Estamos próximo de atingir nossa meta de 1 mil artigos para deleite dos internautas interessados em Metodologias de Ensino – Escolar e Desportiva. O que não desmerece qualquer ensino de habilidade humana.
Inicialmente, as crianças preferem brincar e se divertir. Figura: Beto.
O minivoleibol é um jogo no qual afluem e se agrupam esquemas motores estáticos e dinâmicos, aspectos coordenativos, da esfera cognitiva e emocional. Todos concorrendo para se conseguir novas habilidades motoras. Já falamos em outro momento sobre o trabalho desenvolvido na Itália a respeito de uma metodologia a respeito. Retornamos ao assunto para uma vez mais estimular os professores a dotarem suas escolas (ou clubes) do equipamento necessário. Faremos isto em postagens sucessivas.
Chamamos a atenção para um fato: que o professor não se preocupe tanto no início dos trabalhos e se tudo está dando certo ou errado, mas que, junto com as suas turmas, realizem um aprendizado eficaz. Na interação professor-aluno é que se constrói a verdadeira comunicação e, consequentemente, o aprendizado pleno. Como dizia: “Faço-me criança e aprendo com elas”!
Características e regras
O minivôlei é um jogo coletivo praticado por duas equipes com dois ou mais jogadores num campo medindo 12m x 5m. Nas competições joga-se com três jogadores em cada campo (3×3) e, eventualmente, 4×4.
Organização
Um ginásio pode conter vários campos lado a lado, longitudinalmente, com diferentes dimensões.
Material e equipamento
várias redes pequenas
giz ou fita adesiva
Aprendizagem… transformando meios de informação em meios de comunicação.
Possibilitar que a criança atue, modifique e transforme a própria realidade, proporcionando técnicas de aprendizagem, auto-expressão e participação.
A criança está no centro da atividade proposta:
o aluno é o protagonista
a bola é um brinquedo
o jogo vem antes da técnica
a técnica e a tática se aprendem jogando
Progressão metodológica
A progressão parte do 1×1, passa ao 2×2 e ao 3×3, onde estão contidas todas as características do jogo de equipe:
a divisão do campo com o colega
a triangulação do passe
o levantamentos para o ataque
a tática de jogo
Estruturação da Atividade
O jogo é o instrumento principal em suas formas mais simples; com a progressiva aquisição da habilidade passa-se aos jogos mais complexos.
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Momento de síntese de pensamentos radicados numa cultura técnica e esportiva diversa. O material oferecido é um instrumento didático para um aprendizado duradouro, que se impõe por sua originalidade, renovação e valor educativo. O mini vôlei é revelado como um caminho dos mais promissores para a prática da Educação Física no sistema escolar.
Desenvolvimento das Atividades
Planejadas com bases técnicas, desenvolvem-se em situações naturais, espontâneas e prazerosas, explorando vivências corporais através de brincadeiras, jogos, diversos brinquedos e materiais. No futuro, o aluno precisará ser criativo, crítico, agir com autonomia e competência, saber transformar seus conhecimentos em soluções para resolver problemas e desafios. Enfim, tornar-se apto a trabalhar em equipe.
Progressão do Campo de Jogo
Já produzi textos sobre a prática metodológica e pedagógica (ver Categoria “Metodologia e Pedagogia”). O Professor terá sempre em mente que as dimensões das quadras de jogo (largura e profundidade) não são rígidas, mas que devem oferecer melhores condições de desenvolvimento aos alunos nas respectivas fazes de seu aprendizado. Naturalmente, dependendo também das condições físicas e de equipamento.
Características e Regras
O minivôlei é um jogo coletivo praticado por duas equipes com dois ou mais jogadores num campo medindo 12m x 5m. Nas competições pode-se jogar com 2 contra 2 (2×2), 3 contra 3 (3×3), e eventualmente, 4 contra 4 (4×4). As pequenas regras que o professor vai a pouco e pouco introduzindo deve ser conversada com os próprios alunos que indicarão o melhor caminho. É interessante que desde o início aprendam a executar o “saque por baixo” a fim de evitar erros e pequenos acidentes; além disso, é mais provável um jogo com maiores ralys.
