalonados em grau de dificuldades crescentes. Acrescentem-se ainda os trabalhos nos fins de semana em grupos de estudo, liderados por um aluno pouco mais apto.

Segundo a autora do texto, “em alguns colégios a causa-mor para o festival de notas vermelhas era a dificuldade dos alunos em atribuir significado ao que liam”. E conclui:

“Todas as disciplinas passaram a trabalhar a leitura ao seu modo, inclusive a educação física. […] Depois de três meses a turma que ia mal em português encolheu de 32% para 10% dos estudantes.

 

Registro e Compartilhamento de Conteúdos

Claro, não poderão ficar de fora nesse esforço. Construímos um documento pedagógico –  Manual Instrucional – destinado a gestores e professores, que poderão debruçar-se sob o mesmo e compartilhar entre si os conteúdos ali preliminarmente assinalados. A partir de suas experiências, outros procedimentos deverão se incorporar, somando-se aos já existentes,  e adaptando-os a cada circunstância das escolas. Seus e de milhares de colegas. Trata-se de um documento “vivo”, de apoio perene, provido de estímulos a novas descobertas nesse maravilhoso mundo da Educação.

 

Aulas (3) no colégio Baptista (Rio) envolvendo todo o ensino fundamental.

 

Rico em conteúdos, o Manual contém revelações recentes da Neurociência e Design Thinking. Objetiva a construção da Autorregulação e Competências, e não talento esportivo, como entendido popularmente. Não se constitui em uma cartilha, mas sim um registro de conteúdos a serem acrescentados no cotidiano das práticas escolares. Deverá ser apreciado e avaliado periodicamente.

Ressaltamos a profundidade com que o tema é tratado e sua aplicação não só nas mais diversas atividades esportivas, como principalmente para a vida dos indivíduos. Poderão constatar seus efeitos em alguns poucos meses, considerando que a expectativa é que haja continuidade em tais procedimentos. Sem dúvida, algo INÉDITO em EDUCAÇÃO no país!

 

 Transparência e TICs

Avaliação Ativa

Acrescente-se que deverão ter inscrito em suas páginas as experiências e inovações que cada escola adotar, contribuindo para o crescimento de milhares de professores. O Manual, então, se apresenta como peça chave de encontro perenes em tempo real. É “virtual”, impresso nas “nuvens”. Somam-se aos textos, uma infinidade de vídeos esclarecedores, além do contributo – registros e avaliações – das experiências dos próprios alunos.

Linguagem e Raciocínio Lógico

Propostas para que os alunos participem ativamente em todas as aulas, inclusive que tenham a oportunidade de se manifestar – oral e escrita – em relação aos exercícios e projetos a serem desenvolvidos pelo docente.  

“Alunos avaliam-se mutualmente, e ao professor.”

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COMO FAZER?

 

Identificando Melhores Métodos

 

— Que tal reexaminarmos a Metodologia a empregar?

 Como Você iniciaria uma criança no esporte?

— E na Matemática, Português, Música, Xadrez?   

 

Filosofia : Educar para a vida

Visão: Construir um projeto interdisciplinar

Personagens:

— Vocês Alunos, aprenderiam brincando?

— Você Professor, trabalharia nesse ambiente?

 

 

Diversos níveis simultâneos favorecem monitoria, liderança, camaradagem…

  

 

 

Até 64 alunos/aula – Facilitador – Tutoria – Monitoria – Liderança
Multidisciplinar: Matemática, Oralidade, Música
Níveis: atos de construção lentos e cumulativos.

ALUNO

Grupos (até 6 alunos)  – Circuitos – Oficinas – Trabalhos individualizados

Aprendem a pensar: grupos, lideranças, monitoria, desafios

Ensino para a vida: trabalhos e projetos extramuros

Registram suas histórias/memórias: iphone – smartphone – tablet

Autorregulação: avaliam-se mutuamente; avaliam professor

 

PROFESSOR – Facilitador

Cursos presenciais – Ensino a Distância (EaD) – videoaulas – e-book – blog

Brainstorm – palestras –  exibições internas e externas

 

Gargalos na Sala de Aula 

Em suma, o que dizem os pesquisadores?

— “Apontam erros, mas não soluções”

 

 

Busca de Soluções

 

Propomos “casos” já testados baseados em atividades abertas e experimentais. Para sua plena universalização, um protótipo que se apodere do conhecimento relativo ao trato com comunidades, famílias e crianças. Para isso, sugerimos:

Um professor que nada imponha, mas ao contrário, adote papel de facilitador nas discussões em grupo e aprenda com os alunos.

Incentive e utilize referências do cotidiano dos alunos, além da adoção de material didático para construção do conhecimento.

Outras, calcadas em atividades na sala de aula, mas aplicadas em ambientes restritos, que alcancem alunos das escolas públicas.

 

Programação & Cuidados

Módulos didáticos – oficinas – utilizável por docentes de outras disciplinas.

Metodologia deve criar um ambiente de trabalho motivante e participativo.

Garantir que os projetos sejam permanentemente monitorados e avaliados.

Contrapondo-se ao caráter aberto e interativo das experiências, padronizar e sistematizar conteúdos testados.

 

Desafios: Formação Profissional Continuada

Professor deve ser bem formado e os estudantes tenham passado por um processo adequado de formação inicial: capacidade de leitura, escrita e uso de conceitos básicos da matemática. Na impossibilidade, rever conduta.

Todos devem entender as implicações gerais do que se denomina sociedade do conhecimento.

Dispor de métodos e atitudes típicas das ciências modernas, caracterizadas pela curiosidade intelectual, dúvida metódica, observação dos fatos.

Busca de relações causais, fazendo parte do desenvolvimento do espírito crítico e autonomia intelectual. 

causalidade ou determinação de um fenômeno é a maneira específica na qual os eventos se relacionam e surgem. Apreender a causalidade de um fenômeno é apreender sua inteligibilidade.

 

Ponto Ideal da Aprendizagem

Em nossas buscas deparamo-nos com vários embates, um deles revelado na expressão:

Quando e como interferir junto à criança quando há necessidade de ajuda.

Apresenta-se-nos a noção de ponto ideal da aprendizagem (Robert Bjork) e, sobretudo pelo psicólogo russo Lev Vygotsky nos anos 1920, mas com um nome menos sedutor: Zona de Desenvolvimento Proximal. Essa é a percepção mais crítica e difícil de um professor.

Metodologia a Perseguir

Você não ensinou enquanto eles não tiverem aprendido.

A partir desses entendimentos, optamos por desenvolver uma metodologia que entendemos seja mais adequada à totalidade dos alunos em sua iniciação a qualquer esporte. A seguir algumas diferenciações metodológicas que se pretende discutir e ampliar com a sua ajuda:

Trabalhar em GRUPOCompetências: sociais, inteligência, criatividade, atenção. Caminho para monitoramento e futuras lideranças.

Ensinar desacelerando os movimentos, corrigindo os menores detalhes e fazendo os alunos imitarem bons gestos inúmeras vezes. APRENDER DEVAGAR, mas CERTO!

Estilo GPS – Professores e técnicos ensinam a todos da mesma maneira. Busca-se agora direcionar as orientações a cada indivíduo, achando meios de contato mais estreito, um laço com cada um, e, quando acertar alguma coisa, interrompê-lo dizendo-lhe que se LEMBREM daquela sensação. Reforço da AUTOESTIMA.

Comprimir e acelerar o jogo – Reduzimos os espaços, a altura da rede e a bola. Cobrimos a rede com um pano, forçando reações mais rápidas. Além de vários outros recursos pedagógicos com foco na ATENÇÃO.

Ensinar a pensar – Recorre-se a uma matriz mental do campo de jogo identificando os seus elementos fundamentais. jogo de xadrez, palestras, exibição de vídeos. Em especial, boas leituras, interpretação e expressão – escrita e verbal.

Solução de problemas – Como encarar um problema sob a ótica da Heurística ditada pelo matemático húngaro George Pólya.

Destaque para a vivência com métodos de autorregulação e propostas para “ensinar a estudar”.

Observaram-se mudanças para melhor em outras disciplinas a partir do sexto mês de atuação em grupos de estudos nos EUA.

 

 

   Experiências Exitosas  

Aprender Brincando e Jogando

 

Cursos regulares na praia de Icaraí, Niterói (RJ) para 400 alunos, 20 monitores

 

 

Confederação Brasileira de Volley-Ball – CBV

 

Maracanãzinho, Festival para 108 crianças, após a partida Brasil vs. Rússia pela Liga Mundial

 

 

Fundação Rio-Esporte, Praia de Copacabana 

Visita da seleção brasileira feminina

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cursos, Palestras, Aulas 

 

Universidades, Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), SESI-DN, Centro Rexona (PR)
Escolas Públicas e Particulares: Niterói, S. Gonçalo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Recife, Santo André, Curitiba
Cursos em Praias (1991, 1.200 crianças): Niterói, Fortaleza, João Pessoa, Recife

 

 

I Simpósio Mundial de Minivoleibol, Suécia (1975) –  Congresso Argentino de Minivoleibol, B. Aires (1984)  –  Compartilhamento com clube português Boa Vista
Simpósio Mundial de Minivoleibol, Suécia.
Estádio do Boa Vista, Portugal.

