Da série…
O Que um Técnico Pode Ensinar a um Professor
O Que um Professor Pode Ensinar a um Técnico
Leigo Ensinando Voleibol a Milhares de Crianças
Informar, Formar, e Transformar!
O Professor, principal artífice de Transformação. Sua Formação Continuada, a Missão do Procrie.
Política Nacional de Esporte Educacional, existe?
Reportamo-nos à brilhante análise do bloguista José Cruz sob o título A fartura financeira e a falência institucional do esporte, do dia 4 p.p., com os seguintes destaques:
Impressiona o contraste entre os recursos que abastecem o alto rendimento nacional – R$ 6 bilhões no último ciclo olímpico – e a miséria financeira e carência administrativa nas federações estaduais. (…) Os recursos públicos que abastecem os clubes de ponta do país (…) conflitam com os destinados às confederações, levantando dúvidas sobre a real missão dessas entidades. E nessa conjugação quem se dá muito mal são os clubes menores e federações estaduais, frágeis também administrativamente, que acabam perdendo seus expoentes para os que detêm o poder financeiro. […]
E conclui com algumas indagações:
– Terá o grupo “Atletas pelo Brasil” ânimo para centralizar o debate e levar ao futuro presidente da República um diagnóstico da realidade, sugerindo-lhe que se definam as indispensáveis competências do Estado e dos órgãos gestores?
– E o próximo governo honrará o artigo 217 da Constituição Federal, que determina aplicação de recursos públicos “prioritariamente no desporto educacional”, ao contrário do alto rendimento, como agora?
E finaliza desesperançoso…
Ironicamente, apesar da fartura financeira e do potencial de atletas de que dispomos o panorama institucional do nosso esporte é falido e com perspectivas desoladoras.
Em outro artigo, Atletismo nas alturas! Na China, claro (6/9/2014), relata inconformado o desleixo a que as autoridades esportivas do Brasil tratam o patrimônio construído, denuncia a falta de uma política de esportes, e aponta para tratamento diferenciado nas prioridades, metas e dinheiro só para os atletas que têm chance de pódio na próxima Olimpíada. Dos R$ 400 milhões anuais que o governo coloca à disposição do esporte, através da Lei de Incentivo, são apresentados projetos que totalizam R$ 250 milhões, no máximo. E a captação de recursos é em torno de R$ 100 milhões. Ou seja, temos um desperdício anual de R$ 300 milhões que não são usados por falta de bons projetos (o destaque é nosso), principalmente.
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Professores, Professoras e seus Saberes
Permito-me comentar a respeito, pois a matéria vem ao encontro da Visão deste Procrie, um projeto de construção de um Centro de Referência em Iniciação Esportiva, especialmente voltado para o ambiente escolar. Além disso deixou indagações que pretendemos discuti-las com nossos leitores. Passemos às apreciações.
- Sobre ministros e secretários, não é muito saudável em termos de ganhos práticos para a população que sejam ex-atletas ou medalhistas, tendo desfilado por ali Pelé, Zico, Bernard. Isto nos parece populismo inoportuno para um país, carente de dirigentes competentes. Tomara que nunca se repita para continuarmos a alimentar esperanças.
- Acrescentaria fato histórico que permanece até o momento no voleibol, e que se alastrou por todos os esportes, pois faltou previsão quando do início da profissionalização nos anos 1980. À época, havia o monólogo ditado por Carlos Arthur Nuzman, o autor e executor da tarefa. É verdade que mudou a estrutura nacional, mas não foi acompanhada das devidas cautelas que se perpetuam passadas três décadas.
