Leigo Ensinando Vôlei a Milhares de Crianças – parte I

MiniEuFavBairro INVERTIDA

Da série…

    • O Que um Técnico Pode Ensinar a um Professor
    • O Que um Professor Pode Ensinar a um Técnico

– Você acha que a indagação no título é crível?

– Pode um leigo em voleibol saber ensinar a crianças?

Pois então Você vai conhecer algumas histórias a respeito de como a vida nos ensina, dependendo apenas do grau de engajamento que o indivíduo esteja possuído. Interesse e amor, é o que se pede para iniciar o “combate”. O resto, algumas poucas instruções e dicas, e os resultados virão rapidamente, mais depressa do que se possa imaginar. Acompanhem-nos nessa série!

Palavras-chave: Aprender a Ensinar – Circuito do Ensino – Esporte na Escola – Educação Física e Esporte.

Missão e Visão do Procrie

Alunos de escola pública e outras,     8 a 13 anos de idade.

Temos buscado simplificar e ampliar o leque de opções metodológicas e pedagógicas para que qualquer indivíduo possa Aprender a Ensinar as primeiras lições a crianças, ou até mesmo a adultos. Clara é a nossa compreensão quanto ao termo Ensinar, muitas vezes entendido como prospectar alento nos meandros do esporte, enquanto que para nós outros, o pensamento recai na assertiva: Você não ensinou enquanto os alunos não tiverem aprendido. Não é diferente no voleibol. Com isto, perdem-se uma multidão de possíveis adeptos e consumidores, entre eles moças e rapazes baixinhos, gordinhos e entre aqueles que nunca praticaram qualquer atividade física, ou mesmo desistem após as primeiras aulas, culpa de mau ensino, com métodos ultrapassados e ainda vigentes nas universidades. Não seria melhor que parássemos por instantes para reexaminar  a Metodologia a empregar caso a caso? Creio que, mesmo internacionalmente, estejamos vivendo o que se dizia a respeito da Educação no século passado: “O professor ensina; o aluno aprende”. E ponto final!

– E VOCÊ, ensina ou simplesmente dá aula?

Comentários no Procrie

Entre as mais de uma centena de mensagens que recebemos diariamente, uma é destaque. Está gravado (inglês) em O Que um Técnico Pode Ensinar a um Professor:

Passwords, agosto 31st, 2014  […] Realmente estava buscando o tema deste blog. É simples e eficaz. Muitas vezes é muito difícil conseguir o equilíbrio perfeito entre usabilidade soberba e apelo visual. Devo dizer que você fez um trabalho incrível com isso… Blog excelente!

Procrie… Isto nos anima a continuar em nossa Missão. Somos gratos pelo carinho contido na mensagem, definitivamente muito incentivadora.

Educação Física vs. Educação Esportiva

Enquanto isto, no CEV, o Professor Marcelo Isidorio, presumivelmente atuante em Itabira (MG), dialogava com a secretária de Educação do município a questão da obtenção de espaço apropriado para as práticas da Educação Física Escolar. O colégio (de periferia) não possui espaço apropriado para a prática da Educação Física e ela argumenta que a construção de uma quadra esportiva estaria inviabilizada, pois o bairro não oferece um local com as dimensões apropriadas para tal.

O problema é antigo – eterno desencontro político entre os Ministérios da Educação (MEC) e do Esporte – agravado agora pelo momento pré-olímpico. Enquanto o Ministério do Esporte assessorado (sic) pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) esbanja rios de dinheiro, o “irmão pobre” definha cada vez mais. Haverá tempo em que fechará. Mas existe uma solução estratégica que, se contornada a rivalidade partidária, o MEC poderá se locupletar. Por enquanto parece preferir abster-se de compromissos, até porque está “inchado” de professores fora de classe lotados em Brasília a decidir (sic?) sobre os destinos da Educação. Afinal, quem é quem no cenário nacional? A quem compete decidir e elaborar políticas esportivas no país?

Por outro lado, o COB, comandado por um só indivíduo, define autoritariamente o que se deve ou não se fazer em matéria de ensino. Há tempos que apregoa que a Formação de atletas tem como base a Escola. Contudo, como advogado que é não sabe que procedimentos tomar, até porque sua equipe técnica de ex-medalhistas aboletados nos corredores da entidade desconhecem a matéria. Fundada em 28 de agosto de 1998, a AOB tem o objetivo de desenvolver a Educação Olímpica por meio de estudos e pesquisas realizados em instituições acadêmicas do Brasil e do exterior. Há algum tempo nos aproximamos oferecendo nosso pequeno estudo, mas fomos peremptoriamente repelidos.

E por estarmos falando de COB e sua influência na Educação brasileira, reproduzo parte da entrevista de seu presidente Carlos Arthur Nuzman, à Folha de São Paulo, em 29.11.96, sob o título “Brasil Traça seu Mapa Olímpico” (História do Voleibol no Brasil, vol. II, pág.262, Pimentel, Roberto A.)

  • Os principais problemas dessas entidades (Federações) são a falta de verbas, de material esportivo nacional adequado, de treinadores formados nas faculdades de educação física do país e de divulgação.
  • Aumentar o número de praticantes depende da imagem do esporte, de seus resultados, seus ídolos. Não é preciso massificação para se iniciar um esporte. É melhor trabalhar um grupo pequeno e fazê-lo obter resultados. Vamos priorizar as seleções olímpicas.

Comentários do Autor

  • A declaração e a receita do presidente do COB em entrevista para uma emissora de TV após os Jogos de Sydney é que aprendera a jogar vôlei na escola e, por isso, defendia a iniciativa de o governo restaurar e incentivar os Jogos Escolares. Contradisse suas declarações na Folha de São Paulo quando declarou: “Para aumentar o número de praticantes não é preciso massificação na iniciação de um esporte”.
  • Dirigentes, atletas e técnicos apontam entre os principais problemas a enfrentar, a falta de treinadores formados nas faculdades de Educação Física do país. Enquanto isso, a CBV produz técnicos e treinadores em oito dias (quando muito) em seus cursos “obrigatórios”. Estes não precisam, necessariamente, da licenciatura de Educação Física. Os cursos constituem-se em fonte de receita para a entidade.

Tais impressões permanecem atuais fazendo-nos sentir que “estão mais perdidos do que cego em tiroteio”. Eis o que nos ensina a sabedoria popular descrita com maestria por Rui Leitão em seu blogue:

“O uso desse ditado popular também é frequente em ambientes públicos e privados, diante do comportamento de gestores, diretores, chefes, prefeitos, governadores, presidentes e tal, quando enroscados em suas ações inconsequentes e se veem cobrados, por todas as frentes, em razão da sua incompetência. Daí se dizer “está mais perdido do que cego em tiroteio”. Esse fenômeno é constatado com muita frequência na nossa convivência social e nas posturas políticas”.

Como se não bastasse a incompetência dos governantes, dirigentes esportivos, temos ainda a nos comprometer o ensino universitário, matriz oficial de professores. Definindo a situação reinante desde longa data, consignamos a impressão de Marco Antonio Zago, reitor da Universidade de São Paulo, ao dizer que…

O sistema atual favorece a acomodação dos pesquisadores estáveis na carreira, que nada criam e se bastam repetindo experimentos.

Isto implica, é claro, na formação de professores de Educação Física, talvez uma das profissões menos consideradas pela sociedade. Para quem vive no ramo não é nenhuma blasfêmia o que estamos a dizer, mas simplesmente o descaso com que é tratada a Educação do Movimento no Brasil. Mais ainda, se considerarmos o estudo de Metodologia e Pedagogia, completamente acéfalo em TODAS as universidades.

Contributo do Procrie (Prezi)

Sentimo-nos à vontade para almejar e planejar voos mais altos em nossas pretensões de contribuição ao desenvolvimento do voleibol no Brasil. Sem conhecer o passado fica impossível corrigir e propor novos caminhos para qualquer modalidade esportiva, ainda mais pelo que foi dito anteriormente relativo às pesquisas: “nada criam e se bastam repetindo experimentos” e ainda acrescentaríamos: “… experimentos inconclusivos, que não levam a lugar algum.” Mal ou bem, temos a coragem de expor nossas ideias para que sirva de contraponto ao ensino universitário e mesmo o da Fivb, seguido pela CBV e demais filiadas. Nos quatro anos e poucos meses de atuação, jamais recebemos alguma contra indicação em nossos artigos, pelo contrário, muita receptividade e incentivo, especialmente do exterior, como podem ver nos COMENTÁRIOS exarados nas postagens. Muitos deles descartados por serem considerados spam, repetitivos, pouco esclarecedores ou até mesmo tolos.

A este respeito temos dúvidas quanto à nossa posição nesse universo insondável do Ensino. Será que estamos produzindo matéria palpável, considerada um avanço no conhecimento e ferramenta para alavancar o ensino? Foi pensando nisto que enveredamos nossos encontros com instituições que nos possibilitem formatar os Cursos Presenciais.

Mas já percebemos quão difícil é a tarefa, pois requer muito mais do que idealismo, ou mesmo competência. Trata-se de “falar ao ouvido certo” e “no momento apropriado”. Tarefa hercúlea para quem é tão pequeno. Em nova postagem procuraremos abordar o trabalho que um leigo pode desenvolver com o mínimo de conhecimento do voleibol. Tivemos algumas experiências na orientação desses indivíduos quando construímos um rico aprendizado de “Como Aprender a Ensinar”. Assim sendo, devo mais a eles do que eles a mim.

Aqueles que puderem e tiverem a paciência de nos acompanhar saberão por quê. Aguardem!

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Aprendendo com as Derrotas: Métodos de Ensino

MiniEuFavBairro INVERTIDA

Parece que sabemos todos o que fazer.

