Residência Pedagógica & Estágio Supervisionado

 

Valor do Estágio Supervisionado

 

 


O Que se Pretende Mudar? 

 

 

Lembrando que …

Todos estão sempre reclamando das coisas, mas raramente oferecem soluções para elas”.

Construindo um Protótipo

 

 

Diretrizes Curriculares

Apresentamos um diagnóstico realizado em diversos segmentos escolares e acadêmicos na disciplina Educação Física e Esporte. Está consignado no Manual de Engenharia Pedagógica em sua parte primeira.

 

 

Por que um Centro de Referência?

Acrescentamos reflexões a respeito da formação docente e a qualidade da educação em nossos dias.

 

 

A formação docente e a qualidade da educação: respeito ao mínimo

[…] Pensar a melhoria da educação brasileira remete, antes de qualquer coisa, ao cumprimento do que já está escrito na LDB, há vinte anos. É preciso reverter um quadro em que o respeito à lei, naquilo que é mais essencial, deixou de ser um direito de todos, para se tornar um privilégio de alguns. […] – por Guilherme Perez Cabral (UOL, 11.4.2015)

Difusão em tempo real, a Internet

Objetiva-se criar um Centro de Referência em Iniciação Esportiva que catalise e seja irradiador de novas formas de pensar a Educação Física e a Iniciação Esportiva a partir do ensino fundamental em seus principais vetores – a educação do movimento, o corpo, a preparação para o lazer – e uma construção integral do indivíduo, educacional e filosófica. É uma proposta metodológica para o ensino esportivo, contudo sem abandonar atividades genéricas que vão desde as formas ditas naturais – saltar, lançar, pular, correr – mescladas com formas simplificadas dos conteúdos encontrados na pedagogia das diversas modalidades. Incluindo-se compartilhamento interdisciplinar.

O que se espera?

Os resultados deverão resultar em promessas ao trabalho dos estagiários, abrindo portas para uma multidão ávida por novas práticas.

Monitoria e tutoria

Acadêmicos poderão ser contratados como monitores em diversos municípios. Pode-se concluir que a mediação por parte do(a) supervisor(a) do estágio é fundamental nas mudanças, entretanto, a escolha das escolas é importantíssima, visto que os estagiários poderão romper ou não com as reproduções que a sociedade impõe. Faz-se necessário um acompanhamento à distância para assegurar-se que mudanças podem sair do papel e que o estágio supervisionado é uma ferramenta pedagógica imprescindível.

 

 

COMO FAZER?

 

Obstáculos a ultrapassar nas investigações

 

— Seria possível mudar a percepção dos novos professores sobre a educação física a partir dos estágios?

— A metodologia empregada pelo professor seria fator de mudança?

— Haveria clima de inovação nas escolas, um novo modelo que contemple a interdisciplinaridade?

 

 

Heurística, como resolver problemas

 

A heurística é um procedimento que, em face de questões difíceis envolve a substituição de respostas para um projeto por outras de resolução mais fácil a fim de encontrar soluções viáveis, ainda que imperfeitas. Podendo tal procedimento ser tanto uma técnica deliberada de resolução de problemas, como uma operação de comportamento automática, intuitiva e inconsciente. Em outras palavras, é um método de aproximação das soluções dos problemas que não segue um percurso claro, mas se baseia na intuição e nas circunstâncias a fim de gerar conhecimento novo.

O que é: método e técnica

Dito de maneira simples, o método de Pólya é um método de resolução de problemas matemáticos. Mas atenção; ele não descreve os passos para resolver um problema matemático. Isto seria uma técnica. Uma técnica descreve em baixo nível o que é necessário pare realizar uma ação.

Por exemplo; para somar dois números de dois ou mais dígitos você deve primeiro colocá-los um em cima do outro, alinhados pela unidade. Depois, iniciando da esquerda para a direita somar primeiro as unidades, depois as dezenas, as centenas, milhares e assim por diante até os números terminarem, não se esquecendo de levar de uma casa para outra todos os valores iguais ou maiores que a dezena (é o “vai um”).

