Inovando em Criatividade, Construindo Lideranças

 

Você Professor, trabalharia nesse ambiente?

Você aluno, gostaria de aprender brincando?

Alunos registram sua história

Aprendem a pensar: grupos, lideranças

Ensino para a vida: desafios e projetos  

 

Ginásio 4 + recortada

Ginásio

Até 64 alunos/aula – Facilitador – Tutoria – Monitoria – Liderança – Grupo (4) – Circuitos – Oficinas

Multidisciplinar: Matemática, Oralidade〈¹〉, Música

Níveis: atos de construção lentos e cumulativos

Trabalhos e projetos extramuros

Memória: Celular – Iphone – Smartphone – Tablet

Ensino a Distância: Videoaulas – e-books – Sítio/Blogue

Cursos Presenciais

Relacionamento com Instituições e Universidades

 
A considerar: especificidade para cada escola pública, que em nada deixa a desejar.

——————-

〈¹〉 Oralidade é a transmissão oral dos conhecimentos armazenados na memória humana. Antes da escrita, e por muitos séculos, todos os conhecimentos eram transmitidos oralmente, sendo o principal meio de comunicação, sendo a memória auditiva e visual os únicos recursos de que dispunham as culturas. A inteligência estava intimamente relacionada à memória. Os anciões eram os mais sábios, pelo conhecimento acumulado. Sua influência permanece até nossos dias. (Wikipédia)
Como surgem as ideias A inteligência não pode desenvolver-se sem conteúdo. Fazer novas ligações depende de saber o suficiente sobre algo em primeiro lugar para ser capaz de pensar em outras coisas para fazer, em outras perguntas a formular, que exigem as ligações mais complexas a fim de compreender tudo isso. Assim, cada ideia é apoiada e colorida por uma rede de outras ideias. (Piaget)

 

Compromisso e Necessidades

 Você Gostaria de Estudar em Harvard?

 

Um compromisso para tornar o mundo um lugar melhor

Um desejo de ajudar a resolver os desafios da Educação

Uma dedicação para aprender e liderar

Para impactar o mundo

Seria isso idealismo?

 

Construindo uma Escola Inovadora

– por Monica Weinberg, VEJA, 16/mar/2016

“A americana Katherine Merseth, 70 anos, tornou-se proeminente na área da educação. Na Universidade de Harvard é diretora do Programa de Formação de Professores, e ganhou projeção por um feito raro: faz todo mundo querer dar aulas. A fórmula se baseia na atração de jovens recém-formados, das engenharias às ciências biológicas, que ali aprendem a ensinar crianças de escolas públicas, onde vão trabalhar depois. À frente de um dos cursos mais concorridos de Harvard, a prestigiada educadora diz que treinar gente talentosa para dar aulas é a fórmula para qualquer país trilhar o caminho do crescimento”.

 ♥     Relacionamento
Estamos propondo compartilhar informações com a Drª Katherine. Ver… Rumos Modernos da Educação

 

 

 

 

Trabalhos em Grupo, Projetos e Desafios

 

Todo serviço inovador causa impacto na vida das pessoas,

e transforma sua forma de viver.

 

Nossos Estudos & Pesquisas

 

Cortiça Português

 

Educação

Cabem novas escolhas, novas ideias que lidem com os desafios e incluam habilidades socioemocionais: raciocínio lógico, resolver problemas, boa argumentação, poder de crítica, avaliação. Tudo a partir do ensino fundamental, com alunos de oito a treze anos.

 

Base Curricular Nacional (¹)

Foi dito “o que” ensinar, mas não “como” o conteúdo (“que conteúdos”?) deverá ser transmitido aos alunos. As escolas terão liberdade de seguir seus objetivos, com suas especificidades e métodos. Todavia, adia-se o grande problema: teoria vs. prática.

 

(¹) Um roteiro acadêmico para todas as 190 mil escolas públicas e particulares: aprendizagem, matéria por matéria, do ensino infantil ao fundamental; ensino médio virá depois. As mudanças serão exigidas por lei a partir de 2019.
Obs.: 70% dos pais dos alunos estão satisfeitos com as escolas de seus filhos. Portanto, não cobram mudanças. É possível?

 

Manual para o Séc. XXI

A disciplina Educação Física e Esporte, ainda tão desprezada, carece de um roteiro conciso, denso e variado, onde a sequência de conteúdos seja apresentada de forma construtiva e bem fundamentada.

Buscamos levar à quadra esportiva professores de matemática, português, música (coral), TICs. E também de Pedagogia.

 

Reescrevendo Métodos

A prototipagem sugere novos métodos a empregar e se impõe pela demanda de ideias práticas do como fazer. Uma reformulação futura nas faculdades de Pedagogia e Educação Física produziria efeitos positivos, pois ainda priorizam a teoria em detrimento da prática.

Cursos de formação profissional continuada de acordo com as novas diretrizes e metodologias. As escolas poderão então se reorganizar e reescrever seu didatismo para formas multidisciplinares. (98% dos docentes são favoráveis)

Pesquisas no Brasil revelam:
— A infraestrutura e a competência de gestores e professores constituem-se nos principais gargalos na Educação. (CIEB)
— Preconizam-se cursos de formação que contemplem disciplinas afins e projetos reais para inovar na graduação e especialização. (Instituto Inspirare)

 

 

Nova Praxia

“VOCÊ planeja e promove cursos práticos na escola” 

 

Quebrar Barreiras

Pretende-se reduzir, ou mesmo eliminar, a distância entre o bem e o mal educado: quebrar barreiras.

