Estamos próximo de atingir nossa meta de 1 mil artigos para deleite dos internautas interessados em Metodologias de Ensino – Escolar e Desportiva. O que não desmerece qualquer ensino de habilidade humana.
Categoria: Procrie
Apresentação de um Centro de Referência em Iniciação Esportiva, desenvolvimento de projetos, curso de Formação Continuada, Centro de Estudos.
Curso em Copacabana, Visita da seleção feminina, 1995
Aulas regulares, 400 alunos; 20 APAE
Momentos de técnicas de ensino profundo
Revendo alguns artigos e comentários consignados no CEV – Comunidade do Voleibol, deparei-me com uma pequenina ajuda em favor da professora Lizandra que desenvolvia sua apresentação no curso de pós-graduação em vôlei calcada em dois aspectos: “treinamento defensivo e volume de jogo”. Isto se deu em 20/abr/2013, lá se vão cinco anos e pouco.
Busquei (CEV), o seu perfil à época, que dizia “formada em educação física pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, e cursando pós-graduação em voleibol na instituição FMU. Atualmente trabalho com educação física escolar no município de Arujá -São Paulo”.
Pergunto-me hoje, cinco anos depois: O que teria acontecido na vida profissional da Lizandra? De que lhe valeu o curso na Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU? Estaria ainda militando em Educação Física Escolar?
Escrevo isto, não por mera curiosidade, pois não conheço a professora., mas sim vincular o aprendizado “oferecido” pelas universidades ao que venho oferecendo no meu trabalho de conscientização do professorado: “um maior engajamento e empenho nos ensinamentos pedagógicos e metodológicos, há muito ausentes – ou mesmo inexistente – nos currículos acadêmicos.
Eis o nosso breve diálogo, encerrado sem mais delongas, i.e., não sei qual o passo seguinte da professora. Pergunto, então, a você meu leitor, o que acha?
Treinamento Defensivo no Vôlei
Lizandra, em 20-04-2013
Estou desenvolvendo um trabalho para apresentar no meu curso de pós-graduação em vôlei, mas estou com dificuldades em encontrar informações para concluir. Gostaria de saber se alguém pode me ajudar a achar informações sobre treinamentos defensivos e volume de jogo. agradeço desde já.
Comentários
Por Roberto Pimentel, em 21-04-2013
Lizandra, causa estranheza sua dificuldade em obter as informações que necessita para a conclusão de seu trabalho.
Então, vamos lá! Inicialmente, no mundo moderno da web, tudo fica facilitado nesse sentido com os mecanismos de busca. Dessa forma, se alguém quer informações sobre “Treinamento de Defesa em Voleibol”, basta inserir o título e o Google apresentará um leque de sites que tratam do assunto. O seu trabalho primeiro será investigar a qualidade e/ou profundidade com que é tratado o tema pelo autor do site. Inclusive vários vídeos hospedados no YouTube para ilustrar seus olhos. Alguns técnicos apresentam possivelmente o que há de mais moderno para o treinamento dos vários aspectos fundamentais do voleibol.
Todavia, poderá constatar com olhos mais críticos que a grande maioria apresenta exercícios e evoluções para o alto nível. Dificilmente, para iniciantes e, muito menos, com uma gama de exercícios que possam realmente ser utilizados com parcimônia, isto é, individualizados de acordo com o aluno. Geralmente, são utilizados sempre os mesmos exercícios – receitas de bolo – que os novos treinadores copiam e repetem para sempre, até que nova receita técnica lhes seja apresentada. Agora perceba uma pergunta que poucos sabem responder: “Por que os atletas que chegam à fase adulta e mesmo ao alto nível não sabem defender”?
Verá no Procrie – www.procrie.com.br/ – variadas considerações que pesquiso para individualizar esse treinamento. Em outras palavras, cada pessoa merece uma atenção especial, pois apresentam características diferentes e merecem a atenção de seu professor. Assim, generalizar um treinamento pode ser muito bom para o treinador, pois diminui o seu trabalho de condução, mas não gera bons defensores. Por exemplo, verá nos vídeos e em treinos de seleções, atletas em defesa de bolas que são arremessadas contra eles, o que nem sempre acontece numa disputa intensa, quando os contendores buscam exatamente o contrário, ou seja, buscar uma direção de ataque onde não haja defensores estáticos à espera.
Não por acaso, estou desenvolvendo pesquisas sobre “Como Treinar Defesa”, e neste sentido, já providenciei agendamento para conversar com os treinadores de nossas seleções principais, atualmente em Saquarema. Far-lhes-ei uma visita e apresentarei minha tese. Se de acordo, faremos alguns ensaios, inclusive para divulgá-los pelo País.
Até lá, veja as seis ou sete lições postadas no Procrie recentemente. Se aproveitar algo, não se esqueça de evidenciar a fonte. Se mais precisar, terei imenso prazer em recebê-la no Procrie.
Ah, ia-me esquecendo! Como treinar uma equipe para obter volume de jogo requer muitas outras considerações que este espaço não me permite alongar. O que deve fixar em sua mente é que não basta “copiar” exercícios dos “grandes” e aplicar nos “pequenos”, uma vez que quando se treina qualquer fundamento, torna-se necessário conhecer o principal elemento: o treinando. Bom senso nunca é demais, pois os indivíduos têm o seu tempo de maturação. É o que poderíamos definir afirmando “cada um no seu quadrado”.
Boas leituras e um excelente trabalho!
Por Lizandra , em 05-05-2013,
Muito obrigada pela ajuda Roberto. Verifiquei o site que me indicou e gostei muito, com certeza farei um bom trabalho.
Por Roberto Pimentel, em 06-05-2013.
Estou feliz em contribuir para os seus estudos e trabalhos. Em contrapartida, peço que deixe consignado no Procrie suas impressões, pois além de massagear o ego do autor, contribui para que outros colegas também se interessem pelos escritos, já que seu aval é importante. Dê-me notícias quando da conclusão, tenho interesse em conhecer o trabalho.
Divulgue – Como estamos falando de estudos em voleibol, peço que divulgue entre seus colegas e professores a obra que compus em 2 volumes e 1.047 páginas. Trata-se da História do Voleibol no Brasil no século XX, remontando a 1939. Está adjetivada como enciclopédica, memorialista e obra de referência. Pedidos somente pelo Procrie ou roberto_pimentel@terra.com.br/
Este diálogo evocou-me a lembrança de um encontro com vários companheiros do voleibol em Copacabana, Rio, quando da missa de sétimo dia mandada rezar em sufrágio da alma do extraordinário amigo e atleta João Carlos da Costa Quaresma. Após a celebração, reunimo-nos em um barzinho e após algumas divagações e alguns chopinhos, surgiu uma indagação ao Bebeto (falecido este ano) de Freitas ex-treinador de selecionados, a respeito de “como treinar defesas em voleibol”. Argumentava calcando-se no jogador Vissoto (+ 2m), como seria possível alguém fazê-lo cair ao solo, ou mesmo abaixar-se com aquela altura. E, certamente, jamais teria treinado este fundamento em sua vida!
E por que conto essa história a você, leitor amigo?
Se interessado, releia o segundo período de minha apreciação lá em cima, “Todavia, poderá constatar com olhos mais críticos…” e então, juntar as duas narrativas. Que conclusão pode tirar desse exercício mental?
Continuo a afirmar que poucos treinadores sabem realizar treinos de defesa eficientes, muito menos em seleções nacionais. Normalmente, é mais fácil atribuir o fato à má formação inicial do atleta e à tradicional e famosa sentença “Não temos tempo de treinar”.
Sendo assim, realço a importância premente de conscientizarmos o professorado interessado em voleibol escolar, que se apressem em “estudar e pesquisar” com quem sabe “Como Ensinar a Defender”. Isto é matéria para muito papo!
Compartilhe isso: "Faço gosto em colher sua opinião e compartilhamento; quando puder, comente! Assim, aprenderemos todos".
As pessoas sempre resistirão porque sempre resistem a novas ideias. Lembremo-nos que o mesmo aconteceu com Galileu. Todavia, não leve isso para o lado pessoal.
Opiniões
O professor português José Pacheco diz que não adianta aumentar o tempo na escola se a estrutura continua a mesma e que usar tablets na sala de aula não resolve os problemas, apenas contribuem para reforçar a mesmice.
Vitor Paro, professor titular da Faculdade de Educação da USP: “A escola que está aí é ruim porque tem um método ultrapassado e não existe a preocupação de educar, mas de passar de ano. A nossa escola sempre foi ruim”.
Manuel Sérgio, professor e doutor filósofo português, criador da Ciência da Motricidade Humana (CMH), da qual a educação física é a pré-ciência… “A CMH estuda o movimento humano intencional, espontâneo, livre e desinteressado, que exprime todos os momentos da vida humana, do nascimento até a morte, favorecendo fundamentos aos desportos, dança, lutas, à reabilitação, ao ioga, tornando-se a raiz científica dos vários aspectos da motricidade do humano”. (João Batista Tojal)
Tentativas Frustradas, NUNCA!
É público e notório que as dificuldades são imensas para se aplicar algo inovador em um país que ignora e ainda não sabe como fazer a Educação de seus filhos. Mas acreditamos que valha a pena tentar, e persistir tentando, não nos deixando abalar com os tropeços. Ao contrário, aglutinarmos forças de tantos NÃOs, recriamos o ânimo de outrora. Rezamos para que não aconteça o que ocorreu com o saudoso Darcy Ribeiro:
“Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei fazer uma universidade séria, e fracassei. Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei.
Mas os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu.”
Jamais Desistir de Nossos Sonhos!
PROTOTIPAGEM, PARCEIROS
Estamos a um passo de concretizar nosso intento, e toda ajuda será preponderante para a consecução do projeto para 190 mil escolas brasileiras. No momento, buscamos patrocinador(es) para realizar a prototipagem, e a seguir, para a implantação do projeto no país. Nesse caso, o foco está voltado para instituições e fundações ligadas à Educação, Esporte, Lazer. E claro, secretarias de educação.
