Fator Olímpico

Roberto Pimentel no Favela Bairro, Rio de Janeiro.

Oportunidades de Trabalho         

Acabo de ler na Revista Endeavor (nov./2010) sobre a difusão de uma metodologia de ensino baseada no método norte-americano Fast Trac, da Fundação Kauffman, com programas implementados no Ibmec, Rio de Janeiro, na PUC do Rio Grande do Sul e no Insper, em São Paulo. Conforme a revista até o fim do ano deverá estar em 15 das principais universidades do país. Segundo o Global Entrepremnewship Monitor (GEM), desde o ano passado o número de empreendedores por oportunidade ultrapassou o de empreendedores por necessidade. E quanto mais desses empreendedores tivermos, mais emprego, renda e desenvolvimento vamos gerar.  (ver artigo “Empreendedorismo”, de 19/11)          

A revista Veja (nº 47, 24.11.2010) publicou recentemente reportagem de Roberta de Abreu Lima e Ronaldo Tavares, sob o título “Uma Chance de Ouro”. Ela trata da formação de indivíduos face às oportunidades de trabalho e emprego para milhares de brasileiros com o advento do Campeonato Mundial de Futebol de 2014 e das Olimpíadas em 2016,  ambos no Brasil. Muitos já passam a escolher cursos capazes de prepará-los para o novo mercado que se descortina. Claro que a afluência às Faculdades que tratem do assunto estará em alta (estima-se em 50%). Para aliviar os momentos de incerteza na procura do primeiro emprego, os Jogos certamente vão alavancar muitas realizações.            

Fator Olímpico. O respaldo está na vasta experiência internacional, pois países que sediaram eventos esportivos dessa envergadura experimentaram ciclos econômicos antes e depois dos jogos. Estimativas da Fundação Instituto de Administração (FIA) indicam que, só os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, surjam 120 mil postos de trabalho por ano no Brasil inteiro. Elevar o número de profissionais qualificados será pré-requisito para potencializar os ganhos com os Jogos.            

Ensino Universitário. Nos últimos meses dezenas de universidades passaram a adotar temas esportivos em sua tradicional grade de cursos e ainda criaram outras graduações e especializações voltadas para a área e que tende a aumentar. O desafio é conseguir dar conta de uma demanda premente preservando um nível acadêmico elevado. Algumas delas são a Fundação Getúlio Vargas e a PUC de Campinas.            

Visão e Metas do Procrie          

Entre as Visões do Procrie inclui-se desenvolver o Empreendedorismo entre os seus adeptos e seguidores. Oferecemos condições para uma melhor qualificação para os jovens universitários prestes a conquistar uma vaga no mercado de trabalho. Pelo que percebemos somos pioneiros nesta Missão que ainda não foi totalmente compreendida e posta em prática pelas universidades brasileiras, embora muitas delas tenham criado as “Empresas Incubadoras”.         

Aprender a Ensinar. O ensino que propomos agrega igualmente elementos teóricos e práticos, prevê a participação de “empreendedores” em salas de aula e está calcado em bases sólidas de cientistas renomados na área da Psicologia Pedagógica, além da experiência de vida do seu autor. Todas essas ações aliadas ao apoio de uma grande rede de parceiros, criam condições para multiplicarmos o número de empreendedores qualificados – objetivo maior do Procrie.         

Procrie no Brasil e no Mundo. Os números do Google Statystics falam por si só. Em menos de dois anos, o Procrie já se consolidou e se tornou referência para milhares de interessados no Brasil que frequentam suas páginas diariamente. Irradiou-se por quase 200 cidades que consomem mensalmente perto de 9 mil leituras. E isto não é certamente por suas páginas coloridas, mas por uma nova proposta de ensino. Uma metodologia criativa, inovadora e crítica. Além, é claro, com Qualidade.         

Nosso Futuro. Para consolidar e alavancarmos Centros de Referência em Iniciação Esportiva pelo país que realmente se preocupem com a qualidade do ensino com permanente acompanhamento e divulgação, há que se providenciar a presença física – não basta virtual – do mentor para a realização dos Cursos Presenciais de Formação de Professores. Neste momento, estima-se que milhões de brasileirinhos estarão contemplados nos próprios prédios escolares, democratizando o esporte e levando alento a milhares de professores da rede pública.

O Bom Professor (II)

Formação Universitária

 Durante o ano de 2009 a jornalista Mônica Weinberg postou em seu blogue do site da revista Veja (www.veja.abril.com.br) vários problemas relacionados com a Educação. Destaco aqui dois deles que tratam da Formação de Professores nas nossas universidades: “Professores (mais uma vez) reprovados”(3.3.2009); e “O problema está nas faculdades” (22.4.2009). Em conclusão:

O Ministério da Educação (MEC) vai divulgar nas próximas semanas um pacote que mira um problema central do ensino no país: o nível dos professores de ensino básico é baixíssimo, tanto que chama a atenção no cenário internacional – mesmo que a comparação seja com países até mais pobres que o Brasil. Significa que a maior parte não apenas desconhece as matérias sobre as quais tem responsabilidade direta, como, pior ainda, revela dificuldade em ensinar. Não se sabe exatamente o que inclui o tal pacote oficial, mas já se fala na criação de uma prova, aplicada pelo próprio MEC, que se encarregaria de estabelecer um padrão mínimo – e nacional – para a escolha dos professores. Caberia a cada estado a decisão sobre a adoção dessa prova. Eles também ficariam livres para incluir questões mais focadas na realidade de suas regiões. Não se trata, portanto, de nada compulsório nem tampouco inflexível. Mas, embora bem-intencionada, a medida não ataca a raiz do problema.

O roteiro é conhecido. Professores fazem uma prova e revelam desconhecimento sobre o básico do básico. Dessa vez, a história se passou no Rio de Janeiro, onde 78. 000 profissionais responderam a um teste aplicado pelo governo do estado. Apenas 18% tiraram a nota mínima. Eles não acertaram questões simples de leitura e escrita. Também patinaram naquelas matérias que pretendiam ensinar. Novo vexame. 

A indignação com o resultado teve um efeito prático. É raro e merece atenção. Um grupo de especialistas contratado pela Escola de Governo do Rio, ligada à Secretaria de Planejamento, está debruçado sobre um projeto para melhorar o péssimo nível dos professores. A ideia é boa. Se for adiante, vai significar treinamento extra para professores que, não importa o indicador para o qual se olhe, vão mal – muito mal. Uma vez aprovados no concurso, eles passariam um ano recebendo reforço nas matérias, lições de didática e (fundamental, mas exceção no país) teriam uma experiência prática em sala de aula, sendo orientados por alguns dos bons professores da rede. Uma espécie de residência pedagógica, tal qual ocorre com os estudantes de medicina. Aí sim, assumiriam uma classe. Até o final de março, o projeto será apresentado à Secretaria Estadual de Educação do Rio. Pode interessar a mais gente. Basta lembrar o recente fiasco dos professores-nota-zero em São Paulo.