A preocupação se estende a cientistas da Neurociência que tentam estabelecer uma ponte entre teoria e prática. Infelizmente, abdicam de diálogos e das vivências de professores mais experimentados. (*)

Nossas intervenções práticas foram testadas e aceitas por milhares de crianças. Segue-se agora o treinamento profundo.

Professor na função de facilitador/tutor, alunos proativos deixam a zona de conforto evitando ou resolvendo problemas. Críticos de seu próprio fazer, avaliam-se mutuamente, e ao professor.

————————

(*) Participamos do 1º Congresso Mundial de Neurociência Aplicada à Educação, inclusive com oferta de palestra, não aceita. (UFRJ)
Algumas vivências: 1) Cursos (45 e 30 dias), pioneirismo no mini vôlei, 1974, SESI-DN, Recife-PE; 2) Participação no 1º Simpósio Mundial de Mini Vôlei, Suécia, 1975, inc. palestra; 3) Morro do Cantagalo (2-3 meses), crianças, adolescentes e adultos, CIEP, 2010; 4) Cursos simultâneos para 1.200 crianças em praias de 4 estados, 1992 (Sec. Esporte Pres. República, CBV); 5) Cursos/estágio pedagógico, aulas regulares/praia para até 400 alunos, 1992-94.

 

 

 

Manual de Engenharia Pedagógica

Domínio de Conhecimentos Aplicáveis em uma Situação

 

Palavras-Chave: Atenção – Autorregulação – Emoção – Empatia – Resiliência – Determinação – Rendimento Escolar

O Manual é apresentado com revelações recentes da Neurociência e contribuições do novíssimo Design thinking.

Objetiva- se despertar competências indispensáveis à vida, e não talento esportivo, como entendido popularmente, muito embora o mesmo seja inevitável.

PARTE I

Antecedentes e Diagnósticos
Estudo e Pesquisa

PARTE II

Desenvolvimento e Maturidade
Como Melhorar a Educação?
O Futuro da Educação
Proposta Curricular séc. XXI

PARTE III

Formação Profissional Continuada
Educação Física e Esporte
Prática de Ensino, Base para Boa Formação

PARTE IV

Prototipagem: Centro de Estudos
Design Thinking Potencializando Inovações
Trabalhos em GRUPO, Projetos, Avaliações Mútuas
Blog Procrie: EaD, Vídeo-aulas, e-books

PARTE V

Didática, Praxia
Residência Pedagógica
Estágio Supervisionado

 

 

Transformando Pessoas e Suas Vidas

 

 

Sumário redondo

 

 

Conteúdos a Compartilhar

 

1ª a 3ª aula           Habilidades, Ações Físicas ou Cognitivas?

4ª a 6ª aula          Interação e Construção do Conhecimento

7ª a 9ª aula          Código do Talento e Teoria Mielínica

10ª a 12ª aula      De Onde Vem o Talento?

13ª a 15ª aula      Produção de Circuitos Isolados com Mielina 

 

 

Nova Dimensão do Esporte Escolar 

1) 132 mil estudantes de 13 a 21 anos revelaram desejo de uma escola com currículo diversificado e flexível, em que se aprende com atividades práticas e tecnologias, em espaços físicos dinâmicos e variados. (Nova Escola em Re-Construção)

2) Outras, acrescentaram: desafios em sala, atividades extraclasse, atividades esportivas, artísticas e alimentação escolar.

Fonte: diversos.

 

 

Como Funciona

Treinamento Profundo

Você se torna mais inteligente a partir de seus erros.

 

Aprender a Estudar

Nossos genes não mudam com a idade, mas a capacidade de produzir mielina, sim.

Repetições aumentam a produção de mielina, a maior responsável pela aquisição de habilidades.

Para atingir bons resultados em uma atividade QUALQUER (6 meses) não precisa nascer com um dom. Apenas um cuidado: repetir, repetir, mas CERTO!

  

 

Pedagogia, Didática: Praxia〈²〉

Desenvolvendo Habilidades

 

Circuito Neural

Criamos habilidades – ações físicas e cognitivas – utilizando variados circuitos neurais.

PraiaIcaraí-150x150
20 campos, 400 crianças

Exercitando-se em séries, o aluno monta suas ações interligando blocos, eles próprios feitos de outros blocos. Assim agrupam-se váriados movimentos musculares.

A fluência é alcançada pela repetição dos movimentos até que se saiba processar os blocos como um só grande bloco.

O aluno dispara então o circuito neural construído e aprimorado pelo treinamento. Ao final, experimenta um sentimento de euforia, de êxito.

 

(²)  Praxia: em psicologia, função que permite a realização de gestos coordenados e eficazes.

 

 

 

Criando um Ambiente Favorável

Colorido Emocional    

 

Aprender Brincando e Jogando

Interesse é o envolvimento interior que orienta todas as nossas forças no sentido do estudo de um objeto.

digitalizar0004querer aprender surge através do colorido emocional. Tudo o mais vem  normalmente.

Para que algo seja bem assimilado deve-se torná-lo interessante; é necessário que não seja exaustivamente repetido.

Alunos ganham em motivação nas aulas com uma novidade que os mantenha atraídos, surpresos.

A memória funciona intensamente nos casos em que é envolvida e orientada por certo interesse e boas emoções.