Neste exemplo você percebeu que técnica é a maneira de fazer algo. Já método é a maneira de pensar algo. Isto quer dizer que o Método de Pólya ensina a pensar o problema de modo a descobrir a solução, ou seja, a técnica que vai fazer com que o problema seja resolvido. De forma muito resumida, são quatro as etapas que ele propõe:

Compreender o Problema

Planejar sua Resolução

Executar o Plano

Examinar a solução

Leia mais…  http://www.procrie.com.br/2014/03/09/heuristica-como-resolver-problemas-23543/

 

 

 

INTERAÇÃO E CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

 

 

Tatear Pedagógico

Como e em que circunstâncias a cooperação e a comunicação levam à construção conjunta de conhecimento e compreensão entre crianças?

Por entendermos que circunstâncias são elas mesmas indeterminadas ou indefinidas, e se associam ao tempo ou ao momento oportuno para estabelecer a maneira correta de agir (Aristóteles), passamos a criá-las em “laboratório” – um protótipo.

 

Interação entre alunos e professor

Em se tratando de grupo numeroso de aprendizes, inicialmente trata-se assunto na esfera da interação entre colegas e não propriamente com o professor. O alcance parece ser bem mais significativo, desde que se identifiquem lideranças capazes desse assunto. Não é difícil descobri-las ou mesmo encorajá-las.

 

Tatear experimental

Através do tatear e da possibilidade de relatar as próprias vivências, as crianças desenvolvem sua autonomia, seu juízo crítico e sua responsabilidade. Para muitos, a escola tradicional é inimiga desse método, permanecendo fechada, contrária à descoberta, ao interesse e ao prazer da criança.

Ao final de cada aula resumir o que foi realizado e incentivar escritos ou verbalização de algo característico contido nas atividades.

 

 

DIDÁTICA

 

Tentativas e erros

A aprendizagem por tentativas e erros representa um modo primitivo lento, e às vezes pode parecer ineficaz. Chamamos a atenção dos educadores para os imperativos sociais e a necessidade de chegar a resultados rápidos, traduzidos em uma atitude mais intervencionista, atraindo a atenção do aluno sobre tal ou qual aspecto particular do movimento. Para uma aprendizagem eficaz recomendamos:

Crianças aprendem sozinhas?

 

— Partir dos automatismos naturais da criança.

— Voltar frequentemente à realização global a fim de que se consolidem as aquisições.

— Atenção para um só detalhe de cada vez.

 

Método da gradação de ajuda

O esquema vai da ajuda verbal geral até a demonstração: metáfora do andaime.

— Será que não há outro jeito?

— Olha o que acontece quando eu faço isto!

Quando se trabalha com crianças pertencentes a grupos de baixa capacidade e terapêuticos, descobre-se que suas atividades autorreguladoras são insatisfatórias. Atribui-se a carência de tais habilidades a duas razões: pouco contato com indivíduos que as utilizam ou precisam de mais experiências que as outras crianças para aprender a executá-las.

 

Aprendizagem ativa               Observância à teoria mielínica

A aprendizagem deve ser ativa, não meramente passiva ou receptiva. Dificilmente se consegue aprender alguma coisa, e certamente não se  consegue aprender muito, simplesmente por ler livros, ouvir palestras ou assistir a filmes, sem adicionar nenhuma ação intelectual. A melhor forma de se aprender alguma coisa é descobri-la por si próprio. Isto deixa um caminho na mente que se pode percorrer novamente sempre que se tiver necessidade.

 

Busca da autorregulação     Ensinando a pensar

A autorregulação é atividade particular, invisível e inaudível. Para ajudar as crianças a descobrir como regular a própria atividade de resolução de problemas buscou-se externalizar o processo de autorregulação, como os de fazer perguntas para si mesmo, lembrar-se, procurar novos indícios, tentar ver o problema a partir de outro ângulo. Para tanto, representa-se esse tipo de processo enquanto resolvem-se problemas junto com as crianças. Aquilo que conseguem realizar com um pouquinho de orientação de um perito é muito superior a seus esforços solitários.