Interesse e Colorido Emocional
Se um mestre quer que algo seja bem assimilado deve preocupar-se em torná-lo interessante. Somos do ponto de vista que a velha escola era antipsicológica, uma vez que era igualmente desinteressante. A memória funciona de modo mais intenso e melhor naqueles casos em que é envolvida e orientada por certo interesse. Entende-se interesse como um envolvimento interior que orienta todas as nossas forças no sentido do estudo de um objeto. Os psicólogos comparam o papel do interesse na memorização com o do apetite na assimilação do alimento. O interesse produz o mesmo efeito preparatório sobre o nosso organismo durante a assimilação de uma nova reação. Toda pessoa sabe que efeito inusitadamente aumentativo exerce o interesse sobre o psiquismo.
Aulas: Jogos e Exercícios
O papel seguinte do interesse consiste na função unificadora que ele exerce em relação aos diferentes elementos de assimilação do material. O interesse cria um encaminhamento permanente no curso da acumulação da memorização e acaba sendo um órgão de seleção em termos de escolha das impressões e sua união em um todo único. Por isso é de suma importância o papel desempenhado pela atitude racional da memorização em função do interesse. Por que então não incluir pequenos jogos ou até mesmo jogos populares como a peteca nas aulas? No dia a dia da escola pode tornar-se prática comum nos recreios.
Aprender Brincando e Jogando
Exercícios lúdicos, na forma de contestes, atraem muito mais adeptos para as brincadeiras e o próprio jogo. A participação maciça da classe facilitada por múltiplas tarefas, promove a integração entre os alunos, professores e seus responsáveis. Podem e devem participar meninos e meninas. Para manter o interesse e atrair mais gente para nossas aulas, vale até a utilização de um paraquedas; as aulas tornam-se mais atraentes e divertidas. Esta é uma técnica empregada na cooptação: uma novidade sempre tem o seu lugar no imaginário dos alunos.
Centro de Treinamento de mini voleibol; Praia de Copacabana, Rio (1995).
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Alunos se divertem em ruidosa aula no Colégio Catarinense, Florianópolis.
Despertar para o Vôlei Escolar
I – Particularidades do Ensino
Conceito – O vôlei responde a regras fixadas pelo homem; as crianças têm as suas próprias motivações; não é suficiente adaptar o material à estatura das crianças. Objetivo – Desenvolver consciência crítica do processo; aprender a avaliar e a expor; aprender a cooperar e a estimular colegas. Meios – Formas de atrair alunos; aprendizado é difícil; formas de atividades motivantes; cuidar para que TODOS pratiquem; solução de problemas distribuída ao longo do tempo. Estratégia – Convite e encantamento; classificar em grupos; não congelar num único grupo; reduzir diferenças com momento de superação; busca de um coeficiente de êxito. Festivais – Sensação de jogar desde a 1ª aula; produzir animação de jogo (espetáculo); contagiar a turma e a escola com muitos jogos e competições.
II – Do Mini Vôlei ao Vôlei
Os cuidados na estruturação das atividades devem subordinar-se ao programa didático e às condições da escola. O mini é um exemplo de atividade informal. O campo é reduzido e pode ser instalado em qualquer espaço, tem regras similares às do voleibol e as técnicas empregadas no jogo são simples e não exigentes. Vem sendo utilizado em várias escolas. As aulas de educação física e os recreios certamente estão mais interessantes.
Para quem? – Para milhares de crianças, meninos e meninas entre 8-14 anos de idade. TODOS participam ao mesmo tempo – ninguém fica de fora -, independentemente de suas habilidades e JOGAM a partir da 1ª aula.
Problema crônico – Nas aulas de educação física os alunos geralmente praticam seus esportes preferidos. Quando a aula termina, muitos alunos acabam não jogando e, geralmente, esses são os que não sabem ou não têm muita habilidade para os esportes. Resultado: eles continuam sem saber jogar!
Solução – Uma maneira simples de tornar o vôlei mais fácil para todos é determinar o nº de jogadores em cada equipe, que poderá ser de 2 a 4. Em cada campo jogam até 8 alunos. Isto significa que, em três campos de minivôlei, 24 indivíduos podem jogar ao mesmo tempo. O método de ensino agrupa os alunos sob diversas formas a serem consideradas pelo docente. Os jogos não são estáticos e o professor poderá variar e alternar a forma de competição, tornando a aula super agitada!