 

 

 

Inclusivo: Sempre Cabe Mais Um!

 

 

Ginásiop&b
Festa na escola: torneios internos.
Colégio Batista1
Despertando o interesse dos menores.

 

 

Galeria nova

 

 

FORMAÇÃO PROFISSIONAL CONTINUADA

 

Ensino a Distância 

fig131A

http://www.procrie.com.br

Disponíveis 578 postagens

 

 

 

Oferta: Centro de Estudos, Cursos, Palestras, EaD 

 

Educação e Esporte nas EscolasMiniEuFavBairro

O Futuro da Escola no Brasil

Construindo uma Escola Inovadora

Inspiração e Criatividade, a Busca por Soluções 

Novo Século, Novos Métodos de Ensino

Como Construir um Protótipo

 Criando um Protótipo

Valor da Prototipagem

Alegria no Futebol e no Voleibol?

Jogadores de Camarões comemoram histórica vitória sobre a Austrália no Mundial de vôlei. Foto: Fivb/Divulgação.

 

Interesses, Alegria e Xenofobia                   

O que estamos ensinando às novas gerações? As crianças quando jogam ou brincam parecem estar desligadas do mundo, concentradas nos seus propósitos. Obedecendo às regras do jogo aprendem todas a respeitar os seus contendores e, cessada a atividade, estimular o convívio social. Isto é o que se pretende repassar a elas. Todavia, entre o discurso e a prática parece que os interesses estão se sobrepondo à simplicidade e alegria da pura diversão.              

Lendo aqui e acolá notícias relacionadas ao voleibol deparei-me com um estranho no ninho em duas ocasiões. Trata-se do agora polêmico José Mário dos Santos Mourinho Félix, mais conhecido como José Mourinho, português que antes de iniciar a sua carreira de treinador de futebol, foi professor de Educação Física. Ele agora nos dá algumas lições de vida. Como meus ouvidos estão longe de sua voz, não o interpreto, mas aprendo a conhecê-lo melhor e tirar lições pedagógicas, o verdadeiro sentido deste texto.                   

Li no site português Sovolei (Luís Melo, “Sinais” José Roberto Guimarães e José Mourinho, 5.11.2010) uma análise e comentários a respeito da atuação entre os dois treinadores, um no voleibol e o outro no futebol a partir de um programa radiofônico. Aliás, fiquei muito satisfeito, pois dá uma dimensão maior e perspectivas de desenvolvimento do voleibol em Portugal, no qual o Procrie contribui com pequena parcela. Vejam o que disse o Luís Melo:                   

Quenianas realizam sonho e ganham admiração do Brasil. Foto: AFP

  

“Sinais” José Roberto Guimarães e José Mourinho. Todas as manhãs (8h50m) é transmitido o programa “Sinais” na rádio TSF. Em apenas 1 minuto Fernando Alves faz um exercício de análise interessante sobre o nosso quotidiano, abordando os temas mais variados da actualidade. No programa de hoje fez referência a José Roberto Guimarães, treinador da selecção brasileira de voleibol feminino, colocando-o no mesmo patamar de José Mourinho. Surpreendente mas reconfortante. Se já é inédito ouvirmos falar de voleibol nos meios de comunicação social, mais o é ainda quando vemos que, inesperadamente, alguém reconhece José Roberto Guimarães e sabe que na modalidade ele está ao nível de José Mourinho no futebol. Esta é mais uma prova que a modalidade começa realmente a conseguir ganhar mais notoriedade, e começa a ser vista como um desporto onde também há gente com a capacidade e qualidade dos “monstros mediáticos” do futebol.                   

Fernando Alves referia-se ao facto de a “Alegria” ter uma importância decisiva na nossa forma de viver, e pegou então nas palavras de José Roberto Guimarães no final do jogo do Campeonato do Mundo: Brasil 3-0 Quénia (25/15, 25/16, 25/11). O técnico quis relevar a equipa adversária “Foi muito legal ver como o time do Quénia jogou. Elas jogam com amor, alegria, vibram a cada ponto. A equipe evoluiu tecnicamente. É muito bacana ver um time da África, que não tem tanta tradição no vôlei, evoluindo dessa forma. Elas estão de parabéns“.      

José Mourinho também tinha feito referência há dias sobre a importância que tem a “Alegria” no desempenho de qualquer equipa. O técnico do Real Madrid fazia o balanço deste surpreendentemente bom início de época da equipa madrilena “Estamos bem. Somos uma equipa em construção, com jogadores novos e um treinador novo. Se os resultados são positivos, o processo de construção corre melhor. Quando vences, acreditas mais em ti, há mais alegria e a alegria faz milagres“. É de facto verdade, a “Alegria” faz milagres. Mas não é por obra e graça de Nosso Senhor. Estes dois mestres referem-se ao facto de a “Alegria” contribuir para a confiança e o bem estar nos treinos e na competição. Um atleta que treina e joga com alegria tem mais vontade de trabalhar, aprender, evoluir, corrigir, chegar mais longe e conquistar mais títulos. Este é um “Sinal” e de facto é fundamental, que no voleibol, todos os atletas, técnicos, dirigentes e também adeptos, tenham presente esta importante ideia. Esta atitude será mais um forte contributo para a evolução de todos e, consequentemente, para o desenvolvimento da modalidade.          