 

Uma aula sem o professor

 A atual pedagogia gira em torno de como conseguir que o papel do professor se aproxime o mais possível de zero de modo que, em vez de desempenhar o papel de motor e elemento da engrenagem pedagógica, tudo passe a se basear em seu papel de organizador do meio social. Além disso, são levadas a ampliar o tempo de aprendizado em outros momentos sem a presença do professor.

 

 

Instrução individualizada ou em grupo?

 

— Primeiro dilema que se nos depara: Como ensinar?

— Que devo ensinar primeiro, a técnica – fundamentos – ou o jogo propriamente dito – tática?

 

 

APRENDER BRINCANDO E JOGANDO

 

A experiência ensina que os indivíduos estão ali para se divertir e brincar. Se lhes é proporcionado esse quesito teremos realizado seus desejos. A sugestão é que lhes sejam garantidas diversão e instrução, isto é, em cada sessão, exercícios técnicos e jogos. E para que esses exercícios não se tornem enfadonhos e despropositados, que sejam propostos de forma lúdica: ficam preservados ganhos psicológicos e participação mais intensa.

 

O tempo que destinaria ao aquecimento recomenda-se que os alunos brinquem com o objeto do seu desejo, a bola. Se não tiverem intimidade com ela, seu aprendizado estará demasiadamente prejudicado. Se for possível, uma bola por indivíduo, caso contrário, o professor diligenciará para que cada um tenha o máximo proveito nestes contatos iniciais de malabarismos, lançamentos etc.

 

A linguagem a propor          Dinâmica da aula

Colégio Catarinense, Florianópolis.

Linguagem proposta – Utilizar um estratagema em que, fazendo uma pequena encenação teatral, consiga que a cada proposta de exercício ainda não conhecido, TODOS os alunos se reúnam no centro da quadra. Ali, enuncia-se e já se realiza rápida demonstração com alguns deles, sem a preocupação de detalhes.

 

Discussão e interação – Dali retornam aos seus lugares e, por sua conta, dão início à tarefa. É bem possível que neste momento haja uma dificuldade que deve ser compartilhada pelo grupo para a consecução da tarefa.

Dinâmica – Para manter o ritmo dos exercícios, pode-se usar recurso bem simples: o grupo que utiliza a quadra central será sempre o “demonstrador do dia”. São instruídos previamente a cada nova demonstração, antes de serem convocados ao centro.

 

Festival no Maracanãzinho, Rio.

 

Metáfora do andaime

A partir da construção dessa linguagem pode-se aquilatar o ponto onde o aprendiz está e desenvolver uma psicologia de forma harmoniosa. Estes desafios são superados à medida que são propostas novas tarefas.

300 alunos divertem-se em Copacabana.

 

           Alunos se divertem no recreio.

 

Nesse momento a observação recai em “como cada grupo está realizando (pensando) sua tarefa”. A partir de agora a tarefa do professor torna-se mais difícil, pois se trata de saber “como e quando” intervir. Um auxiliar poderoso poderá ser um dos próprios alunos do grupo com alguma experiência ou liderança, ou ainda, pequenos lembretes como: “Vejam como o grupo vizinho está fazendo”!

 

As possíveis perdas nesta fase são insignificantes face aos ganhos inequívocos quanto à maneira de pensar futura, que passa a integrar a personalidade do indivíduo. Além disso, como o objetivo nesta fase é exatamente “conhecer a linguagem”, convém que o professor administre muito bem a quantidade de ensaios a propor e o respectivo tempo de execução.

 

Por enquanto, esqueça as correções técnicas. Considere que as tarefas não recaíram somente na administração de exercícios, mas também na “conquista” da comunidade, através de serviços voluntários de limpeza e lavagem do ginásio (mutirão) envolvendo os próprios alunos e suas mamães, o convite à participação de monitores, a aceitação de pequeninas crianças para brincadeiras paralelas e a recepção a jovens de outras comunidades.

