Retrospectiva e vídeo
Há algum tempo publicamos várias postagens oriundas do Jornal dos Sports, cujo autor, Ney Byanchi, já falecido, conheci no Bar do Jobi, no Baixo Leblon, Rio de Janeiro. Lembro-me que entre os muitos chopes bebidos também na companhia de um dos meus irmãos – José Affonso – o repórter também trabalhou na Manchete e foi claro e objetivo em sua dica a respeito de minha consulta sobre possíveis reportagens na mídia. Em dado momento sentenciou do topo de sua autoridade no assunto: “Mais valem pequenas inserções na mídia do que uma grande reportagem pontual”.
Em sua memória pelo trabalho que realizou em Paris, convidamos os leitores a retroagir na história e, como novidade, a visitarem o vídeo que acabo de descobrir no YouTube relativo ao evento, treinamento das equipes francesas no Instituto Nacional dos Esportes (além de dois ou três outros). Em nova postagem a seguir ofereceremos o texto completo em tradução livre sobre o voleibol feminino em tempos do II Mundial, em 1956. Aguardem.
Mensagem a um amigo em Paris e à Federação Francesa de Volley-Ball:
Prezado Carlos Eduardo (Pacome),
Agradeço sua contribuição com a remessa das fotos do Palais des Sports. Em retribuição compus o resumo a seguir que espero seja significativo para aqueles que estejam interessados na história do evento. Peço, inclusive, que dê conhecimento a amigos franceses.
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Fédération Française de Volley-Ball
Monsieur le Président,
Respectueusement je vous prie faire attention à l’article posté sur mon site PROCRIE relatif à l’histoire du volleyball au Brésil où j’expose la participation de notres équipes dans le championat mondial de Paris de 1956. Si vous trouvez qu’il peut attirer l’intêret des rechercheurs françaises, je vous en prie d’en divulger dans le cadre de la FFVB.
Avec respect,
“Respeitosamente solicito sua atenção para o artigo postado no Procrie relativo à história do voleibol no Brasil que retrata a participação de nossas seleções no Mundial de Paris em 1956. Se do interesse de pesquisadores, peço sua divulgação no âmbito da FFVB”.
Atenciosamente,
Roberto Pimentel, Niterói (RJ) – Brasil
Mundial de Paris, 1956 (I)
Primeira Participação em Mundial
Torneio Principal e Organização. Os Campeonatos Mundiais realizados em Paris (1956) – III Masculino; II Feminino – contaram com 24 equipes masculinas e 18 femininas que, em muitas ocasiões, chegaram a lotar o Palais des Sports, com capacidade para 25 mil espectadores. No II Mundial, foram 11 representações masculinas e somente oito no feminino, tendo a URSS predominado […] Atualmente, o Palais des Sports com as alterações sofridas, oferece espetáculos diversos à juventude francesa, especialmente shows de música.
Mundial de Paris, 1956 (II)
Equipes Brasileiras. A seleção masculina no Instituto Nacional dos Esportes, Paris. Em pé, da esquerda para a direita, Alexandre (Xandoca), Álvaro, Sérgio Barcelos, Joel, Nelson Bartels, Márcio, Lúcio e Sami. Agachados, na mesma ordem, Urbano, Waldenir (Borboleta), Jorginho, Maurício e Quaresma.
A seleção feminina no mesmo Instituto. Em pé, da esquerda para a direita, Margot Ritter, Lílian Hilda E. Poetzcher, Celma Carvalho, Yolanda Catarina Cerbino, Maria José Dias de Barros, Leila Fernandes Peixoto e Corrente; agachadas Martha Miráglia, Isaura Marly Gama Alvarez, Neucy Ramos da Silva, Norma Rosa Vaz, Gilda Salles e Marina Conceição Celistre.
Mundial de Paris (III)
Torneio Principal e Organização. Os Campeonatos Mundiais contaram com 24 equipes masculinas e 18 femininas que, em muitas ocasiões, chegaram a lotar o Palais des Sports, com capacidade para 25 mil espectadores. Os jogos se desenvolveram entre os dias 30/8 e 12/9. As equipes ficaram hospedadas no Instituto Nacional dos Esportes que, por sua grande área, […]
Mundial de Paris (IV)
Estreias Brasileiras. No feminino, a estreia se deu contra a Coreia no estádio Pierre de Coubertin, quando perdemos por 3×1. O jornalista Ney Byanchi, que reportava de Paris o Campeonato Mundial para o Jornal dos Sports, nos dá um depoimento bastante contundente a respeito de um mal que sempre foi motivo de preocupação, muita discussão e entreveros […]
Mundial de Paris (V)
Retrospectiva. O ambiente no Brasil. Eram três os grandes centros do esporte – Rio, São Paulo e Belo Horizonte – com predominância para o primeiro durante um grande período. Já se dizia à época das vantagens que o carioca possuía por praticar o vôlei também na praia. Isto lhe acrescentava malícia e certa maneira alegre […]
Mundial de Paris (VI)
Critérios do treinador. Não tendo intercâmbio internacional, ficou impossível fazer um juízo e se balizar para as dificuldades que por certo iria enfrentar. Assim, Sami estabeleceu que daria preferência a jogadores detentores de agilidade e toque de bola. Alguns jogadores consagrados, e altos, foram deixados de lado por não possuírem aquele requisito, pois, a seu […]
Mundial de Paris (VII)
O Volley Nacional e o Mundial de Paris. As seleções contavam ainda com o apoio de Gil Carneiro que, além de representante da CBV junto à FIVB, era também correspondente dos Diários Associados, jornal que patrocinou sua ida para a cobertura do Mundial. Átila, mesmo cortado, viajou por conta própria simplesmente para assistir aos jogos. […]
Nota: No livro História do Voleibol no Brasil, que abrange o período 1939 a 2000, faço menção honrosa ao atleta João Carlos Quaresma que me forneceu seu acervo de fotos e recortes do Jornal dos Sports, cujo repórter à época – Ney Byanchi – fez extenso relato sobre ambos os eventos. (págs. 34 a 66). Além dele, homenageio também Gil Carneiro de Mendonça, narrador presente em todos os momentos como representante da CBV.
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