Comentário de Roberto Pimentel (12/2010). Não conheço o Professor José Mourinho a não ser pela TV. Admiro seu histórico que pude contemplar na Wikipédia. É vertiginoso e muito promissor e fico a pensar como teriam se beneficiado seus alunos da Escola Básica 2/3 José Afonso em Alhos Vedros. Pena que não deu continuidade ao trabalho como professor e talvez não tenha havido tempo suficiente para formar seguidores. Como se reportam a ele como uma figura mítica, despertou-me a curiosidade. E, então, busquei e encontrei algo que estava esquecido no tempo, um pouco lá atrás (4.8.2009) publicado no site do Centro Esportivo Virtual (CEV), por Leopoldo Gil Dulcio Vaz: Achei o Manuel Sergio… De forma semelhante, relata de próprio punho o revolucionário treinador José Mourinho, em um capítulo do livro Motrisofia (obra organizada que reúne uma diversidade de autores comprometidos em homenagear o filósofo Manuel Sérgio). Ele escreve: “Fiz o curso de Educação Física há mais de 20 anos, onde no meu primeiro ano conheci o Prof. Manuel Sérgio. Tinha uma convicção, queria ser treinador de futebol, mas na minha época estava no auge estudar Matveyv, porém a teoria do treinamento desportivo positivista não se alinhava a minha forma de pensar. Foi aí que o Prof. Manuel Sérgio me ensinou que para ser aquilo que eu queria ser, teria de ser um especialista na área das ciências humanas. Foi assim que aprendi que um treinador de futebol que só perceba de futebol, de futebol nada sabe. Se sou um treinador singular é porque não me esqueço das lições sobre emancipação e libertação. É preciso ser livre para fazer o novo… até no futebol”. (Motrisofia – Homenagem a Manuel Sérgio, de José Mourinho). (Veja mais sobre Manuel Sérgio na Wikipédia).        

Sendo assim, creio que encontrei alguém com quem comungo os mesmos pensamentos filosóficos, uma vez que prega a libertação do indivíduo pelo esporte. Como disse, “até no futebol”. Todavia, daí a compará-lo com o treinador brasileiro de voleibol José Roberto Guimarães, tenho que perdoá-los, pois não o conhecem bem. Ser um treinador campeão não é suficiente para atestar ser um “monstro mediático”, pois tenho presente na memória cenas incríveis de treinadores brasileiros campeoníssimos que mal distribuíam as camisas dos atletas. Que dirá a competência para orientá-los!        

E para falar em ALEGRIA, perdôem-me, é preciso muito mais, é preciso realizar o tempo todo. Será que só deve estar presente nas vitórias? Não se trata só e diplomaticamente de mostrar um exemplo africano. Mas realizar e transmitir isto à sua própria equipe, o que nunca conseguiu fazer. Aos amigos portugueses sugiro uma vez mais leituras dos textos colocados em Metodologia e Pedagogia, além de outros, em que sugerimos desde cedo que as crianças “Aprendam Brincando e Jogando”, e não se tornem meras figuras de “adestramento”. Os jogos são formas formidáveis de educar para a vida! Não desperdicemos tamanho potencial e nos fecharmos para ser campeão de coisa alguma. Vejam também o que já escrevemos sobre o “Interesse e Colorido Emocional” quando tratamos da importância da memória (Pedagogia Experimental).               

Interesses e acertos para justificar a derrota para a Bulgária no Mundial da Itália. Foto Celso Paiva, Terra.

  

E, ainda por cima tal qual o futebol, o voleibol também virou um “grande negócio”, parece que vale tudo ultimamente, isto é, os meios justificam os fins. E o programa social para crianças com selo da Unesco?  E o patrocinador?  Por falar em celeumas, não é que a imprensa vem estimulando um bate-papo improdutivo e catastrófico para as partes? Cuidem-se os contendores e demais leitores para que não sejam levados por sentimentos nada condizentes com o nível que atingimos em matéria de consciência desportiva. Acredito que o bom senso prevalecerá, mas não posso deixar de alertar a todos. Prometo não mais publicar nada a respeito.         

Para onde estão nos levando (retirado do Terra – AFP – dezembro/2010)       Depois de o brasileiro Daniel Alves, do Barcelona, dizer que o técnico José Mourinho, do Real Madrid, “não descobriu o futebol”, o português respondeu com ironia, comparando o jogador ao cientista Albert Einstein. Daniel Alves havia dito que Mourinho era um grande treinador, mas que teve tantas conquistas graças aos bons jogadores com quem trabalhou. “Mourinho não descobriu o futebol e nem vai descobrir”. Na réplica, em entrevista coletiva, o técnico respondeu em tom sarcástico. “Todos temos a aprender com as pessoas inteligentes”, referindo-se ao lateral-direito. “O que Daniel Alves disse Einstein não diria melhor. Foi um português que descobriu seu país, mas não inventou o futebol. Tem toda a razão, não inventei o futebol”, declarou o treinador. De acordo com o jornal As, o brasileiro disse que considera o técnico do Real Madrid um “brincalhão”. A troca de farpas começou na semana passada, quando Daniel Alves descartou se transferir para o time merengue. O lateral direito mostrou que não gostou da declaração e rebateu neste domingo. “Talvez aos brasileiros não agrade que um português tenha nos descoberto”.                  

Xenofobia. E, finalmente, prestem atenção ao comentário abaixo, que relutei muito em transcrever. Tomara que seja um pensamento solitário, não compartilhado.         