O problema é colocar em prática.

Identificando e Buscando Soluções  (parte I)

Por que perdemos? Onde erramos? Que devemos fazer? Quanto tempo para nos recuperar?

 

Escolas, Universidades, Cursos – Salto no Escuro – Escola – Educação Física nas Universidades –  Ensino a Distância – Centro de Referência em Iniciação.

 

Cremos que é uma pena só pensarmos neste assunto quando nos sentimos derrotados. Mas até nossas leis desportivas contribuem para nos acabrunharmos e nos sentirmos impotentes para alavancar o que quer que seja. O grupo que está no poder tem a tendência de nele permanecer até a morte. A mosca azul está em toda a parte!

Conversaremos sobre as derrotas recentes da Liga Mundial de voleibol e a Copa do Mundo de futebol e suas consequências, ou melhor, os cuidados e providências que se sugerem aos respectivos gestores –  CBV e CBF – em médio e longo prazo para prevenir e alavancar um grande salto quanto aos Métodos de Ensino disseminados pelo país.  No voleibol, desde 1975, sob o “padrão Fivb”, e na CBF, também os cursos rápidos de técnicos em futebol, predominantemente com o aproveitamento de ex-atletas. Testemunharão também o que este Procrie vem propondo em matéria de Ensino Escolar/Clube, inclusive para qualquer desporto. A conhecida e propalada Formação de Base.

Postulamos há muito (1976 e 1984) que a CBV formatasse um Centro de Referência em Iniciação Esportiva no Rio de Janeiro, com a finalidade de pesquisar metodologias modernas na Formação de atletas e, a seguir, divulgar para outros Estados (Núcleos) ensaios e conquistas aplicáveis a cada realidade, especialmente nas escolas públicas brasileiras. Atualmente, torna-se mais fácil pelas ferramentas da Internet. (Ver diversos artigos sobre Mini Vôlei sob o título Aprender a Ensinar e a História do Mini Vôlei no Brasil). Infelizmente, um dos assessores diretos da presidência vetou o projeto, tendo convencido o Nuzman em recuar do acordo que havíamos firmado verbalmente. Compreendamos também que os problemas são similares, independentemente do desporto a que se refira. Talvez a maior diferença esteja no montante de recursos envolvidos, o que é preocupante para todos. Como gerir uma montanha de dinheiro em favor de tantos?

Este artigo enfrenta o problema no qual pretendemos debater para a construção de ideias que nos indicarão os caminhos a percorrer no futuro, lembrando aos leitores que na gênesis do Procrie está assinalada nossa opção de criação de Núcleos de Referência em Iniciação Esportiva com ensinamentos aplicáveis a quaisquer esportes. E dissemos, que elegemos o voleibol como modelo, uma vez que fomos praticantes e técnico da modalidade. E não menos importante, interessados e pesquisadores da Arte de Ensinar, a partir do momento – 1974 – em que descortinamos uma metodologia de ensino do Mini Voleibol no Brasil. Há quatro anos vimos produzindo artigos nunca perdendo de vista nossa Missão de coorientadores em sua difícil obra educacional.

Como Surgem os Talentos, Seria por Acaso? – Como se Adquire Habilidade? – Como Treinar? – Cuidados nos Exercícios – Design Thinking – O Circuito do Ensino.

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Lições…

Preliminarmente, devemos esclarecer que as Confederações devem entre outros fins, administrardirigir, controlar, difundir e incentivar em todo o país a prática do voleibol em todos os níveis, inclusive o voleibol praticado por portadores de deficiências. Assim, como o esporte competitivo está dissociado do esporte recreativo, a quem caberia incentivar este último, até então esquecido solenemente? Seriam as Federações? A par de tudo, nota-se há algum tempo as ingerências nocivas do COB no gerenciamento das políticas esportivas (sic) no país, especialmente em nível colegial.

Talvez a única tentativa em voleibol relativa a problemas crônicos na Formação foi a que fizemos através da introdução do Mini Vôlei no Brasil (1974), atualmente aproveitada como fonte de recursos pela entidade, na forma de franquias – Viva Vôlei – ou patrocinadores particulares. Quanto à seleção, a competente comissão técnica deve estar procedendo a tais indagações, inclusive à luz de estatísticas e vídeos, pois o Bernardo é bastante inteligente e competente. Creio não ser preciso alertar à CBV sobre a visão de seu próprio trabalho, com certeza embutido no planejamento sobre a produção das peças de reposição e, muito mais importante, os Métodos empregados no Brasil, cuja responsabilidade atual parece ainda ser do Conselho de Treinadores.

Note-se que ele é presidido e conduzido por um único homem guindado ao posto por Carlos Arthur Nuzman desde sua posse na entidade há 39 anos. Todos os Cursos de Treinadores da CBV estão sob sua responsabilidade. Diga-se de passagem, o presidente do Conselho não participa ou opina sobre as seleções; ao que nos disse não é remunerado e que se atém exclusivamente aos cursos e relacionamento com o congênere da Fivb. Também o Setor de Seleções abdica de ingerência técnica, apenas administrativa.

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Do noticiário extraímos recentemente algumas opiniões alarmistas que poderão nos guiar na forma de pensar o problema (design thinking) e encontrar soluções. Vejamos algumas e após sua leitura, esperamos que VOCÊ participe com seus comentários.

1. Bernardinho perdeu a mão (… será?)

Bruno Voloch, no UOL, 7/jun./2014. “Era o que faltava. Perder para o Irã por 3 a 0 e dentro de casa. Se existia alguma dúvida, não existe mais. A seleção masculina está em crise, perdeu a confiança, não é mais respeitada e dá sinais de estar sem comando. Bernardinho assume a responsabilidade pelo fracasso, se desculpa e fala em frustração. Bruno diz que falta atitude, postura e cobra reação. Discursos fortes, corajosos”.

Procrie… No voleibolês da década de 60 já se dizia: Há técnicos que sabem dirigir uma equipe, têm estrela, e outros que sabem treinar seus atletas; difícil é acumular. Em alguns momentos da partida, a insistência (do técnico) em mostrar a um dos atletas como fazer um bloqueio, defender ou recepcionar, somente atestava a inoperância ou dos treinamentos – que não produziram resultados – ou a falta de qualidade técnica da maioria do que ali estavam. Em suma, ao dize-me com quem andas e te direi quem és, ajusta-se também ao voleibol: dize-me como treinas e te direi como jogas.

Procrie… UFA!!! Recuperação e surpresas. No dia 17 de julho a seleção masculina de vôlei teve uma espetacular vitória ao derrotar a Rússia (3 x 2) pela fase semifinal da Liga Mundial em Florença, Itália. Parabéns aos atletas e à comissão técnica. No dia seguinte, os brasileiros foram derrotados pelos iranianos (4ª vez, 1 x 3). Surpresas: os russos foram desclassificados para a próxima fase, brasileiros em segundo e iranianos em primeiro lugar da chave. A seguir, brasileiros e italianos se confrontaram, com vitória insofismável brasileira, credenciando para a grande final. Com a derrota dos iranianos para a equipe americana, aguarda-se um sensacional jogo hoje, domingo (20/jul./2014). Aconteceu a partida e os Estados Unidos venceram por 3 x 1. Conclusão: a renovação pretendida pelo técnico parece estar no caminho certo, esperando-se que a comissão técnica também esteja aprendendo com os erros. E, agora, “Como Treinar?” para enfrentarmos a maratona de jogos no próximo Mundial?

Notas colhidas de alguns integrantes da equipe brasileira após a partida final:

  • Precisamos fazer algo diferente, seja melhorar individual ou taticamente.
  • É encaixar, alguém jogar um pouco acima da média.
  • Vamos estudar, avaliar e fazer algo (técnico).
  • Precisamos jogar em nível melhor porque vai ser mais difícil no Mundial.
  • Se tiver que melhorar a concentração, vamos lá; se for parte física, vamos lá. 

Velho Problema, Formação Básica

O “vamos lá, vamos lá”, ouvido a todo instante durante as partidas parece não levar a lugar algum. Soa como destempero e consequente ausência de apresentar solução a problemas ocasionais latentes que a equipe não consegue resolver sem ajuda de fora. Esta deve ser a interferência ocasional do seu condutor técnico.

De longa data técnicos de seleções brasileiras em qualquer modalidade queixam-se (nas derrotas) de que não têm tempo para treinar taticamente suas equipes e que muitos atletas não possuem uma formação técnica básica nos fundamentos. Assim, haja improvisações, criatividade e, mais do que tudo, “sorte”. Além, é claro, de jogar com o Regulamento. Como registramos no início, “Todos sabemos o que fazer; o problema é colocar em prática”!

Será que já é o momento de voltarmos nossos olhos para a preparação BÁSICA de nossos pequenos atletas? E, principalmente, para os seus PROFESSORES, os facilitadores do aprendizado? Que importância damos aos condutores das escolinhas? E ainda mais grave, que Formação Pedagógica possuem? Como são formados e avaliados esses profissionais do Ensino?

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2. Essas circunstâncias podem ser transportadas quando o assunto é futebol?

Continuemos nossa conversa tentando obter subsídios dos problemas que impedem a construção de um projeto de Formação de Base e em que consiste nossa proposta de atuação. Vejamos então o que nos fala um dos mais experientes técnicos de futebol no Brasil, o Professor Carlos Alberto Parreira, em entrevista a ESPN publicada pelo UOL em 15/jul./2014, logo após sua saída de coordenador técnico da seleção brasileira na Copa do Mundo.

Problema da seleção: clubes formadores – Acho que deveriam olhar o que foi feito, o planejamento. O que se poderia pensar para o futuro é ser mais abrangente com as federações internacionais. Sou a favor de fazer cursos fora do país. Precisamos que os clubes invistam nas divisões de base e temos que formar em casa os jogadores.