Uma Busca de Acolhimento
Compromisso em EDUCAR para a Vida
Inovador, para Milhões de Brasileirinhos
— Gostariam de nos receber?
roberto_pimentel@terra.com.br
raprobertoapimentel@gmail.com
Centro de Referência em Iniciação Esportiva
Um Contributo à Ciência da Motricidade Humana
A minha escrita não está em conformidade com as normas de publicação científica.
I – Modelo com Projeção Mundial
"... em que se exprimem todos os momentos da vida humana, do nascimento até a morte, favorecendo fundamentos aos desportos". Manuel Sérgio
ENCADEAMENTO DE AÇÕES DESEJÁVEIS
PRIMEIRA INFÂNCIA
Em setembro de 2015, a ONU definiu os objetivos para o desenvolvimento sustentável – ODS (¹) -, a serem alcançados em 2030. Um deles, o ODS4, sobre educação, tem um subitem específico para a educação infantil, indicando que até 2030 asseguremos a todas as crianças acesso ao desenvolvimento da Primeira Infância, ao cuidado e à educação de qualidade, preparando-as para sua trajetória na educação básica. Essa meta também está relacionada à meta da saúde em até 40%, porque a desnutrição, especialmente nos primeiros mil dias de vida, causa danos incalculáveis ao desenvolvimento e, consequentemente, à aprendizagem.
(¹) – Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável é uma coleção de 17 metas globais estabelecidas pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
ENSINO FUNDAMENTAL
Tutorial, em tempo integral para docentes escolares.
Concomitantemente, há projetos na continuidade da vida escolar. O @procrie.blog/ insere-se como um projeto perene e virtual voltado para o aprimoramento e capacitação de forma profunda e continuada de docentes nas suas atividades curriculares, respeitadas características e especificidades regionais. A atuação do Procrie cinge-se, então, à formatação de boas práticas para escolas e em comunhão com secretarias de educação locais, constituindo-se assim os Núcleos regionais. Em primeira instância, no ensino fundamental.
Tais projetos serão assistidos, avaliados e, quando for o caso, reprogramados pelas respectivas secretarias, ressaltando-se a importância de um tempo de carência para a formação de docentes e demais intervenientes. Incluem-se aqui, necessariamente, os Cursos Presenciais como complemento ao Ensino a Distância.
Vale dizer, certamente poderá se retroalimentar de seus próprios fazeres, i.e., compartilhamento de experiências e inovações entre os Núcleos regionais via internet.
ENSINO MÉDIO
A seguir, culminando com o reaparelhamento pedagógico entre jovens através da ferramenta Esporte para Todos, com significados para a vida, como envolvimento social e afetivo, e reais possibilidades de enfrentamento a óbices ainda presentes no cotidiano escolar, como absenteísmo, repetência, violência, e até criminalidade.
II – Projeto de Vida
Crescimento Comunitário, Crianças e Jovens Criativos
“Crescer em ambiente harmônico, alegre, com liberdade
para brincadeiras, jogos, música…”
Alunos organizam torneiosSEM o professor.NINGUÉM “fica de fora”.
WEB/12 de out. de 2017… postados 585 títulos da história do Procrie, um blog criado para desenvolver no professorado uma afinidade com pesquisas de Metodologias de Ensino.
III – Como Fazer!
Heurística
Parte da Filosofia que se dedica a inventar
maneiras de resolver problemas. – G. Pólya
VISÃO
A oferta de talentos é farta, mas mesmo com investimentos escassos e um forte envolvimento com o universo acadêmico será possível abrir oportunidades para quem deseja inovar. E recriar!
IV – Ensino Esportivo, Novo Olhar
“Chi va piano va sano e va lontano”
– provérbio italiano
NÍVEIS e ATOS de CONSTRUÇÃO LENTOS e CUMULATIVOS
BOM ENSINO UNIVERSITÁRIO
Ao longo dos anos vimos incorporando adeptos em algumas regiões do país. Entretanto, cometem-se os mesmos erros seculares, uma vez que as lições ofertadas às crianças não evoluem, são repetitivas e cansativas. Permanecemos com escolas do séc. XIX e professores do séc. XX. Que contributos as faculdades de Pedagogia oferecem para a formação de professores?
UMA PONTE ENTRE CIENTISTAS E PROFESSORES: Teoria & Prática
NOVOS MÉTODOS, NOVA PRAXIA
Novos rumos metodológicos e uma praxia criativa e inovadora se incorporam objetivando a formação continuada de docentes, e por extensão, de seus alunos. Nesse particular ofertamos a professores e acadêmicos de Pedagogia um vasto campo ainda inexplorado através da aplicação de novas PRÁTICAS de ensino consubstanciadas em vivências do autor descritas em um Manualde Engenharia Instrucional produzido para o professor “em sala de aula”.
Imaginamos um documento que possa, não só orientar o profissional, mas também ter força de registro de suas atividades e descobertas, inclusive com observações de seus alunos. Ao longo dos anos reveste-se como uma obra histórica, de fácil acesso e consulta, e contribui para o compartilhamento de vivências com outros colegas distantes. Para tanto, aconselhamos que os registros sejam efetuados na web.
SINTONIA COM O MUNDO ACADÊMICO
Entendemos que a figura principal das ações reside no mestre e por sua capacidade e conhecimento de métodos a empregar no vasto campo da disciplina Educação Física e Esporte, entendida aqui como corpo em movimento, ditado por conjunções psíquicas e emocionais. Enfim, corpo e alma! É vital, então, que esteja em sintonia com inovações que ocorrem a todo instante, ou mesmo, divulgar seus “achados” metodológicos.
CONTRAPONTOS DESEJÁVEIS
Cremos poder cooptar faculdades em todo o país e integrarmo-nos em suas pesquisas de pós graduação e projetos de extensão universitária, uma vez que se compõem de departamentos, como p.ex., Administração Escolar e Economia da Educação, Filosofia da Educação e Ciência da Educação, Metodologia do Ensino e Educação Comparada. Acrescentem-se ainda os convênios com congêneres no exterior como a Universidade do Porto, já interessada em nossas práticas, e o Laboratório de Pedagogia (LaPed) da Faculdade de Motricidade Humana (Uni. Lisboa). Este, está a desenvolver estudos (três anos) sob o tema “Educação Física e Desportos nas Escolas” em conformidade com um consórcio de dez países da União Europeia. “…NÃO tivemos ulteriores notícias, apesar de incessantes tentativas”.
REDUZINDO DESIGUALDADES
– Colhido na web
A desigualdade gera impactos em toda a sociedade, e os mais afetados são as crianças, cujas necessidades nem sempre são consideradas no momento da elaboração das políticas. A avaliação é de especialistas reunidos no 7º Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, realizado no dia 7 último, em Fortaleza.
— A desigualdade começa no início da vida.
— Impacto: 75% das crianças (< 4) não frequentam creche ou escola.
— Cada dólar investido em crianças (até 6 anos), economizam-se US$ 7 em políticas assistencialistas. Investimentos precoces, maior a taxa de retorno.
— Secretarias de Educação terão de revelar a Base Comum para os currículos municipais.
SAÚDE, ESPORTE, JOGOS RECREATIVOS
Bruegel, Jogos Infantis… Liberdade para serem criativas!
Crianças carecem de ir para a rua, jogar bola, pular corda, correr, saltar, subir em árvores, tudo como seus avós faziam antigamente.
Rua de Recreio
Lemos repetidas vezes nas mídias que projetos são criados para “retirar crianças das ruas”. Advogamos justamente o contrário, i.e., precisamos criar condições de levá-las às ruas para brincar e se divertir longe das TVs, celulares e demais parafernálias eletrônicas. Seriam as praias, praças, quintais e ruas de lazer. Ou modernamente, também as áreas próprias de condomínios. E por que não em áreas comunitárias de periferias, com a vantagem de aproximar pais e amigos do lazer das crianças?
Para uma boa organização, um bom procedimento seria retroagir no tempo, mais precisamente aos anos 1940-50, e reinventar as Associações Atléticas e os Grêmios Acadêmicos, geridos exclusivamente pelos alunos.
Criando Áreas de Lazer… Sucesso total !
400 crianças – 8 a 13 anos – 20 quadras de minivoleibol; 20 apaianos (Niterói -RJ)
Festival na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro (1995). Integração de escolas públicas. Com direito à visita da seleção brasileira feminina, ainda com Bernardinho como técnico.
Cuidados e Prevenção
Uma vez mais especialistas e gestores da Educação esquecem-se de aliar-se ao esforço de seus colegas da área da Saúde, ou vice-versa. Em especial, os cuidados nos primeiros anos de nascença. Fala-se muito em obesidade infantil e outros males na infância, mas poucas soluções são incrementadas. Práticas bem orientadas de jogos recreativos e esportes serão sempre bem-vindas e permanecem por toda a vida adulta.
“Durma com a Bola“
Trata-se de uma expressão usada no meio esportivo, que traduz a importância de o aprendiz ter o máximo de contato com o material mais importante de seu aprendizado.
META
Ocuparmo-nos de alunos no ensino fundamental
Elo de transição, da primeira infância ao ensino médio
Aulas SEM o professor e cativando os mais novos
Metodologia para alunos do ensino fundamental, Rio de Janeiro.
APRENDER BRINCANDO E JOGANDO
Tem-se por OBJETO desenvolver a prática esportiva generalizada, inclusive jogos recreativos, com emprego de métodos para o desenvolvimento cognitivo, emocional e relacional dos indivíduos em sua interação social.
Basicamente NÃO se almeja prospectar talentos e TODOS têm assegurada sua participação. A proposta inicial é a Formação pelo Movimento, pois atende maior número de indivíduos – meninas e meninos -, além de portadores de necessidades especiais. O voleibol se apresenta como a melhor opção, não só por sua presença constante na mídia, como é de fácil assimilação das regras, e pouco dispêndio. Em locais de praia do Rio é verdadeira “febre”. Outros esportes poderão ser contemplados a critério dos interesses das escolas e consoante idêntica metodologia.