 

 

 

 

 

 

 

 

LIVRO INÉDITO

História do Voleibol no Brasil, 1939-2000

Obra de Referência, Enciclopédica e Memorialista

2 vol. – 1.047 pág.

 

Pedidos pela web: roberto_pimentel@terra.com.br

 

 

COMENTÁRIO…  A História do Vôlei Agora em Brasília

Opinião... Paulo Emmanuel da Hora Matta, em 20/ago/2013

Roberto,
Com esta obra você não apenas contou a história do voleibol como, sobretudo, passou a fazer parte dela. Poucas vezes um autor se dedicou tanto à produção de um livro como você. As obras tornam-se leitura obrigatória para os amantes e estudiosos de nosso esporte. Abraço.
Paulo Matta.

Roberto A. Pimentel, em 30/ago/2013    

São carinhos envolventes como esse que nos recompensam e animam a continuar na Missão que elegemos em favor de um ensino mais condizente para as novas gerações de professores. Obrigado a você e à sua querida Irene, que sempre o incentivou em sua passagem vitoriosa pela vida. Grato também por sua paciência e ilustrações ao longo de nossas entrevistas. Devo-lhe muito.

Roberto Pimentel.


Paulo Emmanuel da Hora Matta, baiano, faleceu em 11 de maio de 2015, aos 82 anos no Rio de Janeiro, cidade adotada para seu exercício profissional, deixando um legado para a Educação Física e o Esporte nacional. (PAULO MATTA: UM BAIANO DE DESTAQUE NA EDUCAÇÃO FÍSICA BRASILEIRA. Prof. Dr. Roberto Gondim Pires – UESB; prof. Dr. Coriolano P. da Rocha Júnior- UFBA). Leia mais…VIII Encontro Estadual de História da Anpuh-BA

 

 

A seguir…

 

Promovendo uma Boa Educação

Conteúdos a serem disseminados

 

Não basta ensinar à criança a movimentar-se com destreza e técnica.

Respeitada a individualidade, há que se promover a sua construção.

Cabe oferecer-lhe um leque de oportunidades para a sua edificação.

 

 

 

Entre em contato: roberto_pimentel@terra.com.br

 

Boas leituras!

 

Futuro dos Ministérios, Esporte e Educação

MiniEuFavBairro INVERTIDAProposta Para Candidatos à Presidência da República

 

 

— Como Fazer Esporte Escolar?

— Por que ignorar o artigo 217 da Constituição, que determina aplicar os recursos públicos prioritariamente no desporto escolar?

— Titulares dos Ministérios do Esporte e da Educação de mesmo partido.

 

Do noticiário extraímos…

José Cruz em seu blogue nos incita a discutir com os presidenciáveis, e porque não dizer com todos os brasileiros, a função constitucional do Ministério do Esporte, justificados por sua inépcia partidária e pelos megaeventos que se aproximam. Denuncia com fatos que a pasta não disse a que veio e, não menos importante, que ignora aplicar recursos prioritariamente no desporto escolar. Por fim, sinaliza para o destino das milionárias verbas, o alto rendimento. Leia mais: Afinal, Para que serve o Ministério do Esporte?

 

Sobre o Ministério

  • Criado há 11 anos, é um órgão repassador de dinheiro.
  • Fracassou em termos de políticas públicas ou de projetos de esporte escolar.
  • Não saiu uma só proposta de política esportiva, apesar de ali terem sido realizadas três Conferências Nacionais do Esporte.
  • Facilitador da corrupção pela omissão e ineficiente fiscalização aos recursos que libera.

 

Propostas?

  • Está lotado de funcionários terceirizados e bolsistas e mesmo assim, a Secretaria de Esporte Educacional tem apenas sete servidores.
  • O Conselho Nacional do Esporte não age, pois se reúne apenas duas vezes por ano, mais para homologar decisões já tomadas do que para discutir propostas de interesse nacional.

 

 

Política Nacional de Esporte Educacional, existe?

Falta-nos, entretanto, identificar “com quem dialogar” sobre o tema, haja vista as considerações acima e a resposta da candidata Marina Silva quando indagada por um jornalista o que ela fará com o Ministério do Esporte se vencer a eleição:

É um ministério importante, mas, infelizmente, tivemos muitas dificuldades no processo das Olimpíadas, que dão para os brasileiros motivos de preocupação sobre o andamento das obras necessárias, que já deveriam ter alcançado um ponto muito maior de realização. Nós estamos fazendo uma avaliação criteriosa para verificar como vamos fazer a redução de tantos ministérios que já foram criados.

Outro principal interveniente no assunto é o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) que desde 1995, na era Nuzman, se arvora “ditatorialmente” como salvador da pátria em matéria de ensino básico esportivo. Como os “pequeninos” funcionários do Ministério do Esporte nada entendem de seu mister, construíram uma ponte com o COB para aconselhamento e cumprimento de decisões do Comitê. O desvirtuamento do esporte escolar da forma que é realizado é um deles. Já tivemos outros, desde a época do Collor, quando Bernard (do vôlei) foi transformado em Secretário da Presidência para assuntos esportivos (substitui Zico).

 

Proposições do Procrie

— O professor é o principal artífice de Transformação

— Sua formação continuada, nossa Missão

 

Esforçamo-nos há quatro anos para levar informações e conhecimento aos professores do país no sentido de formar profissionais competentes. Temos como recurso apenas esta ferramenta – o blogue – que, a considerar os números catalogados no Google Analytics, parecem sinalizar de forma incentivadora a jamais desistirmos.

Em postagem recente examinamos e exaltamos a importância de o professorado ser o elemento Transformador para uma política nacional de Esporte nas Escolas. Para tal acentuamos a necessidade de melhores condições de Informar para Formar profissionais competentes, em busca de sua Meritocracia. É voz geral o descaso das universidades para o ensino de Metodologia e Pedagogia, o que compromete todo o processo de uma BOA educação para colegiais em nível superior há falta de recursos ou salários. Neste processo, despertamos a atenção para uma ferramenta muito em uso nas grandes empresas denominada design thinking, ou também design instrucional, engenharia pedagógica (ingénierie pédagogique).

 

Aulas Práticas, Quem Ensina?

Parece que sabemos todos o que fazer. O problema é colocar em prática!

 

Puxãozinho de orelha…

— As universidades estão preparadas para a revolução no ensino?

— Os cursos de treinadores da CBV “modelo Fivb” são eficientes?

— O que VOCÊ diz é o que faz? Afinal, VOCÊ dá aula ou ensina?

— VOCÊ tem proposta para transpor o abismo entre teoria e prática?

— Autorregulação e Avaliação, VOCÊ já viu isto no Brasil?

— Engenharia Pedagógica, quem faz?

 

O que faz o Ministério da Educação?

Não é voz corrente que o Esporte deve ser desenvolvido a partir das escolas? Vimos pelo noticiário que durante as Olimpíadas de Londres o ministro da pasta era o “papagaio de pirata” da presidenta. Enquanto isto, no Brasil, grassava mais uma grevezinha de estudantes, nada que preocupasse, dada a normalidade da situação.

 

Importância de uma Metodologia adequada

Vejam a interessante colaboração do treinador norte-americano John Speraw em recente entrevista durante o Campeonato Mundial que se realiza na Polônia. Ele transcorre sobre o ensino de voleibol no seu país:

Acho que as aspirações para um jovem querer ser profissional não são incentivadas. Mas brotar talentos no vôlei não é algo que seja problema nos Estados Unidos. Formar uma boa seleção não tem relação com a falta de apreço do público. A explicação é que os jogadores são revelados pelos campeonatos universitários, em que os estudantes têm que se dedicar a atividades esportivas e dali brotam os maiores talentos do país em todas as modalidades.

Sem contar que, desde o ensino básico, as crianças são incentivadas pelos pais para aprender um esporte que, no futuro, terão a recompensa de uma bolsa de estudos na universidade.

Em resumo, construímos um Ensino a Distância com ênfase na Metodologia e Pedagogia, algo transformado em terreno árido por nosso sistema acadêmico, certamente por isso algo inédito no Brasil.

Falamos em uma linguagem compreensível aos professores, nada é imposto e têm a liberdade de decidir o que lhes convém. Se mais não aproveitam, entendemos que é produto do próprio meio em que foram aculturados. Mas há esperanças de revertemos a situação e para tanto nos empenhamos com afinco, pois cremos no que fazemos. Temos certeza que esperam os Cursos Presenciais, quando lhes será mostrado “como fazer” ao vivo. E, importante, tirar-lhes as inevitáveis dúvidas.