Formação de treinadores – Até já começou a melhorar essa formação, mas ainda é pequena. Os europeus fazem isso há mais de 20 anos. A Alemanha tem mais de 20 centros formadores espalhados pelo país e os treinadores trabalham no mais alto nível. Isso tem de ser feito a médio e longo prazo, de cinco a dez anos. O Fernandinho (jogador da seleção) disse: “os jogadores estão sendo formados no exterior; são brasileiros, mas a formação é europeia”.

Prevendo a entressafra – Fica muito claro que não é fácil ganhar a Copa e que qualquer equipe pode passar por uma entressafra. Temos que fazer como os alemães que se preparam há dez anos, e não interromper um trabalho a cada um ou dois anos. Isso faz parte constante do aprendizado. Temos que fazer o que sempre fizemos e incrementar o trabalho de divisões de base, revelar jogadores de alto nível. As qualidades com escolinhas, treinadores (e gestores).

A CBF não é formadora de jogadores – É o clube quem forma. Ela organiza as equipes para disputar competições sub 17, sub 20 e profissional. A CBF tem que incentivar os clubes.

A Alemanha – É um time formado há dez anos, com mais de 120 jogos, que vem sendo preparado. Joachim Low nunca tinha feito uma final e foi o primeiro título dele em dez anos. É questão de trabalho, intercâmbio. A sequência de trabalho e a continuidade são importantes.

Legado – Essa seleção deixou um legado intangível. Há muitos anos eu não vejo esse Brasil em torno de um objetivo, como o torcedor se uniu com essa seleção. Essa geração que apoiou, vai continuar a apoiar por mais três, quatro Copas. Os jogadores tiveram essa mensagem. O sonho não termina, ele foi interrompido. O trabalho começa daqui um mês e meio.

Técnico estrangeiro – Acho que não há necessidade de estrangeiro em qualquer seleção grande. Não sou contra a ideia, acho difícil implementar o trabalho com um estrangeiro. Pode ter palestras, intercâmbio. Grandes seleções têm que ser treinadas por técnicos locais.

Palestras e cursos – É importante os treinadores irem ao exterior para palestras e cursos. Promover esses fóruns, esse intercâmbio, é favorável a todos.

Qual seleção propôs algo novo taticamente? Para mim, a Alemanha não apresentou algo novo, mas um futebol com quatro, cinco craques em prol da equipe, experientes, entrosados, sabiam resolver os problemas. Não apresentaram nada de novo, mas eu gostei de ver.

3. Gestão desportiva… na CBF

Ainda a propósito do pós-Copa, encontramos uma opinião em Minas Gerais, Trata-se de Gestão (no caso, má gestão). O advogado Marcelo Luiz Pereira, pós graduando em Direito Desportivo e Negócios no Esporte, afirmou no sítio do CEV (16.7.2014):

(…) “Reitero, salvo melhor juízo, Gestão é a palavra chave, independentemente dos subsídios e vantagens concedidas aos clubes. Vou além, interessante que esta mudança se inicie na própria CBF, notório modelo fracassado de Gestão do Futebol e um verdadeiro sucesso no aspecto financeiro daquela instituição (lucros exorbitantes nos últimos anos). Por que será? Importante pensarmos e atuarmos juntos”.

4.  Blog do João Freire

O caso do futebol brasileiro (2ª parte), 17/jul./2014.

Eis a opinião de um dos mais respeitados professores de Educação Física do Brasil a respeito do ensino do futebol.

“De meu ponto de vista, essa história explica-se da seguinte maneira: a reinvenção do futebol à brasileira deu-se à revelia da educação física. Nossos jogadores foram forjados nos campos de várzea, nos pequenos espaços de areia, terra ou grama que grassavam pelo Brasil afora. Nossos jovens não aprenderam sozinhos, não foi uma mágica; aprenderam porque havia uma pedagogia, que eu chamo de pedagogia de rua, uma pedagogia popular, uma verdadeira escola em que crianças aprendiam com crianças e com os mais velhos, os jovens aprendiam a jogar jogando. Uma pedagogia tão sábia que ensinou que o melhor jogador era o que melhor sabia jogar, isto é, o que era mais lúdico – Garrincha como exemplo maior. Nosso professor de futebol não foi nenhum sistema sofisticado de educação física. Foi exatamente porque não foi a educação física, repito, branca e europeia, a nos ensinar o futebol que pudemos praticá-lo de um jeito só nosso”.

Procrie… Como ressalva ao texto acima, lembramos a pequena divergência entre o que postulavam Vygotsky e Piaget, suficiente para transformar uma metodologia a empregar no Ensino: construtivismo ou andaimização? (Leia mais… ) A par de tais discussões, acrescentem-se os conceitos metodológicos de treinamento profundo – teoria mielínica – alardeados pelo jornalista americano Daniel Coyle, conjugados a resultados de estudos na área da Neurociência. O que hoje a Neurociência defende sobre o processo de aprendizagem se assemelha ao que os teóricos mostravam por diferentes caminhos. Vimos buscando igualmente estender para outros desportos a concepção de um ensino com criatividade e imaginação, propondo Metodologia calcada no Aprender Brincando, Aprender Jogando, advinda dos ensinamentos de Gerhard Dürrwächter, professor alemão com quem convivemos em Ronneby, Suécia, em 1975, por ocasião do I Simpósio Mundial de Mini Voleibol (Fivb).

Leia mais… Procrie na Alemanha VOLLEY-BALL, SPIELEND LERNEN – SPIELEND ÜBEN, (Voleibol aprender brincando, aprender jogando).

 

Formação de Base

O objetivo do Procrie é fomentar ideias sobre o assunto e levar a quem quer que seja (web) sugestões aplicáveis a professores e treinadores em suas atividades nas escolas ou clubes. Postamos  no Prezi – sítio exclusivamente educacional – nosso Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol, um encadeamento de ideias e soluções perfeitamente ajustáveis a todos os desportos. TODOS são chamados a participar

Temos certeza de que o modelo vigente nada acrescentou e não entendemos o desleixo e má gestão da entidade nesse sentido. A ideia de quem forma o atleta é responsabilidade do clube está completamente defasada e, certamente, nosso principal problema na Formação. É o que vigora até então no Brasil em TODOS os esportes. Como disse muito oportunamente o Prof. Parreira (ver acima): “A CBF tem que incentivar os clubes”. Mas como implantar tais incentivos? Os clubes não estão falidos? Não estão eles mal organizados?

Vamos neste instante apontar um problema que não é menos importante do que tantos ventilados. Trata-se do ensino universitário, formador de professores e técnicos. Já postamos um artigo em que resumimos a entrevista nada mais nada menos do que o reitor da USP.

Aprender a Ensinar 

Neste momento devemos nos remeter à Universidade, instituição formadora de professores, mestres, doutores, pesquisadores, que deveriam cumprir seu papel. Como ela se fecha nela mesma, fica dificílimo qualquer tentativa de romper o lobi construído. Cansamos de tentar e perdemos a paciência. A alternativa foi construirmos o Procrie e caminharmos por iniciativa própria. Se considerarem as estatísticas produzidas pelo Google Analytics, verão que estamos no caminho certo. Falta-nos ainda concretizarmos os Cursos Presenciais.

Em relação a um bom ensino, certamente vamos cair na premissa máxima de nossa cruzada, o Aprender a Ensinar. Sabemos que Ensinar é uma Arte, mas… Arte é ensinável? Sugerimos pequena leitura a respeito do que vem a ser design thinking e seu emprego na busca de soluções a problemas.

Conhecimento amplo e conhecimento restrito – Quando Piaget ministrava seu curso sobre inteligência, ele começava perguntando:

– O que é inteligência?

Ele então respondia:

– Inteligência é o que nos possibilita adaptarmo-nos a novas situações.

E continuava salientando que existem dois aspectos em qualquer ato de adaptação – nossa compreensão da situação e a invenção de uma solução baseada nesse entendimento.

Como surgem as ideias – A inteligência não pode desenvolver-se sem conteúdo. Fazer novas ligações depende de saber o suficiente sobre algo em primeiro lugar para ser capaz de pensar em outras coisas para fazer, em outras perguntas a formular, que exigem as ligações mais complexas a fim de compreender tudo isso. Uma vez que o conhecimento é organizado em uma estrutura coerente, nenhum conceito pode existir isoladamente. Assim, cada ideia é apoiada e colorida por uma rede de outras ideias. Em suma, “não há ideia burra”!

Processos de autorregulação – Como aplicar o design thinking no ensino de voleibol na escola? – Como ter ideias e resolver problemas? 

Leia mais… Aprender a Pensar

 

Escolas, Universidades, Cursos

Percebam o significado e a dimensão do alerta que nos coloca o Professor José Pacheco ao dizer:

Temos Escolas do séc. XIX, professores no séc. XX, e alunos no séc. XXI.

Independentemente da comunidade, cidade ou país em que vivemos e o que esperam de nós os nossos filhos e alunos em matéria de transmissão de conhecimentos? Estaríamos preparados para o embate pedagógico que se nos afigura neste século?

Esporte na Escola – Ensino Esportivo – Motivação e Interesse – Arte de Ensinar – Conciliando Educação Física e Esporte – Aulas e Cursos Presenciais.

