Sala de Aula Inovadora, Criativa, Transparente

 


 

Foco no Cliente

 

Em termos práticos, o objeto em inovar reside em assistir às necessidades da clientela: professores e alunos. Para saber se o que está sendo criado é mesmo uma inovação pense no cliente:

— A inovação oferece maior valor para ele?

O foco deve estar na clientela; ela é o alvo da inovação a  ser impactada.

Observá-la traz ideias que fazem sentido a serem incorporadas.

Construindo um mapa mental: brainstorming (¹), pesquisa de campo, design thinking ajudam a criar empatia e melhor entendimento.

————————————-

(¹) Brainstorming, é uma atividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa de um indivíduo ou de um grupo – criatividade em equipe – colocando-a a serviço de objetivos pré-determinados. Ao pé da letra significa “tempestade de ideias”. Organiza pensamentos de forma ordenada, relacionada, argumentada e, principalmente, visual.

Criando Cumplicidade

Sair à rua é criar intimidade, consiste em respostas ainda melhores. Neste caso, a melhor forma é criar um PROTÓTIPO. E o autor vem correspondendo na prática com criações maravilhosas e inéditas.

Vejam no final da postagem: Experiências Exitosas.

 

 

MISSÃO & VISÃO 

 

Constituir-se em um curso perene de pesquisas e formação profissional de professores que busquem a excelência em EDUCAÇÃO do Movimento e para a Vida.

Ser um consultor para a secretarias de Educação do país com um programa simples de gestão interdisciplinar, a partir da Educação Física e Esporte.

Um tutor, constituído de um “Manual de Engenharia Instrucional” e o site Procrie (EaD), compartilhando e monitorando informações simplificadas de modo que alcancem resultados desejáveis e surpreendentes.

 

CONVITE À AÇÃO

Em reportagem na revista Veja (Maria Clara Vieira, 6/9/2017) a jornalista dá-nos a conhecer uma iniciativa exemplar a ser implantada em São Paulo em que a Secretaria de Educação emprega ferramentas do mundo empresarial para identificar as causas do mau desempenho escolar – e superá-las. Destacamos dois trechos:

“Os muitos termômetros de avaliação do ensino que aferem a qualidade na sala de aula nos leva a compreender o quanto ainda estamos distantes da excelência. Como sempre, os números estatísticos pouco ou nada contemplam ou contribuem para soluções práticas e assim permanecemos inertes em ideias”.
“Sabemos todos o que nos revelam os mapas de desempenho de cada escola, o que nos faculta pensar para debelar suas deficiências de uma forma definitiva. Esta é uma atitude que requer compartilhamento de ideias e criatividade, sem titubeios e melindres entre todos os agentes”.

 

INOVAR 

A inovação requer uma ruptura que permita reconfigurar o conhecimento para além de propostas modernas. Nesse sentido há que se entender o conhecimento. No entanto, o perigo ronda por perto, pois as pessoas sempre resistirão porque sempre resistem a novas ideias. Lembrem-se: o mesmo aconteceu com Galileu. Todavia, não levemos isso para o lado pessoal.

 

 AVALIAR

É inerente e indissociável enquanto concebida como problematização, questionamento e reflexão sobre a ação. No ensino do Movimento somos favoráveis a um tipo de avaliação com uso das TICs, em especial vídeos (gestual e oral) e registros escritos. O que não exclui ou diminui outras apreciações igualmente importantes. Estas, entretanto, merecem um capítulo à parte, que pretendemos discuti-las em próximas postagens. Aguardem!

 

Um Modelo 

Ação coletiva e consensual

Concepção investigativa e reflexiva

Atua como mecanismo de diagnóstico da situação

Postura cooperativa entre professor e aluno

Privilégio à compreensão

Incentivo à conquista da autonomia (²) do aluno

—————————

²) Autonomia, capacidade de um indivíduo tomar uma decisão não forçada baseada nas informações disponíveis. (Wikipédia)

 

 

INÍCIO, MEIO, FIM 

 

I – O PRIMEIRO EMPURRÃO (³)

O prêmio Nobel de Economia James Heckman diz que investir nos anos iniciais de vida de uma criança é o caminho mais certeiro para pôr um país na rota do desenvolvimento. Heckman criou métodos científicos para avaliar a eficácia de programas sociais e vem se dedicando aos estudos sobre a primeira infância – para ele um divisor de águas. Sobre isso, falará no dia 25/set. no encontro “Os desafios da primeira infância – Por que investir em crianças de zero a 6 anos vai mudar o Brasil“.

Poder dos Estímulos

Estímulos nos primeiros anos de vida são decisivos para a idade adulta porque é uma fase em que o cérebro se desenvolve em velocidade frenética e tem um enorme poder de absorção. As primeiras impressões e experiências na vida preparam o terreno sobre o qual o conhecimento e as emoções vão se desenvolver mais tarde.

Até os 5, 6 anos a criança aprende em ritmo espantoso, e isso será valioso para toda a vida. Infelizmente, é uma fase que costuma se negligenciada, especialmente em famílias pobres com pouca orientação básica. Além disso faltam boas creches e pré-escolas e, sobretudos, o empurrão certo na hora certa.

Erro Atual

Há ainda uma substancial ignorância sobre o tema. Até hoje a ideia que predomina é que a família deve se encarregar sozinha dos primeiros anos de vida dos filhos. A ênfase das políticas públicas é na fase que vem depois, no ensino fundamental. E assim se perde a chance de preparar a criança para essa nova etapa, justamente quando seu cérebro é mais moldável à novidade.

Investimento Social

Investir bem cedo nas crianças para que adquiram habilidades, como um bom poder de julgamento e autocontrole, que as ajudarão a integrar-se à sociedade longe da violência. Recaímos na velha questão: prevenir ou remediar? Como se demonstra, é muito melhor prevenir.

Professores

O país também precisa prestar atenção na qualidade dos professores: países como a Finlândia souberam valorizar a carreira docente – não apenas no salário -, e colheram grandes resultados na educação desde cedo.

Habilidades Socioemocionais

Muitos educadores torcem o nariz quando se fala em habilidades socioemocionais porque estão aferrados à ideia obsoleta de que inteligência se resume a QI, um conceito de cinquenta anos atrás que não evoluiu com o mundo.

———————–

(³) Páginas Amarelas, entrevista a James Heckman, professor da Universidade de Chicago; revista Veja, 27/7/2017, por Monica Weinberg.

 

 

II – CONTRIBUTO MULTIDISCIPLINAR

 

A escola decide: 

“Criação de um sistema de ensino que englobe experiências em várias disciplinas, em busca de metas, e dentro de um programa específico”.

A proposta baseia-se em ambiente descontraído, fora das quatro paredes das salas convencionais, na disciplina Educação Física e Esporte. Acrescente-se-lhe a companhia dos professores de Matemática, Português, Música,  Tecnologias da Comunicação e Informação (TICs).

Absenteísmo, Evasão Escolar, Violência, Gravidez  

Quando a criança atinge a idade 7 a 8 anos sua educação evolui para o aprimoramento dos estímulos, agora apoiados em uma rede, que levem às famílias toda sorte de incentivos, de diferentes áreas convergentes. Mais uma vez ressalta-se a importância de bons professores.

Um Centro de Referência – Procrie

Os primeiros passos estarão focados no ensino fundamental, com alunos de 8 a 13 anos de idade, e a seguir, no ensino médio. Além disso, o alcance do projeto deixa margem para incursões curriculares na formação profissional – uma das lacunas a considerar – de futuros professores.