 

Avaliando o processo         Reflexão na ação

Até então nunca se encontrou maneira confiável de realizar os objetivos propostos no planejamento de projetos. Todavia, tenho absoluta certeza que se houver continuidade neste tipo de trabalho criaremos a possibilidade de identificar na prática caminhos para o desenvolvimento futuro na educação daquele grupo. Estivemos mostrando como aproveitar em sala de aula estes recursos potencialmente valiosos de aprendizagem e ensino, mesmo em condições não muito favoráveis, para as quais procuramos encontrar soluções e nunca nos queixarmos dos problemas. Para espíritos empreendedores – design thinking – as adversidades muitas vezes são desafios a serem transpostos. Nesses momentos devemos balizarmo-nos em alguns princípios utilizando nossa intuição e experiência, colhendo frutos virtuosos. Todavia, sabemos que temos muito a percorrer até encontrar o melhor procedimento.

 

Numa época em que muitos desafios e oportunidades novas surgem na educação, graças ao advento de novas tecnologias e subsídios computadorizados à aprendizagem e à instrução, achamos que vale a pena lembrar-se das dimensões sociais e interativas do crescimento e desenvolvimento humanos que a educação física e os desportos suscitam. Concordo que os recursos mais preciosos continuarão apresentando-se sob a forma humana.

 

CONCLUSÃO

 

  1. O desenvolvimento de uma teoria eficaz do “ponto onde o aprendiz está” e a construção de uma “psicologia do assunto” que seja operável representam desafios formidáveis.
  2. Quando se está trabalhando com uma classe grande a combinação de ambas as teorias para saber qual o “próximo passo” a dar aparenta ser uma exigência impossível.
  3. Neste particular, o professor torna-se um privilegiado em relação ao técnico desportivo.

 

 

          Nas escolas, TODOS participam                       

 

 

 

 

 

 

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Educação e Esporte nas Escolas

 

Ensino Avançado

Perspectiva de Bom Aprendizado

 

Ilustração: Beto Pimentel.

 

Ouvindo a Voz do Povo

 

Ilustração: Beto Pimentel.

 

Desde ago./1988 vimos realizando eventos com centenas de crianças na praia de Icaraí e, posteriormente, em Copacabana. Afora, dezenas de visitas a escolas – Rio, Niterói – para demonstrar o método que preconizamos para o ensino do voleibol. É algo bastante diferençável do protagonizado por universidades e a Confederação Brasileira de Volleyball, mesmo em seu programa Viva Vôlei, este já com os dias contados.

Em nossas andanças por Niterói somos abordados por mães que desejam que seus filhos – em especial meninas – frequentem um bom ambiente de iniciação esportiva no voleibol. Os clubes estão falidos, desinteressados da promoção de competições, limitam-se a alugar seu ginásio a treinadores das escolinhas, sem qualquer vínculo educacional de qualidade.

 

Reflexos da Sociedade

 

Cremos estar muito próximos de uma solução atraente para as crianças aprenderem a usar seus aparelhos… E é claro, a se mexerem!

 

— Iphone, smartphone, tablets… viralizaram”?

— Como combater um processo epidêmico?

 

“Jovens de 19 anos se mexem tão pouco quanto quem tem 60 anos”

As descobertas, publicadas na revista Preventive Medicine, ajudam a explicar a crescente epidemia de obesidade entre crianças e adolescentes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda pelo menos 60 minutos de atividade física moderada a vigorosa por dia para crianças de 5 a 17 anos. Mas, segundo o estudo, a orientação não é seguida por mais de 25% dos meninos e 50% das meninas de 6 a 11 anos. Nem por mais de 50% dos garotos e 75% das garotas de 12 a 19 anos.

Os autores sugerem que as campanhas não devem apenas estimular a prática regular de exercícios, como também que se espalhe essas atividades ao longo do dia. Vale lembrar que, além de afastar o risco de doenças, suar a camisa favorece o aprendizado e a memória.

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Fonte: http://doutorjairo.blogosfera.uol.com.br/2017/06/20/jovens-de-19-anos-se-mexem-tao-pouco-quanto-quem-tem-60-anos/

 

 

Ação Ministerial

 

Na esfera da educação e dos esportes no Brasil, vale lembrar a feliz menção do blogueiro José Cruz em sua decisiva mea culpa:

“A disputa entre educação e esporte é antiga. A falta de diálogo também. O próprio Ministério do Esporte não consegue avançar no entendimento sobre a prática da educação física nas escolas públicas e o assunto se esparrama por décadas.[…] Somos um país olímpico, mas ainda estamos no Terceiro Mundo da integração do esporte com os estudos”.