Salto no Escuro

Do reitor da Universidade de São Paulo, Marco Antônio Zago, colhemos algumas impressões sobre o ambiente acadêmico em que vivemos no principal estabelecimento de ensino no país em sua entrevista à revista Veja ((ed. 2379, 25/6/2014):

“Os pesquisadores precisam se arriscar mais, sair da zona de desconforto que os leva a projetos de sucesso garantido de antemão. Isso permite que a vida deles transcorra sem surpresas positivas ou negativas, o tempo passa, eles criam vínculos estáveis e passam a dispor de uma estrutura de pesquisa. Para quê? Para continuarem repetindo experimentos consagrados. Tudo bem (…), mas não é essa abordagem que produz grandes e decisivas descobertas. Sem salto no escuro não surgem avanços revolucionários. Os que se arriscam mais são sempre os mais jovens. Depois eles se casam, têm filhos, ficam mais prudentes, e o sistema aceita. Atualmente, no Brasil, tanto as universidades quanto as agências de pesquisas premiam a prudência e inibem a inovação”.

Conclusão: “Temos de dar melhores condições de trabalho aos pesquisadores e reduzir as tarefas administrativas e burocráticas. As condições para fazer pesquisa competitiva estão no estabelecimento de um ambiente favorável, com parcerias como as que temos hoje. Não dá para criar pesquisa de qualidade isoladamente”.

Escola

Entenda-se que representa a principal forma utilizada pelas sociedades modernas de transmissão do conhecimento. A História nos diz que a Escola é uma invenção moderna, não faz muito tempo que foi criada, contudo os conhecimentos sobre Tecnologia da Informação e Comunicação, que nos atropelam de forma avassaladora há menos de 50 anos, realmente nos impedem de acompanhá-la passo a passo como fazem os alunos em centros mais avançados de ensino.

Universidade

Não pergunte o que a universidade pode fazer por você, mas o que você pode fazer pela universidade. (Kennedy)

Universidade do futuro, Stephen Kosslyn (Veja, 2/abr./2014)

Algumas opiniões de renomados professores:

– O conhecimento do cérebro (ciência cognitiva) é o caminho para aprimorar o aprendizado, inserir a escola no século XXI e deixar bem claro que cada pessoa vai até onde sua mente pode ir.

– A universidade on-line revela a importância da tecnologia, ao mesmo tempo em que estimula o aluno a construir um pensamento crítico e a enxergar os dois lados de uma questão.

– A universidade atual necessita retirar a poeira dos séculos, entender e valorizar o novo que, inexoravelmente chega. (Benjamin Batista, BA)

– A origem dos conflitos e questionamentos sobre a finalidade do conteúdo ensinado na sala de aula reside na forma como esse conteúdo é ditado aos alunos – sem nenhuma aplicabilidade prática. Simplesmente não conseguem estabelecer uma conexão entre o seu dia a dia e a escola. (Alex Fabiano A. Oliveira, PB)

Educação Física nas Universidades

Um clube ou academia? Não pergunte o que a universidade pode fazer por você, mas o que você pode fazer pela universidade.

Poderão aquilatar os problemas que afligem o ensino universitário e a consequente educação escolar. Em que consiste a tendência mundial do trabalho desenvolvido pela AIESEPX, inclusive com atuação no Brasil, e o que se espera da universidade no séc. XXI? Percebam o alinhamento do Procrie com a entidade em http://www.aiesep.ulg.ac.be/. O site é hospedado pela Universidade de Liège.

Palavras-chave: Educação Física Escolar, Metodologia e Pedagogia para Professores, Procrie e AIESEPX, Sistema Universitário, Universidade do Futuro.

Leia mais… Ensino da Educação Física nas Universidades

 

Ensino a Distância

Quando lançamos a ideia de ensinar voleibol à distância, fomos desafiados por um dos maiores professores atuante há muito no cenário nacional e internacional. Dizia ele: “É impossível você ensinar a alguém dar um toque de bola residindo a quilômetros de distância”. Felizmente aceitei o desafio. Não sei se ele se tocou e tenha acompanhado o nosso trabalho no Procrie. É uma pena, pois trata-se de um técnico em voleibol, professor universitário, e principal influenciador na Metodologia de ensino no Brasil.

Recentemente, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta terça-feira (8/jul./2014) projeto que define regras gerais sobre a realização de cursos de mestrado e doutorado a distância. A proposta acolhida foi o substitutivo da Câmara dos Deputados a projeto (PLS 264/1999) apresentado ao Senado pela ex-senadora Emília Fernandes. A matéria ainda será votada pelo Plenário do Senado. De acordo com o projeto, os programas de mestrado e doutorado a distância observarão, no que couber, as mesmas normas vigentes para o ensino presencial, permitindo-se as adequações necessárias às peculiaridades dessa modalidade do processo educacional. Em qualquer caso, no entanto, será exigida a realização presencial de exames e de defesa de trabalhos ou outras formas de avaliação de desempenho que venham a ser desenvolvidas com as inovações da tecnologia educacional.

Encontros Presenciais

“As metodologias e ferramentas da EaD quando bem planejadas, organizadas, executadas e avaliadas favorecem demasiadamente a aprendizagem. É oportuno mencionar que seria muito apropriado em não abdicar das formas híbridas, aquelas que combinam encontros presenciais com atividades em ambientes virtuais de aprendizagem, principalmente no campo de estudo e atuação profissional em Educação Física”. (Patrick R. Coquerel)

Leia mais… Vai a Plenário Projeto Que Trata de Cursos de Mestrado e Doutorado a Distância

 

Continua…

 

Você Pode Aprender a Ensinar com as Derrotas

Bernardo Agasalho e Livro  2 junho2011

Aprendendo a Ensinar…

Reproduzimos o comentário do jornalista Bruno Voloch em seu blogue no UOL do dia 7 p.p., por se tratar de uma observação de alguém que realmente vive o voleibol. Refere-se à segunda partida entre as equipes do Brasil e do Irã pelo Liga Mundial.

A seguir, conversaremos sobre o fato e suas possíveis  consequências, ou melhor dizendo, os cuidados e providências que se sugerem à CBV a médio e longo prazo para prevenir e alavancar um grande salto quanto aos Métodos de Ensino disseminados pelo país desde 1975, o “padrão Fivb. ” Verão também o que o Procrie vem postulando em matéria de Ensino Escolar/Clube, inclusive com propostas para qualquer desporto.

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Curso Prático: Métodos & Pedagogia no Vôlei – Defesa em Voleibol – Como Surgem os Talentos? Seria por Acaso? – Como se Adquire Habilidade? – Como Treinar? – Cuidados nos Exercícios – O Circuito do Ensino.

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Bernardinho perdeu a mão

Era o que faltava. Perder para o Irã por 3 a 0 e dentro de casa. Se existia alguma dúvida, não existe mais. A seleção masculina está em crise, perdeu a confiança, não é mais respeitada e dá sinais de estar sem comando. Bernardinho assume a responsabilidade pelo fracasso, se desculpa e fala em frustração. Bruno diz que falta atitude, postura e cobra reação. Discursos fortes, corajosos.

Fato é que o Irã simplesmente não tomou conhecimento do Brasil, ignorou a tradição e o histórico da seleção na liga e venceu com sobras e méritos por 3 a 0. Os iranianos mostraram incrível consistência no saque, defesa e fizeram 11 pontos de bloqueio contra apenas 5 do Brasil.

Não dá para livrar a cara de ninguém na seleção. Ninguém. Time apático, entregue, sem vibração e visivelmente abalado emocionalmente. Equipe sem padrão de jogo, com falhas inacreditáveis no sistema de recepção e volume de jogo zero. As 4 derrotas em 6 jogos em casa, pior desempenho desde que Bernardinho assumiu a seleção, aparecem coincidentemente após a crise na CBV e o suposto envolvimento do técnico na política. Bernardinho parece ter perdido a mão.

Parece. Não dá jamais para duvidar da capacidade dele. Dentro de quadra, porém, a sensação é que o grupo não responde mais ao comando do técnico. Sensação. (Bruno Voloch)

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irã capturada cidadesProcrie no Irã

Estamos muito felizes com os iranianos, como revela o recente interesse que o Procrie tem despertado entre seus habitués da web. São oito cidades, especialmente a capital Teerã (Tehran, ing.) com cinco visitas, e bem próxima, Karaj (2). Tomara que mais e mais adeptos se acomodem junto aos seus laptops e, apesar da língua, tenham algum mecanismo eficiente de tradução.  E que se esmerem mais ainda do que realizaram no Ibirapuera. Verdadeiro show!

Se na próxima etapa da Liga, mais uma vez os atletas iranianos promoverem a festa na quadra, não nos culpem de traição ou espionagem.

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NOTA INTRODUTÓRIA

Conhecimento amplo e conhecimento restrito

Quando Piaget ministrava seu curso sobre inteligência, ele começava perguntando: “O que é inteligência”? Ele então respondia: “Inteligência é o que nos possibilita adaptarmo-nos a novas situações”. E continuava salientando que existem dois aspectos em qualquer ato de adaptação – nossa compreensão da situação e a invenção de uma solução baseada nesse entendimento.

Como surgem as ideias

A inteligência não pode desenvolver-se sem conteúdo. Fazer novas ligações depende de saber o suficiente sobre algo em primeiro lugar para ser capaz de pensar em outras coisas para fazer, em outras perguntas a formular, que exigem as ligações mais complexas a fim de compreender tudo isso. Uma vez que o conhecimento é organizado em uma estrutura coerente, nenhum conceito pode existir isoladamente. Assim, cada ideia é apoiada e colorida por uma rede de outras ideias.

Visão do Procrie… aprender a ensinar

AutorBernardoBenéTabach1995No voleibolês da década de 60 já se dizia:

Há técnicos que sabem dirigir uma equipe, têm estrela, e outros que sabem treinar seus atletas; difícil é acumular.