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Leitura recomendada:

Professor, Principal Artífice de Transformação : informar, formar e transformar professores.

Projeto Modelo para Formação de Base em Escolas : base filosófica e metodológica.

Contributo para Ensino Esportivo em Escolas : sinopse dos (539) artigos postados.

O Que um Técnico Pode Ensinar a um Professor? : aprender a ensinar, educação física e esporte.

O Que um Professor Pode Ensinar a um Técnico? : sabemos o que fazer, como colocar em prática?

Leigo Ensinando Voleibol a Milhares de Crianças : qualquer pessoa pode ensinar voleibol a crianças

 

BOAS LEITURAS!

 

 

Leigo Ensinando Vôlei a Milhares de Crianças – parte I

MiniEuFavBairro INVERTIDA

Da série…

    • O Que um Técnico Pode Ensinar a um Professor
    • O Que um Professor Pode Ensinar a um Técnico

– Você acha que a indagação no título é crível?

– Pode um leigo em voleibol saber ensinar a crianças?

Pois então Você vai conhecer algumas histórias a respeito de como a vida nos ensina, dependendo apenas do grau de engajamento que o indivíduo esteja possuído. Interesse e amor, é o que se pede para iniciar o “combate”. O resto, algumas poucas instruções e dicas, e os resultados virão rapidamente, mais depressa do que se possa imaginar. Acompanhem-nos nessa série!

Palavras-chave: Aprender a Ensinar – Circuito do Ensino – Esporte na Escola – Educação Física e Esporte.

Missão e Visão do Procrie

Alunos de escola pública e outras,     8 a 13 anos de idade.

Temos buscado simplificar e ampliar o leque de opções metodológicas e pedagógicas para que qualquer indivíduo possa Aprender a Ensinar as primeiras lições a crianças, ou até mesmo a adultos. Clara é a nossa compreensão quanto ao termo Ensinar, muitas vezes entendido como prospectar alento nos meandros do esporte, enquanto que para nós outros, o pensamento recai na assertiva: Você não ensinou enquanto os alunos não tiverem aprendido. Não é diferente no voleibol. Com isto, perdem-se uma multidão de possíveis adeptos e consumidores, entre eles moças e rapazes baixinhos, gordinhos e entre aqueles que nunca praticaram qualquer atividade física, ou mesmo desistem após as primeiras aulas, culpa de mau ensino, com métodos ultrapassados e ainda vigentes nas universidades. Não seria melhor que parássemos por instantes para reexaminar  a Metodologia a empregar caso a caso? Creio que, mesmo internacionalmente, estejamos vivendo o que se dizia a respeito da Educação no século passado: “O professor ensina; o aluno aprende”. E ponto final!

– E VOCÊ, ensina ou simplesmente dá aula?

Comentários no Procrie

Entre as mais de uma centena de mensagens que recebemos diariamente, uma é destaque. Está gravado (inglês) em O Que um Técnico Pode Ensinar a um Professor:

Passwords, agosto 31st, 2014  […] Realmente estava buscando o tema deste blog. É simples e eficaz. Muitas vezes é muito difícil conseguir o equilíbrio perfeito entre usabilidade soberba e apelo visual. Devo dizer que você fez um trabalho incrível com isso… Blog excelente!

Procrie… Isto nos anima a continuar em nossa Missão. Somos gratos pelo carinho contido na mensagem, definitivamente muito incentivadora.

Educação Física vs. Educação Esportiva

Enquanto isto, no CEV, o Professor Marcelo Isidorio, presumivelmente atuante em Itabira (MG), dialogava com a secretária de Educação do município a questão da obtenção de espaço apropriado para as práticas da Educação Física Escolar. O colégio (de periferia) não possui espaço apropriado para a prática da Educação Física e ela argumenta que a construção de uma quadra esportiva estaria inviabilizada, pois o bairro não oferece um local com as dimensões apropriadas para tal.

O problema é antigo – eterno desencontro político entre os Ministérios da Educação (MEC) e do Esporte – agravado agora pelo momento pré-olímpico. Enquanto o Ministério do Esporte assessorado (sic) pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) esbanja rios de dinheiro, o “irmão pobre” definha cada vez mais. Haverá tempo em que fechará. Mas existe uma solução estratégica que, se contornada a rivalidade partidária, o MEC poderá se locupletar. Por enquanto parece preferir abster-se de compromissos, até porque está “inchado” de professores fora de classe lotados em Brasília a decidir (sic?) sobre os destinos da Educação. Afinal, quem é quem no cenário nacional? A quem compete decidir e elaborar políticas esportivas no país?

Por outro lado, o COB, comandado por um só indivíduo, define autoritariamente o que se deve ou não se fazer em matéria de ensino. Há tempos que apregoa que a Formação de atletas tem como base a Escola. Contudo, como advogado que é não sabe que procedimentos tomar, até porque sua equipe técnica de ex-medalhistas aboletados nos corredores da entidade desconhecem a matéria. Fundada em 28 de agosto de 1998, a AOB tem o objetivo de desenvolver a Educação Olímpica por meio de estudos e pesquisas realizados em instituições acadêmicas do Brasil e do exterior. Há algum tempo nos aproximamos oferecendo nosso pequeno estudo, mas fomos peremptoriamente repelidos.

E por estarmos falando de COB e sua influência na Educação brasileira, reproduzo parte da entrevista de seu presidente Carlos Arthur Nuzman, à Folha de São Paulo, em 29.11.96, sob o título “Brasil Traça seu Mapa Olímpico” (História do Voleibol no Brasil, vol. II, pág.262, Pimentel, Roberto A.)

  • Os principais problemas dessas entidades (Federações) são a falta de verbas, de material esportivo nacional adequado, de treinadores formados nas faculdades de educação física do país e de divulgação.
  • Aumentar o número de praticantes depende da imagem do esporte, de seus resultados, seus ídolos. Não é preciso massificação para se iniciar um esporte. É melhor trabalhar um grupo pequeno e fazê-lo obter resultados. Vamos priorizar as seleções olímpicas.

Comentários do Autor

  • A declaração e a receita do presidente do COB em entrevista para uma emissora de TV após os Jogos de Sydney é que aprendera a jogar vôlei na escola e, por isso, defendia a iniciativa de o governo restaurar e incentivar os Jogos Escolares. Contradisse suas declarações na Folha de São Paulo quando declarou: “Para aumentar o número de praticantes não é preciso massificação na iniciação de um esporte”.
  • Dirigentes, atletas e técnicos apontam entre os principais problemas a enfrentar, a falta de treinadores formados nas faculdades de Educação Física do país. Enquanto isso, a CBV produz técnicos e treinadores em oito dias (quando muito) em seus cursos “obrigatórios”. Estes não precisam, necessariamente, da licenciatura de Educação Física. Os cursos constituem-se em fonte de receita para a entidade.

Tais impressões permanecem atuais fazendo-nos sentir que “estão mais perdidos do que cego em tiroteio”. Eis o que nos ensina a sabedoria popular descrita com maestria por Rui Leitão em seu blogue:

“O uso desse ditado popular também é frequente em ambientes públicos e privados, diante do comportamento de gestores, diretores, chefes, prefeitos, governadores, presidentes e tal, quando enroscados em suas ações inconsequentes e se veem cobrados, por todas as frentes, em razão da sua incompetência. Daí se dizer “está mais perdido do que cego em tiroteio”. Esse fenômeno é constatado com muita frequência na nossa convivência social e nas posturas políticas”.

Como se não bastasse a incompetência dos governantes, dirigentes esportivos, temos ainda a nos comprometer o ensino universitário, matriz oficial de professores. Definindo a situação reinante desde longa data, consignamos a impressão de Marco Antonio Zago, reitor da Universidade de São Paulo, ao dizer que…

O sistema atual favorece a acomodação dos pesquisadores estáveis na carreira, que nada criam e se bastam repetindo experimentos.

Isto implica, é claro, na formação de professores de Educação Física, talvez uma das profissões menos consideradas pela sociedade. Para quem vive no ramo não é nenhuma blasfêmia o que estamos a dizer, mas simplesmente o descaso com que é tratada a Educação do Movimento no Brasil. Mais ainda, se considerarmos o estudo de Metodologia e Pedagogia, completamente acéfalo em TODAS as universidades.

Contributo do Procrie (Prezi)

Sentimo-nos à vontade para almejar e planejar voos mais altos em nossas pretensões de contribuição ao desenvolvimento do voleibol no Brasil. Sem conhecer o passado fica impossível corrigir e propor novos caminhos para qualquer modalidade esportiva, ainda mais pelo que foi dito anteriormente relativo às pesquisas: “nada criam e se bastam repetindo experimentos” e ainda acrescentaríamos: “… experimentos inconclusivos, que não levam a lugar algum.” Mal ou bem, temos a coragem de expor nossas ideias para que sirva de contraponto ao ensino universitário e mesmo o da Fivb, seguido pela CBV e demais filiadas. Nos quatro anos e poucos meses de atuação, jamais recebemos alguma contra indicação em nossos artigos, pelo contrário, muita receptividade e incentivo, especialmente do exterior, como podem ver nos COMENTÁRIOS exarados nas postagens. Muitos deles descartados por serem considerados spam, repetitivos, pouco esclarecedores ou até mesmo tolos.

