Futuro dos Ministérios, Esporte e Educação

MiniEuFavBairro INVERTIDAProposta Para Candidatos à Presidência da República

 

 

— Como Fazer Esporte Escolar?

— Por que ignorar o artigo 217 da Constituição, que determina aplicar os recursos públicos prioritariamente no desporto escolar?

— Titulares dos Ministérios do Esporte e da Educação de mesmo partido.

 

Do noticiário extraímos…

José Cruz em seu blogue nos incita a discutir com os presidenciáveis, e porque não dizer com todos os brasileiros, a função constitucional do Ministério do Esporte, justificados por sua inépcia partidária e pelos megaeventos que se aproximam. Denuncia com fatos que a pasta não disse a que veio e, não menos importante, que ignora aplicar recursos prioritariamente no desporto escolar. Por fim, sinaliza para o destino das milionárias verbas, o alto rendimento. Leia mais: Afinal, Para que serve o Ministério do Esporte?

 

Sobre o Ministério

  • Criado há 11 anos, é um órgão repassador de dinheiro.
  • Fracassou em termos de políticas públicas ou de projetos de esporte escolar.
  • Não saiu uma só proposta de política esportiva, apesar de ali terem sido realizadas três Conferências Nacionais do Esporte.
  • Facilitador da corrupção pela omissão e ineficiente fiscalização aos recursos que libera.

 

Propostas?

  • Está lotado de funcionários terceirizados e bolsistas e mesmo assim, a Secretaria de Esporte Educacional tem apenas sete servidores.
  • O Conselho Nacional do Esporte não age, pois se reúne apenas duas vezes por ano, mais para homologar decisões já tomadas do que para discutir propostas de interesse nacional.

 

 

Política Nacional de Esporte Educacional, existe?

Falta-nos, entretanto, identificar “com quem dialogar” sobre o tema, haja vista as considerações acima e a resposta da candidata Marina Silva quando indagada por um jornalista o que ela fará com o Ministério do Esporte se vencer a eleição:

É um ministério importante, mas, infelizmente, tivemos muitas dificuldades no processo das Olimpíadas, que dão para os brasileiros motivos de preocupação sobre o andamento das obras necessárias, que já deveriam ter alcançado um ponto muito maior de realização. Nós estamos fazendo uma avaliação criteriosa para verificar como vamos fazer a redução de tantos ministérios que já foram criados.

Outro principal interveniente no assunto é o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) que desde 1995, na era Nuzman, se arvora “ditatorialmente” como salvador da pátria em matéria de ensino básico esportivo. Como os “pequeninos” funcionários do Ministério do Esporte nada entendem de seu mister, construíram uma ponte com o COB para aconselhamento e cumprimento de decisões do Comitê. O desvirtuamento do esporte escolar da forma que é realizado é um deles. Já tivemos outros, desde a época do Collor, quando Bernard (do vôlei) foi transformado em Secretário da Presidência para assuntos esportivos (substitui Zico).

 

Proposições do Procrie

— O professor é o principal artífice de Transformação

— Sua formação continuada, nossa Missão

 

Esforçamo-nos há quatro anos para levar informações e conhecimento aos professores do país no sentido de formar profissionais competentes. Temos como recurso apenas esta ferramenta – o blogue – que, a considerar os números catalogados no Google Analytics, parecem sinalizar de forma incentivadora a jamais desistirmos.

Em postagem recente examinamos e exaltamos a importância de o professorado ser o elemento Transformador para uma política nacional de Esporte nas Escolas. Para tal acentuamos a necessidade de melhores condições de Informar para Formar profissionais competentes, em busca de sua Meritocracia. É voz geral o descaso das universidades para o ensino de Metodologia e Pedagogia, o que compromete todo o processo de uma BOA educação para colegiais em nível superior há falta de recursos ou salários. Neste processo, despertamos a atenção para uma ferramenta muito em uso nas grandes empresas denominada design thinking, ou também design instrucional, engenharia pedagógica (ingénierie pédagogique).

 

Aulas Práticas, Quem Ensina?

Parece que sabemos todos o que fazer. O problema é colocar em prática!

 

Puxãozinho de orelha…

— As universidades estão preparadas para a revolução no ensino?