Na foto, à esquerda, Roberto Pimentel, Bené, Bernardo e R. Tabach no Centro de Referência do autor em Copacabana (1995). Bené, já falecido, foi o primeiro treinador de Bernardinho no Fluminense. A seu cargo ficavam os atletas mirins e infantis, e no seu trabalho era considerado o melhor. Saiba mais sobre Bené e sua contribuição para o vôlei nacional no livro História do Voleibol no Brasil

O que se viu na partida em que a seleção brasileira perdeu para a do Irã, confirmou-se o dito popular. O técnico brasileiro não tinha o que dizer, e falava a todo o momento palavras de ordem para equilibrar sua equipe. O “Vamos lá! Vamos lá! Vamos lá! ” não nos parece a instrução requerida para o momento que atravessavam no jogo. Em outros, a insistência em mostrar a um dos atletas como fazer um bloqueio, defender ou recepcionar, somente atestava a inoperância ou dos treinamentos – que não produziram resultados – ou a falta de qualidade técnica da maioria do que ali estavam. Em suma, ao “dize-me com quem andas e te direi quem és”, ajusta-se também ao voleibol: “dize-me como treinas e te direi como jogas”. Particularmente, tenho minhas concepções sobre como treinar que podem não refletir tanta competência, mas certamente atenuariam as falhas que esses moços insistem em repetir. Já até ousamos tocar no assunto com os técnicos maiores.  

Produzimos artigo neste Procrie em que afirmamos, calcados na teoria moderna de treinamento profundo (qualidade), que não basta “treinar, treinar, treinar”, mas simplesmente TREINAR com QUALIDADE. Repetir o erro por dias, horas de treinamento só reforça o que está errado, impedindo o indivíduo de ser corrigido e, por conseguinte, evoluir tecnicamente. Muitos técnicos de seleções, inclusive de outras modalidades, afirmavam que é bastante dificultoso armar uma equipe em pouco tempo quando os seus integrantes não têm a necessária competência técnica nos fundamentos: É impossível ensinar e muito decepcionante, ter que ensinar a atleta de ponta como passar, defender, sacar, bloquear.

Se consultarmos treinadores, técnicos, professores e professoras atuantes em voleibol – clubes, agremiações, escolas – perceberemos que existem dificuldades fabricadas para escoimar um ensino de QUALIDADE, um ensino PROFUNDO, do qual pessoa alguma se esquece. Basta acompanhar os exercícios em qualquer um dos times participantes da Liga: copiam e repetem idênticos ensaios sem a menor preocupação de correção. É um trabalho inócuo e, pior, com agravantes, pois os instruendos sistematicamente REPETEM os mesmos erros. Dessa forma, levam anos para se aperfeiçoar, ou talvez nunca cheguem lá. Estão dando murros em ponta de faca!  

 

Iraniano Ghaemi vibra com ponto marcado contra a seleção brasileira de vôlei, no ginásio do Ibirapuera. Fonte: Fivb/Divulgação.Do outro lado, a equipe iraniana proporcionou a todos um belo espetáculo de superação e competência. Basicamente, não teve falhas e soube explorar inteligentemente a inoperância do adversário sem se intimidar com o seu currículo. A técnica de seus atletas fez com que o seu comandante alternasse saques violentos com os táticos com resposta positiva no desempenho da partida. Enfim, souberam comandar a partida como um “bloco”, deixando transparente sua disciplina tática, técnica aprimorada, e equilíbrio, o que muitos por aqui chamam paciência. Foto: Iraniano Ghaemi, canhoto e um dos destaques, vibra com ponto marcado contra a seleção brasileira no ginásio do Ibirapuera. Fonte: Fivb/Divulgação.

Lições

Por que perdemos? Onde erramos? Que devemos fazer? Temos tempo?

A competente comissão técnica deve estar procedendo a tais indagações, inclusive à luz de estatísticas e vídeos, pois o Bernardo é bastante inteligente e competente. Contudo, creio não ser preciso alertar à CBV sobre a Visão de seu trabalho, com certeza embutido no planejamento sobre a produção das peças de reposição e, muito mais importante, os Métodos empregados no Brasil, cuja responsabilidade atual parece ainda ser do Conselho de Treinadores. Note-se que ele é presidido e conduzido por um único homem – Célio Cordeiro Filho – guindado ao posto por Carlos Nuzman desde sua posse na entidade, há 39 anos. Todos os Cursos de Treinadores da CBV estão sob sua responsabilidade. Diga-se de passagem, o presidente do Conselho não participa ou opina sobre as seleções; ao que nos disse não é remunerado e que se atém exclusivamente aos cursos e relacionamento com o congênere da Fivb. Também o Setor de Seleções abdica de ingerência técnica, apenas administrativa.

Ouvir Quem Faz!

Convidamos os leitores a participarem dessa discussão, que pretendemos seja impessoal, ou seja, não se trata de medir competência de quem quer que seja, mas analisar situações, compartilhar pensamentos e propor soluções. Especialmente aos treinadores profissionais, cuja contribuição ao tema é incalculável, uma vez que eles são responsáveis pela Formação dos atletas, principalmente aos que chegam à seleção nacional.  Da mesma forma, professores(as) que atuam em escolas, pois as propostas chegam até VOCÊS e queremos seu comprometimento.

Na condução desse trabalho sugerem-se técnicas empregadas em Design thinking. É certo que carecemos de informações privilegiadas só conhecidas pelos envolvidos diretamente, mas no intuito de contribuir com espontaneidade, não devemos nos furtar ou amedrontar em nosso livre pensar, pois afinal, como verão em técnicas de design thinking, “não existem ideias burras”!

Como ter ideias e resolver problemas?

Design thinking é uma disciplina ensinada para gestores, médicos, filósofos… e até designers. A inteligência não pode se desenvolver sem conteúdo. Fazer novas ligações depende de saber o suficiente sobre algo em primeiro lugar para ser capaz de pensar em outras coisas para fazer, em outras perguntas a formular que exigem as ligações mais complexas a fim de compreender tudo isso.

Estas e outras indagações deverão ser respondidas não só pela equipe técnica, mas também por alguns conselheiros, pois ao contrário, o treinador responsável (e centralizador) corre o risco de estar dando voltas em torno do mesmo ponto. Como estão fechados dentro de si mesmo (a comissão técnica) a entidade corre o risco de ficar a mercê de um único indivíduo tomar decisões.

O cargo de técnico de seleção, cujo prazo de vigência era por período olímpico (4 anos), sempre foi atribuído em confiança – critério da presidência – e, dessa forma a Confederação fica refém de alguns poucos indivíduos e suas conveniências. Felizmente tem dado certo até o momento como comprovam os resultados. Mas, já deu errado e um período foi perdido. E amanhã? Há muito perigo quando as coisas (os resultados) não vão bem ou as atividades paralelas – negócios, exibição na mídia, política – que desgastam tanto os atletas, como treinadores. Os mais atentos devem recordar-se do pós-Barcelona, em 1992, em que alguns atletas, deslumbrados com o feito e as tentações de faturamento nas mídias e entrevistas, prejudicaram suas relações e compromissos com CBV. Ou se posa para fotos, ou se veste para treinar! Pouco antes, com o advento da Liga Mundial, acentuaram-se as disputas fora de quadra para estabelecerem os prêmios em dinheiro distribuídos pela Fivb. O que devia ser transparente até hoje o público nada sabe sobre os bastidores. E como sabemos, é um grande perigo no Brasil e em qualquer lugar do mundo.

Leia mais…  Aprender a Pensar, Memória Associativa, Professor e Treinador, Resolvendo Problemas, Como aplicar o design thinking no ensino de voleibol na escola ou no clube.

Peças de Reposição e Formação de Base

O que atualmente muitos chamam de peças de reposição, está representado pelas equipes secundárias – infanto juvenis e juvenis. A elas foi estendida a participação em diversos campeonatos internacionais, exatamente com o fito de formatar uma base de suprimento às seleções adultas. Todavia, a QUANTIDADE de jovens utilizáveis no país para tal circunstância é deveras insignificante e, além disso, formados com QUALIDADE duvidosa, com poucas exceções ocasionais. Sabemos que as chamadas “peneiras” nos grandes centros do país – São Paulo, Minas Gerais – são ao mesmo tempo incentivadoras, seletivas e castradoras. Ressalte-se que o Rio de Janeiro, antes celeiro de grandes craques, hoje praticamente sobrevive de alguns poucos atletas de vôlei de praia.

A Federação sofre do mesmo defeito de suas congêneres, a perpetuação dos respectivos presidentes. Aliás, dizem, estão ali porque pessoa alguma aceita o cargo. Com certeza, a partir do PROFISSIONALISMO da modalidade na década de 80, que muitos desejavam e aplaudiram, paradoxalmente tenha sido o marco divisório para a derrocada do sistema de renovação de atletas. Na prática, simplesmente foram extintas as equipes dos clubes. (leia mais… História do Voleibol no Brasil; vol. 2º; anexo II, Seminário Empresa/Esporte)

Ideias maravilhosas, competência, livre pensar

Iniciemos nossas ofertas de artigos com o que consideramos fundamental. No momento em que se procura intensamente democratizar as instituições esportivas do país, não há tempo a perder e dar início ao tempo perdido através da alternância de poder, além de estimular projetos que tratem de uma RELEITURA dos MÉTODOS que a comunidade do vôlei vem copiando há praticamente quatro décadas. Como também o sistema universitário nada produz de efetivo – somente diplomas – a esperança de mudanças metodológicas para o país recai única e exclusivamente em algum pesquisador interessado no assunto. Talvez um ou mais obsessivos malucos!