A este respeito temos dúvidas quanto à nossa posição nesse universo insondável do Ensino. Será que estamos produzindo matéria palpável, considerada um avanço no conhecimento e ferramenta para alavancar o ensino? Foi pensando nisto que enveredamos nossos encontros com instituições que nos possibilitem formatar os Cursos Presenciais.

Mas já percebemos quão difícil é a tarefa, pois requer muito mais do que idealismo, ou mesmo competência. Trata-se de “falar ao ouvido certo” e “no momento apropriado”. Tarefa hercúlea para quem é tão pequeno. Em nova postagem procuraremos abordar o trabalho que um leigo pode desenvolver com o mínimo de conhecimento do voleibol. Tivemos algumas experiências na orientação desses indivíduos quando construímos um rico aprendizado de “Como Aprender a Ensinar”. Assim sendo, devo mais a eles do que eles a mim.

Aqueles que puderem e tiverem a paciência de nos acompanhar saberão por quê. Aguardem!

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Aprendendo com as Derrotas: Métodos de Ensino

MiniEuFavBairro INVERTIDA

Parece que sabemos todos o que fazer.

O problema é colocar em prática.

Identificando e Buscando Soluções  (parte I)

Por que perdemos? Onde erramos? Que devemos fazer? Quanto tempo para nos recuperar?

 

Escolas, Universidades, Cursos – Salto no Escuro – Escola – Educação Física nas Universidades –  Ensino a Distância – Centro de Referência em Iniciação.

 

Cremos que é uma pena só pensarmos neste assunto quando nos sentimos derrotados. Mas até nossas leis desportivas contribuem para nos acabrunharmos e nos sentirmos impotentes para alavancar o que quer que seja. O grupo que está no poder tem a tendência de nele permanecer até a morte. A mosca azul está em toda a parte!

Conversaremos sobre as derrotas recentes da Liga Mundial de voleibol e a Copa do Mundo de futebol e suas consequências, ou melhor, os cuidados e providências que se sugerem aos respectivos gestores –  CBV e CBF – em médio e longo prazo para prevenir e alavancar um grande salto quanto aos Métodos de Ensino disseminados pelo país.  No voleibol, desde 1975, sob o “padrão Fivb”, e na CBF, também os cursos rápidos de técnicos em futebol, predominantemente com o aproveitamento de ex-atletas. Testemunharão também o que este Procrie vem propondo em matéria de Ensino Escolar/Clube, inclusive para qualquer desporto. A conhecida e propalada Formação de Base.

Postulamos há muito (1976 e 1984) que a CBV formatasse um Centro de Referência em Iniciação Esportiva no Rio de Janeiro, com a finalidade de pesquisar metodologias modernas na Formação de atletas e, a seguir, divulgar para outros Estados (Núcleos) ensaios e conquistas aplicáveis a cada realidade, especialmente nas escolas públicas brasileiras. Atualmente, torna-se mais fácil pelas ferramentas da Internet. (Ver diversos artigos sobre Mini Vôlei sob o título Aprender a Ensinar e a História do Mini Vôlei no Brasil). Infelizmente, um dos assessores diretos da presidência vetou o projeto, tendo convencido o Nuzman em recuar do acordo que havíamos firmado verbalmente. Compreendamos também que os problemas são similares, independentemente do desporto a que se refira. Talvez a maior diferença esteja no montante de recursos envolvidos, o que é preocupante para todos. Como gerir uma montanha de dinheiro em favor de tantos?

Este artigo enfrenta o problema no qual pretendemos debater para a construção de ideias que nos indicarão os caminhos a percorrer no futuro, lembrando aos leitores que na gênesis do Procrie está assinalada nossa opção de criação de Núcleos de Referência em Iniciação Esportiva com ensinamentos aplicáveis a quaisquer esportes. E dissemos, que elegemos o voleibol como modelo, uma vez que fomos praticantes e técnico da modalidade. E não menos importante, interessados e pesquisadores da Arte de Ensinar, a partir do momento – 1974 – em que descortinamos uma metodologia de ensino do Mini Voleibol no Brasil. Há quatro anos vimos produzindo artigos nunca perdendo de vista nossa Missão de coorientadores em sua difícil obra educacional.

Como Surgem os Talentos, Seria por Acaso? – Como se Adquire Habilidade? – Como Treinar? – Cuidados nos Exercícios – Design Thinking – O Circuito do Ensino.

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Lições…

Preliminarmente, devemos esclarecer que as Confederações devem entre outros fins, administrardirigir, controlar, difundir e incentivar em todo o país a prática do voleibol em todos os níveis, inclusive o voleibol praticado por portadores de deficiências. Assim, como o esporte competitivo está dissociado do esporte recreativo, a quem caberia incentivar este último, até então esquecido solenemente? Seriam as Federações? A par de tudo, nota-se há algum tempo as ingerências nocivas do COB no gerenciamento das políticas esportivas (sic) no país, especialmente em nível colegial.

Talvez a única tentativa em voleibol relativa a problemas crônicos na Formação foi a que fizemos através da introdução do Mini Vôlei no Brasil (1974), atualmente aproveitada como fonte de recursos pela entidade, na forma de franquias – Viva Vôlei – ou patrocinadores particulares. Quanto à seleção, a competente comissão técnica deve estar procedendo a tais indagações, inclusive à luz de estatísticas e vídeos, pois o Bernardo é bastante inteligente e competente. Creio não ser preciso alertar à CBV sobre a visão de seu próprio trabalho, com certeza embutido no planejamento sobre a produção das peças de reposição e, muito mais importante, os Métodos empregados no Brasil, cuja responsabilidade atual parece ainda ser do Conselho de Treinadores.

Note-se que ele é presidido e conduzido por um único homem guindado ao posto por Carlos Arthur Nuzman desde sua posse na entidade há 39 anos. Todos os Cursos de Treinadores da CBV estão sob sua responsabilidade. Diga-se de passagem, o presidente do Conselho não participa ou opina sobre as seleções; ao que nos disse não é remunerado e que se atém exclusivamente aos cursos e relacionamento com o congênere da Fivb. Também o Setor de Seleções abdica de ingerência técnica, apenas administrativa.

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Do noticiário extraímos recentemente algumas opiniões alarmistas que poderão nos guiar na forma de pensar o problema (design thinking) e encontrar soluções. Vejamos algumas e após sua leitura, esperamos que VOCÊ participe com seus comentários.

1. Bernardinho perdeu a mão (… será?)

Bruno Voloch, no UOL, 7/jun./2014. “Era o que faltava. Perder para o Irã por 3 a 0 e dentro de casa. Se existia alguma dúvida, não existe mais. A seleção masculina está em crise, perdeu a confiança, não é mais respeitada e dá sinais de estar sem comando. Bernardinho assume a responsabilidade pelo fracasso, se desculpa e fala em frustração. Bruno diz que falta atitude, postura e cobra reação. Discursos fortes, corajosos”.

Procrie… No voleibolês da década de 60 já se dizia: Há técnicos que sabem dirigir uma equipe, têm estrela, e outros que sabem treinar seus atletas; difícil é acumular. Em alguns momentos da partida, a insistência (do técnico) em mostrar a um dos atletas como fazer um bloqueio, defender ou recepcionar, somente atestava a inoperância ou dos treinamentos – que não produziram resultados – ou a falta de qualidade técnica da maioria do que ali estavam. Em suma, ao dize-me com quem andas e te direi quem és, ajusta-se também ao voleibol: dize-me como treinas e te direi como jogas.

Procrie… UFA!!! Recuperação e surpresas. No dia 17 de julho a seleção masculina de vôlei teve uma espetacular vitória ao derrotar a Rússia (3 x 2) pela fase semifinal da Liga Mundial em Florença, Itália. Parabéns aos atletas e à comissão técnica. No dia seguinte, os brasileiros foram derrotados pelos iranianos (4ª vez, 1 x 3). Surpresas: os russos foram desclassificados para a próxima fase, brasileiros em segundo e iranianos em primeiro lugar da chave. A seguir, brasileiros e italianos se confrontaram, com vitória insofismável brasileira, credenciando para a grande final. Com a derrota dos iranianos para a equipe americana, aguarda-se um sensacional jogo hoje, domingo (20/jul./2014). Aconteceu a partida e os Estados Unidos venceram por 3 x 1. Conclusão: a renovação pretendida pelo técnico parece estar no caminho certo, esperando-se que a comissão técnica também esteja aprendendo com os erros. E, agora, “Como Treinar?” para enfrentarmos a maratona de jogos no próximo Mundial?