Educação Física e Esporte

A disciplina obrigatória e desprezada é muitas vezes considerada um entrave para os gestores educacionais. Não percebem o valor do brincar e dos esportes  para a formação socioemocional dos indivíduos. Igualmente, o  país volta-se tardiamente a pensar em esportes nas escolas como base para descobrir talentos. E uma vez mais confundindo ponto de partida com ponto de chegada! Precisamos de novas escolhas. Aspirantes a inovadores e autoridades temporárias raramente chegam a ter alguma influência no mundo externo na forma de novos produtos, serviços ou estratégias confiáveis.

 

 

IIICONSTRUINDO UMA ESCOLA INOVADORA

 

As melhores ideias surgem quando todo o sistema organizacional tem espaço para experimentação.

 

Pretende-se dar o primeiro passo na construção dessa nova escola restando-nos somente o apoio de uma instituição governamental ou não, para o primeiro passo: um PROTÓTIPO.

A Secretaria Estadual de Educação do Paraná já recebeu nossa manifestação e aguardamos sua decisão. Tendo em vista o possível interesse de outras congêneres em ativar algo similar, estaremos nos manifestando enviando uma síntese do que se contem no blogue. Outra, a Universidade de Harvard, a quem estamos nos reportando.

 

Revelações de um Protótipo 

— Inicialmente, de quê precisamos? Em que devemos nos apegar?

Observa-se que a peça fundamental reside no professor. Vejam a seguir um belo exemplo de consagrada universidade americana.

 

Você Gostaria de Estudar em Harvard?

Um compromisso para tornar o mundo um lugar melhor

Um desejo de ajudar a resolver os desafios da Educação

Uma dedicação para aprender e liderar

Para impactar o mundo

Seria isso idealismo?

 

Formando Novos Professores

A americana Katherine Merseth, 70 anos, tornou-se proeminente na área da educação. Na Universidade de Harvard é diretora do Programa de Formação de Professores, e ganhou projeção por um feito raro: faz todo mundo querer dar aulas. A fórmula se baseia na atração de jovens recém-formados, das engenharias às ciências biológicas, que ali aprendem a ensinar crianças de escolas públicas, onde vão trabalhar depois. À frente de um dos cursos mais concorridos de Harvard, a prestigiada educadora diz que treinar gente talentosa para dar aulas é a fórmula para qualquer país trilhar o caminho do crescimento.

 

Nossa consulta à Professora Katherine

 

Voleibol em Harvard                    Quem ensina? Como funciona?

Como são planejadas – métodos e pedagogia – as aulas de Educação Física e Esportes nas escolas de ensino básico (8 a 13 anos) nos Estados Unidos?

— Em Harvard, há cursos para professores da disciplina?

 

Professora brasileira em Harvard

Acrescente-se nossa satisfação a respeito do paradeiro da professora Cláudia Costin, muito próxima à professora Katherine, e com rico currículo de serviços prestados à Educação no Brasil. Igualmente, formataremos contato no sentido de ampliarmos nossos conhecimentos e compartilhar ideias.

Leiam maishttps://www.gse.harvard.edu/faculty/claudia-costin/

 


 

 

CENTRO DE REFERÊNCIA

 

Ferramentas

Postulamos a criação de um Centro de Referência em Iniciação Esportiva, onde escolas se alinhariam a programas inovadores na  disciplina de educação física, com um toque de qualidade e criatividade ainda não tentada no país. Para tanto, estamos recorrendo a várias áreas do conhecimento, especialmente o Design Thinking, Brainstorm, Heurística (G. Pólya) e a Neurociência (teoria mielínica). Essas, tendo como coadjuvante nova Metodologia e Psicologia Pedagógica, traduzidas em Praxia diferenciada de forma substancial e preponderante, resultado de anos de atuações do autor desde 1974, quando procedeu ao primeiro curso no país (Recife-PE).

 

Caráter Interdisciplinar

Entendemos ainda que devamos também nos valer das disciplinas português,  matemática e música na construção global dos indivíduos. Em nosso programa, argumentamos a necessidade de construirmos uma ponte entre neurociência e educação a partir do ensino fundamental, que teriam continuidade nas fases seguintes dos alunos, inclusive no nível superior. Trata-se de grande oportunidade de a criança já ter noções da construção do projeto de sua vida, i.e., Aprender a Pensar, a trabalhar em Grupo, desenvolver Projetos.

É a AUTORREGULAÇÃO!

 

Oralidade, Língua Portuguesa, Matemática, Música 

Interpretação de Textos

Aos 14 anos de idade ingressei num curso preparatório à EsAer. O dono era um advogado muito calmo, que nos orientava em português e matemática. Certa feita disse-nos: “Se vocês não souberem português terão dificuldades em matemática.” Certamente, queria nos dizer sobre a importância do aprofundamento em estudos da língua pátria uma vez que todo entendimento passa pela interpretação do que nos é apresentado. Perceba isso pelo exemplo abaixo, retirado do livro “O Homem que Calculava”, de Malba Tahan:

Dois amigos se encontraram quando passeavam e um deles indagou ao outro quantos filhos ele tinha. O pai respondeu: tenho três filhos. Curioso, novamente perguntou: quais são as idades? O pai  resolveu desafiar o amigo com um problema: o produto das idades é 36; e a soma é igual ao número daquela casa em frente (apontara para a placa). Visto o número, o amigo fez alguns cálculos e retrucou: preciso de mais uma dica. O pai concordou e disse: tem razão, meu filho mais velho toca piano. Quais são as idades?

 

Uma Boa Receita

Trabalho em Grupo

Assim, enquanto em todas as semanas de curso cumpríamos tarefas de redações, principalmente interpretando ditos populares, paralelamente executávamos incontáveis exercícios de matemática, escalonados em grau de dificuldades crescentes. Acrescentem-se ainda os trabalhos nos fins de semana em grupos de estudo, liderados por um aluno pouco mais apto.

Segundo a autora do texto, “em alguns colégios a causa-mor para o festival de notas vermelhas era a dificuldade dos alunos em atribuir significado ao que liam”. E conclui:

“Todas as disciplinas passaram a trabalhar a leitura ao seu modo, inclusive a educação física. […] Depois de três meses a turma que ia mal em português encolheu de 32% para 10% dos estudantes.

 

Registro e Compartilhamento de Conteúdos

Claro, não poderão ficar de fora nesse esforço. Construímos um documento pedagógico –  Manual Instrucional – destinado a gestores e professores, que poderão debruçar-se sob o mesmo e compartilhar entre si os conteúdos ali preliminarmente assinalados. A partir de suas experiências, outros procedimentos deverão se incorporar, somando-se aos já existentes,  e adaptando-os a cada circunstância das escolas. Seus e de milhares de colegas. Trata-se de um documento “vivo”, de apoio perene, provido de estímulos a novas descobertas nesse maravilhoso mundo da Educação.

 

Aulas (3) no colégio Baptista (Rio) envolvendo todo o ensino fundamental.

 

Rico em conteúdos, o Manual contém revelações recentes da Neurociência e Design Thinking. Objetiva a construção da Autorregulação e Competências, e não talento esportivo, como entendido popularmente. Não se constitui em uma cartilha, mas sim um registro de conteúdos a serem acrescentados no cotidiano das práticas escolares. Deverá ser apreciado e avaliado periodicamente.

Ressaltamos a profundidade com que o tema é tratado e sua aplicação não só nas mais diversas atividades esportivas, como principalmente para a vida dos indivíduos. Poderão constatar seus efeitos em alguns poucos meses, considerando que a expectativa é que haja continuidade em tais procedimentos. Sem dúvida, algo INÉDITO em EDUCAÇÃO no país!