IV – Ponte Entre Cientistas e Educadores
ENSINO PROFUNDO
Percorrendo os caminhos traçados pelos grandes mestres nossas buscas nos levaram a modelos descritos por Daniel Coyle em seu livro O Código do Talento, em que desbrava conquistas recentes da Neurociência, especialmente a teoria mielínica. Trata-se de programas para desenvolver habilidades especiais aplicáveis à vida pessoal. Crítico do senso comum de que a prática leva à perfeição, aliamo-nos ao autor quando complementa: a prática tem que ser CERTA!
Consequentemente, indica o caminho mais viável na busca da autorregulação, na medida em que as crianças são levadas a construir sua própria matemática, isto é, Aprender a Pensar.
INCLUSÃO
Todos são chamados a participar!
Participação de 20 alunos da APAEVôlei sentado, Praia de Icaraí, Niterói.
Ninguém precisa nascer com um dom para atingir bons resultados em qualquer atividade. Na produção de alunos críticos e investigativos, as ações propostas têm o objetivo de minimizar diferenças individuais, aproveitamento máximo do tempo de aula, a falta de motivação dos alunos, e a exclusão. Além disso, promover uma caracterização crítica do próprio ensino e a socialização pelo esporte. Assim, aproximamo-nos dos mais necessitados: é a INCLUSÃO.
JUSTIFICA-SE este sítio educacional especialmente em um país continental pela ação de vários elementos que atuam em tempo real: a) instrui, avalia e produz correções de percurso; b) acumula e difunde experiências atraindo novos partícipes: c) aproxima problemas e soluções. Enfim, um justo orgulho aos participantes da obra.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Apresentamos a temática do Aprender a Ensinar na busca conjunta de caminhos para a superação do hiato entre teoria e prática. As postagens revestem-se de vivências e exemplos práticos e convidam docentes e internautas a navegarem em áreas mais profundas da Metodologia, Pedagogia, História do Voleibol, Mini Voleibol, Formação Continuada, Evolução do Jogo e das Regras, sugestões para projetos para grande número de crianças, além de um fórum de discussões. Tudo para informar e satisfazer necessidades primárias de cada Núcleo a ser formado, e em tempo real.
DIVULGAÇÃO
Em sete anos de criação (2010) o Procrie se revela pioneiro e demonstra que a tecnologia permite uma nova teoria da aprendizagem e desenvolvimento para milhares de professores em seu contato com milhões de brasileirinhos. E mais relevante, despertando interesse e curiosidade pelo saber para indivíduos de pequeninas cidades do interior, em especial da selva amazônica, muitos esquecidos e distantes de qualquer centro de educação.
ENSINO A DISTÂNCIA E PRESENCIAL
Docentes, alunos e demais interessados estão cada vez mais a se incorporar ao Procrie como forma alternativa e complementar de instrução atualizada, com oportunidade diária de repensar suas aulas e treinamentos esportivos. Tamanha conectividade nos permite avançar no desenvolvimento da metodologia em tempo real, acrescentando a necessária presença do mestre. Nesse modelo propugnamos a formação de Núcleos credenciados para atender locais remotos e, a partir daí, evoluir no conceito de “presença virtual” perene. No Rio de Janeiro, planejamos a criação de um Núcleo central, configurado em um Centro de Referência destinado a estudos a partir de práticas investigativas.
CENTRO DE REFERÊNCIA EM INICIAÇÃO ESPORTIVA
— Resumo —
Objetivos Gerais
Promover a Educação e o Esporte através de práticas inovadoras nas aulas de Educação Física em escolas.
Desenvolver aplicação de matérias interdisciplinares: matemática, oralidade, escrita, música.
Incentivar e aprimorar ensino de qualidade para docentes visando à meritocracia e empreendedorismo.
Objetivos Específicos
Formação Continuada perene de professores através de cursos presenciais e EaD.
Aplicar e desenvolver instrumentos didáticos, equipamentos criativos e de baixo custo.
Contribuir em parcerias para projetos comunitários, aproximando escola e família.
Planejamento & Estratégias
Programar gradativamente Núcleos como elementos de inserção em regiões afastadas dos grandes centros.
Formatar Cursos Presenciais, Residência Pedagógica com predominância prática.
Acompanhar, avaliar e divulgar as atividades (internet).
Metodologia
Metáfora do andaime
“Quando bem construídos, os andaimes ajudam a criança a aprender a ganhar alturas que elas seriam incapazes de escalar sozinhas”.
Instrução em grupos
Criar a interação entre colegas.
Reconhecer benefícios mútuos dessa interação.
Instrução individualizada
Capacitar alunos a serem arquitetos da própria compreensão.
Prover indivíduos com a autorregulação, individualizando a aprendizagem.
Buscar a interação social, a comunicação e a instrução através de trabalhos em GRUPO.
Professor
Ser capaz de explorar as interações entre crianças.
Primar pela resolução cooperativa de problemas – exigência de técnicas de “combinação”, seleção de tarefas e incumbências.
Aluno
Prover o alunato com recursos que impulsionem e motivem a aprendizagem.
Adotar a interação, negociação e construção conjunta de vivências.
Desenvolver a interdependência, fazer descobertas acidentais e resolver novas ambiguidades.
Destaque no aprendizado
Resiliência: adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas – choque, estresse, algum tipo de evento traumático, etc. – sem entrar em surto psicológico, emocional ou físico, por encontrar soluções estratégicas para enfrentar e superar as adversidades.
PRAXIA INÉDITA!
AUTORREGULAÇÃO e CRIATIVIDADE
Práticas fora do horário das aulas sem o professor – Avaliam-se mutuamente – Efeitos multiplicadores do ensino – Acrescentando inovações e valores
Trabalhos em Grupo, Circuito, Registro Visual, Avaliação, Inclusão, Resiliência…
Instrumentos pedagógicos
Acompanhar buscas e soluções para unir prática e teoria.
Superar dificuldades de comunicação: O que fazer? Quando fazer? Como fazer?
Aquilatar o ponto onde o aprendiz está e desenvolver uma psicologia de forma harmoniosa.
Instrução individualizada ou em grupo?
O que devo ensinar primeiro: a técnica – fundamentos – ou o jogo propriamente dito – tática? Ou ambas, simultaneamente?
Reflexão-na-ação: como cada grupo está realizando (pensando) sua tarefa?
A seguir, como e quando intervir?
DESENVOLVIMENTO HUMANO, ALCANCE SOCIAL
Numa época em que muitos desafios e oportunidades novas surgem na Educação graças ao advento de novas tecnologias e subsídios computorizados à aprendizagem e à instrução, vale lembrar as dimensões sociais e interativas do crescimento e desenvolvimento humanos que a Educação Física e os Esportes suscitam. Em especial, pela contribuição emprestada pela
.
Obs.: participamos e pleiteamos fazer palestra; fomos descartados.
Entretanto, concordamos que os recursos mais preciosos para uso em “sala de aula” continuarão apresentando-se sob a forma humana. Por que então não nos locupletarmos de todos num país de dimensões continentais?
ESPÍRITO EMPREENDEDOR
Em intervenções anteriores (ver Quem Faz) mostramos na prática como aproveitar em sala de aula estes recursos potencialmente valiosos de aprendizagem e ensino, mesmo em condições pouco favoráveis. Procuramos encontrar soluções e nunca nos queixarmos dos problemas, pois para espíritos empreendedores as adversidades muitas vezes são desafios a serem transpostos. Cuidamos de nos balizar e sermos coerentes em alguns princípios, utilizamos nossa intuição e experiência colhendo frutos virtuosos que agora repassamos.
Cremos ter encontrado um caminho confiável de realizar os objetivos propostos no planejamento de projetos. Todavia, temos certeza que a continuidade neste tipo de trabalho criará a possibilidade de identificar na prática caminhos para o desenvolvimento futuro na educação de um grupo ou comunidade. Temos muito a percorrer até encontrar melhores procedimentos nessa busca incansável pela melhor Educação.
Autor: Roberto Affonso Pimentel
e-mail: roberto_pimentel@terra.com.br
Niterói – RJ
Pioneirismo Também em Portugal
A partir de 2009 o autor foi convidado a ser um dos colaboradores do site português www.sovolei.com (hoje, desativado). Ganhamos destaque em nossa participação:
Volei Net Tour, Viagem Trans-Atlântica
“Mais rápida e menos conturbada que a histórica e pioneira travessia do Atlântico Sul realizada por Gago Coutinho e Sacadura Cabral em 1922 a bordo do “Lusitânia” e do “Santa Cruz”, propomos hoje repetir a mesma rota para visitar o nosso já bem conhecido e interventivo Roberto Pimentel e o seu “Projecto de Centro de Referência em Iniciação Desportiva”.
Esta é uma visita de carácter pedagógico dirigida a quem desenvolve a árdua tarefa de incentivar e proporcionar aos mais jovens, a prática desportiva em geral e o voleibol em particular”.
Aos mentores do sítio Sovolei meus cumprimentos e a alegria do convívio com professores e amigos portugueses. Foram momentos inesquecíveis. Roberto A. Pimentel, 2010.
NOTA:
Aos os amigos adeptos do voleibol, convido-os a TODOS a nos brindar com suas visitas ao Procrie, o que nos enche de orgulho e alegria. Espero-os de braços abertos.
Estamos a nos comunicar neste momento com a Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade de Lisboa. Quiçá, com a Faculdade de Pedagogia, ou correspondente.
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Compartilhe isso: "Faço gosto em colher sua opinião e compartilhamento; quando puder, comente! Assim, aprenderemos todos".
História inédita, memorialista, obra de referência: 1939-2000
DANDO SIGNIFICADO À ESCOLA
Estão postados aqui 585 títulos que compõem a história do Procrie, um blog criado para desenvolver no professorado uma afinidade com pesquisas de campo e, principalmente, a leitura de textos pedagógicos, uma lacuna no ensino da Educação Física e Esporte no Brasil.
PARA ENSINAR É PRECISO APRENDER
Percorremos um longo caminho ao longo de muitos anos. Poderão aquilatar as dificuldades encontradas para se pesquisar em um “país sem memória”, e enfrentar a tarefa de aprender a ensinar Metodologia e Pedagogia – principais ciências na Educação – a gestores e professores que negligenciam seus estudos por conta de currículos universitários desatualizados para o século em que vivemos.
