O Jogo na Década de 50

Como se Jogava no Brasil

 

As equipes campeãs do Fluminense F. C. em 1952. Também venceram o Torneio Internacional promovido pelo próprio clube. No centro da foto com o time feminino, o presidente Fábio Carneiro de Mendonça e o diretor Nei Cardoso, além dos técnicos Aluízio de Moura (feminino) e Paulo Azeredo (masculino).

Acompanhem um apanhado dos principais detalhes de uma época em que o intercâmbio com as principais equipes mundiais era praticamente nulo. Poderão acompanhar de perto esta evolução em História do Voleibol e as Seleções Brasileiras, que começam a ser formadas em 1951, por conta do primeiro campeonato Sul-Americano , dos Jogos Pan-Americanos, além do Mundial de 1956, em Paris.

Jogo. Melhor de três sets vencedores a partir de 1957.

Ataque.  1) Puxadas e batidas (cortadas de mão fechada); a seguir, foram proibidas.  2) Mexicana… Equipe do México realiza cortadas de “tempo”, no meio da rede (Pan-Americano de 55).  3) Cortadas com corrida: alguns poucos jogadores realizavam este tipo de ataque; as passadas eram similares à entrada em bandeja do basquete. A versão atual é denominada china, preponderantemente empregada no voleibol feminino, e especialmente pela cortadora de meio de rede.

Tática. Sistemas de jogo: inicialmente, 3×3, até o 4×2. Na época, as equipes tinham suas “duplas” de jogadores: a cada atacante correspondia um e somente um levantador. Dizia-se que o jogador tinha que carregar seu material de jogo na maleta e o seu próprio levantador, geralmente baixinho. Introdução do sistema 4×2 com Paulo Azeredo, técnico do Fluminense, no Sul-Americano de 1951.

Toque. A exigência da perfeição na recepção caracterizou algumas providências táticas, pois quem tinha dificuldades no toque era caçado durante todo o jogo. Assim, ele era escondido da recepção, como é ainda hoje.

Recepção (do saque). Realizada com o emprego de rolamentos para trás (saques mais fortes); sacrificava o jogador que estava na rede (atacante), uma vez que deveria imediatamente se apresentar para a cortada. Era uma medida tática do sacador, pois, invariavelmente tinha chances de eliminar o recepcionador de um possível ataque. Quando realizada com defeito, poderia originar um xeque, isto é, a bola ultrapassava a rede e propiciava um ataque imediato do adversário.

Lavadeira. Proibida a lavadeira, que consistia num toque de bola, carregado, de baixo para cima, com ambas as mãos em pronação (em 1952); tem este nome por causa do mesmo movimento feito no basquete, em arremessos à cesta, por baixo, estando a bola próxima aos joelhos do atleta. Muito usado à época para cobrança de arremessos livres (faltas) no garrafão. Em 1958, os tchecos inventariam a manchete (em inglês, bagger).

Saque. Já existia o saque balanceado, também chamado americano (equipe americana, Pan-Americano de 1955); também o saque tênis (saque por cima). Jorginho usava inclusive o saque americano “com corrida”, que consagrou o russo Yuri Pojarkov no Mundial de 60, no Rio de Janeiro.

Barreira. Em 1958 ainda vigorava a barreira para o saque; foi abolida a seguir. Os três atacantes postavam-se, juntos, entre o sacador de sua equipe e a rede, dificultando a visão dos adversários. Era, inclusive, permitido levantar os braços e movimentar-se. O 4° jogador (defesa-centro) também se juntava ao grupo, respeitando a posição de rodízio, isto é, atrás do seu correspondente e à esquerda do sacador. O sexto jogador (defesa-esquerdo) não participava da operação, dando a cobertura necessária contra uma possível devolução imediata da bola.

Xeque. Ou “bola de graça”, ou bola que vem de xeque; ataque realizado por um jogador de rede quando sua equipe recebe a bola graças a um erro do adversário (ver Recepção).

Largada. Ataque com leve toque na bola, principalmente com a ponta dos dedos, estando a mão ligeiramente aberta; o atacante procura direcioná-la para a zona da quadra adversária menos coberta pelos defensores. Quase sempre era realizada “atrás do bloqueio”, o que levou muitos técnicos a alterar o sistema defensivo, colocando um defensor na cobertura do bloqueio. Largamente empregado pelas equipes femininas da Rússia.