Estruturação da Atividade
Unidades didáticas. Parte do jogo simples, com a progressiva aquisição da habilidade, passa-se aos jogos mais complexos. Com o sistema 1 contra 1 pode-se jogar mini vôlei desde a primeira aula. O professor, dado o pouco tempo disponível e os espaços frequentemente exíguos, deverá dispor de: 1) uma boa organização da classe; 2) a divisão dos grupos (1×1, 2×2, 3×3, 4×4); 3) o emprego de rodízio de alunos nas funções de árbitro.
Aspectos de organização. Material, equipamentos; como organizar torneios; adaptações convenientes sobre as características e as regras do jogo. Em minhas aulas e cursos venho empregando uma série de materiais que denomino “alternativo”, todos muito divertidos: muitas bolas de tênis, de mini vôlei, puçás, biruta, tamancos (para 4 pessoas), cones, lençóis, cortina sobre a rede, e possivelmente, o mais atraentes, inclusive para adultos, o paraquedas. A imaginação e a criatividade de cada professor vão realçar suas próprias aulas a seguir. Veja “Apresentação em Universidade” que realizei na Univ. Gama Filho.
Minha proposta está calcada no Aprender Brincando e Jogando, graças ao desenvolvimento da obra do alemão G. Dürrwachter. Repasso a ideia e acrescento para o professor que introduza em suas aulas muitos jogos e brincadeiras, inclusive utilizando variados exercícios não específicos de voleibol. Sobre isto poderão ter uma breve explicação na leitura postada neste blogue sob o título “Teoria vs. Prática” em que dialogo sobre o assunto com o Professor João Crisóstomo. Transcrevo para uma rápida compreensão comentários sobre Princípios do Ensino da obra de Piaget:
“Embora interação e cooperação entre crianças sejam objetivos importantes, é melhor começar as atividades fornecendo a cada criança seus próprios materiais e encorajando o jogo paralelo. Nessas atividades, as crianças querem fazer coisas com os objetos (fornecer vários, além das bolas) e essa iniciativa é exatamente o que queremos encorajar. Se o professor tem que insistir para que as crianças se revezem, elas tornam-se inquietas e suas incitativas são frustradas. Quando, p.ex., é fornecida apenas uma bola e as crianças têm que ficar em fila esperando sua vez de atingir um alvo, metade da energia do professor será gasta pedindo às crianças que esperem sua vez e consolando aquelas que estão infelizes. Portanto, é melhor oferecer materiais para quatro ou cinco crianças de cada vez (em uma situação de jogo livre onde estão disponíveis muitas outras atividades atrativas) e encorajar primeiramente o jogo paralelo. Quando este princípio de fornecer materiais suficientes para diversas crianças de cada vez não pode ser adotado, é provavelmente melhor dirigir as crianças para outras atividades e prometer uma mudança mais tarde do que fazê-las esperar e olhar os outros se divertirem. Começar com o jogo paralelo nas atividades de qualquer desporto não significa que os objetivos de interação e cooperação foram abandonados. Esses são apenas temporariamente colocados de lado no interesse de encorajar a iniciativa das crianças com a diversidade de objetos. Na verdade, interação e cooperação evoluem mais facilmente com o jogo paralelo do que com a “cooperação” imposta pelo professor desde o início. Por exemplo, numa determinada atividade em que as crianças comecem fazendo suas próprias coisas, mas em seguida têm a oportunidade de exibir seus feitos, imitarem uma às outras, compararem descobertas e derem conselhos umas às outras. Uma outra forma de estabelecer esse princípio é: Introduza a atividade de tal forma que a cooperação seja possível, mas não necessária”.
[1] O Conhecimento Físico na Educação Pré-Escolar, Kamii C., Devries R., Artes Médicas, 1985.
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“A aula é uma Festa”: os próprios alunos organizam os jogos 2 x 2, 3 x 3, 4 x 4. E a torcida participa!
Promovendo a inclusão. Pluralidade de atividades favorecida pela diversidade de conteúdos pode ser aplicada com sucesso às demais disciplinas curriculares.
Solução de Problemas. As ações propostas devem ter o objetivo de minimizar diferenças individuais, o tempo de aula, a falta de motivação dos alunos e a exclusão. Além disso, e muito mais, promover uma caracterização crítica do próprio ensino e a Educação e Socialização através dos jogos.