UM TESTEMUNHO
Durante alguns anos em seu magistério escolar, um professor – Helber Raphael – realizou façanha incrível. Seu desconhecimento do mundo acadêmico não o impediu de progredir nas técnicas de ensino de vários esportes, inclusive o voleibol, ao qual não era afeto.
Com relativos conhecimentos de Métodos, tornou-se um dos melhores mestres em suas atividades como EDUCADOR. Apenas porque compartilhamos observações e despertamos suas intuições que fizeram a diferença. E mais importante, seus alunos cresceram em sabedoria.
Parabéns ao professor Helber, que soube aproveitar e aprofundar-se nas intrincadas facetas da Educação de crianças e jovens, inclusive há citação ao seu trabalho em Metodologia e Pedagogia, Para Que Servem? (mar/2012). Por seus méritos e obstinada vontade de aprender a ensinar, devo-lhe muito do que aprendi.
SOMOS TODOS APRENDIZES
Esperamos permanecer contribuindo cada vez mais para a melhoria da Educação das novas gerações. Tomara que apreciem, e não se esqueçam de compartilhar com o autor, seus colegas e alunos. Afinal, somos todos aprendizes.
Boas Leituras!
Contributo à Educação Integral
I – Centro de Referência
“Roberto Pimentel tem uma longa lista de serviços prestados ao esporte, em especial ao voleibol, ao qual se dedicou, com grande sucesso, inicialmente como atleta de alto nível técnico e posteriormente como professor e treinador. A seguir abraçou com ardor a causa da educação e explora suas íntimas relações com o esporte, dando contribuição valiosa à melhoria da qualidade do ensino”. (por Arlindo Lopes Corrêa)
Arlindo Lopes Corrêa é engenheiro, pós-graduado em economia, com vasto currículo nacional e internacional: Estudos para Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento; Secretário Executivo da Fundação Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL, e depois Presidente, de 1974 a 1981.
II – História do Voleibol no Brasil, 1939-2000
Livro enciclopédico, memorialista, obra de referência, 1.047 pág.
“Roberto,
Com esta obra você não apenas contou a história do voleibol como, sobretudo, passou a fazer parte dela. Poucas vezes um autor se dedicou tanto à produção de um livro como você. As obras tornam-se leitura obrigatória para os amantes e estudiosos de nosso esporte. Abraço”. (Paulo Matta, em 28/ago/2013)
Paulo Emmanuel da Hora Matta, baiano, iniciou sua carreira de treinador no Rio de Janeiro, pelo Centro Israelita Brasileiro (CIB). Tendo várias passagens pelo Flamengo, atuou como supervisor no Campeonato Mundial de vôlei realizado no Brasil, em 1960. Participou como treinador de quatro edições do Campeonato Sul-americano, um Pan-Americano e uma edição dos Jogos Olímpicos (1968). Foi professor de Ed. Física e diretor da UERJ.
III – Manual de Engenharia Pedagógica
Temática diversificada onde descortinam-se soluções a problemas escolares com uso da Heurística, Neurociência, Design Instrucional
Estudos sugerem impactos acentuados das atividades físicas na aprendizagem e no desenvolvimento de habilidades especiais aplicáveis à vida dos indivíduos. Destaque para a teoria mielínica da novel ciência neural – uma revolução no ensino, aproximando e integrando disciplinas e práticas esportivas. Tudo a partir do ensino fundamental. É algo REVOLUCIONÁRIO!
IV – Metodologia, Pedagogia, Praxia
Ensino a Distância, Residência Pedagógica, Estágios, Trabalhos em GRUPO (e projetos), Avaliações Mútuas, TICs. Praxia com base em vivências do autor, acessível a qualquer modalidade
Nosso compromisso é com as Atividades Físicas, Educação e Cultura. Um curso aberto a docentes, sem definição de cátedra, que leve os alunos à descoberta de si e a uma educação lúdica, liberta de grilhões. Em nossa visão, não há limites para currículos criativos e interdisciplinares que os conduzam da infância à idade adulta.
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— Por onde começam as mudanças?
Alunos do séc. XXI e as TICs
Iphone, smartphone, tablet, e-book, videoaula, tudo isto em sala de aula.
Buscamos o diálogo com outras disciplinas, a exemplo de cientistas do cérebro, cujo desafio atual é levar o conhecimento produzido nos laboratórios para a sala de aula, construindo uma ponte de informações entre professores e cientistas.
Acrescente-se a oferta de formação profissional continuada de professores, utilizando técnicas de Design Instrucional, desenvolvedoras de trabalhos em Projetos a serviço de Lideranças e ideias inovadoras. Tudo isto disponibilizado na web.
Sugestão do autor
Aplicação da Ciência da Motricidade Humana postulada pelo português filósofo e professor Manuel Sérgio, catedrático (aposentado) da Universidade de Lisboa.
Promover novo currículo interdisciplinar na Educação do Movimento – Educação Física e Esporte – a partir do ensino fundamental, com crianças de 7 a 13 anos de idade. Dando continuidade a seguir no ensino médio e por toda a vida.
Ressalte-se que nossa vivência exitosa nos remete a jan. /1974.
ARTIGOS POSTADOS (585, em ordem cronológica decrescente)
Do ponto de vista biológico, nada substitui a repetição atenta.
Nada do que façamos – falar, pensar, ler, imaginar – é mais eficaz na construção de uma habilidade do que executar a ação, disparando o impulso pela fibra nervosa, corrigindo erros, afiando o circuito.
Para ilustrar essa verdade proponho a pergunta: “qual é a forma mais simples de diminuir as habilidades de um talento consagrado”?
Repita
A prática não leva à perfeição.
Uma prática perfeita é que leva à perfeição.
Descreve-se o treinamento profundo como alguém que tenha experimentado a sensação de aceleração referindo-se a ela como um “estalo”. E dessa forma, constroem-se novos tipos de atuação em qualquer atividade.
— Em que consiste o tipo de aprendizagem conhecido por autorregulação?
— As pessoas observam, julgam e planejam a própria atuação, i.e., quando ensinam e supervisionam a si mesmas.
Responda como puder:
— Como indivíduos que parecem ser iguais a nós, de repente se tornam talentosos?
— Qual a natureza desse processo capaz de gerar realidades tão díspares?
— O que é TALENTO? Formar ou detectar?
Talento
A posse de habilidades repetíveis que não dependem do tamanho físico: a diferença entre jogadores fabulosos e jogadores comuns está na organização; entre alguém que compreende uma linguagem e outro que a desconhece.
Neurociência & Treinamento Profundo
13ª a 15ª aula Construir circuitos e isolá-los com mielina
Conceito de CHUNKING: pedaço, bocado, naco
A fluência é alcançada quando o indivíduo repete os movimentos por tantas vezes que já sabe como processar esses blocos como um só grande bloco.
Quando o chunking é bem realizado cria a miragem que provoca espanto, tipo CARAMBA!
Essa falsa realidade faz artistas, atletas e jogadores excepcionais parecerem superiores.
Habilidade
A habilidade – com sua graça e fluidez – é criada pelo acúmulo de circuitos pequenos e individualizados. Ações físicas também são constituídas de pedaços.
A habilidade consiste em organizar exercícios em blocos maiores e carregados de sentido; é o que os psicólogos chamam de chunking (divisão).
Habilidade é, em essência, o poder de agrupar e desagrupar pedaços – ou, para dizê-lo em termos de mielina, de disparar configurações de circuitos.
Ignição
Importância da IGNIÇÃO: disparo, motivação, interesse
— Na prática, o que sentimos quando isso acontece?
— Como sabemos se estamos fazendo certo?
— O treinamento profundo é um treino reflexivo. O instinto deve fluir lentamente e dividir as habilidades em seus componentes.
Praxia… Foco na Prática
Um dos objetivos dos neurocientistas responsáveis pelo I Simpósio Internacional de Neurociência Aplicada à Educação (Rio, jul./2015) era realizar uma ponte entre a ciência e professores.
Foi estruturado para dar conhecimento sobre os avanços da ciência de modo que professores em geral colhessem frutos e tornassem seus ofícios mais profundo e moderno. O mote escolhido foi promover uma “ponte entre cientistas e docentes”. Infelizmente, os organizadores (URFJ) não apresentaram as “duas equipes” precedendo a contenda, tendo em vista as linguagens diferenciadas entre o mundo acadêmico e a prática em sala de aula.
Resultado: “NADA se aproveitou em dois dias de blá, blá, blá”. Note-se que fizemos oferta de palestra sobre o tema constante de nossos estudos, mas recusado tempestivamente.
DIÁLOGO COM PROFESSORES
Liberte a criança que há dentro de Você!
Construímos um Manual de Engenharia Pedagógica para as primeiras orientações aos ainda não identificados com métodos modernos de ensino. É o resultado de muitos anos de pesquisa, estudos e conceitos que edificamos por conta de nossa intuição e vasta experiência com crianças e adultos, especialmente naqueles indivíduos com pouquíssima ou nenhuma identificação com o esporte – voleibol -, dito por muitos profissionais com o mais difícil de ser ensinado.
Vale lembrar que o Manual aplica-se a todo e qualquer ensino esportivo, pois repleto de estímulos de aprofundamento em psicopedagogia, na novel neurociência, e em design instrucional, a principal carência nas universidades.
Dito isso, há um pressuposto que os interessados nas práticas que aqui estamos propondo, se imiscuam nas leituras propostas e, mais ainda, aprofundando-se em suas buscas, tal como fez este escriba. Por si só o Manual não é a “fonte” dos saberes, mas um guia para qualquer iniciante na “Arte de Ensinar”.
Nossa prática tem início em janeiro/1974, em Recife, quando de um curso para crianças, um programa grandioso desenvolvido pelo SESI-DN durante alguns anos. Naqueles momentos tornamo-nos pioneiro do minivoleibol no país.
1. Explorar o espaço repetidas vezes, atento aos erros, ampliando a área e desenhando um mapa mental até conseguirmos nos mover rapida e intuitivamente.
2. Dividir nos menores blocos possíveis. Construir circuitos confiáveis, atentando-se para os erros que então são corrigidos; decompor a habilidade e repetir cada circuito.