De Nuno Sampaio (Terra, 12.12.2010). Acho estranho reclamarem tanto com o comentário do Mourinho. Vocês são os primeiros a aprender isso na escola. Os portugueses quando chegaram ao vosso território, não se chamava Brasil, e viviam lá os ameríndios. Com a presença dos portugueses, nós desenvolvemos a vossa civilização, com novas pessoas, nova cultura, nova língua, nova religião e…a formação de um país. Isto é história. A verdade é que se vocês existem, é devido ao ‘cruzamento’ entre portugueses, índios e africanos. Mesmo a palavra ‘Brasil’ deriva do povo europeu, os celtas. Eu concordo com o facto de dizerem que não vos descobrimos, mas criámos bases para que existissem cultura, história, país e o povo brasileiro com o que levamos nos barcos, com a ajuda dos índios, que se lembrem, não eram brasileiros.                 

E ponto final.

Pedagogia Experimental – o Saque

Sequência dos movimentos no saque. Foto: http://www.fivb.org.

Referências

Para auxiliar o leitor em suas leituras, compus acima uma relação de 15 títulos em que de alguma forma teço comentários sobre o saque, ou sua história, algum fato curioso, sua evolução ou mesmo a utilização tática. Terão, assim, um acervo importante para deliberarem e discutirem com seus alunos sobre o emprego do saque em diversas circunstâncias. Espero não me esquecer de, invariavelmente, acrescentar um título toda vez que se fizer necessário. Peço a contribuição de vocês e boas leituras.

1.   Saque e Histórias

2.   Saque Tático e Barreira

3.   XV Campeonato Mundial de Voleibol Feminino –  Gamova 

4.   XV Campeonato Mundial de Voleibol Feminino – Semifinal  

5.   Saque que Faz a Diferença  

6.   Como Sacar? 

7.   XV Campeonato Mundial de Voleibol Feminino – Surpresa Checa

8.   Saque: técnica, tática @ marketing

9.   Jabulani vs. Mikasa 

10.Mundiais de Voleibol no Brasil, 1960 (V I)

11.O Jogo na Década de 50

12.Evolução das Regras, 1960

13.Voleibol na Escola (VI)  

14.Evolução das Regras, 1980-99 ‎

15.Voleibol na Escola (II) 

———————————

Como Ensinar?

A metodologia a empregar é fundamental para o desenvolvimento motor da criança ao longo da sua vida. Compreendido dessa forma chamo a atenção dos professores para se inteirarem das teorias mais modernas da Psicologia a respeito de fatores fundamentais no ensino. Não cabe neste espaço esmiuçar o assunto, até mesmo por ser extremamente teórico, mas para aqueles que venham a se interessar, não deixem de ler nas obras de Vigotski sobre a percepção e seu desenvolvimento na infância. Querem um exemplo? Revejam com atenção a sequência do saque exibida no início da página. Como ensinar à criança o movimento do saque, através de exercícios de partes isoladas ou, ao contrário, com a percepção do conjunto? Aqui vamos encontrar as bases da nova teoria estrutural da percepção e às mudanças no desenvolvimento da percepção na infância. Indagado que tipo de exercícios educativos recomendaria para que um atleta se desenvolvesse no salto com vara, famoso técnico americano respondeu: “Simplesmente faça-o saltar”. A ideia que serve de base à nova teoria da percepção é de que a vida psíquica não está constituída por sensações ou ideias isoladas, que se associam umas às outras, mas por formações integrais isoladas, que foram denominadas estruturas, ou imagens, ou gestalts.

Adestrar ou Ensinar?

Inicialmente se o professor quer que algo seja bem assimilado deve preocupar-se em torná-lo interessante. A memória funciona de modo mais intenso e melhor naqueles casos em que é envolvida e orientada por certo interesse. Entende-se interesse como um envolvimento interior que orienta todas as nossas forças no sentido do estudo de um objeto. O interesse produz um efeito preparatório sobre o nosso organismo durante a assimilação de uma nova reação. Toda pessoa sabe que efeito inusitadamente aumentativo exerce o interesse sobre o psiquismo (ver “Pedagogia Experimental”, 6.11.2010). O importante mesmo é despertar o interesse em querer aprender e este é obtido através do “colorido emocional.” As tarefas posteriores se sucederão normalmente como ensinar a pensar, a espontaneidade e a criatividade. Para que algo seja interessante é necessário que não seja exaustivamente repetido. O professor deverá cuidar para que seus alunos tenham sempre uma motivação a mais nas suas aulas, um motivo ou novidade que os mantenha atraídos e surpresos. Nisto consiste o valor que os jogos oferecem: a oportunidade de manifestação interior.

Ensino com Qualidade

Espero ainda que ao assistir alguma partida em qualquer nível, venham a se lembrar das leituras, esbocem um leve sorriso e imaginem como deveria o atleta sacar. Se você é o professor ou treinador, cabe a responsabilidade de despertar o ensino tático para todos os alunos. Perceberá, igualmente, que raciocínios e condutas similares se aplicam aos outros fundamentos, guardadas suas características. Dessa forma, não será necessário fazer como no alto nível, em que um treinador elevava uma placa numerada para mostrar às atletas o direcionamento do saque; ou calar-se e deixar que lancem a bola sobre a líbero adversária. E isto, em ambas as categorias, masculina e feminina.

Finalmente, baseio-me no Aprender a Pensar, tanto para docentes quanto para instruendos.

