Faça Parte do Procrie

 

Percebam algumas interessantes e boas razões para você se associar ao Procrie, tornar-se um Seguidor, ou mesmo frequentá-lo quando quiser. O projeto foi criado no intuito de desenvolver estudos de “Como Aprender a Ensinar” e voltado para acadêmicos, professores, treinadores, jovens e crianças. Além desses, os “velhinhos” que contribuíram e enriqueceram nossas “histórias do voleibol”, nelas embutida uma agradável surpresa só revelada pelo Google Analytics: um contingente incomensurável de árbitros – os referees – que se detém nas deliciosas histórias desde o nascimento da arbitragem no Brasil, algo inédito e que vem se tornando um dos alvos prediletos dos internautas. Não foi por acaso que a obra foi adjetivada como “de Referência, Enciclopédica e Memorialista”. Em breve estaremos ampliando e atualizando o PREZI – PROCRIE  a partir de abril, excelente material para congressos, palestras, cursos e aulas em Universidades. 

 

Sejam Parceiros…  Empresas – Governos – ONGs – Instituições classistas – Universidades – Escolas de Educação Física – Federações de Voleibol

 

                          Fazendo muito com tão pouco! 
 

 Observem no mapa ao lado o número de visitantes ao Procrie oriundos de Rondônia e Tocantins. Tudo começou após termos ofertado a dois padres missionários em visita a Niterói, redes e bolas de mini voleibol. De resto, nossas orações e a assistência gratuita deste blogue. Agora imaginem todos: se um desconhecido indivíduo, sozinho, conseguiu em quase dois anos que seus textos recebessem 70 mil visitantes de 104 países, 1.444 cidades e que fossem consumidas 124 mil páginas em suas leituras, o que não realizará se tiver apoio da mais expressiva entidade brasileira atualmente? E ainda: “Por que indivíduos de tantos países, de outros idiomas, se debruçam nos textos sobre nossa história e ensinamentos”?

Ver para crer! 

É inegável a necessidade de se aplicar na prática tudo aquilo que constitui a matéria-prima da educação: os Cursos Presenciais. O clima é de receptividade, fruto direto dos mega-eventos esportivos que se avizinham no Brasil. Os equipamentos necessários não requerem gastos vultosos, sendo os custos quase que exclusivamente em deslocamentos e estadas do Autor nas cidades visitadas.

 

 

 

 

 

 

 

 

Curso de Mini Vôlei (III)

Alunos se divertem em ruidosa aula no Colégio Catarinense, Florianópolis.

 

 Despertar para o Vôlei Escolar         

 I – Particularidades do Ensino      

Conceito – O vôlei responde a regras fixadas pelo homem; as crianças têm as suas próprias motivações; não é suficiente adaptar o material à estatura das crianças.   Objetivo – Desenvolver consciência crítica do processo; aprender a avaliar e a expor; aprender a cooperar e a estimular colegas.   Meios – Formas de atrair alunos; aprendizado é difícil; formas de atividades motivantes; cuidar para que TODOS pratiquem; solução de problemas distribuída ao longo do tempo.  Estratégia – Convite e encantamento; classificar em grupos; não congelar num único grupo; reduzir diferenças com momento de superação; busca de um coeficiente de êxito.   Festivais – Sensação de jogar desde a 1ª aula; produzir animação de jogo (espetáculo); contagiar a turma e a escola com muitos  jogos e competições.          

II – Do Mini Vôlei ao Vôlei           

Os cuidados na estruturação das atividades devem subordinar-se ao programa didático e às condições da escola. O mini é um exemplo de atividade informal. O campo é reduzido e pode ser instalado em qualquer espaço, tem regras similares às do voleibol e as técnicas empregadas no jogo são simples e não exigentes.  Vem sendo utilizado em várias escolas. As aulas de educação física e os recreios certamente estão mais interessantes.       

Para quem? – Para milhares de crianças, meninos e meninas entre 8-14 anos de idade. TODOS participam ao mesmo tempo – ninguém fica de fora -, independentemente de suas habilidades e JOGAM a partir da 1ª aula.          

Problema crônico – Nas aulas de educação física os alunos geralmente praticam seus esportes preferidos. Quando a aula termina, muitos alunos acabam não jogando e, geralmente, esses são os que não sabem ou não têm muita habilidade para os esportes. Resultado: eles continuam sem saber jogar! 