3. E assim são disparados os sinais que formam velozes circuitos de processamento.
Construindo vídeo, e-book
Inicialmente, uma panorâmica da quadra; em seguida, zoom para examinar detalhes em câmera lenta. Editar e-book.
Ignição, disparo, start, motivação
Criar ambientes motivacionais nos quais as crianças se apaixonem pelo que realizam. Que se sintam construtoras de sua “própria matemática”.
————————————
Nota: com base no livro “O código do talento”, Daniel Coyle.
Compartilhe isso: "Faço gosto em colher sua opinião e compartilhamento; quando puder, comente! Assim, aprenderemos todos".
Domínio de Conhecimentos Aplicáveis em uma Situação
O Manual é apresentado com revelações recentes da Neurociência e contribuições do Design thinking .
Objetiva-se as necessidades urgentes em vida, não é talento esportivo, como é popularmente popular, muito embora o mesmo seja inevitável.
PARTE I
Antecedentes e Diagnósticos Estudo e Pesquisa
PARTE II
Desenvolvimento e Maturidade Como Melhorar a Educação? O Futuro da Educação Proposta Curricular séc. XXI
PARTE III
Formação Profissional Continuada Educação Física e Esporte Prática de Ensino, Base para Boa Formação
PARTE IV
Prototipagem: Centro de Estudos Design Thinking Potencializando Inovações Trabalhos em GRUPO, Projetos, Avaliações Mútuas Blog Procrie: EaD, Videoaulas, e-books
1ª a 3ª aula Habilidades, Ações Físicas ou Cognitivas?
4ª a 6ª aula Interação e Construção do Conhecimento
7ª a 9ª aulaCódigo do Talento e Teoria Mielínica
10ª a 12ª aulaDe Onde Vem o Talento?
13ª a 15ª aula Produção de Circuitos Isolados com Mielina
Nota:
A sequência de aulas acima está esquematizada para proporcionar uma visão preliminar de uma prática escolar tendo em vista a construção de videoaulas. O professor saberá compor-se com as diretrizes de sua escola.
Proposta Curricular
Sabemos todos o que fazer; o problema é “como” fazer!
ESTRATÉGIAS
Autorregulação Aprender sozinho, professor é facilitador
Matriz mental Música, memória espacial, xadrez
Registro audiovisual Vídeo-aula, whatsap, iphone, tablet, blog, e-book
ORGANIZAÇÃO
Atuação: Educação Física e Esporte
Contributo multidisciplinar ao projeto pedagógico da escola
Formação profissional continuada de professores
Múltiplas Atividades (em ginásio)
Coeducação em todas as atividades
Oficinas (12) – Atividades em circuitos – Até 64 alunos/aula
Coral, Matemática, Português, Oralidade
Aluno/ Monitor/ Professor
Mentoria e monitoria (G-4) – Monitor/aula
Caderno de notas dos alunos – Avaliações mútuas
Professor/ Estagiários
Professor é simples facilitador: observa e pouco fala
Estagiário explica as tarefas e atende monitores
Caderno de notas do professor/estagiário – Avaliações mútuas
Registros & Notas
Habilidade de leitura e oralidade é, em essência, a habilidade de agrupar e desagrupar pedaços (chunking)
— Como transformar habilidades em ações físicas ou cognitivas?
Cérebro, Memória, Música
Nossa mente responde a comandos de todo nosso corpo, e não apenas neurológicos. Foto: Google
Objetivo
Criar a habilidade com sua graça e aparente ausência de esforço.
E pelo acúmulo de circuitos pequenos e individualizados.
Ações físicas são constituídas de pedaços. Exercitando-se em séries, o aluno monta-as interligando blocos, eles próprios feitos de outros blocos. Assim, agrupam-se vários movimentos musculares.
A fluência é alcançada quando o aluno repete os movimentos por tantas vezes que já sabe como processar esses blocos como um só grande bloco. O aluno dispara o circuito construído e aprimorado pelo treinamento profundo.
Quando o chunking (dividir, fragmentar, blocos) é bem realizado, cria uma falsa realidade: faz artistas, atletas e jogadores excepcionais parecerem superiores. O que separa esses dois níveis é um ato de construção e organização lentamente cumulativo: a montagem de andaimes, parafuso por parafuso, circuito por circuito.
Metodologia, Psicopedagogia
— Adestrar ou Ensinar?
—Treinar ou Brincar ?
Busca-se o conhecimento necessário para aprender como se forma o processo de aprendizagem nos indivíduos.
Interesse e Colorido Emocional
— Efeito que exerce o interesse sobre o psiquismo
Variantes
Interesse é o envolvimento interior que orienta todas as nossas forças no sentido do estudo de um objeto.
Alunos ganham em motivação nas aulas com uma novidade que os mantenha atraídos e surpresos.
A memória funciona de modo mais intenso nos casos em que é envolvida e orientada por certo interesse (como o apetite na assimilação do alimento).
Para que algo seja bem assimilado deve-se torná-lo interessante; para isto é necessário que NÃO seja exaustivamente repetido.
Despertar o “querer aprender” vem através do colorido emocional. Outras tarefas se sucederão normalmente, como ensinar a pensar, espontaneidade, criatividade.
Neurociência & Treinamento Profundo
4ª a 6ª aula:
— Como cada técnica é usada?
— Qual a natureza do processo?
Como e em que circunstâncias a cooperação e a comunicação levam à construção conjunta de conhecimento e compreensão entre crianças?
Por entendermos que circunstâncias são elas mesmas indeterminadas ou indefinidas, e se associam ao tempo ou ao momento oportuno para estabelecer a maneira correta de agir, passamos a criá-las em nossas atuações exploratórias – no Morro do Cantagalo indivíduos não possuíam qualquer experiência com o voleibol.
Torneios com até 40 alunos (ou mais)
Em se tratando de grupo numeroso de aprendizes trata-se o assunto na esfera da interação entre colegas e não propriamente com o professor.
O alcance parece ser bem mais significativo, desde que se identifiquem lideranças capazes. Não é difícil descobri-las ou mesmo encorajá-las.
IMITAÇÃO: agrupe em blocos maiores
Somos programados para imitar. Parece estranho, mas, quando nos imaginamos na mesma situação que um indivíduo fora de série e realizamos uma tarefa por ele realizada, isso tem um grande efeito sobre nossa habilidade. Além disso, a imitação não precisa ser consciente. Na verdade, na maioria das vezes não o é.
Xadrez, Basquete, Vôlei, Futebol
A diferença entre enxadristas extraordinários e jogadores comuns é uma diferença de organização, a diferença entre alguém que compreende uma linguagem e alguém que a desconhece.
Recorrendo a um exemplo concreto, podemos compará-la à diferença entre um fã de voleibol experiente – que acompanha uma partida com um olhar de reconhecimento – e esse mesmo fã em sua primeira partida de outro esporte: o críquete, partida durante a qual ele não para de apertar os olhos de tão confuso.
A HABILIDADE consiste em identificar elementos importantes e agrupá-los num sistema significativo. É um tipo de organização em blocos maiores e carregados de sentido, ou como dizem psicólogos americanos, chunking.
Neurociência & Treinamento Profundo
7ª a 9ª aula:
— O Código do Talento
Sem a Voz
Nos anos 1960, quando um professor começou a dar aulas de tênis decidiu fazer um experimento: em vez de orientar seus alunos iniciantes com a voz, ele simplesmente lhes mostraria os movimentos.
A tentativa foi um sucesso, a ponto dele logo começar a ensinar amadores cinquentões a jogar o básico em apenas vinte minutos… E sem nenhuma instrução técnica!
Assimile Bem
Passe um tempo olhando ou escutando a habilidade desejada se manifestar na prática como uma entidade individual coerente. Pode soar um tanto zen, mas a técnica consiste fundamentalmente em assimilar uma imagem da habilidade sendo demonstrada, até sermos capazes de nos imaginar fazendo aquilo.
Interação e Construção do Conhecimento
— Como indivíduos que parecem ser iguais a nós, de repente se tornam talentosos?
— Qual a natureza desse processo capaz de gerar realidades tão díspares?
Vá Mais Devagar
— Por que ir mais devagar dá certo?
Primeiro, proceder devagar nos permite atentar mais aos erros, aumentando o grau de precisão a cada disparo – e, em se tratando da produção de mielina, a precisão é tudo.
“Não importa com que rapidez você faz a coisa, o que vale é quão devagar você consegue fazê-la sem errar”.
Em segundo, proceder lentamente ajuda a desenvolver algo ainda mais importante: uma percepção prática da arquitetura interna de determinada habilidade – a forma e o ritmo dos circuitos interligados para realizá-la.
Treinando, adquire-se algo bem mais importante que uma simples habilidade: alcançam uma compreensão conceitualorganizada que lhes permite controlar e adaptar seu desempenho, sanar problemas e adequar o circuito a novas situações.
Pensam por blocos e constroem com eles uma linguagem da habilidade toda pessoal. Descreve-se o treinamento profundo como alguém que tenha experimentado a sensação de aceleração referindo-se a ela como um “estalo”. E dessa forma, constroem-se novos tipos de atuação em qualquer atividade.
Repita
— A prática não leva à perfeição
— Uma prática perfeita é que leva à perfeição
Do ponto de vista biológico, nada substitui a repetição atenta. Nada do que façamos – falar, pensar, ler, imaginar – é mais eficaz na construção de uma habilidade do que executar a ação, disparando o impulso pela fibra nervosa, corrigindo erros, afiando o circuito.
Para ilustrar essa verdade (?) propomos a pergunta:
— Qual é a forma mais simples de diminuir as habilidades de um talento consagrado?
Resposta… — Não os deixe praticar por um mês.
— E Você, o que acha?
Observação… “Seus músculos não terão mudado, nem seus genes e seu caráter tão reverenciados, mas seu talento terá sido atingido no ponto mais fraco”.
Treino Convencional e Treino Profundo
Repetições e Horas de Treinamento
A mielina é um tecido vivo. Assim como tudo em nosso corpo está submetida a um constante ciclo de deterioração e reparação à medida que envelhecemos.