Nas derrotas encontramo-nos e podemos aprender mais do que imaginamos. O momento é de reflexão e muito provavelmente seria interessante que mais indivíduos coçassem a cabeça e lhes fosse permitido manifestar-se de algum modo  sobre o que fazer à frente. Caso contrário, a equipe técnica estará a dar voltas em torno do mesmo lugar, confundindo o ponto de partida com o ponto de chegada. Lembro que a Confederação possui um Conselho de Treinadores. Cremos que sua ingerência é limitada aos Cursos de Formação de Treinadores, que se repete há 39 anos com o mesmo titular. Então, concluímos que os atuais treinadores principais – José Roberto e Bernardo – sejam também os ”inspiradores” das demais divisões.

“Exercícios de casa”

Vejo diariamente minha neta de oito anos de idade “fazer os exercícios de casa” de sua escola. E também o modo como sua mãe (ou avó) emprega na tarefa de assistência à criança. Certamente, há diferenças sutis entre o que realiza a professora em classe, inclusive por vários motivos, mas o fundamental neste momento é acentuar a diferença entre a atuação da criança (instruendo) na aula – divide atenção com muitos colegas – e em casa, quando tem a primazia e conforto dos responsáveis. Nessa caracterização, chamamos atenção do leitor para a importância do MÉTODO empregado em casa (nos treinos) aliado ao grau de exigência na correção dos exercícios (como fazem as mães). Neste momento, mais do que nunca, há necessidade de conhecimentos da PEDAGOGIA a ser empregada.  Já vimos este assunto quando falamos da Zona de Desenvolvimento Proximal e andaimização postuladas há muito por Vygotsky.

Como treinar?

A maior lição que este pobre escriba recomenda está voltada para a “forma de treinar” – os MÉTODOS – os atletas no país, não só as equipes em Formação, mas principalmente as seleções nacionais, verdadeiro espelho para os demais treinadores. Para tanto, vimos trabalhando incessantemente em nosso blogue www.procrie.com.br/ buscando dialogar com os principais intervenientes com inúmeras sugestões, e inclusive, até dialogar com o próprio Bernardo (2002, na EsEFEx). Ainda neste ano, ao ter início os treinamentos para a Liga Mundial, solicitamos à CBV intermediação para conversarmos com ambos os treinadores das seleções principais, mas infelizmente “clamamos no deserto”. Vamos muito além, temos certeza de que as aulas de vôlei tão negligenciadas nas escolas, ainda que não contem com professores ou professoras especializadas, podem ser um elo na Formação graças à metodologia pioneira do autor, pioneiro do mini voleibol no Brasil. O Leonardo, auxiliar do Bernardo na seleção, que o diga!

Períodos de sucessivos bons desempenhos e consequentes vitórias entorpecem e desequilibram comportamentos, exceto para aqueles que as alternam com as derrotas. A história está aí para quem tiver discernimento para realizar suas análises e aprender a corrigir o percurso adiante. Retornar a fazer o que estava realizando em nada modificará o futuro, é confundir o ponto de partida com o ponto de chegada. Quanto aos atletas selecionados no momento, como se trata do melhor que existe no Brasil, seria lícito considerar o alerta para um trabalho muito árduo pela frente que deverá ser compartilhado por muitos, especialmente àqueles que participam da “comunidade voleibol”.

Não só seus treinadores principais, pois os métodos de treino não podem ser impostos, mas estudados e aplicados caso a caso. Aliás, quem os ensinou? As universidades ou os cursos de treinadores? Teriam aprendido somente pela prática? Então, seria plausível que se fizesse uma RELEITURA de quem somos, o que sabemos, e como darmos a nossa contribuição para novas gerações. Temos propostas encaminhadas à renovada CBV, e outra esboçada na web em um sítio exclusivamente educacional: Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol. VOCÊ poderá tomar conhecimento no linque www.procrie.com.br/procrienoprezi/

Leia, critique, comente, e se gostar, tire partido.

Contributo a Desenvolvimento do Voleibol

A maior lição que este pobre escriba recomenda está voltada para a “forma de treinar” – os Métodos – os atletas no país, não só as equipes em Formação, mas principalmente as seleções nacionais, verdadeiro espelho para os demais treinadores. Para tanto, vimos trabalhando incessantemente em nosso blogue www.procrie.com.br/ buscando dialogar com os principais intervenientes com inúmeras sugestões, e inclusive, até dialogar com o próprio Bernardo (2002, na EsEFEx). Ainda neste ano, ao ter início os treinamentos para a Liga Mundial, solicitamos à CBV intermediação para conversarmos com ambos os treinadores das seleções principais, mas infelizmente “clamamos no deserto”, i.e., sem resposta.

Penso que períodos de sucessivos bons desempenhos e consequentes vitórias, entorpecem e desequilibram comportamentos, exceto para aqueles que as alternam com as derrotas, o caso presente. A história está aí para quem tiver o equilíbrio e discernimento para realizar suas análises e aprender a corrigir seu percurso para adiante. Quanto aos atletas selecionados no momento, como se trata do melhor que existe no Brasil, seria lícito considerar o alerta para um trabalho muito árduo pela frente que deverá ser compartilhado por muitos, especialmente àqueles que participam da “família, do voleibol”. Não só seus treinadores principais, pois os métodos de treino não podem ser impostos, mas estudados e aplicados caso a caso. Afinal, eles treinam em suas agremiações diariamente…

Temos propostas encaminhadas à renovada CBV, e outra esboçada na web em um sítio exclusivamente educacional: Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol. VOCÊ poderá tomar conhecimento no linque www.procrie.com.br/procrienoprezi/. Leia, critique e se gostar, tire partido.

Releitura dos Métodos a Empregar

Neste momento recordamos o que vimos apregoando há tempos para a melhoria do ensino não só do voleibol, mas dos demais desportos. Nossa Visão está voltada para aspectos de pesquisas “em campo” na Metodologia e Pedagogia a empregar nas ESCOLAS e CLUBES. Para que não sejamos interpretados como apologistas do caos, sinalizo para alguns artigos já postados a respeito do que vimos postulando sobre o Treinamento Profundo ou de Qualidade.

Voltamo-nos para VOCÊ, suas leituras e análise crítica…

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489. Curso Prático: Métodos & Pedagogia no Vôlei

Palavras-chave (Tags): Curso Prático de Voleibol, Metodologia do Treinamento, Novos Métodos, Treinamento Profundo.

Valor da Aula Prática. Vimos promovendo propostas de ensino à distância para professores lotados em escolas, especialmente públicas, aquelas que sabemos reúnem as maiores dificuldades para um ensino adequado. Todavia, já dissemos diversas vezes, o distanciamento nos impede de estar presente, bem próximo ao professorado e mostrar-lhes na PRÁTICA como produzimos as aulas e damos sequência a um […]

465. Defesa em Voleibol – Lição II

Palavras-chave (Tags): Aprender a Ensinar, Defesa em Voleibol, Lições de Defesa, Metodologia e Pedagogia, Pedagogia de Ensino, Primeiro Movimento e Vontade.

Revendo Métodos e Conceitos Pedagógicos. Após  observações sobre a maneira comportamental em DEFESA de atletas de alto nível – p. ex. final da Superliga feminina – animei-me ainda mais a levar aos respectivos treinadores minhas pesquisas e, se de acordo, compartilharmos novas experiências pedagógicas no que se refere ao respectivo treinamento. Seria de bom alvitre não deixar de considerar […]

401. Como Surgem os Talentos? Seria por Acaso? 

Palavras-chave (Tags): Busca de Talentos, Como Surgem Talentos, Treinamento Profundo.

Por que ilustres desconhecidos de repente tornam-se famosos em suas especialidades? Vejam resumidamente atletas que surgiram do nada e se tornaram sensações: Allison Stoke fez muito mais sucesso por sua beleza do que por sua capacidade no salto com vara; seu vídeo foi visto por mais de […]

364. Como se Adquire Habilidade? (Parte II) 

Palavra-chave (Tag): Formação de Bons Hábitos.

“A prática não leva à perfeição; uma prática perfeita é que leva à perfeição.” Como nada é definitivo especialmente em matéria de Educação, cito algumas considerações de autores consagrados em torno do significado pedagógico dos exercícios e sua aplicação. O leitor atento poderá discernir e optar pelas buscas em seu processo educativo […]

304. O Circuito do Ensino 

Palavra-chave (Tag): Mapa para Professores e Treinadores.

Um professor afeta a eternidade, ele nunca sabe em que ponto cessa sua influência (Henry B. Adams). Estarei comentando daqui para frente uma nova teoria neural sobre o desenvolvimento de habilidades. Trata-se do treinamento profundo adotado e difundido por Daniel Coyle, um jornalista esportivo e um dos editores da revista Outside. […]

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Mais recentemente salientamos aspectos relativos à atuação de PROFESSORAS (es) atuantes em escolas a se engajarem nessa cruzada.

524.Teoria vs. Prática, Você Resolveu o Dilema? 

Palavra-chave (Tags): Aulas Práticas.

Quem Ensina? Parece que sabemos todos o que fazer. O problema é colocar em prática! Puxãozinho de orelha… As universidades estão preparadas para a revolução no ensino? Os cursos de treinadores “modelo Fivb” são eficientes? O que VOCÊ diz é o que faz? Afinal, VOCÊ dá aula ou ensina? VOCÊ tem proposta para […]

521. Professor e Aluno

Palavras-Chave (Tags): Aprendizado Produtivo, Autorregulação, Dosagem de Exercícios, Ensinar Matemática, Métodos de Ensino, Professor e Aluno.

Metodologia a Empregar. Diante de uma criança, faço-me criança! Cúmplices. A perspectiva a adotar solicita a interação, a negociação e a construção conjunta de vivências que habilitem a criança e o adolescente aprenderem a linguagem proposta. Isso exige necessariamente, e sempre, um elemento de interdependência e da capacidade fazer descobertas […]

519. Clínica Investigativa, Tatear Pedagógico

Palavra-Chave (Tag): Tatear Pedagógico.