Solução – Uma maneira simples de tornar o vôlei mais fácil para todos é determinar o nº de jogadores em cada equipe, que poderá ser de 2 a 4. Em cada campo jogam até 8 alunos. Isto significa que, em três campos de minivôlei, 24 indivíduos podem jogar ao mesmo tempo. O método de ensino agrupa os alunos sob diversas formas a serem consideradas pelo docente. Os jogos não são estáticos e o professor poderá variar e alternar a forma de competição, tornando a aula super agitada!       

Estruturação da Atividade         

Unidades didáticas. Parte do jogo simples, com a progressiva aquisição da habilidade, passa-se aos jogos mais complexos. Com o sistema 1 contra 1 pode-se jogar mini vôlei desde a primeira aula. O professor, dado o pouco tempo disponível e os espaços frequentemente exíguos, deverá dispor de:  1) uma boa organização da classe;  2) a divisão dos grupos (1×1, 2×2, 3×3, 4×4);  3) o emprego de rodízio de alunos nas funções de árbitro.   

Aspectos de organização. Material, equipamentos; como organizar torneios; adaptações convenientes sobre as características e as regras do jogo. Em minhas aulas e cursos venho empregando uma série de materiais que denomino “alternativo”, todos muito divertidos: muitas bolas de tênis, de mini vôlei, puçás, biruta, tamancos (para 4 pessoas), cones, lençóis, cortina sobre a rede, e possivelmente, o mais atraentes, inclusive para adultos, o paraquedas. A imaginação e a criatividade de cada professor vão realçar suas próprias aulas a seguir. Veja “Apresentação em Universidade” que realizei na Univ. Gama Filho.         

Jogo paralelo, Implicações da Teoria de Piaget[1]         

Minha proposta está calcada no Aprender Brincando e Jogando, graças ao desenvolvimento da obra do alemão G. Dürrwachter. Repasso a ideia e acrescento para o professor que introduza em suas aulas muitos jogos e brincadeiras, inclusive utilizando variados exercícios não específicos de voleibol. Sobre isto poderão ter uma breve explicação na leitura postada neste blogue sob o título “Teoria vs. Prática” em que dialogo sobre o assunto com o Professor João Crisóstomo. Transcrevo para uma rápida compreensão comentários sobre Princípios do Ensino da obra de Piaget:         

“Embora interação e cooperação entre crianças sejam objetivos importantes, é melhor começar as atividades fornecendo a cada criança seus próprios materiais e encorajando o jogo paralelo. Nessas atividades, as crianças querem fazer coisas com os objetos (fornecer vários, além das bolas) e essa iniciativa é exatamente o que queremos encorajar. Se o professor tem que insistir para que as crianças se revezem, elas tornam-se inquietas e suas incitativas são frustradas. Quando, p.ex., é fornecida apenas uma bola e as crianças têm que ficar em fila esperando sua vez de atingir um alvo, metade da energia do professor será gasta pedindo às crianças que esperem sua vez e consolando aquelas que estão infelizes. Portanto, é melhor oferecer materiais para quatro ou cinco crianças de cada vez (em uma situação de jogo livre onde estão disponíveis muitas outras atividades atrativas) e encorajar primeiramente o jogo paralelo. Quando este princípio de fornecer materiais suficientes para diversas crianças de cada vez não pode ser adotado, é provavelmente melhor dirigir as crianças para outras atividades e prometer uma mudança mais tarde do que fazê-las esperar e olhar os outros se divertirem. Começar com o jogo paralelo nas atividades de qualquer desporto não significa que os objetivos de interação e cooperação foram abandonados. Esses são apenas temporariamente colocados de lado no interesse de encorajar a iniciativa das crianças com a diversidade de objetos. Na verdade, interação e cooperação evoluem mais facilmente com o jogo paralelo do que com a “cooperação” imposta pelo professor desde o início. Por exemplo, numa determinada atividade em que as crianças comecem fazendo suas próprias coisas, mas em seguida têm a oportunidade de exibir seus feitos, imitarem uma às outras, compararem descobertas e derem conselhos umas às outras.  Uma outra forma de estabelecer esse princípio é: Introduza a atividade de tal forma que a cooperação seja possível, mas não necessária”.        


   

[1] O Conhecimento Físico na Educação Pré-Escolar, Kamii C., Devries R., Artes Médicas, 1985.