Notas colhidas de alguns integrantes da equipe brasileira após a partida final:

  • Precisamos fazer algo diferente, seja melhorar individual ou taticamente.
  • É encaixar, alguém jogar um pouco acima da média.
  • Vamos estudar, avaliar e fazer algo (técnico).
  • Precisamos jogar em nível melhor porque vai ser mais difícil no Mundial.
  • Se tiver que melhorar a concentração, vamos lá; se for parte física, vamos lá. 

Velho Problema, Formação Básica

O “vamos lá, vamos lá”, ouvido a todo instante durante as partidas parece não levar a lugar algum. Soa como destempero e consequente ausência de apresentar solução a problemas ocasionais latentes que a equipe não consegue resolver sem ajuda de fora. Esta deve ser a interferência ocasional do seu condutor técnico.

De longa data técnicos de seleções brasileiras em qualquer modalidade queixam-se (nas derrotas) de que não têm tempo para treinar taticamente suas equipes e que muitos atletas não possuem uma formação técnica básica nos fundamentos. Assim, haja improvisações, criatividade e, mais do que tudo, “sorte”. Além, é claro, de jogar com o Regulamento. Como registramos no início, “Todos sabemos o que fazer; o problema é colocar em prática”!

Será que já é o momento de voltarmos nossos olhos para a preparação BÁSICA de nossos pequenos atletas? E, principalmente, para os seus PROFESSORES, os facilitadores do aprendizado? Que importância damos aos condutores das escolinhas? E ainda mais grave, que Formação Pedagógica possuem? Como são formados e avaliados esses profissionais do Ensino?

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2. Essas circunstâncias podem ser transportadas quando o assunto é futebol?

Continuemos nossa conversa tentando obter subsídios dos problemas que impedem a construção de um projeto de Formação de Base e em que consiste nossa proposta de atuação. Vejamos então o que nos fala um dos mais experientes técnicos de futebol no Brasil, o Professor Carlos Alberto Parreira, em entrevista a ESPN publicada pelo UOL em 15/jul./2014, logo após sua saída de coordenador técnico da seleção brasileira na Copa do Mundo.

Problema da seleção: clubes formadores – Acho que deveriam olhar o que foi feito, o planejamento. O que se poderia pensar para o futuro é ser mais abrangente com as federações internacionais. Sou a favor de fazer cursos fora do país. Precisamos que os clubes invistam nas divisões de base e temos que formar em casa os jogadores.

Formação de treinadores – Até já começou a melhorar essa formação, mas ainda é pequena. Os europeus fazem isso há mais de 20 anos. A Alemanha tem mais de 20 centros formadores espalhados pelo país e os treinadores trabalham no mais alto nível. Isso tem de ser feito a médio e longo prazo, de cinco a dez anos. O Fernandinho (jogador da seleção) disse: “os jogadores estão sendo formados no exterior; são brasileiros, mas a formação é europeia”.

Prevendo a entressafra – Fica muito claro que não é fácil ganhar a Copa e que qualquer equipe pode passar por uma entressafra. Temos que fazer como os alemães que se preparam há dez anos, e não interromper um trabalho a cada um ou dois anos. Isso faz parte constante do aprendizado. Temos que fazer o que sempre fizemos e incrementar o trabalho de divisões de base, revelar jogadores de alto nível. As qualidades com escolinhas, treinadores (e gestores).

A CBF não é formadora de jogadores – É o clube quem forma. Ela organiza as equipes para disputar competições sub 17, sub 20 e profissional. A CBF tem que incentivar os clubes.

A Alemanha – É um time formado há dez anos, com mais de 120 jogos, que vem sendo preparado. Joachim Low nunca tinha feito uma final e foi o primeiro título dele em dez anos. É questão de trabalho, intercâmbio. A sequência de trabalho e a continuidade são importantes.

Legado – Essa seleção deixou um legado intangível. Há muitos anos eu não vejo esse Brasil em torno de um objetivo, como o torcedor se uniu com essa seleção. Essa geração que apoiou, vai continuar a apoiar por mais três, quatro Copas. Os jogadores tiveram essa mensagem. O sonho não termina, ele foi interrompido. O trabalho começa daqui um mês e meio.

Técnico estrangeiro – Acho que não há necessidade de estrangeiro em qualquer seleção grande. Não sou contra a ideia, acho difícil implementar o trabalho com um estrangeiro. Pode ter palestras, intercâmbio. Grandes seleções têm que ser treinadas por técnicos locais.

Palestras e cursos – É importante os treinadores irem ao exterior para palestras e cursos. Promover esses fóruns, esse intercâmbio, é favorável a todos.

Qual seleção propôs algo novo taticamente? Para mim, a Alemanha não apresentou algo novo, mas um futebol com quatro, cinco craques em prol da equipe, experientes, entrosados, sabiam resolver os problemas. Não apresentaram nada de novo, mas eu gostei de ver.

3. Gestão desportiva… na CBF

Ainda a propósito do pós-Copa, encontramos uma opinião em Minas Gerais, Trata-se de Gestão (no caso, má gestão). O advogado Marcelo Luiz Pereira, pós graduando em Direito Desportivo e Negócios no Esporte, afirmou no sítio do CEV (16.7.2014):

(…) “Reitero, salvo melhor juízo, Gestão é a palavra chave, independentemente dos subsídios e vantagens concedidas aos clubes. Vou além, interessante que esta mudança se inicie na própria CBF, notório modelo fracassado de Gestão do Futebol e um verdadeiro sucesso no aspecto financeiro daquela instituição (lucros exorbitantes nos últimos anos). Por que será? Importante pensarmos e atuarmos juntos”.

4.  Blog do João Freire

O caso do futebol brasileiro (2ª parte), 17/jul./2014.

Eis a opinião de um dos mais respeitados professores de Educação Física do Brasil a respeito do ensino do futebol.

“De meu ponto de vista, essa história explica-se da seguinte maneira: a reinvenção do futebol à brasileira deu-se à revelia da educação física. Nossos jogadores foram forjados nos campos de várzea, nos pequenos espaços de areia, terra ou grama que grassavam pelo Brasil afora. Nossos jovens não aprenderam sozinhos, não foi uma mágica; aprenderam porque havia uma pedagogia, que eu chamo de pedagogia de rua, uma pedagogia popular, uma verdadeira escola em que crianças aprendiam com crianças e com os mais velhos, os jovens aprendiam a jogar jogando. Uma pedagogia tão sábia que ensinou que o melhor jogador era o que melhor sabia jogar, isto é, o que era mais lúdico – Garrincha como exemplo maior. Nosso professor de futebol não foi nenhum sistema sofisticado de educação física. Foi exatamente porque não foi a educação física, repito, branca e europeia, a nos ensinar o futebol que pudemos praticá-lo de um jeito só nosso”.

Procrie… Como ressalva ao texto acima, lembramos a pequena divergência entre o que postulavam Vygotsky e Piaget, suficiente para transformar uma metodologia a empregar no Ensino: construtivismo ou andaimização? (Leia mais… ) A par de tais discussões, acrescentem-se os conceitos metodológicos de treinamento profundo – teoria mielínica – alardeados pelo jornalista americano Daniel Coyle, conjugados a resultados de estudos na área da Neurociência. O que hoje a Neurociência defende sobre o processo de aprendizagem se assemelha ao que os teóricos mostravam por diferentes caminhos. Vimos buscando igualmente estender para outros desportos a concepção de um ensino com criatividade e imaginação, propondo Metodologia calcada no Aprender Brincando, Aprender Jogando, advinda dos ensinamentos de Gerhard Dürrwächter, professor alemão com quem convivemos em Ronneby, Suécia, em 1975, por ocasião do I Simpósio Mundial de Mini Voleibol (Fivb).

Leia mais… Procrie na Alemanha VOLLEY-BALL, SPIELEND LERNEN – SPIELEND ÜBEN, (Voleibol aprender brincando, aprender jogando).

 

Formação de Base

O objetivo do Procrie é fomentar ideias sobre o assunto e levar a quem quer que seja (web) sugestões aplicáveis a professores e treinadores em suas atividades nas escolas ou clubes. Postamos  no Prezi – sítio exclusivamente educacional – nosso Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol, um encadeamento de ideias e soluções perfeitamente ajustáveis a todos os desportos. TODOS são chamados a participar

Temos certeza de que o modelo vigente nada acrescentou e não entendemos o desleixo e má gestão da entidade nesse sentido. A ideia de quem forma o atleta é responsabilidade do clube está completamente defasada e, certamente, nosso principal problema na Formação. É o que vigora até então no Brasil em TODOS os esportes. Como disse muito oportunamente o Prof. Parreira (ver acima): “A CBF tem que incentivar os clubes”. Mas como implantar tais incentivos? Os clubes não estão falidos? Não estão eles mal organizados?