Nota: faltou lembrar a ação de se esperar do Ministério da Saúde, se é que existe.

Cada gestor educacional, político ou não, tem seus interesses que prevalecem sobre toda e qualquer aspiração legítima dos cidadãos. Pelos dizeres do bloguista percebe-se o caos em que nos encontramos em matéria de ensino há muitos anos e ao que nos relatam os fatos atualmente, pelo menos mais uma geração não será beneficiada por boas práticas educacionais. Indagados certa feita a respeito:

— Por que não oferecer este projeto a algum órgão governamental?

Possui características de emprego nacional, é inédito, revolucionário, e de baixo custo. Tem tudo para dar certo…! Todavia, nosso empenho e exemplo não frutificaram. Em resposta fomos pontuais:

— Você entregaria anos de estudos, pesquisas, idas e vindas em busca de apoio, tempo e dinheiro investido em variadas aparições, a um órgão ministerial?

— VOCÊ, o que faria?

 

 

Um Protótipo “ao vivo”

 

 

Durante três ou quatro anos estivemos com projetos na praia de Icaraí (Niterói-RJ), chegando à marca de 400 alunos (200/turma) praticando o minivoleibol regular e gratuitamente. Terminado o ciclo de cursos para acadêmicos e poucos professores, nada restou. Em seguida, durante dois anos, o treinamento de atletas de vôlei de praia profissionais para ambos os sexos, agora remunerado.

Em uma atitude ousada, levamos a efeito por 9-10 meses dois cursos simultâneos: um na praia de Icaraí, e outro na praia de Copacabana. Ambos em dias alternados da semana, com independência total de material, professores e equipe de apoio. Um sucesso!

Foram momentos gratificantes, de grande aprendizado, mas que também não despertou o interesse de estudantes ou professores.

Certamente, pela incompatibilidade de horários e frequência às aulas, ou trabalho. Mas quando levamos o projeto à praia de Copacabana, Rio, logo descortinamos possibilidades de mídia fácil, especialmente quando convidamos a seleção feminina com o técnico Bernardinho para uma visita especial.

Tamanho foi o sucesso, que o treinador solicitou-nos a compra e acervo  pedagógico para futura a implantação em Curitiba (PR), no Centro Rexona localizado no ginásio do Tarumã.

E o então presidente da Confederação Brasileira de Volleyball, Ary Graça, morador de Copacabana, viria a nos convidar a implantar e coordenar o programa Viva Vôlei da entidade.

 

 

Formação de Professores

 

EUA, Finlândia

 

Já vimos em outras oportunidades comentários sobre o ensino na universidade de Harvard e na Finlândia, inclusive com visitas ao Brasil das respectivas educadoras, Dra. Katherine Merseht (Construindo uma Escola Inovadora) e Marjo Kyllönen (O Futuro da Escola no Brasil). Ambas acentuaram os progressos auferidos com os estímulos proporcionados à formação de bons professores e, sem dúvida, o valor do emprego de novas tecnologias a favor da Educação.

 

Katherine MersehtRepensando como Educar Indivíduos

 “À frente de um dos cursos mais concorridos de Harvard, a prestigiada educadora diz que treinar gente talentosa para dar aulas é a fórmula para qualquer país trilhar o caminho do crescimento.  A fórmula se baseia na atração de jovens recém-formados, das engenharias às ciências biológicas, que ali aprendem a ensinar crianças de escolas públicas, onde vão trabalhar depois”.

 

 

Marjo Kyllönen…  A Escola do Futuro Já Existe

“Não faz mais sentido manter um ensino enciclopédico e aprisionado em disciplinas. Esqueça o colégio entre quatro muros. A nova concepção de ensino prevê que a criança disponha de fontes de aprendizado permanente – e não se trata só de tablets e computadores. Mestres que se veem na zona de conforto, senhores de suas áreas, agora precisam trabalhar o tempo todo em conjunto. Cada um dos professores mostra à turma como certo fenômeno pode ser entendido sob a ótica de sua matéria. “É claro que houve resistência, mas aí veio a descoberta: se você dá treinamento, material e incentivo à mudança, ela ocorre. A escola que adere ao novo modelo e traz resultados, p.ex., ganha bônus para seus professores”. 