- Sobre a lembrança de centralizar o debate e levar ao futuro presidente da República um diagnóstico da realidade, devo exprimir que vimos apresentando sugestões há quatro anos sobre o desenvolvimento do esporte em nosso Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol em nossa página na web: www.procrie.com.br/ e o linque Procrie no Prezi/
A análise (2) do articulista nos reporta aos clubes nordestinos que sempre sofreram o assédio no voleibol dos principais centros esportivos do sudeste – Rio, São Paulo e Minas Gerais. Enquanto isto era lugar comum a filosofia de as filiadas da CBV tomar a iniciativa de angariar subsídios para seu sustento (e clubes), pois a entidade oficial tinha como meta a atenção voltada somente para o alto nível, isto é, as seleções. Para mantê-las em silêncio, alguns favores lhes eram oferecidos, como mordomias quando das eleições (no Rio), a chefia de uma delegação em compromissos internacionais, e verba magra para um ou outro campeonato regional. A alteração prática no sistema se deveu somente no Vôlei de Praia, uma vez que os atletas são independentes em todos os sentidos. Todavia, ainda sob a tutela da entidade em alguns aspectos essenciais, pois ela trata de não perder a “mão forte”.
Design thinking em busca da transformação
Observando-se os resultados obtidos no Procrie até esta data (abaixo), estamos convencidos de que apresentamos uma ferramenta inédita no cenário nacional: a Formação Continuada de professores lotados em escolas, públicas e privadas. A medida é fruto de nosso diálogo com o professorado, buscando soluções aos seus apelos, dada a falência do ensino universitário, principal formador de professores. A medida reside no ineditismo do material representado na obra do autor História do Voleibol no Brasil (1939-2000) revestida de traços sociais, e também a contribuição de propostas metodológicas e pedagógicas no desempenho da função no ambiente escolar. Trata-se de algo não contemplado pelas universidades e tão pouco pelos cursos de técnico da CBV. Nossa proposta é de que permaneça perene, inclusive com discussões e apresentações práticas – não acadêmicas – de experimentos ou inovações regionais, em tempo real para todos os interessados.
Futuro do Procrie
Levamos o projeto a uma Fundação séria do país apresentando sugestão inicial e experimental de divulgação de aulas práticas revestidas de novos conceitos em Metodologia e Psicologia Pedagógica. Seriam gravadas em DVDs e distribuídas a TODAS as escolas de ensino público. Por seu turno, professores convidados e motivados a compartilhar e discutir soluções para seus problemas. As experiências e resultados seriam coletados e catalogados para posterior divulgação em sítio especificamente construído, dando a conhecer e compartilhar informações de forma transparente e fecunda. Esse procedimento nos faculta acompanhar passo a passo as iniciativas de transformação e avaliar resultados.
Em outro momento, criar novos objetivos caso a caso, através de Aulas Presenciais, sempre divulgando as iniciativas. Como se observa, o Procrie está criou raízes em outros países: de um total de 2.538 cidades, o Brasil contribui com 1.003 (40%). As demais estão dispersas por 130 outros países. (Ver quadros). Pensamos, inclusive, levantar meios para uma edição em inglês. Acreditamos tratar-se de grande contributo ao sistema universitário, carente de pesquisas e pesquisadores. E ao ensino esportivo em geral, dado que as providências e princípios metodológicos são aplicáveis a toda e qualquer atividade humana e não só ao voleibol. Talvez dessa feita a Academia Olímpica Brasileira possa nos acolher para conversarmos a respeito. Ou permanecer estagnada em “berço esplêndido”!
Promoção da Meritocracia
Com base nas explanações de experts brasileiros em Educação, estamos acordes que não é suficiente o aporte de verbas milionárias para o setor, mas a Visão de que o principal agente – o Professor – deve estar devidamente informado de sua importância no processo, assistido em sua Formação por tempo indeterminado e, principalmente, Avaliado na Transformação que se pretende seja levada aos seus alunos.
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Dados colhidos no Google Analytics em 5/set./2014. Para melhor visualização, clique nas figuras.
Mapa Mundi: 131 países
Principais países
Destaques: Índia Iran

África PALOP: Cabo Verde, Guiné Bissau, S. Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique.
Palop: Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.