Vamos neste instante apontar um problema que não é menos importante do que tantos ventilados. Trata-se do ensino universitário, formador de professores e técnicos. Já postamos um artigo em que resumimos a entrevista nada mais nada menos do que o reitor da USP.

Aprender a Ensinar 

Neste momento devemos nos remeter à Universidade, instituição formadora de professores, mestres, doutores, pesquisadores, que deveriam cumprir seu papel. Como ela se fecha nela mesma, fica dificílimo qualquer tentativa de romper o lobi construído. Cansamos de tentar e perdemos a paciência. A alternativa foi construirmos o Procrie e caminharmos por iniciativa própria. Se considerarem as estatísticas produzidas pelo Google Analytics, verão que estamos no caminho certo. Falta-nos ainda concretizarmos os Cursos Presenciais.

Em relação a um bom ensino, certamente vamos cair na premissa máxima de nossa cruzada, o Aprender a Ensinar. Sabemos que Ensinar é uma Arte, mas… Arte é ensinável? Sugerimos pequena leitura a respeito do que vem a ser design thinking e seu emprego na busca de soluções a problemas.

Conhecimento amplo e conhecimento restrito – Quando Piaget ministrava seu curso sobre inteligência, ele começava perguntando:

– O que é inteligência?

Ele então respondia:

– Inteligência é o que nos possibilita adaptarmo-nos a novas situações.

E continuava salientando que existem dois aspectos em qualquer ato de adaptação – nossa compreensão da situação e a invenção de uma solução baseada nesse entendimento.

Como surgem as ideias – A inteligência não pode desenvolver-se sem conteúdo. Fazer novas ligações depende de saber o suficiente sobre algo em primeiro lugar para ser capaz de pensar em outras coisas para fazer, em outras perguntas a formular, que exigem as ligações mais complexas a fim de compreender tudo isso. Uma vez que o conhecimento é organizado em uma estrutura coerente, nenhum conceito pode existir isoladamente. Assim, cada ideia é apoiada e colorida por uma rede de outras ideias. Em suma, “não há ideia burra”!

Processos de autorregulação – Como aplicar o design thinking no ensino de voleibol na escola? – Como ter ideias e resolver problemas? 

Leia mais… Aprender a Pensar

 

Escolas, Universidades, Cursos

Percebam o significado e a dimensão do alerta que nos coloca o Professor José Pacheco ao dizer:

Temos Escolas do séc. XIX, professores no séc. XX, e alunos no séc. XXI.

Independentemente da comunidade, cidade ou país em que vivemos e o que esperam de nós os nossos filhos e alunos em matéria de transmissão de conhecimentos? Estaríamos preparados para o embate pedagógico que se nos afigura neste século?

Esporte na Escola – Ensino Esportivo – Motivação e Interesse – Arte de Ensinar – Conciliando Educação Física e Esporte – Aulas e Cursos Presenciais.

Salto no Escuro

Do reitor da Universidade de São Paulo, Marco Antônio Zago, colhemos algumas impressões sobre o ambiente acadêmico em que vivemos no principal estabelecimento de ensino no país em sua entrevista à revista Veja ((ed. 2379, 25/6/2014):

“Os pesquisadores precisam se arriscar mais, sair da zona de desconforto que os leva a projetos de sucesso garantido de antemão. Isso permite que a vida deles transcorra sem surpresas positivas ou negativas, o tempo passa, eles criam vínculos estáveis e passam a dispor de uma estrutura de pesquisa. Para quê? Para continuarem repetindo experimentos consagrados. Tudo bem (…), mas não é essa abordagem que produz grandes e decisivas descobertas. Sem salto no escuro não surgem avanços revolucionários. Os que se arriscam mais são sempre os mais jovens. Depois eles se casam, têm filhos, ficam mais prudentes, e o sistema aceita. Atualmente, no Brasil, tanto as universidades quanto as agências de pesquisas premiam a prudência e inibem a inovação”.

Conclusão: “Temos de dar melhores condições de trabalho aos pesquisadores e reduzir as tarefas administrativas e burocráticas. As condições para fazer pesquisa competitiva estão no estabelecimento de um ambiente favorável, com parcerias como as que temos hoje. Não dá para criar pesquisa de qualidade isoladamente”.

Escola

Entenda-se que representa a principal forma utilizada pelas sociedades modernas de transmissão do conhecimento. A História nos diz que a Escola é uma invenção moderna, não faz muito tempo que foi criada, contudo os conhecimentos sobre Tecnologia da Informação e Comunicação, que nos atropelam de forma avassaladora há menos de 50 anos, realmente nos impedem de acompanhá-la passo a passo como fazem os alunos em centros mais avançados de ensino.

Universidade

Não pergunte o que a universidade pode fazer por você, mas o que você pode fazer pela universidade. (Kennedy)

Universidade do futuro, Stephen Kosslyn (Veja, 2/abr./2014)

Algumas opiniões de renomados professores:

– O conhecimento do cérebro (ciência cognitiva) é o caminho para aprimorar o aprendizado, inserir a escola no século XXI e deixar bem claro que cada pessoa vai até onde sua mente pode ir.

– A universidade on-line revela a importância da tecnologia, ao mesmo tempo em que estimula o aluno a construir um pensamento crítico e a enxergar os dois lados de uma questão.

– A universidade atual necessita retirar a poeira dos séculos, entender e valorizar o novo que, inexoravelmente chega. (Benjamin Batista, BA)

– A origem dos conflitos e questionamentos sobre a finalidade do conteúdo ensinado na sala de aula reside na forma como esse conteúdo é ditado aos alunos – sem nenhuma aplicabilidade prática. Simplesmente não conseguem estabelecer uma conexão entre o seu dia a dia e a escola. (Alex Fabiano A. Oliveira, PB)

Educação Física nas Universidades

Um clube ou academia? Não pergunte o que a universidade pode fazer por você, mas o que você pode fazer pela universidade.

Poderão aquilatar os problemas que afligem o ensino universitário e a consequente educação escolar. Em que consiste a tendência mundial do trabalho desenvolvido pela AIESEPX, inclusive com atuação no Brasil, e o que se espera da universidade no séc. XXI? Percebam o alinhamento do Procrie com a entidade em http://www.aiesep.ulg.ac.be/. O site é hospedado pela Universidade de Liège.

Palavras-chave: Educação Física Escolar, Metodologia e Pedagogia para Professores, Procrie e AIESEPX, Sistema Universitário, Universidade do Futuro.

Leia mais… Ensino da Educação Física nas Universidades

 

Ensino a Distância

Quando lançamos a ideia de ensinar voleibol à distância, fomos desafiados por um dos maiores professores atuante há muito no cenário nacional e internacional. Dizia ele: “É impossível você ensinar a alguém dar um toque de bola residindo a quilômetros de distância”. Felizmente aceitei o desafio. Não sei se ele se tocou e tenha acompanhado o nosso trabalho no Procrie. É uma pena, pois trata-se de um técnico em voleibol, professor universitário, e principal influenciador na Metodologia de ensino no Brasil.

Recentemente, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta terça-feira (8/jul./2014) projeto que define regras gerais sobre a realização de cursos de mestrado e doutorado a distância. A proposta acolhida foi o substitutivo da Câmara dos Deputados a projeto (PLS 264/1999) apresentado ao Senado pela ex-senadora Emília Fernandes. A matéria ainda será votada pelo Plenário do Senado. De acordo com o projeto, os programas de mestrado e doutorado a distância observarão, no que couber, as mesmas normas vigentes para o ensino presencial, permitindo-se as adequações necessárias às peculiaridades dessa modalidade do processo educacional. Em qualquer caso, no entanto, será exigida a realização presencial de exames e de defesa de trabalhos ou outras formas de avaliação de desempenho que venham a ser desenvolvidas com as inovações da tecnologia educacional.

Encontros Presenciais

“As metodologias e ferramentas da EaD quando bem planejadas, organizadas, executadas e avaliadas favorecem demasiadamente a aprendizagem. É oportuno mencionar que seria muito apropriado em não abdicar das formas híbridas, aquelas que combinam encontros presenciais com atividades em ambientes virtuais de aprendizagem, principalmente no campo de estudo e atuação profissional em Educação Física”. (Patrick R. Coquerel)

Leia mais… Vai a Plenário Projeto Que Trata de Cursos de Mestrado e Doutorado a Distância

 

Continua…

 

Caça Talento ou Educação? (parte II)

Despertar o interesse conduz às descobertas. Fig.: Beto Pimentel.

Psicocinética na Escola

Lembram-se do texto Teoria vs. Prática (Vôlei vs. Vôlei), postado em 27.11.2009, em que converso com o Professor João Crisóstomo Marcondes Bojikian sobre a conveniência de a criança receber estímulos variados os mais naturais possíveis?