Subsídios para Teses e Mudanças. Em continuidade aos meus apelos a PROFESSORAS e PROFESSORES, a respeito das pesquisas e experiências sobre Metodologia e Pedagogia aplicáveis às suas aulas, relembro o apelo do eminente Senhor  José Curado, em 2006, aos professores e treinadores portugueses: “Não há progresso significativo sem investigação. É preciso acabar com o […]”

517. Convite às Professoras

Palavras-Chave (Tags): Metodologia e Pedagogia para Professoras, Metodologia e Prática, Pedagogia Experimental Escolar.

Um Carinho Especial Em especial àquelas lotadas em escolas e com pouca experiência (ou nenhuma) em Voleibol. VOCÊ será capaz de realizar EXCELENTES aulas com seus alunos. E mais ainda, não só de Voleibol, mas de qualquer outro esporte. Lembrem-se, aprender a jogar e participar dele faz parte da Educação. Não é necessário descobrir talentos ou formar […]

489. Curso Prático: Métodos & Pedagogia no Vôlei

Palavras-chave (Tags): Curso Prático de Voleibol, Metodologia do Treinamento, Novos Métodos, Treinamento Profundo.

Valor da Aula Prática. Vimos promovendo propostas de ensino à distância para professores lotados em escolas, especialmente públicas, aquelas que sabemos reúnem as maiores dificuldades para um ensino adequado. Todavia, já dissemos diversas vezes, o distanciamento nos impede de estar presente, bem próximo ao professorado e mostrar-lhes na PRÁTICA como produzimos as aulas e damos sequência a um […]

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Palavras-chave (Tags): Aprender a Ensinar, Defesa em Voleibol, Lições de Defesa, Metodologia e Pedagogia, Pedagogia de Ensino, Primeiro Movimento e Vontade.

Revendo Métodos e Conceitos Pedagógicos. Após  observações sobre a maneira comportamental em DEFESA de atletas de alto nível – p. ex. final da Superliga feminina – animei-me ainda mais a levar aos respectivos treinadores minhas pesquisas e, se de acordo, compartilharmos novas experiências pedagógicas no que se refere ao respectivo treinamento. Seria de bom alvitre não deixar de considerar […]

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Palavra-chave (Tag): Formação de Bons Hábitos.

“A prática não leva à perfeição; uma prática perfeita é que leva à perfeição.” Como nada é definitivo especialmente em matéria de Educação, cito algumas considerações de autores consagrados em torno do significado pedagógico dos exercícios e sua aplicação. O leitor atento poderá discernir e optar pelas buscas em seu processo educativo […]

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Palavra-chave (Tag): Mapa para Professores e Treinadores.

Um professor afeta a eternidade, ele nunca sabe em que ponto cessa sua influência (Henry B. Adams). Estarei comentando daqui para frente uma nova teoria neural sobre o desenvolvimento de habilidades. Trata-se do treinamento profundo adotado e difundido por Daniel Coyle, um jornalista esportivo e um dos editores da revista Outside. […]

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Mais recentemente salientamos aspectos relativos à atuação de PROFESSORAS (es) atuantes em escolas a se engajarem nessa cruzada.

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Palavra-chave (Tags): Aulas Práticas.

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Palavras-Chave (Tags): Aprendizado Produtivo, Autorregulação, Dosagem de Exercícios, Ensinar Matemática, Métodos de Ensino, Professor e Aluno.

Metodologia a Empregar. Diante de uma criança, faço-me criança! Cúmplices. A perspectiva a adotar solicita a interação, a negociação e a construção conjunta de vivências que habilitem a criança e o adolescente aprenderem a linguagem proposta. Isso exige necessariamente, e sempre, um elemento de interdependência e da capacidade fazer descobertas […]

519. Clínica Investigativa, Tatear Pedagógico

Tatear Pedagógico. Subsídios para Teses e Mudanças. Em continuidade aos meus apelos a PROFESSORAS e PROFESSORES, a respeito das pesquisas e experiências sobre Metodologia e Pedagogia aplicáveis às suas aulas, relembro o apelo do eminente Senhor  José Curado, em 2006, aos professores e treinadores portugueses: Não há progresso significativo sem investigação. É preciso acabar com o […]

517. Convite às Professoras

Palavras-Chave (Tags): Metodologia e Pedagogia para Professoras, Metodologia e Prática, Pedagogia Experimental Escolar.

Um Carinho Especial. Em especial àquelas lotadas em escolas e com pouca experiência (ou nenhuma) em Voleibol. VOCÊ será capaz de realizar EXCELENTES aulas com seus alunos. E mais ainda, não só de Voleibol, mas de qualquer outro esporte. Lembrem-se, aprender a jogar e participar dele faz parte da Educação. Não é necessário descobrir talentos ou formar […]

Boas leituras… Mais informações: Resumo de Nossas Atividades e Contribuições/

                                Ou fale conosco! 

Teoria vs. Prática, Você Resolveu o Dilema?

MiniEuFavBairro INVERTIDA

Aulas Práticas, Quem Ensina?

 

Parece que sabemos todos o que fazer.

O problema é colocar em prática!

 

 

Puxãozinho de orelha…

  • As universidades estão preparadas para a revolução no ensino?
  • Os cursos de treinadores “modelo Fivb” são eficientes?
  • O que VOCÊ diz é o que faz? Afinal, VOCÊ dá aula ou ensina?
  • VOCÊ tem proposta para transpor o abismo entre teoria e prática?

Metodologia adequada

Não seria melhor que parássemos por instantes para reexaminar  a Metodologia a empregar caso a caso? Creio que, mesmo internacionalmente, estejamos vivendo o que se dizia a respeito da Educação no século passado: “O professor ensina; o aluno aprende.”  E ponto final! … E VOCÊ, ensina ou simplesmente dá aula?

As observações e opiniões ao final desse texto são de indivíduos que já  militaram na prática e que conseguiram superar obstáculos que a vida profissional lhes impôs. Afinal, são ”lições de vida”. Tenho me batido para que PROFESSORAS e PROFESSORES se debrucem sobre textos de caráter pedagógico e metodológico a todo instante no intuito de se expressarem com maior segurança e provocarem melhores cursos para seus alunos. Mas só isto não basta!

Lembrei-me que um bom número de indivíduos foi negligenciado e peço-lhes desculpas. São os MESTRANDOS e DOUTORANDOS, entre eles, não só os que tratam de temas relativos à Educação Física e Desportos, mas também SOCIOLOGIA, JORNALISMO, PEDAGOGIA. Não se esqueçam de que o Procrie está repleto de História do Voleibol no Brasil desde 1939, calcado em livro do mesmo nome, enciclopédico e memorialista, constituindo-se em obra de referência e excelente oportunidade para pesquisas em várias áreas acadêmicas.

Vários textos foram compostos a partir de pesquisas em sítios de busca a respeito de assuntos relativos à Metodologia e Pedagogia. Inclusive, há algum tempo ofereci-me para compartilhar informações com a Universidade do Porto – leia-se Isabel Mesquita – e seus discípulos. Infelizmente, a ideia não prosperou, mas permanece a intenção. Outra, a Universidade de Coimbra. No primeiro desses artigos relatamos princípios que o matemático húngaro G. Pólya compôs em sua vida e descritos por mestrandos portugueses. Outro, Vôlei vs. Vôlei, de João Crisóstomo, com o qual trocamos comentários proveitosos pela web e que poderão acompanhar em Teoria vs Prática.

Pascual visita Saqua nov.2012Na foto, Roberto Pimentel e o atual membro do Comitê Olímpico espanhol, Rafael Pascual (El Toro), em visita ao Aryzão, em Saquarema.  É bem possível que a nossa história possa contribuir para o ensino e formação de crianças em Espanha. Ainda a respeito de nossa preocupação com o ambiente acadêmico, reportem-se ao que foi consignado em Educar para a Vida, em que discorremos sobre algumas práticas em universidades brasileiras.

Alunos do séc. XXI

Certamente este é um modelo atrativo para acadêmicos, professores iniciantes que se disponham a enveredar por pesquisas metodológicas. Criamos um espaço de discussão em contraponto ao academicismo. Não verão escrito como fazer, mas sim o quê fazer. Por isso se adapta ao tamanho de qualquer atividade, não importa se nas escolas, clubes, praias ou região. VOCÊ decide!

Uma aula de inovação

Sob esse título a revista VEJA do dia 7 p.p. publicou reportagem de Helena Borges versada em tecnologia e com um DNA empreendedor em alto grau, uma turma jovem que começa a criar soluções para romper com o marasmo e elevar o nível da rede pública. (…) Essa garotada não tem a ambição de inventar a roda nem a empáfia de deixar de ouvir quem é da área. O que eles fazem é dispor da tecnologia para dar novos ares à escola, numa tentativa de torná-la menos maçante e mais eficaz no seu papel de levar conhecimento a uma geração que, como eles próprios, é pouco conectada à lousa e ao giz. Esse, aliás, é um trunfo da força criativa da turma; ela conhece bem seu público-alvo. Aliás, bem dizia o Professor português José Pacheco:

Temos escolas do séc. XIX professores do séc. XX e alunos no séc. XXI. 

Em reforço ao que vimos pregando, há necessidade urgente de esclarecermos à nova geração do valor dos estudos sobre Psicologia Pedagógica, inclusos os Métodos a empregar na Educação. Infelizmente, como alardeiam experientes estudiosos e profissionais da área, há muito o currículo universitário deixa a desejar, já tendo comprometido algumas gerações. Tomara que nossa contribuição, ainda que modesta, colabore para o enriquecimento dos milhares de visitantes do mundo inteiro que nos honram com suas visitas e leituras.