A repetição é valiosíssima e insubstituível. Há, contudo, algumas advertências a serem feitas. Para o treinamento convencional, “mais é sempre melhor”. No treinamento profundo, a matemática é outra. Passar mais tempo treinando só dá resultado se nos mantivermos o tempo todo no limite de atenção.
Além disso, parece haver um limite universal para o tempo durante o qual uma pessoa consegue treinar profundamente num dia. Segundo pesquisas, a maioria dos experts de nível internacional – aí incluídos pianistas, romancistas e atletas – treinam de três a cinco horas por dia, qualquer que seja a habilidade em questão.
Continua em breve…A Sala de Aula Moderna, Parte II
Até lá, Boas Leituras!
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Em termos práticos, o objeto em inovar reside em assistir às necessidades da clientela: professores e alunos. Para saber se o que está sendo criado é mesmo uma inovação pense no cliente:
— A inovação oferece maior valor para ele?
O foco deve estar na clientela; ela é o alvo da inovação a ser impactada.
Observá-la traz ideias que fazem sentido a serem incorporadas.
Construindo um mapa mental: brainstorming (¹), pesquisa de campo, design thinking ajudam a criar empatia e melhor entendimento.
————————————-
(¹)Brainstorming,é uma atividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa de um indivíduo ou de um grupo – criatividade em equipe – colocando-a a serviço de objetivos pré-determinados. Ao pé da letra significa “tempestade de ideias”. Organiza pensamentos de forma ordenada, relacionada, argumentada e, principalmente, visual.
Criando Cumplicidade
Sair à rua é criar intimidade, consiste em respostas ainda melhores. Neste caso, a melhor forma é criar um PROTÓTIPO. E o autor vem correspondendo na prática com criações maravilhosas e inéditas.
Vejam no final da postagem: Experiências Exitosas.
MISSÃO & VISÃO
Constituir-se em um curso perene de pesquisas e formação profissional de professores que busquem a excelência em EDUCAÇÃO do Movimento e para a Vida.
Ser um consultor para a secretarias de Educação do país com um programa simples de gestão interdisciplinar, a partir da Educação Física e Esporte.
Um tutor, constituído de um “Manual de Engenharia Instrucional” e o site Procrie (EaD), compartilhando e monitorando informações simplificadas de modo que alcancem resultados desejáveis e surpreendentes.
CONVITE À AÇÃO
Em reportagem na revista Veja (Maria Clara Vieira, 6/9/2017) a jornalista dá-nos a conhecer uma iniciativa exemplar a ser implantada em São Paulo em que a Secretaria de Educação emprega ferramentas do mundo empresarial para identificar as causas do mau desempenho escolar – e superá-las. Destacamos dois trechos:
“Os muitos termômetros de avaliação do ensino que aferem a qualidade na sala de aula nos leva a compreender o quanto ainda estamos distantes da excelência. Como sempre, os números estatísticos pouco ou nada contemplam ou contribuem para soluções práticas e assim permanecemos inertes em ideias”.
“Sabemos todos o que nos revelam os mapas de desempenho de cada escola, o que nos faculta pensar para debelar suas deficiências de uma forma definitiva. Esta é uma atitude que requer compartilhamento de ideias e criatividade, sem titubeios e melindres entre todos os agentes”.
INOVAR
A inovação requer uma ruptura que permita reconfigurar o conhecimento para além de propostas modernas. Nesse sentido há que se entender o conhecimento. No entanto, o perigo ronda por perto, pois as pessoas sempre resistirão porque sempre resistem a novas ideias. Lembrem-se: o mesmo aconteceu com Galileu. Todavia, não levemos isso para o lado pessoal.
AVALIAR
É inerente e indissociável enquanto concebida como problematização, questionamento e reflexão sobre a ação. No ensino do Movimento somos favoráveis a um tipo de avaliação com uso das TICs, em especial vídeos (gestual e oral) e registros escritos. O que não exclui ou diminui outras apreciações igualmente importantes. Estas, entretanto, merecem um capítulo à parte, que pretendemos discuti-las em próximas postagens. Aguardem!
Um Modelo
Ação coletiva e consensual
Concepção investigativa e reflexiva
Atua como mecanismo de diagnóstico da situação
Postura cooperativa entre professor e aluno
Privilégio à compreensão
Incentivo à conquista da autonomia (²) do aluno
—————————
²) Autonomia,capacidade de um indivíduo tomar uma decisão não forçada baseada nas informações disponíveis. (Wikipédia)
INÍCIO, MEIO, FIM
I – O PRIMEIRO EMPURRÃO(³)
O prêmio Nobel de Economia James Heckman diz que investir nos anos iniciais de vida de uma criança é o caminho mais certeiro para pôr um país na rota do desenvolvimento. Heckman criou métodos científicos para avaliar a eficácia de programas sociais e vem se dedicando aos estudos sobre a primeira infância – para ele um divisor de águas. Sobre isso, falará no dia 25/set. no encontro “Os desafios da primeira infância – Por que investir em crianças de zero a 6 anos vai mudar o Brasil“.
Poder dos Estímulos
Estímulos nos primeiros anos de vida são decisivos para a idade adulta porque é uma fase em que o cérebro se desenvolve em velocidade frenética e tem um enorme poder de absorção. As primeiras impressões e experiências na vida preparam o terreno sobre o qual o conhecimento e as emoções vão se desenvolver mais tarde.
Até os 5, 6 anos a criança aprende em ritmo espantoso, e isso será valioso para toda a vida. Infelizmente, é uma fase que costuma se negligenciada, especialmente em famílias pobres com pouca orientação básica. Além disso faltam boas creches e pré-escolas e, sobretudos, o empurrão certo na hora certa.
Erro Atual
Há ainda uma substancial ignorância sobre o tema. Até hoje a ideia que predomina é que a família deve se encarregar sozinha dos primeiros anos de vida dos filhos. A ênfase das políticas públicas é na fase que vem depois, no ensino fundamental. E assim se perde a chance de preparar a criança para essa nova etapa, justamente quando seu cérebro é mais moldável à novidade.
Investimento Social
Investir bem cedo nas crianças para que adquiram habilidades, como um bom poder de julgamento e autocontrole, que as ajudarão a integrar-se à sociedade longe da violência. Recaímos na velha questão: prevenir ou remediar? Como se demonstra, é muito melhor prevenir.
Professores
O país também precisa prestar atenção na qualidade dos professores: países como a Finlândia souberam valorizar a carreira docente – não apenas no salário -, e colheram grandes resultados na educação desde cedo.
Habilidades Socioemocionais
Muitos educadores torcem o nariz quando se fala em habilidades socioemocionais porque estão aferrados à ideia obsoleta de que inteligência se resume a QI, um conceito de cinquenta anos atrás que não evoluiu com o mundo.
———————–
(³) Páginas Amarelas, entrevista a James Heckman, professor da Universidade de Chicago; revista Veja, 27/7/2017, por Monica Weinberg.
II – CONTRIBUTO MULTIDISCIPLINAR
A escola decide:
“Criação de um sistema de ensino que englobe experiências em várias disciplinas, em busca de metas, e dentro de um programa específico”.
A proposta baseia-se em ambiente descontraído, fora das quatro paredes das salas convencionais, na disciplina Educação Física e Esporte. Acrescente-se-lhe a companhia dos professores de Matemática, Português, Música, Tecnologias da Comunicação e Informação (TICs).
Absenteísmo, Evasão Escolar, Violência, Gravidez
Quando a criança atinge a idade 7 a 8 anos sua educação evolui para o aprimoramento dos estímulos, agora apoiados em uma rede, que levem às famílias toda sorte de incentivos, de diferentes áreas convergentes. Mais uma vez ressalta-se a importância de bons professores.
Um Centro de Referência – Procrie
Os primeiros passos estarão focados no ensino fundamental, com alunos de 8 a 13 anos de idade, e a seguir, no ensino médio. Além disso, o alcance do projeto deixa margem para incursões curriculares na formação profissional – uma das lacunas a considerar – de futuros professores.
Educação Física e Esporte
A disciplina obrigatória e desprezada é muitas vezes considerada um entrave para os gestores educacionais. Não percebem o valor do brincar e dos esportes para a formação socioemocional dos indivíduos. Igualmente, o país volta-se tardiamente a pensar em esportes nas escolas como base para descobrir talentos. E uma vez mais confundindo ponto de partida com ponto de chegada! Precisamos de novas escolhas. Aspirantes a inovadores e autoridades temporárias raramente chegam a ter alguma influência no mundo externo na forma de novos produtos, serviços ou estratégias confiáveis.
As melhores ideias surgem quando todo o sistema organizacional tem espaço para experimentação.
Pretende-se dar o primeiro passo na construção dessa nova escola restando-nos somente o apoio de uma instituição governamental ou não, para o primeiro passo: um PROTÓTIPO.
A Secretaria Estadual de Educação do Paraná já recebeu nossa manifestação e aguardamos sua decisão. Tendo em vista o possível interesse de outras congêneres em ativar algo similar, estaremos nos manifestando enviando uma síntese do que se contem no blogue. Outra, a Universidade de Harvard, a quem estamos nos reportando.
Revelações de um Protótipo
— Inicialmente, de quê precisamos? Em que devemos nos apegar?
Observa-se que a peça fundamental reside no professor. Vejam a seguir um belo exemplo de consagrada universidade americana.
Você Gostaria de Estudar em Harvard?
Um compromisso para tornar o mundo um lugar melhor
Um desejo de ajudar a resolver os desafios da Educação
Uma dedicação para aprender e liderar
Para impactar o mundo
Seria isso idealismo?
Formando Novos Professores
A americana Katherine Merseth, 70 anos, tornou-se proeminente na área da educação. Na Universidade de Harvard é diretora do Programa de Formação de Professores, e ganhou projeção por um feito raro: faz todo mundo querer dar aulas. A fórmula se baseia na atração de jovens recém-formados, das engenharias às ciências biológicas, que ali aprendem a ensinar crianças de escolas públicas, onde vão trabalhar depois. À frente de um dos cursos mais concorridos de Harvard, a prestigiada educadora diz que treinar gente talentosa para dar aulas é a fórmula para qualquer país trilhar o caminho do crescimento.