Explorar (o bloqueio). O atacante arremessa propositalmente a bola contra as mãos do(s) bloqueador(es), visando uma trajetória para fora de jogo. Às vezes, até para o alto, tudo dependendo do momento: altura e proximidade da bola em relação à rede. Jogadores mais técnicos usavam o recurso de aproveitar o bloqueio (errôneo) de bolas impossíveis de serem cortadas para recuperar a bola com um leve toque na mão do bloqueador e, assim, ter direito aos três toques seguintes.

Ataque. Com força: normalmente dirigido à diagonal ou paralela. Indicativos da trajetória da bola em relação às linhas laterais da quadra. Cravada: cortada violenta, de cima para baixo, antes da linha dos 3m. Sem força: ataque dito técnico, em que o atleta tem visão perfeita da colocação dos adversários e os ilude com sua habilidade e inteligência. Também denominada meia batida. Como a Regra considera “ataque” qualquer bola lançada na direção da quadra adversária (exceto o saque), alguns atletas habilidosos e inteligentes – quando não tinham possibilidades de ataque – direcionavam o terceiro toque para um ponto vazio da quadra adversária, ou contra o pior passador, ou ainda, nas proximidades do levantador, sempre procurando dificultar ou criar um problema. Contudo, a maioria dos jogadores já fazia o que ainda se faz hoje, simplesmente arremessam a bola para o outro lado, isto é, devolvem-na “de graça”.

 

Arbitragem na Década de 50

Destaques & Curiosidades 

 1. Velocidade da cortada – uma bola bem cortada pode adquirir a velocidade de 160 km/h. O Professor McCloy, da Universidade Estadual de Iowa, EUA, registrou velocidades de mais de 160km/h.

2. Cortada balanceada – quando a bola está longe e você não pode colocar-se atrás dela, use um movimento balanceado giratório (de braço). Bata na bola com a base da mão, mantendo a palma e os dedos ligeira e rigidamente curvos (acompanhando a curvatura da bola), semelhante ao que ocorre no saque balanceado (cortada de gancho).

3. Linha de ataque – (…) alguns a denominam de bloqueio ou linha de limite. O propósito desta linha é evitar que os jogadores excessivamente altos que estejam na defesa venham à rede para bloquear todas as bolas, o que não é válido. Os jogadores de defesa podem bloquear a bola, mas em cima ou atrás da linha de bloqueio.

4. A bola – o jogo oficial é praticado com uma bola esférica composta de um invólucro de couro flexível, de cor uniforme, ‘sem cordão’, de 18 gomos ou um invólucro de borracha apenas, com não menos de 65cm e não mais de 67cm de circunferência, contendo no seu interior uma câmara de ar de borracha ou material similar. Bola de couro, com pressão entre 0,48kg/cm2 e 0,52kg/cm2 e bola de borracha (0,47 e 0,49). Peso: masculino (250g a 280g) e feminino (230g a 250g).

5. Cuidados com a bola – depois de corretamente cheias e após o uso, as bolas devem ser guardadas em compartimentos frescos e limpos. Não devem nunca ser “chutadas”, servir de assento, ou golpeadas contra superfícies ásperas e irregulares. Recomenda-se o uso de sebo de sela para mantê-las limpas e para reservar o couro. De acordo com as decisões da CBV, a bola deve ser branca, possuir 18 gomos e estar dentro das pressões limites.

6. Saque – (…) o saque pode ser dado saltando ou na corrida. O jogador, após haver sacado, pode cair sobre o campo de jogo ou sobre a linha de fundo.

7. Inovação do jogo – em todo jogo internacional são jogados três sets vencedores.

8. Jogo na rede – (…) o dois toques (proposital) no bloqueio deve ser punido.

 

Cronologia

1950 – O guia da USVBA (Associação de Voleibol dos EUA) incluiu pela primeira vez uma seção colegial.