 

Pedagogia Experimental

Um Novo Caminho   

Momento de síntese de pensamentos radicados numa cultura técnica e esportiva diversa. O material oferecido é um instrumento didático para um aprendizado duradouro, que se impõe por sua originalidade, renovação e valor educativo. O mini vôlei é revelado como um caminho dos mais promissores para a prática da Educação Física no sistema escolar.

Desenvolvimento das Atividades

Planejadas com bases técnicas, desenvolvem-se em situações naturais, espontâneas e prazerosas, explorando vivências corporais através de brincadeiras, jogos, diversos brinquedos e materiais. No futuro, o aluno precisará ser criativo, crítico, agir com autonomia e competência, saber transformar seus conhecimentos em soluções para resolver problemas e desafios. Enfim, tornar-se apto a trabalhar em equipe.

Progressão do Campo de Jogo 

Aulas consistentes com exercícios na forma de contestes atraem muito mais adeptos para o jogo. Já produzi textos sobre a prática metodológica e pedagógica (ver Categoria “Metodologia e Pedagogia”).  O Professor terá sempre em mente que as dimensões das quadras de jogo (largura e profundidade) não são rígidas, mas que devem oferecer melhores condições de desenvolvimento aos alunos nas respectivas fazes de seu aprendizado. Naturalmente, dependendo também das condições físicas e de equipamento.

 

 

 

 

Características e Regras 

O minivôlei é um jogo coletivo praticado por duas equipes com dois ou mais jogadores num campo medindo 12m x 5m. Nas competições pode-se jogar com 2 contra 2 (2×2), 3 contra 3 (3×3), e eventualmente, 4 contra 4 (4×4).  As pequenas regras que o professor vai a pouco e pouco introduzindo deve ser conversada com os próprios alunos que indicarão o melhor caminho. É interessante que desde o início aprendam a executar o “saque por baixo” a fim de evitar erros e pequenos acidentes; além disso, é mais provável um jogo com maiores ralys.

 

Interesse e Colorido Emocional

ginasio-escolar-colorido-reduzido Se um mestre quer que algo seja bem assimilado deve preocupar-se em torná-lo interessante. Somos do ponto de vista que a velha escola era antipsicológica, uma vez que era igualmente desinteressante. A memória funciona de modo mais intenso e melhor naqueles casos em que é envolvida e orientada por certo interesse. Entende-se interesse como um envolvimento interior que orienta todas as nossas forças no sentido do estudo de um objeto. Os psicólogos comparam o papel do interesse na memorização com o do apetite na assimilação do alimento. O interesse produz o mesmo efeito preparatório sobre o nosso organismo durante a assimilação de uma nova reação. Toda pessoa sabe que efeito inusitadamente aumentativo exerce o interesse sobre o psiquismo.

 

 Aulas: Jogos e Exercícios

O papel seguinte do interesse consiste na função unificadora que ele exerce em relação aos diferentes elementos de assimilação do material. O interesse cria um encaminhamento permanente no curso da acumulação da memorização e acaba sendo um órgão de seleção em termos de escolha das impressões e sua união em um todo único. Por isso é de suma importância o papel desempenhado pela atitude racional da memorização em função do interesse. Por que então não incluir pequenos jogos ou até mesmo jogos populares como a peteca nas aulas? No dia a dia da escola pode tornar-se prática comum nos recreios.

Aprender Brincando e Jogando  

Exercícios lúdicos, na forma de contestes, atraem muito mais adeptos para as brincadeiras e o próprio jogo. A participação maciça da classe facilitada por múltiplas tarefas, promove a integração entre os alunos, professores e seus responsáveis. Podem e devem participar meninos e meninas. Para manter o interesse e atrair mais gente para nossas aulas, vale até a utilização de um paraquedas; as aulas tornam-se mais atraentes e divertidas. Esta é uma técnica empregada na cooptação: uma novidade sempre tem o seu lugar no imaginário dos alunos.

Centro de Treinamento de mini voleibol; Praia de Copacabana, Rio (1995).

    

      

       

  

Exercícios (IV) – Memória e Ensino Esportivo

Memória, Emoção, Interesse

(Calcado em Psicologia pedagógica, L. S. Vigotski; Revista Veja, 13.1.2010)

Lembre-se: sem memória não há aprendizagem. Conhecendo como o cérebro guarda informações você vai ajudar os alunos a fixar os conteúdos estudados em classe.

Como a memória funciona? “Somos aquilo que recordamos”, conceitua Iván Izquierdo, professor de Neuroquímica da UFRS. Ele dá um exemplo: nenhum texto é compreendido se não se lembra o significado das palavras e a estrutura do idioma utilizado. Tudo isso precisa estar registrado no cérebro para ser resgatado no momento oportuno. A memória, enfatiza Elvira Lima, é a reprodução mental das experiências captadas pelo corpo por meio dos movimentos e dos sentidos. Essas representações são evocadas na hora de executar atividades, tomar decisões e resolver problemas, na escola e na vida.

Não existe memória sem emoção. O português António Damásio, de 65 anos, é considerado um dos neurocientistas mais respeitados da atualidade. Ele modificou a compreensão que se tem da biologia das emoções e de como elas se relacionam com a memória. Em sua entrevista à Veja (13.1.2010), destacou: “A emoção modula constantemente a forma como os dados e os acontecimentos são guardados na memória. Isso é especialmente verdadeiro no que diz respeito à memória para pessoas e para as características relacionadas a elas. Afinal de contas, a sociabilidade faz parte da nossa memória genética, com a qual nascemos e que é resultado de milhões de anos de evolução. 