Como são planejadas – métodos e pedagogia – as aulas de Educação Física e Esportes nas escolas de ensino básico (8 a 13 anos) nos Estados Unidos?
— Em Harvard, há cursos para professores da disciplina?
Professora brasileira em Harvard
Acrescente-se nossa satisfação a respeito do paradeiro da professora Cláudia Costin, muito próxima à professora Katherine, e com rico currículo de serviços prestados à Educação no Brasil. Igualmente, formataremos contato no sentido de ampliarmos nossos conhecimentos e compartilhar ideias.
Postulamos a criação de um Centro de Referência em Iniciação Esportiva, onde escolas se alinhariam a programas inovadores na disciplina de educação física, com um toque de qualidade e criatividade ainda não tentada no país. Para tanto, estamos recorrendo a várias áreas do conhecimento, especialmente o Design Thinking, Brainstorm, Heurística (G. Pólya) e a Neurociência (teoria mielínica). Essas, tendo como coadjuvante nova Metodologia e Psicologia Pedagógica, traduzidas em Praxia diferenciada de forma substancial e preponderante, resultado de anos de atuações do autor desde 1974, quando procedeu ao primeiro curso no país (Recife-PE).
Caráter Interdisciplinar
Entendemos ainda que devamos também nos valer das disciplinas português, matemática e música na construção global dos indivíduos. Em nosso programa, argumentamos a necessidade de construirmos uma ponte entre neurociência e educação a partir do ensino fundamental, que teriam continuidade nas fases seguintes dos alunos, inclusive no nível superior. Trata-se de grande oportunidade de a criança já ter noções da construção do projeto de sua vida, i.e., Aprender a Pensar, a trabalhar em Grupo, desenvolver Projetos.
É a AUTORREGULAÇÃO!
Oralidade, Língua Portuguesa, Matemática, Música
Interpretação de Textos
Aos 14 anos de idade ingressei num curso preparatório à EsAer. O dono era um advogado muito calmo, que nos orientava em português e matemática. Certa feita disse-nos: “Se vocês não souberem português terão dificuldades em matemática.” Certamente, queria nos dizer sobre a importância do aprofundamento em estudos da língua pátria uma vez que todo entendimento passa pela interpretação do que nos é apresentado. Perceba isso pelo exemplo abaixo, retirado do livro “O Homem que Calculava”, de Malba Tahan:
Dois amigos se encontraram quando passeavam e um deles indagou ao outro quantos filhos ele tinha. O pai respondeu: tenho três filhos. Curioso, novamente perguntou: quais são as idades? O pai resolveu desafiar o amigo com um problema: o produto das idades é 36; e a soma é igual ao número daquela casa em frente (apontara para a placa). Visto o número, o amigo fez alguns cálculos e retrucou: preciso de mais uma dica. O pai concordou e disse: tem razão, meu filho mais velho toca piano. Quais são as idades?
Uma Boa Receita
Trabalho em Grupo
Assim, enquanto em todas as semanas de curso cumpríamos tarefas de redações, principalmente interpretando ditos populares, paralelamente executávamos incontáveis exercícios de matemática, escalonados em grau de dificuldades crescentes. Acrescentem-se ainda os trabalhos nos fins de semana em grupos de estudo, liderados por um aluno pouco mais apto.
Segundo a autora do texto, “em alguns colégios a causa-mor para o festival de notas vermelhas era a dificuldade dos alunos em atribuir significado ao que liam”. E conclui:
“Todas as disciplinas passaram a trabalhar a leitura ao seu modo, inclusive a educação física. […] Depois de três meses a turma que ia mal em português encolheu de 32% para 10% dos estudantes.
Registro e Compartilhamento de Conteúdos
Claro, não poderão ficar de fora nesse esforço. Construímos um documento pedagógico – Manual Instrucional – destinado a gestores e professores, que poderão debruçar-se sob o mesmo e compartilhar entre si os conteúdos ali preliminarmente assinalados. A partir de suas experiências, outros procedimentos deverão se incorporar, somando-se aos já existentes, e adaptando-os a cada circunstância das escolas. Seus e de milhares de colegas. Trata-se de um documento “vivo”, de apoio perene, provido de estímulos a novas descobertas nesse maravilhoso mundo da Educação.
Aulas (3) no colégio Baptista (Rio) envolvendo todo o ensino fundamental.
Rico em conteúdos, o Manual contém revelações recentes da Neurociência e Design Thinking. Objetiva a construção da Autorregulação e Competências, e não talento esportivo, como entendido popularmente. Não se constitui em uma cartilha, mas sim um registro de conteúdos a serem acrescentados no cotidiano das práticas escolares. Deverá ser apreciado e avaliado periodicamente.
Ressaltamos a profundidade com que o tema é tratado e sua aplicação não só nas mais diversas atividades esportivas, como principalmente para a vida dos indivíduos. Poderão constatar seus efeitos em alguns poucos meses, considerando que a expectativa é que haja continuidade em tais procedimentos. Sem dúvida, algo INÉDITO em EDUCAÇÃO no país!
Transparência e TICs
Avaliação Ativa
Acrescente-se que deverão ter inscrito em suas páginas as experiências e inovações que cada escola adotar, contribuindo para o crescimento de milhares de professores. O Manual, então, se apresenta como peça chave de encontro perenes em tempo real. É “virtual”, impresso nas “nuvens”. Somam-se aos textos, uma infinidade de vídeos esclarecedores, além do contributo – registros e avaliações – das experiências dos próprios alunos.
Linguagem e Raciocínio Lógico
Propostas para que os alunos participem ativamente em todas as aulas, inclusive que tenham a oportunidade de se manifestar – oral e escrita – em relação aos exercícios e projetos a serem desenvolvidos pelo docente.
“Alunos avaliam-se mutualmente, e ao professor.”
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COMO FAZER?
Identificando Melhores Métodos
— Que tal reexaminarmos a Metodologia a empregar?
—Como Você iniciaria uma criança no esporte?
— E na Matemática, Português, Música, Xadrez?
Filosofia : Educar para a vida
Visão: Construir um projeto interdisciplinar
Personagens:
— Vocês Alunos, aprenderiam brincando?
— Você Professor, trabalharia nesse ambiente?
Diversos níveis simultâneos favorecem monitoria, liderança, camaradagem…
Aprendem a pensar: grupos, lideranças, monitoria, desafios
Ensino para a vida: trabalhos e projetos extramuros
Registram suas histórias/memórias: iphone – smartphone – tablet
Autorregulação: avaliam-se mutuamente; avaliam professor
PROFESSOR – Facilitador
Cursos presenciais – Ensino a Distância (EaD) – videoaulas – e-book – blog
Brainstorm – palestras – exibições internas e externas
Gargalos na Sala de Aula
Em suma, o que dizem os pesquisadores?
— “Apontam erros, mas não soluções”
Busca de Soluções
Propomos “casos” já testados baseados em atividades abertas e experimentais. Para sua plena universalização, um protótipo que se apodere do conhecimento relativo ao trato com comunidades, famílias e crianças. Para isso, sugerimos:
Um professor que nada imponha, mas ao contrário, adote papel de facilitador nas discussões em grupo e aprenda com os alunos.
Incentive e utilize referências do cotidiano dos alunos, além da adoção de material didático para construção do conhecimento.
Outras, calcadas em atividades na sala de aula, mas aplicadas em ambientes restritos, que alcancem alunos das escolas públicas.
Programação & Cuidados
Módulos didáticos – oficinas – utilizável por docentes de outras disciplinas.
Metodologia deve criar um ambiente de trabalho motivante e participativo.
Garantir que os projetos sejam permanentemente monitorados e avaliados.
Contrapondo-se ao caráter aberto e interativo das experiências, padronizar e sistematizar conteúdos testados.
Desafios: Formação Profissional Continuada
Professor deve ser bem formado e os estudantes tenham passado por um processo adequado de formação inicial: capacidade de leitura, escrita e uso de conceitos básicos da matemática. Na impossibilidade, rever conduta.
Todos devem entender as implicações gerais do que se denomina sociedade do conhecimento.
Dispor de métodos e atitudes típicas das ciências modernas, caracterizadas pela curiosidade intelectual, dúvida metódica, observação dos fatos.
Busca de relações causais, fazendo parte do desenvolvimento do espírito crítico e autonomia intelectual.
A causalidade ou determinação de um fenômeno é a maneira específica na qual os eventos se relacionam e surgem. Apreender a causalidade de um fenômeno é apreender sua inteligibilidade.
Ponto Ideal da Aprendizagem
Em nossas buscas deparamo-nos com vários embates, um deles revelado na expressão:
Quando e como interferir junto à criança quando há necessidade de ajuda.
Apresenta-se-nos a noção de ponto ideal da aprendizagem (Robert Bjork) e, sobretudo pelo psicólogo russo Lev Vygotsky nos anos 1920, mas com um nome menos sedutor: Zona de Desenvolvimento Proximal. Essa é a percepção mais crítica e difícil de um professor.
Metodologia a Perseguir
Você não ensinou enquanto eles não tiverem aprendido.
A partir desses entendimentos, optamos por desenvolver uma metodologia que entendemos seja mais adequada à totalidade dos alunos em sua iniciação a qualquer esporte. A seguir algumas diferenciações metodológicas que se pretende discutir e ampliar com a sua ajuda:
Trabalhar em GRUPO – Competências: sociais, inteligência, criatividade, atenção. Caminho para monitoramento e futuras lideranças.
Ensinar desacelerando os movimentos, corrigindo os menores detalhes e fazendo os alunos imitarem bons gestos inúmeras vezes. APRENDER DEVAGAR, mas CERTO!
Estilo GPS – Professores e técnicos ensinam a todos da mesma maneira. Busca-se agora direcionar as orientações a cada indivíduo, achando meios de contato mais estreito, um laço com cada um, e, quando acertar alguma coisa, interrompê-lo dizendo-lhe que se LEMBREM daquela sensação. Reforço da AUTOESTIMA.
Comprimir e acelerar o jogo – Reduzimos os espaços, a altura da rede e a bola. Cobrimos a rede com um pano, forçando reações mais rápidas. Além de vários outros recursos pedagógicos com foco na ATENÇÃO.