Múltiplas estações, múltiplas tarefas. A organização das aulas em múltiplos campos ou estações permite a participação de TODOS. Os campos de jogo podem estar organizados com tarefa única ou com diferenciadas tarefas (simultaneamente). Uma opção criativa, interessante e bastante agradável seria o deslocamento de todos os alunos (grupos, equipes) num sentido predeterminado, tanto nos exercícios, quanto nos jogos.
Avaliação. As atividades devem ser colocadas especialmente para o desenvolvimento da coordenação das relações espaço-temporal e as crianças se divertirem bastante, testando-se à medida que o professor introduz as variações citadas nos objetivos da aula. Entretanto, faz-se mister que o docente promova uma avaliação não só do desempenho dos alunos, mas de si mesmo, uma reflexão sobre a própria ação. Neste momento poderá se servir de alguns princípios do ensino:
Como planejar uma atividade?
Como introduzi-la?
Como interagir com as crianças durante a atividade?
Que tipo de acompanhamento é importante?
Além disso, os alunos podem responder às indagações:
Estou aprendendo?
Como aprendo?
Desenho de Curso
Particularidades do Voleibol Escolar. O vôlei responde a regras fixadas pelo homem e as crianças têm as suas próprias motivações. Não é suficiente adaptar o material à estatura das crianças.
Mini vôlei. Do mini vôlei ao vôlei. Desenvolvendo uma metodologia condizente com o local ou região. Cuidados na estruturação das atividades.
Prática e Avaliação. A organização dos exercícios e sua execução compõem a dinâmica ou ritmo da aula, para o que é necessário um encadeamento natural. Convém que o docente proceda à avaliação das respostas – motora e linguagem – dos alunos e de sua própria condução no trato com os mesmos: “Como e quando devo intervir”?
(continua)
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O Procrieé um Centro de Referênciaem Iniciação Esportiva virtual voltado para o desenvolvimento socioeducativo sustentável a partir de programas pedagógicos desportivos na escola. Pretende apoiar ações de capacitação de professores voltadas à geração ou melhoria do ensino e qualidade de vida nas comunidades. É um projeto online para docentes que queiram Aprender a Ensinar o vôlei e outros esportes.
Você participa ativamente na construção do “seu” projeto. Ainda tem a oportunidade de interagir com práticas criativas em consonância com seus objetivos. Enfim, uma nova metodologia – Aprender Brincando e Jogando – em que você decide como realizar, em consonância com o projeto pedagógico da instituição a que pertence. Confira algumas das vantagens:
– É grátis, você entra ou sai quando quiser.
– Qualificação do professor para o mercado de trabalho.
– Um Fórum com exemplos de situações de aprendizado; da teoria à prática.
– Transdisciplinar, relacionando docentes e alunos do Brasil e de Portugal.
O Procrie é muito mais ainda:
– Facilitador para projetos sociais, atende os direitos da criança e do adolescente.
– Baixo custo do equipamento.
– Elevado rendimento da qualidade do aprendizado; TODOS participam.
– Solução das principais dificuldades na escola: evasão, absenteísmo, violência.
– Alunos, familiares e docentes, todos compartilham experiências.
Benefícios para a Escola e Município:
– Promove a inclusão social nas relações pais/escola.
– Incentivo a atividades entre educandários do Município.
– Oferta de Residência Pedagógica.
Outra novidade é o incentivo à participação da mulher professora na gestão do projeto, sua valorização e atendimento às meninas, as mais interessadas e sempre pouco atendidas. Veja Quem Faz.
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O Minivoleibol é um instrumento didático para um aprendizado duradouro, que se impõe por sua originalidade, renovação e valor educativo. É revelado como um caminho dos mais promissores para a prática da Educação Física no sistema escolar. Constitui-se numa iniciativa para milhares de crianças. Passa pela construção de um Centro de Referência inédito no País e se viabiliza como elemento de desenvolvimento da QUALIDADE TOTAL na educação de base. Chamo a atenção dos professores lotados em escolas públicas (e mesmo particulares) para o fato de que a sua prática é de grande aceitação entre o público feminino, a esmagadora maioria (90%) em todos os cursos que realizei pelo país. Ademais, percebam como as meninas estão tão abandonadas em suas atividades curriculares básicas em Educação Física.
Minha proposta é uma contribuição para verdadeira cruzada dando início a novos tempos de pesquisa e experimentação, pré-condição para a concepção, testagem e concretização de projetos capazes de enfrentar e superar as dificuldades que se antepõem à prática da Educação Física escolar no Brasil. Sabemos todos da carência de novas idéias no setor. Ressalte-se que o trabalho a ser proposto respeita a orientação e proposta pedagógica da escola e ao mesmo tempo valoriza o papel de seus docentes. Torna-se, então, mais um instrumento para alavancar a chamada ‘Educação de Base’.