Como as emoções controlam a memorização?  Grande parte de nossas decisões é tomada de maneira mais ou menos automática e inconsciente. Esse processo é guiado pelo valor que se dá às diversas experiências do passado. Por exemplo, se eu conheço uma pessoa que desperta boas emoções em mim, toda vez que eu a encontrar vou reviver uma memória que se divide em dois aspectos: o cognitivo (saber quem é a pessoa) e o emocional (é alguém de quem se gosta). Tais aspectos guiam a forma como conduzimos a relação com os outros. Não há memória ou tomadas de decisão neutras, sem emoção. Hoje já se sabe até em que regiões do cérebro as emoções são processadas”.

O Interesse. Os estudos da memória mostraram que ela funciona de modo mais intenso e melhor naqueles casos em que é envolvida e orientada por certo interesse. Toda pessoa sabe que efeito inusitadamente aumentativo exerce o interesse sobre o psiquismo. O  interesse é um envolvimento interior que orienta todas as nossas forças no sentido do estudo de um objeto. Diz-se, então, que o interesse produz o mesmo efeito preparatório sobre o nosso organismo durante a assimilação de uma nova reação. Tudo consiste principalmente em assimilar bem como coordenar sempre o interesse com a memorização. Se um mestre quer que algo seja bem assimilado deve preocupar-se em torná-lo interessante. Assim, produzi farta variedade de materiais que me permitiram sempre tornar as aulas atraentes e prazerosas para os pequenos, tais como, paraquedas, biruta, bolas de tênis, puçás, petecas, bambolês, cestas de basquete etc.

2. Detalhes que fazem a diferença. Numa das aulas de apresentação da metodologia que emprego observei alguns pequenos detalhes que revelam quase sempre a conduta pedagógica do estabelecimento. Nos momentos que antecederam uma de minhas apresentações num colégio, reparei o deslocamento quase militar dos 24 alunos sob a batuta de um dos professores de educação física. Até a entrega do grupo no ginásio onde realizaríamos a apresentação foi um silêncio constrangedor, em se tratando de crianças de 12-13 anos de idade. Após as devidas apresentações e com a presença da diretora do educandário, iniciamos a aula. Procedeu-se a uma mudança brutal de comportamento, uma vez que os concitei a produzirem uma algazarra com movimentos livres com a bola que cada um recebeu. Aos gritos, lançavam-nas ao alto, deixavam quicar no solo, entreolhavam-se sorrindo; dando sequência, sugeria outros movimentos buscando a espontaneidade de gestos, o que lhes parecia o paraíso. A seguir introduzi novos elementos. No entanto, não pude deixar de notar, havia uma única menina na arquibancada, muito agasalhada para o calor reinante. Inicialmente, sentara-se distante (5-6 degraus acima). Convidei-a para participar mesmo sem o uniforme de ginástica, mas declinou gentilmente. A aula continuava agitadíssima e em dado momento pude ouvir um dos maiores elogios que um professor poderia receber por seu trabalho, ainda mais vindo de aluno que conhecera naquele instante. En passant, disse um para o outro: “Puxa, assim que tinham que ser as aulas de educação física do colégio”! Sem perder a pose continuei meu trabalho e, mais uma vez, meu olhar posou na mesma menina da arquibancada que, agora, estava à beira da quadra e pude observar seu semblante de alegria e fervorosa vontade de estar ali brincando com os demais. Diante de novo convite discreto, disse-me: “Não posso participar, estou sem uniforme do colégio” (o casaco era sua proteção). Ao que retruquei: “Venha assim mesmo”! Não resistiu e imiscuiu-se entre os colegas, divertindo-se a valer. Buscam-se técnicas pedagógicas que possam atrair todas as crianças no processo de aprendizagem, independentemente da diferença de caráter, inteligência ou meio social, lembrando que o conteúdo estudado no meio escolar deverá estar relacionado às condições reais de seus alunos. Relembre o que foi relatado em minhas vivências no Morro do Cantagalo postado sob o título “Lições de um projeto e perspectivas da aprendizagem”. Uma regra escolar para favorecer o crescimento do aluno e sua liberdade (relativa) deveria ser a execução de uma atividade envolvente, o que o torna automaticamente disciplinado. Esta liberdade pode ser vista como a possibilidade do ser humano vencer obstáculos.

Em outro educandário público acompanhei atentamente o recreio dos alunos ao lado do seu diretor. Observamos as atividades livres e constatamos a irreverência e, às vezes, violência, entre os estudantes de ambos os sexos, todos já adolescentes. Estava levando proposta da prática livre do voleibol através das mini quadras – como realizado no Colégio Salesianos – que se justificariam pelo simples fato de dar atividade “disciplinadora” (segundo regras aceitas) ao grupo. Infelizmente, preguei no deserto.

2. Atitude racional. O papel seguinte do interesse consiste na “função unificadora que ele exerce em relação aos diferentes elementos da assimilação do material”. O interesse cria um encaminhamento permanente no curso da acumulação da memorização e acaba sendo um órgão de seleção em termos de escolha das impressões e sua união em um todo único. Por isso, é de suma importância o papel desempenhado pela atitude racional da memorização em função do interesse. Os psicólogos chamam esse processo de “influência da atitude diferencial nas experiências de memorização”. A experiência comprova que os resultados da memorização dependem, em enormes proporções, da instrução dada no início da experiência. Na instrução explica-se ao experimentando o que se exige dele, que objetivos ele deve colocar diante da sua memorização, por que verificação ele irá passar, e em função disto surge uma série de reações de atitude que se traduzem na adaptação da memorização aos objetivos da aprendizagem de memória. Isso nos convence ainda mais de que a memória é apenas uma das modalidades de atividade, uma das formas de comportamento.