 

 

Agora retornamos para nos manifestarmos, igualmente acompanhado de vários mestres, como Jean Le Boulch e Célestin Freinet, ambos pedagogos franceses. Mas por que isto? Trata-se de um momento em que o governo brasileiro e instituições desportivas se desdobram em múltiplas facetas para verem aplicados os milhões de reais injetados para projetos a serem desenvolvidos para que o País se destaque em número de medalhas olímpicas e se torne, então, uma potência esportiva. Por serem imediatistas e pouca intimidade com a ciência do treinamento, esforçam-se por acreditar que quatro anos seriam suficientes para uma plena realização e que basta que os possíveis talentos já existentes tenham um reforço de caixa e treinem exaustivamente até lá. O resto é torcer para que se dêem bem e justifiquem os encaixes realizados. Mas esta não é nossa ideia e procuraremos mostrar a professores e agentes educadores como proceder de forma pedagógica adequada. É bem possível que, quando as crianças se tornarem adultas – e talvez atletas – não venham os seus treinadores se queixarem de que não aprenderam na Formação os gestos e atitudes atléticas mais adequadas. E muito menos, especializadas somente em alguns poucos fundamentos.

Projeto pedagógico vs. esporte na escola

Uma segunda discussão (é antiga) se refere à prática desportiva nas escolas. Professores de educação física reivindicam que a matéria a ser lecionada em classe deveria restringir-se tão somente à prática de jogos e exercícios não competitivos, com regras específicas, formulando projetos pedagógicos nesse sentido. Enquanto isto, outros, crêem que a educação esportiva está no cerne da sociedade moderna e seria impossível não atender a tais exigências. O assunto parece complicado à primeira vista, mas achamos que algumas reflexões podem nos conduzir a um porto seguro. Estaremos reproduzindo alguns ensinamentos que buscamos no livro de Jean Le Boulch, “A educação pelo movimento” em que trata sobre a psicocinética na idade escolar. Desenvolve breve discussão da pedagogia Freinet e de suas concepções sobre a utilização do movimento na formação a partir do enfoque de uma pedagogia do “ser global” que é a criança. Em outros instantes, igualmente, recorrendo a Vygotsky (Psicologia pedagógica) e, se necessário, a outros pedagogos.

Zonas de desenvolvimento proximal (Vygotsky)

Assim, em primeiro lugar precisamos entender como se comportam as crianças em determinadas idades, o que elas pensam, anseiam e como se exprimem diante da vida. E aqui o psicólogo russo nos esclarece sobre a dinâmica do desenvolvimento do aluno escolar ao afirmar: “A zona de desenvolvimento imediato da criança é a distância entre o nível de seu desenvolvimento atual, determinado com o auxílio de tarefas que a própria criança resolve com independência, e o nível de possível desenvolvimento, determinado com o auxílio de tarefas resolvidas sob a orientação de adultos e em colaboração com colegas mais inteligentes”. Em outras palavras, cada indivíduo tem o seu nível de desenvolvimento e cabe ao professor avaliar o quanto de ajuda ele precisa para passar a um estágio mais avançado. Essa ajuda pode vir do próprio professor ou de um colega mais experiente.

Em termos práticos, vivenciei essa experiência ao me aconselhar em estudos de matemática com um irmão mais adiantado e, logo em seguida eu mesmo ser o conselheiro de alguns colegas em classe. Foram momentos incríveis! E se podemos realizar na matemática, por que não em qualquer atividade humana? Cremos que aqui está a natureza de “como ensinar”. E, então, trata-se de o professor se esmerar em “aprender a ensinar”.

 (continua…)

Mini & Vôlei, Atletismo, Basquete

Um ginásio pode conter múltiplas práticas com a criatividades do professor. Ilustração: Beto.

Esporte para Crianças na Escola  

Foi anunciada recentemente pelo diretor da Secretaria de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Marco Aurélio Klein, a adesão do Ministério ao Programa Nacional de Mini Atletismo. A informação é que o Ministério deverá lançar um projeto-piloto na cidade de Anápolis (GO). Foi a Prefeitura de Anápolis, aliás, que primeiro aderiu oficialmente ao programa, por decisão do prefeito Antonio Roberto Gomide, presente ao encontro realizado pela Confederação em Manaus, em 24 de fevereiro, quando foi distribuída a Cartilha do Mini Atletismo.  

Para atender à demanda a Confederação tem realizado cursos para a habilitação de professores e monitores, que tocarão o programa em suas comunidades. Um dos pontos fundamentais do programa é divulgar o Atletismo e tornar esse esporte – o mais importante dos Jogos Olímpicos – também o mais praticado por escolares de todo o mundo. O programa tem como foco meninos e meninas de 7 a 12 anos e procura tornar a prática atlética, como dizem os autores, “atraente, acessível e instrutiva”.  

Ilustração: Cartilha do mini basquete.

A respeito dessas notícias, volto a lembrar aos agentes educadores que Ensinar é uma Arte e que crianças não são marionetes. Elas devem e podem aprender muitos movimentos, mas o mais importante está no seu desenvolvimento intelectual, também traduzido em aspectos motores e sociais. Muito embora esses aspectos sejam do conhecimento de todos e estejam previstos (tomara que sim!) nos dizeres das cartilhas, ressalto que entre o que está escrito e o que se pratica vai aí uma grande distância. Trata-se da antiga dicotomia, ainda não superada: teoria vs. prática. Poucos conseguem por em prática aquilo que conhecem ou deveriam conhecer. Ainda diz a notícia que há necessidade de os professores frequentarem dois dias de aulas para tomarem conhecimento dos objetivos e das práticas previstas no Programa.   

Influência do professor   

Ilustração: Beto.

Uma cartilha sempre será uma cartilha, o professor é insubstituível em seu saber e conduta e não um mero repetidor.  Como nos lembra Henry B. Adams, Um professor afeta a eternidade, ele nunca sabe em que ponto cessa sua influência. Assim, especialmente aos internautas de Anápolis, Goiânia e Brasília que frequentam regularmente o Procrie, aconselho uma releitura de alguns artigos que tratam do ensino de crianças. Vejam uma vez mais, por exemplo, Teoria vs. Prática em que dialogo com o professor e mestre João Chrisóstomo sobre o valor da prática generalizada desde a infância. E, certamente, alguns outros em que a teoria é desnudada e transparente na prática. Tenho certeza de que suas aulas serão bem mais criativas e eficientes. E, fundamentalmente, formando GENTE!  

Ilustração: Beto.
Ilustração: Beto.
Ilustração: Cartilha do mini basquete.

Desporto Escolar, Existe?

Desenho: Beto.

O Desporto Escolar Deve Ser a Base do Desporto Nacional?  (Parte I)                

Participo do CEV há algum tempo e vez por outra retorno com algum comentário. Recebi em minha caixa postal um tema para debate que transcrevo na íntegra, pedindo permissão ao mentor do CEV, Laércio, e ao próprio professor Sandow, autor do debate, mas que infelizmente, deixou de relatar o que se discutiu na “ultima” reunião. E, importante, qual a sua posição, uma vez que se trata de um professor da Universidade Estadual do Maranhão. Certamente esperam-se outros comentários para que as coisas tomem rumos diversos ao que aí está. Então, ilustrem-se com tais dizeres e se resolverem, participem com seus comentários aqui mesmo ou acolá. Boa leitura.         

Por Sandow de Jesus Goiabeira Feques, em 24-11-2010. Na ultima reunião promovida pelo Ministério do Esporte e COB que estive presente para discutirmos Jogos Escolares, foi apresentado um projeto que daria mais uma responsabilidade à escola brasileira. Ou seja, a Escola ficaria responsável pela preparação dos futuros atletas brasileiros. 

Por Mauro Roberto Guterres Santiago, em 24-11-2010. É lamentável, escola não tem esse fim e nem deve assumir essa responsabilidade, o esporte rendimento deve ser gerenciado, organizado por outros órgãos já existentes: Ligas, Federações, Confederações, COB etc. Com as competições escolares acaba que surgem talentos esportivos que devem receber tratamento, ou melhor, treinamento especial, não na escola, mas sim nos locais que promovam especificamente o desenvolvimento do atleta de alto rendimento. A função da escola é complexa e não cabe mais essa missão. O que deve acontecer é maior investimento na formação de atletas com planejamento responsável. Parabéns ao amigo Sandow por levantar esse debate. 

 
Por Roberto Affonso Pimentel, em 25-11-2010. Professor Sandow e aos amigos da “Ilha Encantada”. Os paraquedistas do incipiente ministério e do comitê brasileiro não têm compromisso ou qualquer responsabilidade com a Educação neste país. Ali existe uma única cabeça pensante e centralizadora que ora se inclina para um lado e, em seguida, tomba para um outro. Os demais, salvo raríssimas exceções, obedientes e disciplinados garantem seus empregos e mordomias. Insisti (2005) em desenvolver estudos para a Academia Olímpica e quedei-me, pois se trata de algo para constar, fingindo que existe institucionalmente. Basta ver quem se abriga por lá.
 