1951 – Em seu terceiro Congresso, a FIVB decidiu que será permitido ao atacante “invadir” com as mãos durante o bloqueio, mas somente após a fase final da cortada. Esta recomendação passou a ser cumprida somente após as Olimpíadas de 1964.

1953 – Em seu quarto Congresso a FIVB (Federacão Internacional de Voleibol) definiu as ações e terminologias da arbitragem.

1955 – A USVBA organizou oficialmente a prática do jogo nos EUA com vistas aos Jogos Pan-Americanos.

1957 – Após a realização de torneio demonstrativo durante o 53° Congresso do COI (Comitê Olímpico Internacional), seus membros decidiram pela inclusão do voleibol nos Jogos Olímpicos de 1964, a serem disputados em Tóquio, Japão. Atribuições foram dadas ao segundo árbitro: a duração dos pedidos de tempo foi limitada para 1 minuto e 30 segundos. Modificadas as regras do vôlei feminino pela Divisão de Esportes das Moças e Mulheres da Associação Americana de Saúde, Educação Física e Recreação para que se igualassem às regras do masculino da USVBA. As Regras Oficiais foram resumidas por João Lotufo (“Voleibol”, 1957, p.8) a título de ilustração e mais rápida compreensão, inclusive do que era essencial. Mantive a terminologia empregada pelo autor:

1) Um sorteio determina quem dará o saque.  2) Cada jogador do quadro dará o saque por sua vez e fará uma tentativa para atirar a bola para o campo adversário sem que toque a rede.  3) O jogador que dá o saque não deve ter contato com o campo ou a linha que o limita.  4) Não há restrições quanto ao modo de dar o saque, a não ser que o sacador deve permanecer na área do saque, com um dos pés, pelo menos tocando o solo e que a bola seja claramente batida.  5) É declarado o rodízio quando a bola do saque tocar a rede.  6) Se o jogador tocar a bola ou for por esta tocado, considera-se como se tivesse jogado.  7) É permitido sair dos limites (da quadra) e apanhar a bola.  8) A bola não poderá ser agarrada. Deve ser claramente batida.  9) A bola que toca o corpo mais de uma vez, simultaneamente, é legal.  10) O quadro (time) perdedor tem o direito ao saque na partida seguinte.  11) É permitido jogar bola usando qualquer parte do corpo acima dos quadris.  12) A bola é conservada em jogo ao bater na rede e passar ao campo contrário. No saque, porém, a bola não pode tocar a rede; se a bola não passar nitidamente sobre a rede, ficará de posse do outro quadro.  13) A bola que é enviada à rede por um dos quadros pode ser recuperada uma vez que a rede não seja tocada por nenhum jogador.  14) Um jogador pode bater na bola 2 vezes numa jogada, mas não consecutiva.  15) A bola deve ser devolvida para o campo adversário após o terceiro contato.  16) Os jogadores não podem tocar a bola ou passar além da linha de centro. Isto ocasiona a perda da bola se o quadro que sacou comete a falta e conta um ponto para quem saca no caso dos oponentes cometerem a falta. Se ambos os quadros tocam a rede simultaneamente, a bola é declarada “morta” e é dado novo saque.  17) Os jogadores de linha final – da defesa – têm a liberdade de mover-se no seu campo, mas não podem correr para a rede e cortar ou matar a bola.  18) Quinze pontos representam vitória, uma vez que haja diferença de dois pontos. A contagem pode ser de 15-13, 16-14, 17-15 etc.

1959 – No Congresso da FIVB em Budapeste, ficou decidida a proibição da barreira quando da execução do saque e a limitação da invasão por baixo com o pé (bastava tocar a linha).

Na foto jogadoras do C. R. do Flamengo realizam a barreira numa partida. Observe-se que as três atacantes estão “em linha” e uma quarta atleta (defesa-centro) se inclui entre elas com um passo atrás, preservando assim as “zonas de ataque e defesa”.

Regras 1920-50

Regras nas décadas de 20 e 30

O voleibol é um dos esportes que mais sofreu alterações nas regras. Inicialmente procurou-se dar maior ênfase às jogadas de ataque e, logo depois, pensou-se mais seriamente em termos de defesa. As mudanças tiveram como objetivo tornar o esporte cada vez mais atraente, o que contribuiu para levá-lo à condição de segundo na preferência popular. Da criação do vôlei, em 1895 até a década de 50, foram feitas inúmeras modificações nas regras. Nesse período, como foi criado nos EUA, os americanos ditaram as normas do jogo. Sua influência só foi minimizada com o surgimento da Federação Internacional, em 1947.    