 

 Transparência e TICs

Avaliação Ativa

Acrescente-se que deverão ter inscrito em suas páginas as experiências e inovações que cada escola adotar, contribuindo para o crescimento de milhares de professores. O Manual, então, se apresenta como peça chave de encontro perenes em tempo real. É “virtual”, impresso nas “nuvens”. Somam-se aos textos, uma infinidade de vídeos esclarecedores, além do contributo – registros e avaliações – das experiências dos próprios alunos.

Linguagem e Raciocínio Lógico

Propostas para que os alunos participem ativamente em todas as aulas, inclusive que tenham a oportunidade de se manifestar – oral e escrita – em relação aos exercícios e projetos a serem desenvolvidos pelo docente.  

“Alunos avaliam-se mutualmente, e ao professor.”

———————————————————-

 

 

COMO FAZER?

 

Identificando Melhores Métodos

 

— Que tal reexaminarmos a Metodologia a empregar?

 Como Você iniciaria uma criança no esporte?

— E na Matemática, Português, Música, Xadrez?   

 

Filosofia : Educar para a vida

Visão: Construir um projeto interdisciplinar

Personagens:

— Vocês Alunos, aprenderiam brincando?

— Você Professor, trabalharia nesse ambiente?

 

 

Diversos níveis simultâneos favorecem monitoria, liderança, camaradagem…

  

 

 

Até 64 alunos/aula – Facilitador – Tutoria – Monitoria – Liderança
Multidisciplinar: Matemática, Oralidade, Música
Níveis: atos de construção lentos e cumulativos.

ALUNO

Grupos (até 6 alunos)  – Circuitos – Oficinas – Trabalhos individualizados

Aprendem a pensar: grupos, lideranças, monitoria, desafios

Ensino para a vida: trabalhos e projetos extramuros

Registram suas histórias/memórias: iphone – smartphone – tablet

Autorregulação: avaliam-se mutuamente; avaliam professor

 

PROFESSOR – Facilitador

Cursos presenciais – Ensino a Distância (EaD) – videoaulas – e-book – blog

Brainstorm – palestras –  exibições internas e externas

 

Gargalos na Sala de Aula 

Em suma, o que dizem os pesquisadores?

— “Apontam erros, mas não soluções”

 

 

Busca de Soluções

 

Propomos “casos” já testados baseados em atividades abertas e experimentais. Para sua plena universalização, um protótipo que se apodere do conhecimento relativo ao trato com comunidades, famílias e crianças. Para isso, sugerimos:

Um professor que nada imponha, mas ao contrário, adote papel de facilitador nas discussões em grupo e aprenda com os alunos.

Incentive e utilize referências do cotidiano dos alunos, além da adoção de material didático para construção do conhecimento.

Outras, calcadas em atividades na sala de aula, mas aplicadas em ambientes restritos, que alcancem alunos das escolas públicas.

 

Programação & Cuidados

Módulos didáticos – oficinas – utilizável por docentes de outras disciplinas.

Metodologia deve criar um ambiente de trabalho motivante e participativo.

Garantir que os projetos sejam permanentemente monitorados e avaliados.

Contrapondo-se ao caráter aberto e interativo das experiências, padronizar e sistematizar conteúdos testados.

 

Desafios: Formação Profissional Continuada

Professor deve ser bem formado e os estudantes tenham passado por um processo adequado de formação inicial: capacidade de leitura, escrita e uso de conceitos básicos da matemática. Na impossibilidade, rever conduta.

Todos devem entender as implicações gerais do que se denomina sociedade do conhecimento.

Dispor de métodos e atitudes típicas das ciências modernas, caracterizadas pela curiosidade intelectual, dúvida metódica, observação dos fatos.

Busca de relações causais, fazendo parte do desenvolvimento do espírito crítico e autonomia intelectual. 

causalidade ou determinação de um fenômeno é a maneira específica na qual os eventos se relacionam e surgem. Apreender a causalidade de um fenômeno é apreender sua inteligibilidade.

 

Ponto Ideal da Aprendizagem

Em nossas buscas deparamo-nos com vários embates, um deles revelado na expressão:

Quando e como interferir junto à criança quando há necessidade de ajuda.

Apresenta-se-nos a noção de ponto ideal da aprendizagem (Robert Bjork) e, sobretudo pelo psicólogo russo Lev Vygotsky nos anos 1920, mas com um nome menos sedutor: Zona de Desenvolvimento Proximal. Essa é a percepção mais crítica e difícil de um professor.

Metodologia a Perseguir

Você não ensinou enquanto eles não tiverem aprendido.

A partir desses entendimentos, optamos por desenvolver uma metodologia que entendemos seja mais adequada à totalidade dos alunos em sua iniciação a qualquer esporte. A seguir algumas diferenciações metodológicas que se pretende discutir e ampliar com a sua ajuda:

Trabalhar em GRUPOCompetências: sociais, inteligência, criatividade, atenção. Caminho para monitoramento e futuras lideranças.

Ensinar desacelerando os movimentos, corrigindo os menores detalhes e fazendo os alunos imitarem bons gestos inúmeras vezes. APRENDER DEVAGAR, mas CERTO!

Estilo GPS – Professores e técnicos ensinam a todos da mesma maneira. Busca-se agora direcionar as orientações a cada indivíduo, achando meios de contato mais estreito, um laço com cada um, e, quando acertar alguma coisa, interrompê-lo dizendo-lhe que se LEMBREM daquela sensação. Reforço da AUTOESTIMA.

Comprimir e acelerar o jogo – Reduzimos os espaços, a altura da rede e a bola. Cobrimos a rede com um pano, forçando reações mais rápidas. Além de vários outros recursos pedagógicos com foco na ATENÇÃO.

Ensinar a pensar – Recorre-se a uma matriz mental do campo de jogo identificando os seus elementos fundamentais. jogo de xadrez, palestras, exibição de vídeos. Em especial, boas leituras, interpretação e expressão – escrita e verbal.

Solução de problemas – Como encarar um problema sob a ótica da Heurística ditada pelo matemático húngaro George Pólya.

Destaque para a vivência com métodos de autorregulação e propostas para “ensinar a estudar”.

Observaram-se mudanças para melhor em outras disciplinas a partir do sexto mês de atuação em grupos de estudos nos EUA.

 

 

   Experiências Exitosas  

Aprender Brincando e Jogando

 

Cursos regulares na praia de Icaraí, Niterói (RJ) para 400 alunos, 20 monitores

 

 

Confederação Brasileira de Volley-Ball – CBV

 

Maracanãzinho, Festival para 108 crianças, após a partida Brasil vs. Rússia pela Liga Mundial

 

 

Fundação Rio-Esporte, Praia de Copacabana 

Visita da seleção brasileira feminina

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cursos, Palestras, Aulas 

 

Universidades, Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), SESI-DN, Centro Rexona (PR)
Escolas Públicas e Particulares: Niterói, S. Gonçalo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Recife, Santo André, Curitiba
Cursos em Praias (1991, 1.200 crianças): Niterói, Fortaleza, João Pessoa, Recife

 

 

I Simpósio Mundial de Minivoleibol, Suécia (1975) –  Congresso Argentino de Minivoleibol, B. Aires (1984)  –  Compartilhamento com clube português Boa Vista
Simpósio Mundial de Minivoleibol, Suécia.
Estádio do Boa Vista, Portugal.

 

 

 

 

 

 

 

 

LIVRO INÉDITO

História do Voleibol no Brasil, 1939-2000

Obra de Referência, Enciclopédica e Memorialista

2 vol. – 1.047 pág.