 

 

Brasil, Inglaterra, Portugal 

 

Com base no artigo Teremos professores no futuro? Priscila Cruz

 

Brasil

[…] “Estamos em 2017, e, mesmo com o rápido avanço da educação à distância, essas imagens tecnológicas de uma escola quase artificial não se tornaram realidade. Por duas razões: primeiro porque não há tecnologia que substitua um bom professor e porque nosso problema não é o fato de as máquinas substituírem gente, mas sim a falta de seres humanos na docência. […] A crônica falta de atratividade da carreira de professor está fazendo com que cada vez menos jovens invistam nela como futuro profissional, comprometendo o futuro da educação brasileira e do próprio país. A questão é complexa. […] O número de pessoas que ingressam nos cursos de formação docente do Ensino Superior no país seria suficiente para suprir a demanda de professores na Educação Básica – porém, o que falta é interesse em lecionar. Temos profissionais suficientes para ocupar vagas em todas as disciplinas (com exceção de física) nas escolas de todo o Brasil, porém as condições da profissão repelem grande parte dos potenciais docentes. Ou seja, a falta de atratividade da carreira de professor (o grifo é nosso) está fazendo com que cada vez menos jovens invistam nela como futuro profissional”. […]

 

Comentários Procrie 

 

Todos sabemos o que fazer. O problema é como fazer!

Com a devida vênia, a articulista repete fatos já conhecidos há muito, reflexo de  uma classe que foi e continua sendo mal preparada pelas universidades para a difícil tarefa do ensino. A grande maioria deixa-se levar pelos “ativistas” de plantão, especialmente do partido político que permaneceu no governo pouco mais de 12 anos. Entretanto, não encontraram quem apontasse um norte a ser perseguido que nos leve a descortinar soluções. Continuam a bater na mesma tecla enquanto caravanas de jovens passam sem qualquer perspectiva de futuro na profissão.

— Seria apenas o salário o maior vilão?

— Por que não especularmos sobre a formação de novos professores?

 

Comunidades de Morros da Zona Sul do Rio de Janeiro

Compilando artigos já postados, selecionamos três deles que, em última análise trata-se de um só. Refere-se à nossa atuação por três meses no Morro do Cantagalo, zona Sul do Rio. Efetivamente, soa como um relato bem elaborado para pretensões bem simples. Pedimos paciência pela reprise, mas vai ajudar-nos a ilustrar a concepção e o escopo da criação de algo perfeitamente tangível, principalmente para professores em início de carreira, inclusive não especialistas.

Trata-se efetivamente, de conhecer e ter as primeiras informações para um longo caminho. Além do mais, dada à profusão de artigos, é bem possível que muitos dos atuais visitantes não efetuaram as leituras  de data tão distante: 2009.

Nota: algum tempo depois, a TV Globo incentivou no mesmo espaço um de seus programas voltados para a prática de exercícios, o chamado “Criança Esperança”. Não sabemos sobre o seu desfecho, mas deduz-se que não houve continuidade, uma vez que cessaram as “chamadas” publicitárias na sua grade.

 

 

Inglaterra

[…] Tão diferentes e enfrentando o mesmo problema, cujas raízes são as mesmas. Por que não há professores tanto em terras britânicas como brasileiras? A primeira coisa que vem em mente quando perguntamos isso é: “Ah… mas o salário do professor é muito baixo… É claro que ninguém quer seguir essa profissão!”. É a mais pura verdade: nossos docentes recebem em média o equivalente à metade (52,5%) do salário dos outros profissionais de nível superior. […] O problema, porém, é muito mais complexo do que apenas a questão salarial. Os jovens respondem: embora 37,6% dos estudantes de ensino médio já tenham pensado em seguir carreira no magistério, 23,5% já desistiram da ideia. E por quê? […]

 

Enquanto isso, em Portugal¹

Em continuidade aos meus apelos a PROFESSORAS e PROFESSORES em torno de pesquisas e experiências sobre Metodologia e Pedagogia aplicáveis às suas aulas, lembro o apelo do eminente professor português José Curado, em 2006, aos professores e treinadores portugueses:

“Não há progresso significativo sem investigação. É preciso acabar com o clima de desconfiança há muito existentes entre os teóricos e os práticos, avançando para projectos de cooperação entre uma Academia verdadeiramente aberta à comunidade e a actividade desenvolvida pelos atletas e treinadores, contribuindo para a resolução dos problemas levantados por esta”.