Selo de Qualidade
O trabalho está representado por Metodologia pioneira apresentado em universidades e entidades, pronto para expandir-se em programas de forte apelo comunitário e educacional, pois não se cogita a prospecção de talentos, mas a participação e inclusão de TODOS. Atuei em favelas, praias, escolas públicas e particulares, clubes, Centro de Excelência Rexona, além de participações internacionais – Argentina e Suécia. Atualmente empenho-me em compartilhamento com os portugueses através do site www.sovolei.com, ampliando o horizonte de pesquisa.
A seguir, apresentarei uma proposta desenvolvida pela Federação Italiana de Voleibol, com base em experiências de seus professores e treinadores. Trata-se da “Progressão do Campo de Jogo e da Educação Motora das Crianças”. Até lá.
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Ensino crítico… “Contestar sempre as verdades estabelecidas é um princípio básico da pedagogia moderna. É um treinamento decisivo para quem deseja mais do que reproduzir, mas inventar. Ninguém inventa nada se for servil ao conhecimento passado”. (desconhecido)
Projeto de ação perene que visa à atualização de professores através de um Centro de Referência em Iniciação Esportiva.
Área de atuação: Educação, Cultura, Saúde e Desenvolvimento Social.
Busca de soluções metodológicas e pedagógicas; facilitador da INCLUSÃO por tornar o esporte acessível a TODOS.
Local de atuação: Município do Rio de Janeiro/Niterói e demais participantes.
Para ser compartilhado com milhares de crianças e parcerias com governo, prefeituras e instituições de ensino em todo o país e no exterior.
AUTOR: Roberto Affonso Pimentel.
Qualificação: Professor de Educação Física (UFRJ); Pós-graduado em Técnica de Voleibol (UFRJ); Foi atleta de alto nível; Técnico indoor e de Vôlei de Praia.
Resumo de atividades. 1. Pioneiro do minivoleibol no Brasil (1974); 2. Busca do conhecimento voltado para a Iniciação Esportiva possibilitou sua participação em congressos internacionais (Suécia e Argentina), a valorização de seus trabalhos e a riqueza dos detalhes. 3. Coordenador de programa nacional de Iniciação Esportiva no SESI; 4. Projetos desenvolvidos para a Confederação Brasileira de Volleyball (CBV); 5. Projetos com a Secretaria de Esportes da Presidência da República. 6. Inspiração e subsídios para Bernardinho, no Centro de Excelência Rexona e Governo do Paraná. 7. Projetos enviados para o Comitê Olímpico Brasileiro. 8. CBV adotou seu projeto de mini vôlei (Vivavôlei). 9. Iniciação no Morro do Cantagalo, precedendo o Criança Esperança. 10. Cursos e aulas em diversas universidades e escolas do Brasil. 11. Projetos em praias – Fortaleza, Recife, João Pessoa, Rio, Niterói – para milhares de crianças.
Missão – Esporte para TODOS; pesquisar e divulgar conhecimento.
Visão – Habilidades escolares e sociais; Metodologia com foco na criança.
Meta – Educação com QUALIDADE; Matriz para projetos Comunitários.
Abrangência – TODOS participam; Modelo para outros esportes.
Descrição. 1. Formatar Centro de Referência em Iniciação Esportiva; 2. Desenvolver Centro de Estudos para desenvolvimento de uma ciência em pedagogia dos esportes e treinamento; 3. Empreender a QUALIDADE TOTAL; 4. Multiplicar a qualificação de professores; 5. Produzir propostas transformadoras na estrutura metodológica das aulas de educação física em escolas primárias e secundárias. 6. Ampliar parcerias, ser referência para diversas instituições.
1. Proposta INCLUSIVA voltada para três frentes – universitários, docentes e crianças. 2. Utilização do ambiente escolar e comunitário. NÃO se cogita prospecção de talentos. Residência pedagógica para acadêmicos e professores.
Número de indivíduos beneficiados diretamente: 1. Alunos do Ensino Fundamental (7-14 anos); 2. Universitários e professores.