— Os cursos de treinadores da CBV “modelo Fivb” são eficientes?

— O que VOCÊ diz é o que faz? Afinal, VOCÊ dá aula ou ensina?

— VOCÊ tem proposta para transpor o abismo entre teoria e prática?

— Autorregulação e Avaliação, VOCÊ já viu isto no Brasil?

— Engenharia Pedagógica, quem faz?

 

O que faz o Ministério da Educação?

Não é voz corrente que o Esporte deve ser desenvolvido a partir das escolas? Vimos pelo noticiário que durante as Olimpíadas de Londres o ministro da pasta era o “papagaio de pirata” da presidenta. Enquanto isto, no Brasil, grassava mais uma grevezinha de estudantes, nada que preocupasse, dada a normalidade da situação.

 

Importância de uma Metodologia adequada

Vejam a interessante colaboração do treinador norte-americano John Speraw em recente entrevista durante o Campeonato Mundial que se realiza na Polônia. Ele transcorre sobre o ensino de voleibol no seu país:

Acho que as aspirações para um jovem querer ser profissional não são incentivadas. Mas brotar talentos no vôlei não é algo que seja problema nos Estados Unidos. Formar uma boa seleção não tem relação com a falta de apreço do público. A explicação é que os jogadores são revelados pelos campeonatos universitários, em que os estudantes têm que se dedicar a atividades esportivas e dali brotam os maiores talentos do país em todas as modalidades.

Sem contar que, desde o ensino básico, as crianças são incentivadas pelos pais para aprender um esporte que, no futuro, terão a recompensa de uma bolsa de estudos na universidade.

Em resumo, construímos um Ensino a Distância com ênfase na Metodologia e Pedagogia, algo transformado em terreno árido por nosso sistema acadêmico, certamente por isso algo inédito no Brasil.

Falamos em uma linguagem compreensível aos professores, nada é imposto e têm a liberdade de decidir o que lhes convém. Se mais não aproveitam, entendemos que é produto do próprio meio em que foram aculturados. Mas há esperanças de revertemos a situação e para tanto nos empenhamos com afinco, pois cremos no que fazemos. Temos certeza que esperam os Cursos Presenciais, quando lhes será mostrado “como fazer” ao vivo. E, importante, tirar-lhes as inevitáveis dúvidas.

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Leitura recomendada:

Professor, Principal Artífice de Transformação : informar, formar e transformar professores.

Projeto Modelo para Formação de Base em Escolas : base filosófica e metodológica.

Contributo para Ensino Esportivo em Escolas : sinopse dos (539) artigos postados.

O Que um Técnico Pode Ensinar a um Professor? : aprender a ensinar, educação física e esporte.

O Que um Professor Pode Ensinar a um Técnico? : sabemos o que fazer, como colocar em prática?

Leigo Ensinando Voleibol a Milhares de Crianças : qualquer pessoa pode ensinar voleibol a crianças

 

BOAS LEITURAS!

 

 

Formação à Distância

Aula na escola sem o professor. Jogos de duplas com participação alegre e ruidosa da classe. Desenho: Beto.

 

Mensagem à Catarina, uma amiga portuguesíssima.       

Todos poderão contemplar nosso primeiro diálogo neste próprio site. Está em Comentários do “Convite aos Internautas”. Foi uma resposta imediata e com uma carga emocional maravilhosa. Como é gratificante estar com alguém que adora o que faz! Imagino quantos professores estão espalhados por este mundo na agradável tarefa de Ensinar e Educar crianças. Creio também que os que me encontram no Procrie percebem emoção com que trato o tema. Até hoje quando falo em Cursos ou Palestras, tenho a voz embargada e corre uma lágrima pela face. Neste momento, estou repleto de emoção e embriaguez de amor por estar ali a falar para crianças e adultos.      

Iniciação e Formação. Nunca estarão sozinhos nesta prazerosa função de Aprender a Ensinar. Chamo a atenção, entretanto, que como existem bons professores, há também boas técnicas de ensino – os Métodos. Como em educação nada é definitivo, devemos todos nos colocar em prontidão para descobrirmos ou criarmos formas mais eficientes e adequadas à época e às circunstâncias em que vivemos.       