 

Pedidos pela web: roberto_pimentel@terra.com.br

 

 

COMENTÁRIO…  A História do Vôlei Agora em Brasília

Opinião... Paulo Emmanuel da Hora Matta, em 20/ago/2013

Roberto,
Com esta obra você não apenas contou a história do voleibol como, sobretudo, passou a fazer parte dela. Poucas vezes um autor se dedicou tanto à produção de um livro como você. As obras tornam-se leitura obrigatória para os amantes e estudiosos de nosso esporte. Abraço.
Paulo Matta.

Roberto A. Pimentel, em 30/ago/2013    

São carinhos envolventes como esse que nos recompensam e animam a continuar na Missão que elegemos em favor de um ensino mais condizente para as novas gerações de professores. Obrigado a você e à sua querida Irene, que sempre o incentivou em sua passagem vitoriosa pela vida. Grato também por sua paciência e ilustrações ao longo de nossas entrevistas. Devo-lhe muito.

Roberto Pimentel.


Paulo Emmanuel da Hora Matta, baiano, faleceu em 11 de maio de 2015, aos 82 anos no Rio de Janeiro, cidade adotada para seu exercício profissional, deixando um legado para a Educação Física e o Esporte nacional. (PAULO MATTA: UM BAIANO DE DESTAQUE NA EDUCAÇÃO FÍSICA BRASILEIRA. Prof. Dr. Roberto Gondim Pires – UESB; prof. Dr. Coriolano P. da Rocha Júnior- UFBA). Leia mais…VIII Encontro Estadual de História da Anpuh-BA

 

 

A seguir…

 

Promovendo uma Boa Educação

Conteúdos a serem disseminados

 

Não basta ensinar à criança a movimentar-se com destreza e técnica.

Respeitada a individualidade, há que se promover a sua construção.

Cabe oferecer-lhe um leque de oportunidades para a sua edificação.

 

 

 

Entre em contato: roberto_pimentel@terra.com.br

 

Boas leituras!

 

Projeto Modelo para Formação de Base em Escolas

Roberto Pimentel

PROCRIE – Centro de Referência em Iniciação Esportiva

Roberto Pimentel é pioneiro do Mini Vôlei no país e autor da História do Voleibol no Brasil (1939-2000).

— O que é inteligência?

— É o que nos possibilita adaptarmo-nos a novas situações.

Novos atos de adaptação pressupõem compreensão e a invenção de uma solução baseada nesse entendimento. (Piaget)

 

Design thinking – Engenharia pedagógica – Aprender a ensinar – Educação de base – Formação continuada – Ensino a Distância – Metodologia e Pedagogia

 

Apresentação   

Temos escolas no séc. XIX, professores no séc. XX, e estudantes no séc. XXI

O desafio da Educação consiste em estabelecermos caminhos pedagógicos aplicáveis nas escolas. Discute-se a importância da Formação Continuada de professores fazendo-os perceber que dois séculos estagnados não devem se contrapor à evolução do ensino.  

Missão

Duvidar é um estado de espírito que pode significar o fim de uma fé ou o começo de outra.

A sensação é a de que durante nossa vida repetimos o que os mestres nos ensinaram. Há algum tempo vimos nos preparando para esse momento: “divulgar novos conceitos não só para o ensino de voleibol, mas outros esportes”.

Visão

Para se ter ideias, criatividade, intuição, há que se aprender a pensar. Para isto são precisas informações

Imaginamos realizar Ensino a Distância compartilhando com professores de todo o país ávidos por boas práticas, além de oferecer oportunidades de repensarem suas aulas. Um segundo passo, coorientação a acadêmicos, discutindo e analisando métodos de ensino.

Meritocracia

Um professor afeta a eternidade, ele nunca sabe em que ponto cessa sua influência

Caminhos traçados por mestres da neurociência nos levaram a desenvolver habilidades especiais aplicáveis à vida pessoal dos indivíduos. Descobertas acentuam que uma prática repetitiva possui um diferencial negligenciado: despertar e manter o INTERESSE!

Estratégia

Parece que sabemos todos o que fazer. O problema é colocar em prática

Simples e original, focamos na Formação Continuada de docentes. A desigualdade de escolas e universidades nos impõe catalisar novas práticas adequadas caso a caso, excluídas as receitas técnicas tradicionais. Não verão COMO FAZER, mas O QUE FAZER.

Modelo

Para evoluir não basta repetir, repetir, repetir… Convém que se repita CERTO

A inteligência não pode se desenvolver sem conteúdo. Criar um modelo significa novas ligações, implica saber o suficiente sobre algo para ser capaz de pensar em outras coisas para fazer, em outras perguntas a formular que exigem as ligações mais complexas. Quanto mais ideias uma pessoa já tem à sua disposição, mais novas ideias ocorrem, e mais ela pode coordenar esquemas ainda mais complexos. A engenharia pedagógica nos auxilia nesse processo de ensino-aprendizagem.    

Objetivos

Ninguém precisa nascer com um dom para atingir bons resultados nas atividades

Quanto mais indivíduos inseridos na proposta pedagógica da escola, melhor o alcance dos objetivos do ensino.

Objetivos principais

  •  Desenvolver a prática e a SOCIALIZAÇÃO pelo esporte.
  • Promover a AUTORREGULAÇÃO tornando alunos críticos e investigativos.
  • Desenvolver uma caracterização CRÍTICA do ensino.

 Objetivos secundários

  •  TODOS participam. NÃO se almeja prospectar talentos.
  • Previne absenteísmo, falta de motivação, exclusão.
  • Aproveitamento máximo de tempo de aula.

JUSTIFICA-SE este projeto educacional pela ação de vários elementos:

  • Instrui, avalia e permite correções de percurso.
  • Multiculturalismo: promove experiências diversas, atrai e aproxima novos partícipes.
  • Aborda problemas e soluções. VOCÊ resolve!

Engenharia Pedagógica

Aprender Brincando, Aprender Jogando

O tema Aprender a Ensinar oferece caminhos para a condução de boas práticas. Experiências acumuladas convidam ao aprofundamento em áreas da Metodologia e Pedagogia, História do Voleibol, Mini Voleibol, Formação Continuada, Evolução do Jogo e das Regras.

Divulgação

Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior

Em quatro anos o Procrie se revela pioneiro demonstrando que a tecnologia permite levar aprendizagem para milhares de indivíduos. Notável o interesse de indivíduos de pequeninas cidades, inclusive da selva amazônica, isolados e distantes dos centros de educação. A formatação de Núcleos concorrerá para DIVULGAÇÃO e facilitador de CURSOS PRESENCIAIS, indispensável em Ensino a Distância.

Vejam os números (ATUALIZADOS), em 21/jan./2016:

 ——————————————————————————————–

TOTAL de visitas: 243 mil  –  Páginas visitadas: 380 mil  –  Artigos postados: 558

Países: 138 – Cidades: 2.945                 BRASIL, visitas: 217 mil (89,3%)  –  Cidades:  1.073

——————————————————————————————–


 

 

 

 

 

Mapa EUA dez 2015 cidadesMapa Portugal dez 2015Estados Unidos: 2.635 visitas – cidades: 410                        Portugal: 12.993 visitas – cidades: 90

————————————————–                          ————————————————

Fonte: Google Analytics

 

GALERIA… 

Muitos passos já foram dados e momentos como esses nos impelem a continuar nessa verdadeira cruzada!

1º Passo… Voleibol

Originalidade e criatividade aplicáveis ao desporto escolar, consideradas e respeitadas características regionais.

——————————————————————————————–

 

capas dupla história do vôlei
Obra de referência abrange o período de 1939 a 2000.
VoleiMiniMaracanazinho
Mini vôlei no Maracanãzinho: 108 alunos.
???????????????????????????????
Roberto Pimentel com o presidente da Fivb, Ary Graça.