Objetivo(s)
Objetivo geral – Desenvolver estudos relativos ao MOVIMENTO visando seu desenvolvimento integral e inserção social.
Objetivos específicos – a) Participação ativa da comunidade acadêmica em pesquisas e troca de informações na área da Formação e Iniciação Esportiva; b) Formulação e divulgação de propostas pedagógicas; c) Contribuição para a difusão – internet – junto às universidades e governo; d) Busca e discussão de metodologias aplicáveis em tempo real.
Atividades. Atuações preliminares com base em metodologia desenvolvida pelo autor para o ensino do mini voleibol. Num segundo tempo, estendidas para outros esportes. O aluno é visto como pessoa única, com sua afetividade, percepções e crítica a serem desenvolvidas. Tema principal é a criança, o movimento, a aprendizagem e o pensamento.Centro das atividades: a) aluno é o protagonista; b) bola é um brinquedo; c) jogo antes da técnica; d) técnica se aprende jogando. Estrutura das atividades parte da organização de jogos simples aos mais complexos. Cursos práticos com prioridade na dinâmica da aula. Conteúdo composto de unidades didáticas – linha de ação. Formação continuada dedocentes calcada na prática reflexiva em grupos de estudos. Acompanhamento permanente pela Internet.
Período de vigência: Perene. Esforços se voltam para sua consolidação em âmbito regional no prazo de dois(2)anos.
Parceiros no exterior (Internet): Portugal tem produzido ciência em esportes e tenta mudar métodos de ensino com o GIRA-VOLEI (Federação Portuguesa de Voleibol).
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A equipe pentacampeã infantil do Fluminense, com destaque para Bernard (12), que viria a ser vice-campeão olímpico em 1984 junto com outros tricolores – Fernandão, Badalhoca e Bernardinho.
Benedito Silva, quem era?
— Bené, Piaget e Vygotsky, em comum o que têm os três? — São falecidos, mas teriam jogado na mesma equipe?
À primeira vista pode parecer estranho acomodar num mesmo artigo esses três nomes. Para aqueles que são do ramo devem estar se perguntando:
— Quem são esses dois estrangeiros? — Um suíço, outro russo, o que estariam fazendo no Brasil?
Bené, em pé à direita, em pose clássica antes de jogo em Friburgo.
No início de suas atividades Bené sofreu preconceito: era negro, baixo e vestia-se quase sempre espalhafatosamente. Nascido em Friburgo, cidade serrana do Estado do Rio, cedo foi adotado e veio com a família morar em Copacabana. Após uma década de dedicação voluntária em Niterói, foi acolhido no Fluminense F. C. levado por Arlindo Lopes Corrêa em 1959-60, e ali realizou um dos melhores trabalhos com iniciantes. Por suas mãos passaram quatro medalhistas de prata nos Jogos Olímpicos de 1984: Fernandão, Badalhoca, Bernard e Bernardinho. Como teria ele conseguido tamanho resultado, quando se sabe que não cursou escola, universidade, ou qualquer curso de voleibol?
Breve história – Conheci-o em 1951, aos 11 anos, promovendo treinos na vila onde morava, em Niterói. Aos 18 anos convidou-me para atuar no Clube Gragoatá, minha primeira experiência como atleta.
A seguir transferi-me para o Botafogo. Bené teve rápida e tumultuada passagem pelo alvinegro e fixou-se em seguida no Fluminense. Os anos se passaram e vez por outra visitava-o em sua nova casa e indagava por seus discípulos ou, como gostava de chamar, beneditinos. Em 1965 fui técnico das equipes femininas do tricolor convivendo um pouco mais com ele. Sempre estive intrigado e me perguntava o que tornava tão diferenciada sua metodologia dos demais treinadores.
Concluí que era não só o jeito de lidar com os pequenos atletas, mas também a forma de treinar, isto é, insistentemente procurava colocar os meninos em situação de jogo, o que lhes acrescentava desenvolvimento tático eficaz e criativo. As crianças treinavam – e jogavam – com alegria, tinham orgulho de pertencer àquela equipe e estar ali com ele.
Enfim, confiavam nele. E com o passar dos anos colecionaram muitos títulos. O que lhe faltava em estudo acadêmico, sobrava-lhe em intuição, resultado de uma vida desapegada e consagrada ao voleibol.