Em sua fase inicial técnicos e dirigentes não perseguiam uma linha de pesquisa que beneficiasse o desenvolvimento do esporte e as Regras. A linha de treinamento era ditada e focada em privilegiar o ataque em detrimento da defesa, justificada até pela atração que o gesto de atacar (com violência) exerce sobre os jovens, especialmente os rapazes. As técnicas individuais (e coletivas) de defesa sempre foram negligenciadas e, até nossos dias, relegadas a segundo plano por técnicos, treinadores e “entendidos”, nas palavras de Sílvio Raso. Para se entender a evolução do esporte, importante é conhecer as regras vigentes cientes de que, a cada “descoberta” – um golpe na bola, uma providência tática – tudo poderá determinar uma rápida evolução. Para tanto, é importante que tiremos lições do passado e caminhemos a passos largos no presente, sem perder de vista as novas gerações. 

Regras Americanas. Logo após à criação do voleibol decidiu-se pela demarcação de uma linha de dribbling, que conteria a zona de dribbling a uma distância de 1,20m da rede e paralela a ela. A bola podia ser tocada no ar todas as vezes que o jogador desejasse até ser enviada para o outro lado, desde que não entrasse na zona de dribbling. Isto tornava o jogo mais atraente, com toques de parte a parte, permanecendo a bola mais tempo no ar (ralis longos). A linha central surgiu em 1921 para limitar os dois campos e conter “invasões”  de quadra – voluntárias ou não – que pudessem importunar os adversários. Assim, eram duas as linhas: a de dribbling e a central. A primeira desapareceria algum tempo depois para reaparecer como linha de ataque em 1951.     

– Como tornar conhecidas as Regras no mundo inteiro? Em 1939 o Guia Anual de Referência da Associação de Voleibol dos Estados Unidos (USVBA) e as regras oficiais do jogo de voleibol deram as informações necessárias e propiciaram um fórum onde experiências e ideias emanadas de diferentes fontes puderam ser trocadas. Durante a Guerra milhares desses guias foram distribuídos pelo mundo.    

Regras no Brasil. Enquanto isso, no Brasil eram raríssimas as informações a respeito. Sem intercâmbio e comunicações precárias, ressentíamo-nos da falta do conhecimento sob todos os aspectos do treinamento: técnico, tático e preparação física adequada. Vamos encontrar alguns aspectos das Regras em 1938-39 em artigo de uma página publicado na Revista de Educação Física do Exército – EEFE (1938) que retransmito, optando por manter os termos utilizados na obra apócrifa. As inovações introduzidas por ocasião do I Torneio Aberto da Associação Cristã de Moços (ACM), no Rio de Janeiro retratam bem a preocupação dos aficionados do voleibol em tornar o jogo mais rápido, movimentado e mais atraente. As alterações foram traduzidas pela Comissão encarregada da organização daquele torneio e percebe-se a grande preocupação e influência exercida pela ACM e a EsEFEx no desenvolvimento do voleibol. Destaco o relato de Aguinaldo Mendonça (1911-2004) sobre a participação da equipe do Icaraí Praia Club (IPC), de Niterói, no II Torneio Aberto de Volley-Ball promovido pela ACM no Rio de Janeiro, patrocinado pelo jornal Correio da Manhã. Eram vinte equipes compostas pelos melhores jogadores dessas duas cidades, sendo três times de Niterói. As partidas foram disputadas em “3 jogos de 15 pontos” (dois sets vencedores) e sistema de “dupla eliminatória”. Aliás, constava do regulamento uma observação para os menos avisados: “se no último jogo o vencedor invicto for derrotado, haverá um encontro para desempate do 1° lugar”. Não houve necessidade, o IPC ganhou todos os jogos.  Eis as Regras e alguns comentários que tomei a liberdade de acrescentar para uma maior visão histórica dessa evolução:  

Arbitragem e saque – Foi suprimida a necessidade de o juiz apitar ANTES de cada saque: ele apitará apenas o início da partida. Saques subsequentes poderão ser realizados sem esperar por aquele apito. Atribuía-se grande vantagem ao fato, uma vez que o time que fizesse o ponto e logo se apoderasse da bola poderia sacar antes que os adversários tivessem tempo de se refazer da jogada anterior. A medida visava imprimir maior movimentação ao jogo: jogadores permanentemente atentos para não serem surpreendidos pelo saque adversário.    

