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Maria Clara e Carolina seguem na briga pelo título. Foto: Fivb/Divulgação.
Formação de Atletas
Maria Clara e Carolina surpreenderam. Única dupla verde-amarela na etapa de Phuket (Tailândia) do Circuito Mundial de vôlei de praia, as irmãs derrotaram as medalhistas olímpicas Chen Xue e Zhang Xi, campeãs da etapa da China, há alguns dias. No confronto seguinte, mais uma vitória das brasileiras, garantidas na semifinal do torneio.
A dupla brasileira é treinada pela mãe e ex-atleta de seleção brasileira nos anos 70, Isabel. Esta é uma aficionada pelo voleibol, batalhadora em promoção de cursos, constituiu equipes femininas para disputa da Liga Nacional, buscou patrocínio, enfim, fez de tudo um pouco até voltar-se para as filhas.
Ver para Crer
No início desse século frequentou o 1º Curso de Treinadores de Voleibol de Praia patrocinado pela Confederação Brasileira de Volley-Ball (CBV). Nessa oportunidade, conheceu-me e à metodologia que apregôo para o ensino do vôlei. Satisfeita com o que vivenciou, alguns anos mais tarde solicitou meu concurso para projetar e coordenar um Curso de Iniciação para crianças e adolescentes dos morros cariocas da Zona Sul do Rio de Janeiro. O evento se realizou no Morro do Cantagalo nas instalações de uma escola pública (Ciep), entre os bairros de Copacabana e Ipanema. Foi um sucesso e na sua inaguração compareceram várias autoridades – secretários e governadora do Estado – além de atletas de alto nível e seleção brasileira – a dupla campeoníssima de praia, Adriana Behar e Shelda, a canhota Leila – e outras personalidades.
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O volei de praia teve rápido incremento no mundo, especialmente no Brasil. Foto Ary, CBV.
Campeonatos Mundiais
O 1° Campeonato Mundial de Vôlei de Praia foi realizado a partir de 17.2.87, no Posto 10, em Ipanema, Rio de Janeiro. Na sua organização estavam Carlos Arthur Nuzman, então Presidente da CBV, o Diretor Técnico da FIVB, Craig Thompson e o Vice-Presidente de Comunicações do Comitê Olímpico de Los Angeles e também membro da Comissão de Promoções da FIVB, Mike O’Hara.
Organização – A empresa paulista Koch Tavares foi a promotora do evento, juntamente com a Rede Globo. Fernando Oertzen era um dos sócios da Koch Tavares. Os custos foram estipulados em torno de US$ 500 mil, o equivalente a Cz$ 13 milhões (treze milhões de cruzados).
Participantes – Os americanos dominavam a modalidade nesse período. Foram convidados os primeiros do ranking, que constituíam as duplas Pat Powers-Karch Kyrali, Sinji Smith-Randy Stoklos. E também os italianos Solustri-Giovani. Participaram ainda atletas da Argentina, Chile, México e Japão. Entre os brasileiros, todos radicados no Rio de Janeiro, Clóvis-Caveirinha, Luís Américo-Serginho, Bernard-Edinho, Roese-Marcus Vinícius e Cid-Miguel.
Regulamento – As regras adotadas tiveram algumas alterações em relação ao que se jogava no Brasil por determinação e influência dos americanos, imbatíveis e já organizados nos EUA com a AVP. Apresentavam as seguintes características:
Defesa – Não vale defender de toque, não vale a bandeja (mão aberta).
Saque – Não existe zona de saque; executado de qualquer ponto do fundo da quadra.
Recepção – Não existe posição fixa para a recepção do saque.
Ataque – Vale a largada e a agarrada seguirá os mesmos critérios dos jogos em quadra fechada; vale a invasão por baixo, desde que não interfira na jogada do adversário.
Tempo –Permitidos dois tempos de 1 minuto a cada dupla durante o set.
Campo – Haverá troca de campo no 8° ponto, quando o set for de 15 pontos, e a cada set quando a disputa for em melhor de 3 sets. Neste caso, haverá um descanso de 5 minutos entre eles.
Substituição – Não será permitida; se um jogador não tiver condições de continuar, a dupla será obrigada a desistir e perderá a partida.
Circuito Mundial. Na temporada 96/97, foram dez etapas. Desde 87 aumentou de uma para dezessete o número de etapas. No Rio, parada final da chamada World Series, o total do prêmio no ano de 96 chegou a US$ 200 mil. O baixo custo na formação das duplas é também responsável pela popularização da versão praiana.