Seu entendimento quanto à forma de treinar pareceu-me bastante piagetiano, uma vez que proporcionava aos pequenos atletas oportunidades de criarem soluções e novas formas de comportamento diante de situações inusitadas. E fazia grande diferença nos embates, pois, do outro lado, os adversários quando colocados à prova, voltavam seus olhos para o treinador à busca da solução (vivências) que não tinham no seu repertório.
A educação no comportamento emocional
Os gregos diziam que a filosofia nasce da surpresa
O jogo coloca o indivíduo numa situação emocionalmente delicada. E pode-se indagar: “Que repercussões isso terá na vida dele?” Seguramente, se bem usado, é o melhor caminho para uma educação mais aprofundada. São muitas as situações de jogo.
Vamos focar o atleta que, de repente, tem que encontrar uma solução rápida para determinada circunstância. Como funciona esse mecanismo na mente humana? Nesse momento faço um pedido de tempo para colocar em campo um dos meus melhores conselheiros, o russo Lev Semenovitch Vygotsky:
“Consideram-se as emoções como um sistema de reações prévias, que comunicam ao organismo o futuro imediato do seu comportamento e organizam as formas desse comportamento. Abre-se, então, para o pedagogo, um meio sumamente rico de educação dessas ou daquelas reações. Nenhuma forma de comportamento é tão forte quanto àquela ligada a uma emoção. As reações emocionais exercem a influência mais substancial sobre todas as formas do nosso comportamento e os momentos do processo educativo. A experiência e estudos mostraram que o fato emocionalmente colorido é lembrado com mais intensidade e solidez do que um fato indiferente”.
Recordemos sobre a técnica empregada em cursos para executivos de empresas que obedecem aos mesmos princípios quando são colocados em situações de risco – arvorismo, tirolesa, bungee jump, montain biking, paraquedismo – para que experimentem emoções máximas e, mais à frente, tenham capacidade para enfrentar novos desafios em suas decisões funcionais, e mesmo de vida. Daí o poder excepcional que têm sobre a educação dos sentimentos o desenvolvimento e a administração dos movimentos conscientes. Sua prática exercita o corpo e a mente, desenvolve o equilíbrio interior, além de aliviar o estresse diário.
Para se aprender a tomar uma decisão deve-se considerar a emoção e o interesse, ponto de partida para qualquer trabalho educativo. O aspecto emocional do indivíduo não tem menos importância do que outros aspectos e é objeto de preocupação da educação nas mesmas proporções em que o são a inteligência e a vontade.
Convite feito, convite aceito!
Mais adiante, imaginei que faltava ao meu amigo algo que talvez eu pudesse acrescentar. Pedi permissão para mostrar-lhe uma nova concepção de treinamento. Precisaria de não mais do que três ou quatro aulas. Pedido feito, pedido concedido.
Metodologia – Para alcançar um ensino de qualidade calquei-me no princípio – aprender brincando e jogando – herdado do professor alemão Gerhard Dürrwächter e confirmado por Vygotsky: “A brincadeira, o melhor mecanismo educativo do instinto, é ao mesmo tempo a melhor forma de organização do comportamento emocional. A brincadeira da criança é sempre emocional, desperta nela sentimentos fortes e nítidos, ensina-a seguir cegamente as emoções, a combiná-las com as regras do jogo e o seu objetivo final. A brincadeira constitui as primeiras formas de comportamento consciente que surgem na base do instintivo e do emocional. É o melhor meio de uma educação integral de todas essas diferentes formas e estabelecimento de uma correta coordenação e um vínculo entre elas”.
Muni-me de material específico – quatro mini redes, bolas de tênis (50), bolas coloridas (bexigas) etc. Dei início à aula cercado de tensa expectativa por parte do meu alvo principal – Bené – tendo percebido também algum burburinho entre as crianças, naturalmente pelo fato inusitado de um estranho ter-se colocado entre elas e seu famoso treinador (ele jamais permitiria isto a um outro).
Em relação ao desenvolvimento da aula fiquei devendo uma explicação antecipada ao Bené, mas tive a clara impressão de que não seria necessária pelo que me considerava e por sua incontida curiosidade. Além disso, não faria qualquer diferença saber sobre a zona de desenvolvimento proximal daquele russo, aliás já muito bem interpretada em seus treinos regulares.
Roberto, FOI UM ESPETÁCULO!!!
Falarei sobre isso no próximo artigo e, evidentemente, sobre a repercussão das aulas. Aguardem.
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