
Nesses últimos dias brasileiros e poloneses se duelaram nas quadras e nas areias. Pela Liga Mundial foram realizadas quatro partidas, todas vencidas pelo Brasil, e neste fim de semana, na Noruega, a dupla polaca Fijalek e Prudel enfrentou os campeões Márcio e Ricardo, tendo sido derrotada com relativa facilidade por 21×18 e 24×22, em apenas 44 minutos.
De certa forma, sinto uma ponta de orgulho, pois o Márcio, canhoto, foi treinado por mim em Niterói (Praia de Icaraí), quando se propôs a fazer dupla com o também novato Frederico (Fred). Não me recordo por quanto tempo (se 2 ou 3 meses), mas imagino que ambos aproveitaram bem as lições: o primeiro é medalhista olímpico, campeão mundial e brasileiro em várias oportunidades; e o segundo, coroado “Rei da Praia” em 2000 nas areias da Praia de Ipanema, Rio de Janeiro, tendo atuado por vezes em torneios nos Estados Unidos.
Detalhe – Despertou-me atenção um detalhe que pode ser visto melhor com o clique sobre a foto acima. Trata-se da aplicação da marca de um dos patrocinadores (Swatch) na rede. Possivelmente ao olhar de frente não ofereça dificuldade aos atletas, mas para mim é novidade. Gostaria de ver ao vivo.
Na Liga Mundial já dissemos em outra oportunidade sobre os confrontos entre as duas equipes. Agora, após o sorteio das chaves para o torneio final, creio que a Polônia (chave E) estará levando uma vantagem considerável, não só por atuar em casa, mas também por ter como adversárias equipes com retrospecto mais fracos: Argentina, Itália e Bulgária. Enquanto isto, na outra chave (F), chamada “Chave da morte”, estarão Brasil, Estados Unidos, Cuba e Rússia. Lembro que as duas derrotas brasileiras foram justamente para a equipe americana. Enquanto isto, a Rússia só teve uma derrota diante da Bulgária, e realizou a melhor campanha do torneio classificatório.
Deu no Terra: Atrás do décimo título da Liga Mundial, o Brasil já sabe quem enfrentará no meio do caminho. Neste domingo, a FIVB (Federação Internacional de Vôlei) divulgou os grupos da fase final da competição, que será realizada entre os dias 6 e 10 de julho, em Gdańsk, na Polônia. De quarta a sexta, as equipes enfrentarão os rivais dos próprios grupos. As duas melhores seleções de cada chave avançarão às semifinais, que têm data marcada para o próximo sábado, dia 9. A final e a disputa de terceiro lugar serão realizadas no dia seguinte, 10 de julho.
A FIVB ainda não divulgou a ordem e os horários das partidas. No entanto, as partidas do Grupo F têm horário reservado, de quarta a sexta, às 6h e às 8h30 (de Brasília). Os jogos do Grupo E também acontecerão em dois horários: 12h15 e 15h (também de Brasília). As semifinais estão programadas para as 12h e 15h, enquanto a decisão será realizada às 15h. Esta será a segunda vez que a fase final da Liga Mundial reúne oito equipes na disputa. A primeira foi em Madri, em 2003, quando o Brasil conquistou o terceiro dos nove títulos dele na competição.

Nunca é demais lembrar aos leitores que esses jogos foram criados para manterem as seleções nacionais em atividade proporcionando a propalada renovação e experiência internacional, uma vez que os campeonatos Mundiais e Olímpicos só ocorrem defasados de dois anos. Além disso, constituindo-se em um atrativo a mais, os prêmios em dinheiro, rateados entre os atletas participantes.

Na Copa Yeltsin, mais Brasil e Polônia
A Seleção Brasileira feminina de vôlei estreia nesta terça-feira contra a Holanda na Copa Yeltsin. O Brasil é representado no torneio por sua equipe B, comandada por Cláudio Pinheiro, já que o time principal disputa a Copa Pan-Americana no México. As brasileiras estão no Grupo A, ao lado de Holanda e Polônia. No Grupo B estão Ucrânia, China e Rússia.
História – XXI Jogos Olímpicos, Montreal, Canadá (1976)
Por último, imagino que de tanto jogarem uns contra os outros, moças e rapazes, dentro em pouco as equipes dos dois países estarão atuando da mesma maneira. Lembrem-se da equipe polonesa campeã olímpica em Montreal que, na partida final contra a URSS (ambas as equipes invictas), proporcionaram um espetáculo sensacional. Esta foi a partida mais longa da história do esporte – 4 horas e 36 minutos – com uma atuação impecável do atacante Tomasz Wojtowicz, que realizava ataques indefensáveis vindos do fundo da quadra pela primeira vez no mundo. Ao Brasil restou a sétima colocação.
Alguns anos depois o Brasil passava a atuar da mesma forma com Renan e Xandó atacando do fundo na posição II. Em consequência, os mesmos começaram a sacar com corrida e salto (“viagem”) já no Mundial da Argentina, 1982 e nas Olimpíadas de 1984. Atualmente, está consagrado por quase todos os atletas. Entretanto, reparem que em alguns jogos do Brasil o técnico Bernardinho orienta seus comandados para que saquem de outra forma, com a finalidade precípua de não errarem e tentar garantir o ponto no bloqueio ou defesa.