A teoria piagetiana nos diz também que, ao organizar seus conhecimentos visando à sua adaptação, o indivíduo interage com a realidade promovendo uma modificação progressiva dos esquemas de assimilação. São vários (4) estágios que evoluem como uma espiral, de modo que cada estágio engloba o anterior e o amplia.

3. Tatear experimental. “Uma opinião frequentemente expressa revela que a melhor forma de aprender alguma coisa é descobri-la por si próprio. Lichtenberg (físico alemão do séc. XVIII) acrescenta um aspecto importante: aquilo que se é obrigado a descobrir por si próprio deixa um caminho na mente (memória) que se pode percorrer novamente sempre que se tiver necessidade“.

Aos 16-17 anos, ainda cursando o ginásio (atual 2º grau), lancei um desafio para mim mesmo: deveria lançar a bola de basquete de uma cesta à outra. Meus conhecimentos desse esporte eram rudimentares, pois apenas competira na categoria infantil por um clube da cidade durante no máximo 2 anos. Na escola, apenas praticava nas esparsas aulas de educação física, sem qualquer orientação: o professor distribuía as bolas para a prática de futebol e basquete, e quem não quisesse, simplesmente estava dispensado da aula. Assim, como criara o objetivo, pus-me a pensar como poderia fazê-lo. E, incrível, consegui! Imagino que a cada tentativa alguns obstáculos eram superados e novas conquistas alcançadas. O caminho que estava traçado foi percorrido com os meus próprios passos. Creio que, principalmente em se tratando de crianças, o caminho da ludicidade seja o mais natural e confortável para um profícuo aprendizado. Considere-se que através de brincadeiras e de pequenos desafios são possíveis avanços consideráveis em qualquer atividade.

4. Caminhos pedagógicos, uma aula sem o professor. Ocorreu em 1981, com a equipe principal masculina de voleibol América F. C., do Rio de Janeiro. Treinávamos três vezes por semana e, nesta época, tinha a companhia de um amigo, também professor, que se atualizava acompanhando-me nos treinos e jogos. Aconteceu que não poderia comparecer ao treino de um sábado. De véspera, combinei com todo o grupo o que deveriam realizar e despedi-me, confiante de que tudo aconteceria como planejado. Diga-se de passagem, para os cariocas os sábados e domingos são consagrados à praia. Na semana seguinte, ouvi o relato do meu amigo que, não acreditando que se realizaria o treino sem a minha presença, esteve no clube: “Queria ver com os próprios olhos”, pois não acreditava que fossem comparecer. E, inacreditável! Não só estavam todos lá, como o treino transcorreu em alto nível e de maneira intensa. Sempre que possível transformava os treinos numa alegria só, inclusive atraindo olhares de jovens e outros associados que se encantavam com a algazarra e diabruras dos grandalhões. A intensidade teve que ser comedida dada a total entrega dos rapazes. E mais, o comportamento social e técnico do grupo atingiu níveis espetaculares a tempo de serem contemplados com elogios dos próprios adversários – técnicos e atletas.

Esse exemplo impõe uma conclusão pedagógica de suma importância sobre a necessidade de os alunos conscientizarem os objetivos da aprendizagem de memória e aquelas exigências que lhes serão apresentadas. O pecado principal da nossa velha escola não consistia em que nela houvesse pouca aprendizagem de memória, mas que esta aprendizagem era feita no sentido desnecessário e estéril, ou seja, seu objetivo foi sempre responder ao professor nas provas finais, toda a aprendizagem de memória estava adaptada apenas a isto e não se prestava a outros fins. Será que os exercícios produzidos para treinamento esportivo são puramente “reforços” (repetição) ou contém algum propósito de desenvolvimento e desafio? Qual o nível de exigência?

Exagerando um pouco, pode-se dizer que a atual pedagogia gira em torno de como conseguir que o papel do professor se aproxime o mais possível de zero. Assim, em vez de desempenhar o papel de motor e elemento da engrenagem pedagógica tudo passe a se basear em seu papel de organizador do meio social.

5. Colorido emocional. O último elemento a orientar a memória é o colorido emocional do que foi memorizado (Abertura deste artigo). As experiências mostraram que as palavras que estão vinculadas a algumas vivências melhores são decoradas bem mais facilmente do que aquelas emocionalmente indiferentes. Descobriu-se que a nossa memória retém com mais frequência os elementos coloridos por uma reação emocional positiva. Nisso parece manifestar-se a aspiração biológica do organismo de reter e reproduzir vivências relacionadas ao prazer. Daí tornar-se regra pedagógica a exigência de certa emocionalidade através da qual deve-se por em prática todo o material pedagógico. O mestre deve ter sempre a preocupação de preparar as respectivas potencialidades não só da mente como também do sentimento. Não devemos nos esquecer de atingir o sentimento do aluno quando queremos enraizar alguma coisa na sua mente. Dizemos frequentemente: ”Eu me lembro disso porque isso me impressionou na infância”.