Clube e Escola. Vejam, p.ex., como se conduz um professor de Educação Física na escola ao propor a atividade voleibol e compare com um professor/treinador da mesma modalidade em um clube. O que percebem na prática? Estejam certos de que as diferenças no âmbito mundial não diferem em muito, respeitadas algumas peculiaridades. O que digo refere-se às atitudes do professor e a metodologia a empregar. Você poderá ter um resumo nos Anais do 1º Simpósio Mundial de Mini Voleibol realizado na Suécia em 1975. A partir dessas observações dei início às minhas pesquisas pedagógicas e metodológicas realizando dezenas de cursos para milhares de crianças . Através dessas experiências fui compondo propostas não definitivas para aplicação em qualquer área do ensino. É claro que me servi de vários especialistas, como Vigotski, Piaget, Le Boulch, D. Wood, que me auxiliaram a interpretar e analisar mais corretamente o comportamento infantil e, por extensão, dos indivíduos.     

Intuição e Criatividade. Mas também me servi de minhas intuições e da própria liberdade de criar sem medo de errar. Em alguns artigos inicias desse site coloquei depoimentos de crianças e adultos sobre a “arte de criar”. Entre elas, “´Ninguém realiza uma aula como você, pois está plena de amor”; ou outra ainda, “As aulas de Ed. Física aqui na escola tinham que ser assim como essa”. E, finalmente, de um professor/Coordenador da escola: “Como conseguiria dar aulas sequenciais na escola, já que teve um desgaste grande em uma só?” Respondi-lhe: “A resposta a esta indagação mereceria um Curso, mas adianto-lhe que se fosse professor da escola eu conheceria todos os alunos e eles a mim; esta cumplicidade tornaria a tarefa muito mais fácil e proveitosa”.         

Aula de Mini Voleibol no Boavista F. C. Foto: Internet.

 

Trajetória. O fato de não ter ainda pretensões de treinar escalões mais elevados revela que pretende amadurecer no trato com o outro até que adquira plena confiança no que está a ensinar. É perfeitamente natural e todos que conheço assim procederam. É como se fora um estágio antes de galgar espaços adiante. Todavia, houve época em que fiz o trajeto contrário. De treinador das equipes principais de um clube no Rio, fui incumbido de treinar os infantis, o que me proporcionou um ganho extraordinário na pedagogia. Reputo como uma experiência fantástica e única. Percebi que o mais importante era despertar o interesse das crianças naquilo que lhes propunha e, a partir daí, consegui construir um método maravilhoso de ensino: Aprender Brincando e Jogando (do alemão G. Dürrwächter). Clique no  desenho acima e observe por alguns instantes cada detalhe. Tenho certeza de que suas aulas ou treinos mudarão daqui para frente. Poderá se aprofundar e conhecer melhor a metodologia consultando os títulos na Categoria Metodologia e Pedagogia.      

Curso Virtual. Lembro a todos que o ensino de métodos não requer a figura presencial. A criação de um pólo, por exemplo, no Boavista F. C., na cidade do Porto, em Portugal, é bastante viável do ponto de vista pragmático. E não só ali, mas em várias escolas e cidades pelo mundo afora. Aqui está embutida a minha Missão, de atender professores/treinadores em locais que eu jamais sonharia poder estar algum dia. Poderão ver o que lhes digo em “Convite aos Internautas”. A tendência do mundo moderno fez com que se utilizasse com maestria os Cursos a Distância, cuja busca é mundial. As tendências apontam para a utilização de recursos tecnológicos, são de curta duração e inclui até modelos de avaliação. Além disso, se estendem ao longo da vida, não implica a preocupação da obtenção de um diploma, o assunto está diretamente voltado para o interesse do aluno, o que torna o processo como uma educação permanente.      

Curso Presencial. Todavia, exemplos de atividades pedagógicas pressupõem o contato direto, presencial, em que o professor fala, exemplifica e aplica na prática o conteúdo desejado. E mais, desfaz as dúvidas e responde às indagações de seus alunos. Quem sabe possamos realizar juntos tamanha façanha também em Portugal e com a ajuda inestimável do Sovolei. Sonhar não faz mal a ninguém!             

Saudações verdes e amarelas, além é claro das axadrezadas, que muito me tocou.