 

 

 

 

 

 

 

digitalizar0003
Participando de curso internacional com Matsudaira compondo “staff”.
MiniSG3
‘Recreio Alegre’ em escolas de São Gonçalo (RJ).
CursoVoleidePraia1
Aula em curso de Vôlei de Praia, com a participação de Isabel, Roseli, Ana Richa, Helber…

 

 

 

 

 

 

 

 

AutorBernardoBenéTabach1995
Em Copacabana, recebendo a seleção feminina, com Bené, Bernardo e Tabach.
OLYMPUS DIGITAL CAMERA
Apresentação de aula modelo no Colégio Catarinense (Floripa) e na Universidade Estadual.
Giba é apresentado à História do Voleibol no Brasil no período 1939-2000.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PARA SABER MAIS entre em contato com o Autor

 

 

Séc. XXI: Grande Salto em Educação

Desenho 0 Ginásio
Bagunça organizada: TODOS participam na organização e nos jogos.
Ilustração: Beto Pimentel.

Pedagogia Experimental

Reportamo-nos ao que foi dito em recente postagem (28/set.) relativo ao grupo de alunos que estariam colaborando para realizar nossos experimentos pedagógicos. Alguns problemas surgiram e não foi possível dispor das instalações nas quais procederíamos os ensaios. Sendo assim, estamos buscando outro local – uma escola – para administrar e concebermos nossas ideias a respeito. Trataremos de planejar e compartilhar nossos ensaios a partir do próximo ano escolar. Em Niterói possuímos dois educandários que oferecem plenas condições. Resta-nos fecharmos com ambos (ou um deles) uma parceria que consumiria 4-5 aulas práticas, inclusive com a edição de um vídeo. Em um terceiro, estaremos incentivando a criação de um blogue para o  desenvolvimento dos alunos na área da Educação Física e Esporte. Enquanto isto, vejam abaixo o que estamos apresentando à comunidade acadêmica e esportiva de todo o país e concitando a participação de TODOS que se interessam por dias melhores no Ensino Escolar e Esportivo.

Contributo Histórico e Acadêmico

Discute-se a importância da Formação Continuada de professores fazendo-os perceber que dois séculos estagnados não devem se contrapor à evolução do ensino. Cabe trazer para a sala de aula Vygotsky, Piaget, Le Boulch e outros, e apresentá-los aos alunos. Ou seja, unir teoria à condução de uma boa prática com métodos condizentes. Se as descobertas de psicólogos e neurocientistas contemporâneos forem tão poderosas quanto acreditam ser, teremos todos nós que reavaliar algumas hipóteses nas Ciências Sociais e Educação. A bibliografia (ver Prezi) consultada está voltada para o campo da neurociência e psicologia pedagógica, desbravando a mente e analisando como os indivíduos pensam e agem. A interpretação de suas leituras orienta para novos caminhos no dia a dia dos professores.

Brasil Cidades até 31.8.2013

Pesquisas Aplicadas

O Autor firma-se como inovador em métodos de ensino quando propõe um zoom sobre a Memória e a História. Nesse novo olhar o tempo parece brincar com todos, como nos brindou o Prof. José Pacheco com sua corajosa constatação: Temos escolas no séc. XIX, professores no séc. XX e estudantes no XXI. (Procrie no Brasil)

Jogando na rua
Ilustração: Beto Pimentel.

O BOM PROFESSOR

1º Passo… Principal Protagonista: Voleibol, esporte difícil de ser ensinado?

Este contributo voltado especialmente para o professorado lotado em sala de aula – especialista ou não em voleibol – encerra metodologia para atenuar dificuldades seculares do ensino. O passo seguinte nos conduz a estreitar proximidade com os protagonistas objetivando maior perícia pedagógica em favor das atividades esportivas escolares. 

EDUCAÇÃO DE BASE

CursoVoleidePraia1

2º Passo… Rompendo com o Passado: Curso presencial.

Observamos no ensino descompassos entre teoria e prática, isto é, acredita-se haver uma espécie de letargia à espera de uma ruptura com o passado por parte dos agentes educacionais. A solução reside nos Cursos Presenciais para professores e acadêmicos. Enfim, Ver pra Crer, ou seja, conquistado o interesse, resta-nos o pontapé inicial na prática. Na foto o Autor ministra aula no 1º Curso de Técnicos de Vôlei de Praia, CBV.

 PROPOSTA PEDAGÓGICA

MiniEuFavBairro INVERTIDA 3º Passo… Estágio Supervisionado: Treinamento profundo.

O material foi produzido como proposta para compartilhamento em realidades múltiplas para aqueles que pretendem organizar e gerir atividades esportivas. Constitui-se em suporte curricular para a instituição e a partir de condução mais bem elaborada em classe, certamente se transforma em ferramenta pedagógica indispensável á realização plena dos alunos. Cada indivíduo saberá como proceder de forma equilibrada face às circunstâncias em que se encontra.

Parte II —– Ideias Maravilhosas

Centro de Referência em Iniciação Esportiva. Ferramenta virtual a serviço de professores, o que nos torna também aprendizes. A Formação Continuada está caraterizada pela produção de centenas de artigos conciliatórios entre Teoria e Prática. Bons professores são formados a partir de boas leituras e práticas bem orientadas. A conquista da meritocracia é um caminho sem volta, que nos leva a examinar três pilares em nossas decisões e experimentos antes dos primeiros passos.

 – Que tal compartilharmos nossas experiências?

  • Passado          Memória e História
  • Presente       Educação Física e Esporte Escolar
  • Futuro           EaD e Curso Presencial
PraiaIcaraí
Praia de Icaraí, Niterói (RJ): 400 crianças no Procrie.
Ilustração: Beto Pimentel.

 

Conclusão

Esta a nossa oferta – um Projeto Educativo Nacional cujas linhas mestras estão já delineadas no Prezi. Pretende-se discutir e realizar práticas com novas perspectivas metodológicas, descortinando horizontes para a excelência em Educação.

 

 

 

Convidamos VOCÊ, PROFESSOR, a dar o Grande Salto para o séc. XXI!

Fonte:

www.procrie.com.br/sumario

http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie

NOVÍSSIMO SUMARIO COMPLETO 2013      (Excel)

 

 

Lições do Mundial de Basquete

Mundial da Turquia

Após acompanhar o desempenho de nossos brasileiros na NBA, e vê-los jogar no Mundial, fica a ilusão ou lição: jogar na NBA não significa que nossos jogadores são excelentes. Eis uma interpretação e lamento de apaixonado professor consignado na Comunidade Esportiva Virtual logo após a eliminação do Brasil no mundial de basquete da Turquia. Ele concita alguns jogadores a se esmerarem nos treinamentos, pois os três que atuam na NBA são simples coadjuvantes, poucos minutos na quadra, sem autonomia para decidir.  E segue: “Que sejam mais fominhas (= aquele que mais arremessa à cesta), que decidam, chutem (arremessem) e arrisquem mais. São jogadores oscilantes, sem poder de decisão, meros cavadores de faltas ofensivas. Positivamente, a NBA não é a melhor escola. Quanto aos demais, treinem, treinem, treinem e fiquem em ponto de bala. Amamos nossa Pátria e queremos o melhor para ela e torço de corpo e alma pelo nosso basquete. Enfim, temos um longo trabalho pela frente e um caminho a percorrer até 2012″.

Acrescente-se a fala de um comentarista de uma emissora de TV: (…) “ Mas também no Brasil não se joga basquete nas escolas”! Em outros tempos, sempre após as derrotas, ouvia-se “Nossos atletas não têm a BASE”.