Leia Mais… Primeiro Grande Passo, o cotidiano dos professores nas escolas.

Ensino crítico      

Ninguém inventa nada se for servil ao conhecimento passado.

“Ensinar a reverenciar a rebeldia intelectual nada mais é do que educadores chamam de ensino crítico; contestar sempre as verdades estabelecidas, princípio básico da pedagogia moderna. É um treinamento decisivo para quem deseja mais do que reproduzir, mas inventar. O bom educador deve ensinar a seus alunos a olhar sempre com uma ponta de desconfiança aquilo em que todos acreditam e dar uma ponta de crédito a ideias ou projetos que todos desmerecem”. (desconhecido)

Importância de um bom ensino

Este fator está atrelado à liberdade de poder criar e ao ato de ter ideias maravilhosas. A inteligência não pode se desenvolver sem conteúdo. Fazer novas ligações depende de saber o suficiente sobre algo em primeiro lugar para ser capaz de pensar em outras coisas para fazer, em outras perguntas a formular que exigem ligações mais complexas a fim de compreender tudo isso. Quanto mais ideias uma pessoa já tem à sua disposição, mais novas ideias ocorrem, e mais ela pode coordenar para construir esquemas mais complicados. (Eleanor Duckworth, The Having of Wonderful Ideas, 1972)

O Circuito do Ensino

Um professor afeta a eternidade, ele nunca sabe em que ponto cessa sua influência.

– Henry Brooks Adams

Excelentes professores se concentram no que o aluno está dizendo ou fazendo e, graças a essa concentração e ao seu grande conhecimento do assunto, são capazes de enxergar e reconhecer o esforço hesitante e desajeitado que o aluno mal consegue articular na tentativa de um dia atingir a mestria. Uma vez identificado esse esforço, estabelecem um contato mais estreito com ele por intermédio de uma mensagem direcionada. As palavras-chave na descrição acima são conhecimento, reconhecer e contato mais estreito.

Os grandes professores e treinadores são uma espécie de “serviço de entrega” de sinais que alimentam e direcionam o crescimento de um determinado circuito neural, dizendo a esse circuito com grande clareza que dispare aqui e não ali. O trabalho do treinador é uma longa e íntima conversa, uma série de sinais e reações voltados para um objetivo comum. Seu verdadeiro talento consiste não num tipo de sabedoria universalmente aplicável que ele pode transmitir a todos, mas sim na capacidade elástica de identificar o ponto ideal no limite da habilidade individual de cada um e de enviar os sinais adequados, que ajudarão os circuitos a disparar na direção do objetivo certo, infinitas vezes.

Um excelente professor tem a capacidade de sempre ir mais fundo, de perceber o que o aluno consegue aprender e ir até esse ponto. E a coisa vai se aprofundando cada vez mais porque ele pode pensar no tema de muitas formas diferentes e fazer incontáveis associações. Noutras palavras, são necessários anos de trabalho para construir os circuitos (mielinizar) neurais de um grande treinador, circuitos esses que constituem um misterioso amálgama de conhecimento técnico, estratégica, experiência e sensibilidade aguçada na prática e sempre pronta a identificar e compreender o ponto em que os alunos estão e aonde precisam chegar.

Desenho28 InvertidoPor que grandes professores e treinadores tendem a serem pessoas mais velhas?

Como lembra Anders Ericsson, talvez por mero acaso ou, quem sabe, simples reflexo de forças sociais (afinal é mais provável que crianças cresçam acalentando a ideia de se tornar craques como Ronaldinho no futebol, ou como Tiger Woods no golfe, que a de virar treinadoras quando adultas). Ou talvez a idade mais avançada dos treinadores seja decorrência dessa dupla exigência característica da profissão – além de adquirir extrema competência no campo de sua escolha, precisam aprender a ensinar de modo eficiente a habilidade necessária ao exercício profissional ou à atividade amadora naquela área. (Anders Ericsson, pág. 207, “O código do talento”)

E então?

O importante é que cada indivíduo saiba brincar com o tempo que brinca, de modo criativo, sem se esquivar aos seus dons. Parece que sabemos todos o que fazer. O problema é colocar em prática.

Os próximos passos são os SEUS!

Santa Maria da Feira

Fonte: Google Earth.

 

Dando continuidade às incursões em solo português, aproveito a oportunidade de uma notícia no sovolei para visitar esta cidade e seus arredores.       

Santa Maria da Feira é uma cidade portuguesa da Grande Área Metropolitana do Porto, situada na região Norte e subregião de Entre Douro e Vouga, com cerca de 11 040 habitantes. É sede de um município com 213,45 km² de área e 147 406 habitantes (2008), subdividido em 31 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Vila Nova de Gaia e de Gondomar, a leste por Arouca, a sueste por Oliveira de Azeméis e São João da Madeira, a sul e a oeste por Ovar e a oeste por Espinho. O município de Santa Maria da Feira inclui 3 três cidades – Fiães, Lourosa e Santa Maria da Feira – e diversas vilas (atualmente 13), entre as quais a destacar: Argoncilhe, Arrifana, Lobão, Mozelos, Nogueira da Regedoura, Paços de Brandão, Rio Meão, São João de Vêr, São Miguel do Souto, São Paio de Oleiros e Santa Maria de Lamas. (Wikipédia)         

Ao longo de todo o ano vários eventos levam mais longe o nome da cidade e da região, como no próximo dia 20 de janeiro, com a Festa das Fogaceiras. Alguém poderia me dizer a respeito? Ao todo, ainda segundo a Wikipédia, são nove os clubes desportivos: Acadêmico da Feira, Associação Desportiva de Argoncilhe, Clube de Futebol União de Lamas, Clube Desportivo de Paços de Brandão, Clube Desportivo Feirense, Clube Desportivo de Fiâes, Lusitânia Futebol Clube Lourosa, Sporting Clube de Santa Maria da Feira e Sporting Clube de São João de Vêr.         

Deu no Sovolei: “A AV Porto estabeleceu mais protocolo de colaboração no âmbito do Programa Gira Volei, desta feita com a CM de Santa Maria da Feira, que prevê a sua implementação junto dos alunos que frequentam as cerca de 70 Escolas do 1º Ciclo daquele Concelho. No acto de assinatura do protocolo realizado na passada 3ª Feira, a Autarquia foi representada pelo seu Presidente, Alfredo Henriques, e pela Dra Cristina Tenreiro, Vereadora do Pelouro da Educação, Cultura, Desporto e Juventude sendo a AV Porto representada por Joaquim Vilela, Presidente da Direcção. Já no âmbito deste acordo, a AVP fez duas acções de formação dirigida aos 80 Professores responsáveis pela Expressão Físico Motora das AEC’s daquela Autarquia, durante a interrupção lectiva do Natal. Já há mais de 10 anos que a AVP pretendia estabelecer este acordo. Durante este período, foram realizadas inúmeras reuniões que, por motivos vários, nunca permitiram a viabilização do protocolo pelo que o acordo agora celebrado foi vivido com particular satisfação, abrindo portas a uma maior intensificação da promoção do Voleibol naquele Concelho”.
 
Desconheço os termos do protocolo de colaboração bem como o acordo celebrado – obrigatoriedade na participação em eventos, cursos para docentes – mas destaco detalhes que possam interessar preponderantemente aos responsáveis pelas crianças e aos 80 professores feirenses (postado no sovolei em “Muitos jogos e a nova Taça Nacional”):     
 
O Circuito do Ensino – Muitos jogos e treinos tornam um indivíduo um bom atleta? Os novos treinadores não saberão responder, pois lhes falta reconhecer em que ponto começa e cessa sua influência. Todavia, eles afetam a vida de muitos indivíduos. A habilidade de ensinar excepcionalmente bem é um talento como qualquer outro, é uma combinação de habilidades que devem ser incorporadas com o tempo. Assim, as posições estão invertidas no cenário mundial: Os melhores técnicos e professores na formação deveriam ser pessoas mais velhas, todas aprendendo intensivamente como orientar e treinar outros indivíduos. Isto é um pré-requisito, pois constrói a parte mais essencial de suas habilidades – a Matriz, ou seja, a base de desenvolvimento. Estar a competir sem uma boa formação técnica é perda de tempo, não conduz a um pleno desenvolvimento do indivíduo. É preciso algo mais.
Assim, não percam jamais os seus propósitos pedagógicos desenvolvidos nas cerca de 70 escolas e aproveitem com cautela as ofertas que lhe são oferecidas. Lembrem-se que o compromisso do mestre é abrir espaços, ser o facilitador para que seus alunos cresçam em sabedoria e, posteriormente, façam suas escolhas.
Venho oferecendo aos professores portugueses um Fórum para discussões pedagógicas neste Procrie. Aos que chegam nesse momento, recomendo a leitura dos textos em “Metodologia e Pedagogia”, que estarão dizendo coisas do seu dia a dia nas escolas. Muito embora à primeira vista possa se considerar que somente tratamos de voleibol, destaco que todo o conteúdo pedagógico é aplicável a qualquer aula – seja matemática, ciências, linguagem, história -,  e, portanto, não importa a que desporte se volte o professor. Inclusive, recomendo a leitura de “Teoria vs. Prática”(10.2.2010), em que discuto e analiso a conveniência de uma prática generalizada na infância. A partir de mais algum tempo, estarei me enveredando pelo chamado “Código do Talento”, uma teoria neurológica calcada em estudos da mielina que aponta para a importância da qualidade nos treinamentos em qualquer área do conhecimento humano. Não percam!
 
Um fato que me aguça a curiosidade é conhecer o número de crianças, por sexo, da região. Como poderei saber?