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Na época do Collor presidente foi criada uma Secretaria específica para tratar dos Esportes. Inicialmente usando a imagem de um ex-jogador de futebol, Zico, que não suportou, e em seguida, a do ex-atleta de voleibol Bernard. Mais à frente, o Pelé no ministério e os problemas gerados na administração do Indesp só contornados pelo Tubino anos mais tarde. Atualmente o ministro aconselha-se com os seus pares no Rio antes de tomar qualquer decisão. E o ministério da educação, passivo sem qualquer atitude, vai tocando coisa nenhuma, deixando a “banda passar”, debruçado na janela da vida, fingindo que fazem alguma coisa. Aliás, talvez seja até melhor, pois dessa forma não erram. 

Voleibol em São Luís               

Quanto à atividade esportiva no Maranhão, reporto-me tão somente a São Luis, pois andei me inteirando a respeito do voleibol escolar e meti-me numa conversa provocada pelo Leopoldo sobre um consenso de ideias e lideranças para tratarem do seu desenvolvimento. Percebi, mesmo à distância, que fazem exatamente o que se faz no país: alguns poucos são selecionados e participam dos jogos estudantis, encarados estes como base esportiva. Isto é, repetem-se, confundindo o ponto de chegada com o ponto de partida. Imagino que não estarei vivo para ver mudanças estruturais de pensamento e atitudes. Entretanto deixo singelas mensagens no Procrie (www.procrie.com.br) que, se lidas com atenção, poderão influenciar mentes jovens, ainda não corrompidas pela politicagem, ignorância e sede de poder.                  

Academia Olímpica Brasileira. Já que citei, transcrevo algumas de suas atribuições estatutárias colhidas na Internet em jun./2005:               

A Academia Olímpica Brasileira (AOB) (…) tem por objetivo o desenvolvimento da Educação Olímpica por meio de estudos e pesquisas no Brasil e por via de intercâmbio com entidades similares no exterior. O foco principal de atividades é a produção de estudos e investigações por pesquisadores e entidades universitárias, na perspectiva de utilização no contexto brasileiro de conhecimentos gerados localmente e de forma descentralizada. (…) a Educação Olímpica, ao ser testada e implantada no Brasil, assume como prioridade os valores de solidariedade, ética esportiva e excelência, (…) à vista do propósito social adotado pela Educação Brasileira em geral. (…) é uma entidade formativa de produção de conhecimentos… A AOB-COB é uma entidade educacional voltada para a busca de excelência acadêmica. Os membros da AOB são voluntários e se apresentam para participar nas oportunidades de geração e veiculação de estudos e pesquisas no Brasil e no exterior, (…) as perspectivas da AOB são de qualidade e não de quantidade na sua produção, incorporando-se ao esforço das universidades brasileiras para o desenvolvimento de conhecimentos científicos e filosóficos. Sob liderança do Dr. Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, a AOB/COB tem como presidente o professor Dr. Eduardo Henrique De Rose e, como vice-presidente, Bernard Rajzman. A secretária da entidade é Christiane Paquelet.             

 

    

Esporte na Escola

 Destaques de Setembro: São Paulo e Apucarana

A maioria das escolas públicas oferece horário integral às crianças e instalações bem equipadas, inclusive para a prática de exercícios. Alie-se a isto o interesse de professores traduzido nas 112 visitas ao Procrie, o que podemos julgar que estamos oferecendo um bom serviço à comunidade na esfera da Educação Física e Desportos Escolares. Unindo propósitos poderemos todos – comunidade estudantil e agentes educadores – alcançar ganhos incomensuráveis com a aplicação e desenvolvimento do projeto no Município, passando inicialmente pelas escolas públicas e seu professorado. Como muitos já devem ter observado, as propostas estão delineadas em vários textos que poderão ser consultados a qualquer momento e colocadas em prática de forma simples e planejada. A escola Padre Antônio Vieira, por exemplo, que já conta com laptops individuais que, inclusive podem ser levados para casa pelos alunos (e professores), teria um ganho supletivo, pois os interessados – alunos e docentes – poderiam ter contatos diretos com o Procrie, um projeto virtual. Além, é claro, do pioneirismo, transparência e difusão em nível internacional, uma vez que o site tem visibilidade não só no Brasil, como nos 5 Continentes. Diga-se de passagem, há algum tempo, final da década de 90, constituímo-nos fonte de instrução para o Centro de Excelência Rexona em Curitiba. Das informações e ensinamentos ali produzidos, o Governo do Estado difundiu o projeto para vários municípios, especialmente em escolas públicas. Outras realizações poderão ser consultadas no “Quem Faz”.

Por que  o Esporte na Escola? Como?

Quase sempre o primado da aplicação de projetos na área desportiva recai na Secretaria de Esportes e Lazer das Prefeituras. A perspectiva que temos não é esta, mas a Secretaria de Educação. Achamos que na escola devem estar TODAS as crianças e, ali, os professores devem educá-las segundo um planejamento pedagógico da Escola. E não pode ser diferente no aspecto da Educação Física e do Movimento… e da instrução de jogos esportivos ou simplesmente lúdicos. A perspectiva então é educar para a vida e não simplesmente detectar talentos fazer campeões alguns poucos indivíduos, alijando todos os demais. E a proposta do Procrie é justamente esta, promover atividades sadias e lúdicas para crianças e jovens em um processo de INCLUSÃO. Todos podem e devem participar e neste processo cabe ao professor, como principal facilitador, ter a necessária competência e aprimoramento através de Cursos de Formação Continuada. E aqui estamos nós próximos e presentes, ainda que virtualmente, para oferecer-lhes informação, experiência e, acima de tudo, criatividade. Configura-se um processo de MERITOCRACIA, onde o mais competente  é o professor que melhor atrai alunos para suas aulas e lhes garante sucesso no aprendizado, e não o que é campeão em qualquer modalidade esportiva com alguns poucos alunos.

Pedagogia do Esporte

Para não nos estendermos demasiadamente em considerações, transcrevo o Resumo do texto publicado no CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 13., 2003, Caxambu. “25 anos de história: o percurso do CBCE na educação física brasileira”. Anais… Caxambu: Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, 2003:

Discussão e Proposta

Este trabalho analisa e apresenta sugestão para Prefeituras – Secretarias de Educação e de Esporte e Lazer – para as relações que se estabelecem entre o esporte e a escola. Analisamos a presença de ambos nos processos de socialização, discutindo discursos e práticas propostas pelo Estado para a inclusão do esporte na escola. Propomos algumas  indicações para uma política pública para o esporte escolar, tomando como primado orientador a compreensão da escola e do esporte como direitos sociais, o que requer do Estado primazia para práticas democráticas e inclusivas formuladas e realizadas com participação popular. Isto implica  dialogar com  os sujeitos escolares, professores e alunos.

Temas: Programa de esporte escolar; Competição esportiva; Conteúdo de ensino. Teoria e prática: sugestões acerca da prática pedagógica; Princípios pedagógicos que orientam uma prática de QUALIDADE; Esboço de proposta escola/esporte”.

Contributos para a Escola

O trabalho que vimos desenvolvendo no Procrie apresenta sugestões para Prefeituras – Secretarias de Educação e de Esportes e Lazer – e mais do que isto, oportuniza um diálogo entre os mais proeminentes protagonistas, o docente e o aluno. Aos demais agentes educacionais caberia então criarem as condições para esse desenvolvimento. Fala-se muito em dificuldades, problemas, salários etc., mas ao longo de mais de duas centenas de textos só olhei para frente, desconsiderando as aparentes dificuldades e relegando-as ao esquecimento, e formatando uma nova ótica ao focar o ensino esportivo na escola. Creio que os escritos consignados são suficientes para iniciarmos um trabalho cujo objetivo a alcançar seja a Qualidade. Para tanto, aqueles que estiverem engajados deverão adotar uma atitude bastante realista e batalhadora. Toda mudança, sabemos, implica em muito suor, perseverança e acreditar no que se está a produzir.

Aos gestores públicos e agentes educacionais, acrescento que a tarefa é fácil e de baixo custo, inclusive pelo seu alcance. Será marcante na vida dos indivíduos, especialmente quando nós, adultos, estivermos pensando como foi a educação física na escola que frequentei menino. E, no Brasil, o problema é mais grave quando se trata das meninas, tradicionalmente condenadas ao imobilismo atlético. Esperemos alguma manifestação dos Administradores. Pelo que vimos nas estatísticas, há público cativo e interessado em “Ensinar a Aprender”. Para auxiliá-los, postei cinco artigos (parte superior, Home) que poderão ser analisados caso a caso para desenvolvimento nas escolas municipais, ou até mesmo da rede privada. Não deixando de lembrar a parceria não excludente entre as Secretarias de Educação e a de Esporte e Lazer, cuja comunhão de propósitos só trará ganhos para o próprio Governo municipal.