A Metodologia na Formação. Estou citando este fato para alertar treinadores e professores a respeito do ensino desde a FORMAÇÃO, de modo que não estabeleçam desde cedo uma metodologia baseada na repetição de movimentos – ADESTRAMENTO. Ou alguém tem dúvidas que não temos a metodologia adequada? Basta voltar seu olhar para uma aula com crianças em qualquer desporto, seja ministrada por professor ou ex-atleta, para ter certeza desse descalabro que infelizmente se repete ano após ano. Certamente não contribuirá para o pleno desenvolvimento dos seus alunos e as queixas dos treinadores se perpetuarão por gerações.

Da sabedoria oriental extrai-se que nas derrotas é quando mais aprendemos; seria assim no Brasil? Creio que não. No país do futebol e agora também do voleibol, respira-se soberba e ignorância científica em favor de um punhado de pretensiosos que se julgam “do ramo”, isto é, militam no esporte há muito tempo e, portanto, têm o conhecimento pleno da verdade. E a sociedade está voltada exclusivamente para a vitória, que deve vir a qualquer preço. E o treinador vencedor é aquele que deve ser mais respeitado entre todos, pois é o “melhor”. Seria mesmo? Alguém poria em discussão o que ele afirma?

Métodos de Ensino. Em março desse ano escrevi textos sobre o tema e em um deles punha em discussão qual seria o método mais criativo e eficaz a empregar com a indagação: adestrar ou ensinar?

Nunca houve uma discussão pública a esse respeito no País. Os cursos sobre métodos são de fato úteis de alguma maneira? Imagino que para chegar a uma aceitação generalizada deve haver discussão aberta tratando de responder às seguintes questões:

  • Será que ensinar é ensinável? Ensinar é uma arte e uma arte é ensinável?
  • Existe alguma coisa que se possa denominar de métodos de ensino?

O que o professor ensina nunca é melhor do que o professor é. Ensinar depende da personalidade do professor – existem tantos métodos bons como existem professores bons.

Professor ou ex-medalhista?

Infelizmente, acostumou-se desde cedo a valorizar o campeão e “ver quem chega em primeiro”! É algo que tem a ver com a cultura futebolística, esporte profissionalizado, em que o importante é vencer. Não é à toa que até nossos dias se observe nesse meio a já famosa dança de técnicos a partir de sucessivas derrotas. Esta transferência de mentalidade para outros desportos contaminou-nos a todos, pois leva a concluir que “o melhor técnico é o campeão”. Isto contagiou e transformou-se em epidemia no meio esportivo uma vez que atinge também as nossas crianças ainda em formação. Quer um sintoma? Assista a qualquer disputa nas categorias mirim ou infantil; veja como se comportam professores, treinadores e os papais. Pobres crianças! E pior, por desconhecimento e ignorância de postulados metodológicos e pedagógicos, aqueles indivíduos que se prontificam – voluntariamente – a exercer a nobre missão de ensinar aos novatos os mistérios do desporto, invariavelmente repetem ou copiam as formas, os métodos, os exercícios (com ligeira adaptação) do treinamento de adultos.

Projeto com Responsabilidade Social

 

 

Subsídios para Atuação Nacional – Estados e Municípios 

Metas. Proporcionar e assegurar uma educação motora de QUALIDADE às crianças desde o ensino fundamental. Incrementar o convívio social e comunitário.

Milhões de brasileirinhos. Público alvo: professores e alunos de Educação Física; técnicos desportivos; alunos de escolas públicas e privadas; universidades.

Educação de Base com Qualidade. O ensino esportivo somente centrado na performance não corresponde às necessidades de uma educação fundamental pelo movimento tal como o concebemos na escola elementar.

O Brasil Todo Ganha. Dados internacionais mostram que programas de qualidade de vida dão retorno de US$ 2 a US$ 6 para cada US$ 1 investido em apenas dois anos. Se, após essa etapa inicial, cada indivíduo subir um grau seu nível de atividade física, já terá sido satisfatório. Ou seja, o sedentário passar a ser um pouco ativo, o pouco ativo se tornar um ativo regular e que esse entre no time dos muito ativos.

Como fazer?

1º – Fixar o foco dos trabalhos nas crianças. É notável o crescimento dos casos de obesidade infantil nos grandes centros urbanos brasileiros. Estimular a fixação das crianças nas escolas criando elos com a comunidade.

2º – Valorizar o Professor. Desenvolver uma Educação Física escolar em parceria com os próprios agentes educacionais em suas escolas, respeitadas suas dificuldades, características regionais e metas pedagógicas. Não fazer dos espaços escolares um modelo esportivo de alto rendimento. Pensar no aluno como criança, como indivíduo, e não como atleta; pensar como educador, não como técnico esportivo; pensar a reconstrução permanente das técnicas e de princípios pedagógicos, e não na sua padronização e imutabilidade, as famosas receitas que nos chegam de cima para baixo, autoritariamente. Capacitar o professor a interessar-se e a superar-se no seu mister, um exercício pleno de meritocracia.

3º – Criatividade como Moeda de Troca. Entendo que principalmente crianças e jovens – todos – devam ser instruídos na prática das mais diversas formas de diversão e lazer. Sirvo-me da mais moderna e eficiente forma de comunicação: a Internet. Solitariamente tenho me comunicado com o mundo neste sentido, alcançando incríveis marcas de acolhida às minhas propostas. O site apresenta visitas dos cinco Continentes (30 países, sendo Portugal o líder em audiência com 29 cidades) dando-me a certeza de que estou no caminho certo: “Falar diretamente ao professor, não importa onde esteja”.  É notável também a marca de 144 cidades brasileiras, representadas por 2.182 visitas/mês a mais de 5 mil páginas, uma marca espetacular que demonstra o interesse e avidez por bons projetos educacionais. E tudo isto graciosamente e sem qualquer propaganda. A criatividade é a minha moeda.

Meios. Compartilhar um Cronograma de Atividades a ser discutido com os agentes educacionais. A aproximação com o principal deles – o Professor – pode ser realizada através da Internet. Daí advém o valor do site, ferramenta ágil de comunicação e relacionamento interativo também entre professores e universitários. Com esta concepção, construí esse projeto virtual, o Procrie, com propostas exequíveis de Aprender a Ensinar e a discutir programas e projetos pedagógicos diretamente com docentes. Utilizo o método da indução, em que o docente passa a pensar o seu fazer: “dou-lhe a vara de pescar e não o peixe”. Trata-se de algo inédito e suficientemente criativo para dar certo, como pode ser percebido pela quantidade de acessos. Mais à frente estarei colocando os próprios alunos na “Rede”, isto é, criando um relacionamento entre crianças no Brasil e nas Comunidades Lusófonas ultramarinas.

Alcance. O poder de alcance da web é incomensurável. É de graça, permite livre acesso a qualquer momento, pode ser compartilhada com milhões de pessoas em qualquer parte do planeta, permitindo livre expressão. Querem um exemplo? Vejam o mapa do Google (“Cursos em Rede Nacional”) referente aos acessos no Procrie somente no Brasil. São visitas dos quatro cantos do país, certamente de professores interessados em novas técnicas de ensino, em seu próprio aperfeiçoamento. Em fim, percebem e querem melhorar o próprio desempenho na arte de educar. Não vejo de outra forma!

Recente comentário de Arlindo Lopes Corrêa, defensor pioneiro do uso de novas tecnologias educacionais no Brasil quando de sua gestão à frente do MOBRAL, refere-se à abrangência e competência do Procrie e deixa-me muito confortável nesta tarefa. Preocupa-me neste momento o alcance desejado do projeto consistindo nos cursos de Formação Continuada Presencial, isto é, o chamado ver para crer. Um paliativo seria o vídeo, que já imagino incluir futuramente no site, mas que também me acresce financeiramente e ainda deixa a desejar em alguns aspectos. 