 

(¹) Por algum tempo colaboramos como convidado do sítio português sovolei, já desativado. Leia mais… História do Voleibol Presente na Europa


Nossa Proposta 

 

 

Você Professor, trabalharia nesse ambiente?

Você aluno, gostaria de aprender brincando?

Alunos registram sua história – Aprendem a pensar: grupos, lideranças – Ensino para a vida: desafios e projetos  

Ginásio 4 + recortada

Ginásio

Até 64 alunos/aula – Facilitador – Tutoria – Monitoria – Liderança – Grupo (4) – Circuitos – Oficinas
Multidisciplinar: Matemática, Oralidade, Música… Níveis: atos de construção lentos e cumulativos… Trabalhos e projetos extramuros… Memória: Celular –Iphone –Smartphone – Tablet… Ensino a Distância: Videoaulas – e-books -Sítio/Blogue… Cursos Presenciais

 

Leia mais…  Inovando em Criatividade, Construindo Lideranças

 

 

 

O Grande Salto: da Teoria à Prática

 

Passemos às análises a que nos propusemos, dado que ela se insere nesse momento devido às colocações anteriores relativas à PRAXIA que estamos propondo nos artigos sobre a PROTOTIPAGEM. Inclusive, com duas fortes argumentações: a base para um curso introdutório e a oportunidade de editar videoaulas e e-books.

 

Professorado: autossuficiência, criatividade, inovações…

 

Igualmente, percebam que mantemos nossa preocupação em torná-los aptos a se desenvolverem por conta própria, possivelmente incorporando conhecimento teórico indispensável contido em textos de autores consagrados e nas vivências desse autor.

Vejam uma demonstração do que poderíamos encarar como uma prototipagem nas três postagens no final de 2009 e início de 2010, sobre nossa oportuna participação no Morro do Cantagalo, Zona Sul do Rio de Janeiro, ainda uma comunidade conturbada pela violência.

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Lições de um Projeto, Perspectivas de Aprendizado (I)

Lições de um Projeto, Perspectivas de Aprendizado (II)

Lições de um Projeto, Perspectivas de Aprendizado (final)

 

 

Interação social e comunicação

Projeto no Morro do Cantagalo

Período: novembro 1999 a janeiro 2000

Local: Morro do Cantagalo, Rio de Janeiro. O ginásio do CIEP (escola pública municipal) foi equipado com cinco (5) mini quadras e 24 bolas de mini voleibol, podendo comportar confortavelmente até 50 alunos/aula

Público alvo: crianças (8-9 anos), adolescentes e adultos (até 23 anos) de ambos os sexos, moradores de morros da Zona Sul

Total de inscritos: 200. Atividade: mini voleibol

Coordenação do trabalho durante três meses; 4 x semana; 3 aulas diárias

Colaboradores: um professor e 2-3 monitores da comunidade

Planejamento & Atuação
Tema pedagógico: Metáfora do Andaime

Quando bem construídos, os andaimes ajudam a criança a aprender a ganhar alturas que elas seriam incapazes de escalar sozinhas.

Proposta

Formação de liderança na comunidade para continuidade das ações.

Convite a moradores da comunidade para o papel de monitores/professores, independentemente de histórico desportivo
Identificar na comunidade indivíduos engajados na continuidade do projeto, inclusa a prática regular do esporte em clube ou praia².

 

Frutos de um trabalho consistente

(²)  Anos depois encontramo-nos no torneio de Vôlei de Praia da federação de voleibol carioca com um dos monitores (pai de aluna) da comunidade que nos apresentou orgulhosamente seis jovens atletas.

Detalhe: referido monitor nunca jogou voleibol.

 

Boas Leituras…!