Cera – É vedado ao time que perder o ponto reter a bola ou fazer cera para esfriar o jogo do adversário, sob pena de perda do ponto. Uma vez que a bola deveria ser entregue imediatamente ao time contrário para nova saída, alguns atletas faziam-no de forma bastante lenta, rolando-a na direção de qualquer outro atleta adversário, exceto o sacador. Quando o faziam utilizando os pés (chute), os juízes chamavam sua atenção e, se reincidentes, punidos com perda de ponto (falta técnica). Em outros casos, os jogadores não se colocavam propensos a se deslocar e repor a bola para os adversários, alegando “não ser sua obrigação”. Quase sempre algum espectador o fazia voluntariamente.      

Cruzes de marcação – A Regra determina que os jogadores estejam nas suas respectivas áreas delimitadas por dois “X” no campo, que o divide em 6 zonas iguais.    

Linha de defesa – Em 1922, foi criada a linha de defesa. Possivelmente, a de dribbling. Em continuação, sinais foram feitos no chão em 1935. Denotava-se preocupação em evitar que os jogadores trocassem de posição (atacantes e defensores) deliberadamente. As “cruzes” permaneceram provavelmente até o final da década de 30, quando foram extintas. Mais tarde, em 1950, cedeu lugar à linha de ataque ou de 3m. O rodízio obrigatório (1923) contribuiu para posicionar e dar transparência às posições dos atletas na quadra. Muitos anos depois, em 1997, a linha de ataque seria estendida em 1,75m com faixas tracejadas.

Parede – Não era permitido agruparem-se na frente do sacador fazendo barreira a fim de dificultar a visão da trajetória da bola. Conhecida também como cortina. Certamente, alguns se aproveitavam discretamente do expediente para dificultar a visão dos adversários. Com a continuidade, foi reprimido. Foi criada em 1952 e permaneceu até 1959. Era permitido aos atletas inclusive levantarem os braços. Em seguida foi abolida esta permissão (levantar os braços), mantida ainda a barreira e, em 59, abolida definitivamente. Atualmente, os atletas da rede podem manter os braços erguidos, como numa ação preparatória para bloqueio, desde que afastados uns dos outros, sem a intenção precípua de dificultar a visão dos adversários. 

Tempo de descanso – Cada time tem direito a pedir tempo para descanso (1 min) duas vezes em cada jogo (set). As interrupções para substituições de jogadores não serão consideradas de descanso.    

Ataque – As cortadas devem ser nítidas e “insofismáveis”. Bolas carregadas ou conduzidas serão rigorosamente marcadas pelo juiz. Os atacantes deverão dar preferência às cortadas de soco (mão fechada), que são de maior eficiência, se bem que mais difíceis de empregar.    

Defesa – As novas regras permitem dois ou mais contatos com a bola, desde que sejam consecutivos e resultantes da mesma jogada. É fácil imaginar a dificuldade de se produzir uma defesa quando o outro time empregar cortadas violentas e de soco. Nesses casos, são tolerados dois contatos com a bola, devendo, entretanto, ficar bem entendido que o jogador não poderá fazer senão uma tentativa ou jogada para bater a bola. Cabe exclusivamente ao juiz julgar se a bola foi emendada (corrigir falta ou defeito com um toque a mais; acrescentar um toque) ou se os contatos foram produzidos pela violência imprimida à cortada.    

Substituições – Durante o jogo poderão ser feitas substituições no time. O jogador substituído tomará o lugar do que se retira; os demais conservarão suas posições, não podendo haver alterações na ordem de saque. O jogador substituído poderá voltar ainda uma vez ao mesmo jogo (set) no lugar de QUALQUER jogador.