A Voz do Professor. Este fator – a aula presencial – é limitador à plena execução do ensino que esclarece dúvidas e acrescenta os pequenos grandes detalhes, muitas vezes impossíveis de serem previstos. Seria uma aproximação para “ouvir a voz dos professores e dos alunos”, acolher suas dúvidas, dificuldades e depoimentos, atento às diferenças de personalidades e regionais. Torna-se necessário, então, que nessa segunda fase sejam proporcionadas aulas práticas, o que os tornaria agentes disseminadores do projeto em suas Regiões. Estaria também coletando imagens ilustrativas para os vídeos a serem inseridos no site. Isto nos leva à necessidade de deslocamentos e despesas e, consequentemente de um agente financiador e uma parceria regional que proporcione atender boa parte de nosso vasto território. Para tanto, um planejamento neste sentido se faria necessário em conjunto com órgãos de Educação estaduais e municipais.

A Quem Interessa Apoiar: Estados, Prefeituras – Secretarias de Educação, de Esportes, Saúde, Bem Estar Social –, Federações Esportivas, Comunidades.

Detalhes que Fazem a Diferença

Vivência. Os nossos movimentos são os nossos mestres.

Muitas vezes ouvimos treinadores dizerem: “Não tenho tempo para corrigir este ou aquele defeito em um atleta”, ou mesmo, “Deixe para mais tarde, quando terminada a competição”. Isto presenciei inúmeras vezes, principalmente no alto nível (seleções nacionais). No entanto a sequência de treinos obedece na sua essência aos mesmos ditames, quase que em sonolenta monotonia. Quer prova? Assista aos treinos de vôlei de praia ou acompanhe durante uma semana os treinamentos de qualquer equipe, inclusive “de ponta”. Como bem se expressou certa feita Maurício, levantador brasileiro campeão olímpico em 92, “Estamos entre as quatro melhores equipes do mundo; agora os detalhes fazem a diferença”.

Valor das experiências

O único educador capaz de formar novas reações no organismo é a sua própria experiência, a base principal do trabalho pedagógico. Não se pode educar o outro. É possível apenas a própria pessoa educar-se, ou seja, modificar as suas reações inatas através da própria experiência. Toda riqueza do comportamento individual surge da experiência. Cada ato ínfimo nosso tem o seu significado futuro. Um gesto descuidado, um movimento casual e uma brincadeira inocente, uma vez realizados já deixaram o seu vestígio no sistema nervoso e esse vestígio irá manifestar-se forçosamente talvez sem que o sintamos, mas o organismo o sentirá (metáfora do novelo). A seguir alguns conselhos aos alunos e atletas de qualquer modalidade esportiva, observando que cabe aos professores e técnicos serem tão somente os facilitadores desse desenvolvimento:

Conclusão

  • Use de tudo o que contribuir para o fortalecimento de novos motivos; coloque-se insistentemente em condições que o mantenham na trilha de um novo caminho.
  • Conserve em você a capacidade viva para o esforço com um exercício pequeno, voluntário e diário, ou seja, revele sistematicamente um heroísmo em pequenas coisas não indispensáveis para você, faça cada dia alguma coisa movido ao menos por alguma dificuldade de execução para que, quando vier a verdadeira necessidade, você não se sinta fraco e despreparado.
  • Nunca deixe de observar um novo hábito enquanto ele não se consolidar em você. Cada violação é comparada à queda do novelo (um recomeço). A continuidade (leia-se ritmo) do exercício constitui o meio principal para tornar infalível a atividade do sistema nervoso.

Valor das motivações. Aproveite o primeiro caso favorável que aparecer para por em prática a decisão tomada e procure atender a toda aspiração emocional que surja em você no sentido daqueles hábitos que você quer adquirir. As decisões e empenhos deixam no cérebro certo vestígio não quando surgem, mas no momento em que produzem alguns efeitos motores. O empenho de agir lança raízes em nós com tanto mais intensidade quanto mais frequente e continuamente nós repetimos de fato as ações e quanto mais cresce a capacidade do cérebro para suscitá-las.

Exercícios (II) – Bons Hábitos

Formação de bons hábitos . Diz-nos a Psicologia que o homem é um complexo vivo de hábitos e que em seu comportamento – espécie de reações organizadas – apenas 0,001 dessas reações é determinada por alguma coisa além do hábito. Por isso o objetivo do professor é infundir no aluno hábitos que na vida possam trazer proveitos. Pode-se afirmar, então, que 99% dos nossos atos são executados de modo automático ou por hábito. Todos os nossos atos e até mesmo as falas comuns consolidaram-se em nós graças à repetição em forma tão típica que podemos vê-los quase como movimentos reflexos: Para toda sorte de impressões temos uma resposta pronta, que damos automaticamente. Seria de bom alvitre não deixar de considerar o significado pedagógico dos exercícios a serem propostos na formação de bons hábitos. Para a aquisição de um comportamento consciente tenha-se em mente que antes de cometer algum ato temos sempre uma reação inibida, não revelada, que antecipa o seu resultado e serve como estímulo em relação ao reflexo subsequente: “Todo ato volitivo é antecedido de certo pensamento, isto é, acho que pego um livro antes de estender a mão para ele”. O fato básico é que a noção anterior do objetivo corresponde ao resultado final. Não estaria implícito aqui todo o mistério da vontade? (D. Wood)

Primeiro movimento. Quando penso em apanhar uma bola o estágio conclusivo depende do primeiro passo: de preparar-me em expectativa. A execução do primeiro movimento determina se toda a ação será executada. Logo, na minha consciência deve haver a noção sobre o primeiro movimento como réplica efetiva para todo o processo. Essa concepção do primeiro movimento que antecede o próprio movimento é o que constitui o conteúdo daquilo que se costumou denominar “sentimento do impulso”. Este sentimento é uma modalidade de concepção antecedente sobre os resultados do primeiro movimento físico que deve ser executado. Noutros termos, toda a vivência consciente e o desejo, incluindo o sentimento de decisão e de impulso, são constituídos pela comparação das concepções sobre os objetivos que competem entre si. Uma dessas concepções chega a dominar, associa-se à concepção sobre o primeiro movimento que deve ser executado. E esse estado de espírito passa ao movimento. Temos a sensação de que o movimento foi suscitado pela nossa própria vontade, porque o resultado final obtido corresponde à concepção anterior sobre o objetivo. (D. Wood)

Relembre um de seus despertares em dia frio e os momentos que antecedem sua saída da cama: com certeza já travou um diálogo interno – o famoso mais um minutinho – que o faz adiar o ato de se levantar. Ou, então, realize o seguinte experimento com um dos seus alunos: coloque-se a 3m dele segurando a bola numa das mãos, tendo o braço esticado na horizontal. Repentinamente, deixe a bola cair para que ele tente alcançá-la antes que toque o solo. Esta é sem dúvida uma ação capaz de formar novas reações no organismo do indivíduo e à sua própria experiência – a base principal do trabalho pedagógico. “Não se pode educar o outro, mas a própria pessoa educar-se. Isto implica modificar as suas reações inatas através da própria experiência (os ensaios, as resoluções de problemas). Afinal, não duvide, toda riqueza do comportamento individual surge das experiências”.

Finalmente, ainda considerando a formação de bons hábitos, indaga-se: “Qual o primeiro movimento físico que deve ser executado pelo atleta logo após o sentimento de impulso”? Algumas observações simples podem ser realizadas, por exemplo, a partir de lançamentos sucessivos da bola para um indivíduo que a recolherá ou rebaterá sem deixar tocar o solo. Dependendo da posição que ocupam em dado momento (frente um para o outro, ao lado ou atrás) a distância entre eles, a trajetória e a velocidade do lançamento, pode-se criar um novo hábito a partir de novos motivos. Na prática, conduzi o grupo de atletas do América a tomar consciência desse “despertar” para o sentimento do impulso. Desde o início de nossos treinos percebi que nenhum deles atentou para o fato. Imagino que raríssimos treinadores no Brasil percebam esse detalhe, fundamental para uma boa técnica de defesa. As primeiras instruções levaram-nos a descobrir e a tomar conhecimento teórico específico. A seguir, passamos à prática regular com exercícios simples e repetitivos – deixar a bola cair da mão a uma distância de 3m – e observar como e quando o indivíduo se desloca; em que altura toca na bola e, finalmente, como realiza este toque. A pouco e pouco foram formando-se novos hábitos e através de brincadeiras e desafios – componente emocional – alcançaram níveis nunca antes imaginados. Esses e outros detalhes contribuiram para ao final da temporada receberem os maiores elogios dos próprios adversários. Eu mesmo fui contemplado, quando o saudoso Adolfo Guilherme, técnico mineiro consagrado, indagou-me após um de nossos jogos: “O que fazem vocês que tanto defendem”? Em outras palavras, “Como treinam para defender tanto”?

O hábito é a nossa segunda natureza. Observe-se que o novo sistema de ações (primeiros ensaios), é de muita observação e estudos. A atenção é elevada. Cabe ao professor atenuar o sentido da atividade facilitando ao educando trilhar novos caminhos. Por isso, o exercício se desenvolve inicialmente de forma lenta e depois cada vez mais rápido, aperfeiçoando-se aos saltos, provocando mudanças na disposição das moléculas do cérebro: a parte principal consiste em fazer do sistema nervoso nosso aliado e não inimigo. Na medida do possível, tornar habituais e automáticos o maior número de ações úteis e combater a consolidação de hábitos que possam trazer danos à ação (correções necessárias e cabíveis). Quanto maior for o número de hábitos corriqueiros que consigamos tornar automáticos e fazer com que dispensem esforços desnecessários, tanto mais as nossas capacidades intelectuais superiores terão liberdade para a sua atividade a seguir.  (D. Wood)

Movimento imperceptível. Chamo a atenção para o detalhe da posição de pernas e pés do atleta, ainda na posição de expectativa e, a seguir, no seu primeiro movimento a partir do movimento de impulso. Invariavelmente, há o que chamo de um sobre-passo, uma troca de posição dos pés subrreptícia, imperceptível a olhares menos atentos e ao próprio executor. Ao que me parece, trata-se de movimento nocivo que deve ser eliminado da memória do atleta a favor de um outro, mais eficaz e benéfico (técnica).

Aprendizagem ativa. O que o professor diz na sala de aula não é de forma alguma pouco importante. Mas, o que os alunos pensam é mil vezes mais importante. As ideias deviam nascer na mente dos alunos e o professor devia agir apenas como uma parteira. Este é o clássico preceito socrático e a forma de ensino que a ele melhor se adapta é o diálogo socrático. “Não partilhe o seu segredo todo de uma vez só – permita que os alunos o adivinhem antes que o diga – deixe que descubram por si mesmos, tanto quanto for possível”. (Pólya)

Voltemos à praia. Pelos idos de 1997-98 fui convidado a treinar alguns rapazes e moças que desejavam figurar no Circuito de Vôlei de Praia do Banco do Brasil. Treinamentos diários, das 7h às 11h, de 2ª à 6ª e, aos sábados, compromisso de realização de um jogo sem interferência do técnico. Após ensaios de exercícios básicos durante um período razoável, passamos a sugerir que os próprios participantes incentivassem e corrigissem seus colegas, o que se tornou uma constante. Mais à frente, estimulamos que participassem e decidissem a formulação de um ou outro exercício específico, do qual tirava proveito de seus comentários – nada mais do que uma desejável atitude de pensamento.

Uma atitude interessante a este respeito – não partilhe o seu segredo todo de uma vez só – o que para nós trata-se de “uma carta na manga”, pude realizar com o grupo em relação ao gesto técnico utilizado em momentos de defesa de bolas que denomino ‘em situação limite’: arremessada à distância considerável, pouco veloz, ou mal rebatida por um companheiro. Como recuperá-las eficientemente? Após alguns ensaios e uma vez que não encontravam uma solução para efetuarem a defesa e o passe adjacente conversamos a respeito chegando-se à seguinte conclusão: 1) nos casos limites a recuperação da bola deve ser com o emprego de uma das mãos, e não de manchete; 2) a mão que tocar a bola deverá ser a que facilite o passe para sua própria quadra, recuperada para o companheiro; 3) o toque na bola propriamente dito deverá ser executado o mais rente ao solo, permitindo ganho de tempo para a decisão: “para onde enviar a bola”? Imagino ter feito o trabalho de parteira de que fala Pólya. Daquele grupo nunca me preocupei que despontasse um campeão, mas estou certo que ganharam muito mais como indivíduos conscientes com elevada auto-estima… E aprenderam a pensar.

Conclusão. A partir desse conhecimento e independentemente do assunto, caberá ao professor (ou treinador) despertar seus pequenos alunos para a aquisição de bons hábitos, entendidos aqui como “boa técnica”. Esta é Educação de Base, verdadeiro contributo ao desenvolvimento pleno do indivíduo para a vida.

Mini Voleibol

Aprender Brincando e Jogando

Proposta de ensino escolar

O Minivoleibol é um instrumento didático para um aprendizado duradouro, que se impõe por sua originalidade, renovação e valor educativo. É revelado como um caminho dos mais promissores para a prática da Educação Física no sistema escolar. Constitui-se numa iniciativa para milhares de crianças. Passa pela construção de um Centro de Referência inédito no País e se viabiliza como elemento de desenvolvimento da QUALIDADE TOTAL na educação de base. Chamo a atenção dos professores lotados em escolas públicas (e mesmo particulares) para o fato de que a sua prática é de grande aceitação entre o público feminino, a esmagadora maioria (90%) em todos os cursos que realizei pelo país. Ademais, percebam como as meninas estão tão abandonadas em suas atividades curriculares básicas em Educação Física.

Minha proposta é uma contribuição para verdadeira cruzada dando início a novos tempos de pesquisa e experimentação, pré-condição para a concepção, testagem e concretização de projetos capazes de enfrentar e superar as dificuldades que se antepõem à prática da Educação Física escolar no Brasil. Sabemos todos da carência de novas idéias no setor. Ressalte-se que o trabalho a ser proposto respeita a orientação e proposta pedagógica da escola e ao mesmo tempo valoriza o papel de seus docentes. Torna-se, então, mais um instrumento para alavancar a chamada  ‘Educação de Base’.

Selo de Qualidade

O trabalho está representado por Metodologia pioneira apresentado em universidades e entidades, pronto para expandir-se em programas de forte apelo comunitário e educacional, pois não se cogita a prospecção de talentos, mas a participação e inclusão de TODOS. Atuei em favelas, praias, escolas públicas e particulares, clubes, Centro de Excelência Rexona, além de participações internacionais – Argentina e Suécia. Atualmente empenho-me em compartilhamento com os portugueses através do site www.sovolei.com, ampliando o horizonte de pesquisa.

A seguir, apresentarei uma proposta desenvolvida pela Federação Italiana de Voleibol, com base em experiências de seus professores e treinadores. Trata-se da “Progressão do Campo de Jogo e da Educação Motora das Crianças”. Até lá.