Ensinar a pensar – Recorre-se a uma matriz mental do campo de jogo identificando os seus elementos fundamentais. jogo de xadrez, palestras, exibição de vídeos. Em especial, boas leituras, interpretação e expressão – escrita e verbal.
Solução de problemas – Como encarar um problema sob a ótica da Heurística ditada pelo matemático húngaro George Pólya.
Destaque para a vivência com métodos de autorregulação e propostas para “ensinar a estudar”.
Observaram-se mudanças para melhor em outras disciplinas a partir do sexto mês de atuação em grupos de estudos nos EUA.
Experiências Exitosas
Aprender Brincando e Jogando
Cursos regulares na praia de Icaraí, Niterói (RJ) para 400 alunos, 20 monitores
Confederação Brasileira de Volley-Ball – CBV
Maracanãzinho, Festival para 108 crianças, após a partida Brasil vs. Rússia pela Liga Mundial
Fundação Rio-Esporte, Praia de Copacabana
Visita da seleção brasileira feminina
Cursos, Palestras, Aulas
Universidades, Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), SESI-DN, Centro Rexona (PR)
Escolas Públicas e Particulares: Niterói, S. Gonçalo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Recife, Santo André, Curitiba
Cursos em Praias (1991, 1.200 crianças): Niterói, Fortaleza, João Pessoa, Recife
I Simpósio Mundial de Minivoleibol, Suécia (1975) – Congresso Argentino de Minivoleibol, B. Aires (1984) – Compartilhamento com clube português Boa Vista
Opinião... Paulo Emmanuel da Hora Matta, em 20/ago/2013
Roberto, Com esta obra você não apenas contou a história do voleibol como, sobretudo, passou a fazer parte dela. Poucas vezes um autor se dedicou tanto à produção de um livro como você. As obras tornam-se leitura obrigatória para os amantes e estudiosos de nosso esporte. Abraço. Paulo Matta.
São carinhos envolventes como esse que nos recompensam e animam a continuar na Missão que elegemos em favor de um ensino mais condizente para as novas gerações de professores. Obrigado a você e à sua querida Irene, que sempre o incentivou em sua passagem vitoriosa pela vida. Grato também por sua paciência e ilustrações ao longo de nossas entrevistas. Devo-lhe muito.
Roberto Pimentel.
Paulo Emmanuel da Hora Matta, baiano, faleceu em 11 de maio de 2015, aos 82 anos no Rio de Janeiro, cidade adotada para seu exercício profissional, deixando um legado para a Educação Física e o Esporte nacional. (PAULO MATTA: UM BAIANO DE DESTAQUE NA EDUCAÇÃO FÍSICA BRASILEIRA. Prof. Dr. Roberto Gondim Pires – UESB; prof. Dr. Coriolano P. da Rocha Júnior- UFBA). Leia mais…VIII Encontro Estadual de História da Anpuh-BA
A seguir…
Promovendo uma Boa Educação
Conteúdos a serem disseminados
Não basta ensinar à criança a movimentar-se com destreza e técnica.
Respeitada a individualidade, há que se promover a sua construção.
Cabe oferecer-lhe um leque de oportunidades para a sua edificação.
Entre em contato: roberto_pimentel@terra.com.br
Boas leituras!
Compartilhe isso: "Faço gosto em colher sua opinião e compartilhamento; quando puder, comente! Assim, aprenderemos todos".
“Todos estão sempre reclamando das coisas, mas raramente oferecem soluções para elas”.
Construindo um Protótipo
Diretrizes Curriculares
Apresentamos um diagnóstico realizado em diversos segmentos escolares e acadêmicos na disciplina Educação Física e Esporte. Está consignado no Manualde Engenharia Pedagógica em sua parte primeira.
Por que um Centro de Referência?
Acrescentamos reflexões a respeito da formação docente e a qualidade da educação em nossos dias.
A formação docente e a qualidade da educação: respeito ao mínimo
[…] Pensar a melhoria da educação brasileira remete, antes de qualquer coisa, ao cumprimento do que já está escrito na LDB, há vinte anos. É preciso reverter um quadro em que o respeito à lei, naquilo que é mais essencial, deixou de ser um direito de todos, para se tornar um privilégio de alguns. […] – por Guilherme Perez Cabral (UOL, 11.4.2015)
Difusão em tempo real, a Internet
Objetiva-se criar um Centro de Referência em Iniciação Esportiva que catalise e seja irradiador de novas formas de pensar a Educação Física e a Iniciação Esportiva a partir do ensino fundamental em seus principais vetores – a educação do movimento, o corpo, a preparação para o lazer – e uma construção integral do indivíduo, educacional e filosófica. É uma proposta metodológica para o ensino esportivo, contudo sem abandonar atividades genéricas que vão desde as formas ditas naturais – saltar, lançar, pular, correr – mescladas com formas simplificadas dos conteúdos encontrados na pedagogia das diversas modalidades. Incluindo-se compartilhamento interdisciplinar.
O que se espera?
Os resultados deverão resultar em promessas ao trabalho dos estagiários, abrindo portas para uma multidão ávida por novas práticas.
Monitoria e tutoria
Acadêmicos poderão ser contratados como monitores em diversos municípios. Pode-se concluir que a mediação por parte do(a) supervisor(a) do estágio é fundamental nas mudanças, entretanto, a escolha das escolas é importantíssima, visto que os estagiários poderão romper ou não com as reproduções que a sociedade impõe. Faz-se necessário um acompanhamento à distância para assegurar-se que mudanças podem sair do papel e que o estágio supervisionado é uma ferramenta pedagógica imprescindível.
COMO FAZER?
Obstáculos a ultrapassar nas investigações
— Seria possível mudar a percepção dos novos professores sobre a educação física a partir dos estágios?
— A metodologia empregada pelo professor seria fator de mudança?
— Haveria clima de inovação nas escolas, um novo modelo que contemple a interdisciplinaridade?
Heurística, como resolver problemas
A heurística é um procedimento que, em face de questões difíceis envolve a substituição de respostas para um projeto por outras de resolução mais fácil a fim de encontrar soluções viáveis, ainda que imperfeitas. Podendo tal procedimento ser tanto uma técnica deliberada de resolução de problemas, como uma operação de comportamento automática, intuitiva e inconsciente. Em outras palavras, é um método de aproximação das soluções dos problemas que não segue um percurso claro, mas se baseia na intuição e nas circunstâncias a fim de gerar conhecimento novo.
O que é: método e técnica
Dito de maneira simples, o método de Pólya é um método de resolução de problemas matemáticos. Mas atenção; ele não descreve os passos para resolver um problema matemático. Isto seria uma técnica. Uma técnica descreve em baixo nível o que é necessário pare realizar uma ação.
Por exemplo; para somar dois números de dois ou mais dígitos você deve primeiro colocá-los um em cima do outro, alinhados pela unidade. Depois, iniciando da esquerda para a direita somar primeiro as unidades, depois as dezenas, as centenas, milhares e assim por diante até os números terminarem, não se esquecendo de levar de uma casa para outra todos os valores iguais ou maiores que a dezena (é o “vai um”).
Neste exemplo você percebeu que técnica é a maneira de fazer algo. Já método é a maneira de pensar algo. Isto quer dizer que o Método de Pólya ensina a pensar o problema de modo a descobrir a solução, ou seja, a técnica que vai fazer com que o problema seja resolvido. De forma muito resumida, são quatro as etapas que ele propõe:
Como e em que circunstâncias a cooperação e a comunicação levam à construção conjunta de conhecimento e compreensão entre crianças?
Por entendermos que circunstâncias são elas mesmas indeterminadas ou indefinidas, e se associam ao tempo ou ao momento oportuno para estabelecer a maneira correta de agir (Aristóteles), passamos a criá-las em “laboratório” – um protótipo.
Interação entre alunos e professor
Em se tratando de grupo numeroso de aprendizes, inicialmente trata-se assunto na esfera da interação entre colegas e não propriamente com o professor. O alcance parece ser bem mais significativo, desde que se identifiquem lideranças capazes desse assunto. Não é difícil descobri-las ou mesmo encorajá-las.
Tatear experimental
Através do tatear e da possibilidade de relatar as próprias vivências, as crianças desenvolvem sua autonomia, seu juízo crítico e sua responsabilidade. Para muitos, a escola tradicional é inimiga desse método, permanecendo fechada, contrária à descoberta, ao interesse e ao prazer da criança.
Ao final de cada aula resumir o que foi realizado e incentivar escritos ou verbalização de algo característico contido nas atividades.
DIDÁTICA
Tentativas e erros
A aprendizagem por tentativas e erros representa um modo primitivo lento, e às vezes pode parecer ineficaz. Chamamos a atenção dos educadores para os imperativos sociais e a necessidade de chegar a resultados rápidos, traduzidos em uma atitude mais intervencionista, atraindo a atenção do aluno sobre tal ou qual aspecto particular do movimento. Para uma aprendizagem eficaz recomendamos:
Crianças aprendem sozinhas?
— Partir dos automatismos naturais da criança.
— Voltar frequentemente à realização global a fim de que se consolidem as aquisições.
— Atenção para um só detalhe de cada vez.
Método da gradação de ajuda
O esquema vai da ajuda verbal geral até a demonstração: metáfora do andaime.
— Será que não há outro jeito?
— Olha o que acontece quando eu faço isto!
Quando se trabalha com crianças pertencentes a grupos de baixa capacidade e terapêuticos, descobre-se que suas atividades autorreguladoras são insatisfatórias. Atribui-se a carência de tais habilidades a duas razões: pouco contato com indivíduos que as utilizam ou precisam de mais experiências que as outras crianças para aprender a executá-las.
Aprendizagem ativa Observância à teoria mielínica
A aprendizagem deve ser ativa, não meramente passiva ou receptiva. Dificilmente se consegue aprender alguma coisa, e certamente não se consegue aprender muito, simplesmente por ler livros, ouvir palestras ou assistir a filmes, sem adicionar nenhuma ação intelectual. A melhor forma de se aprender alguma coisa é descobri-la por si próprio. Isto deixa um caminho na mente que se pode percorrer novamente sempre que se tiver necessidade.
Busca da autorregulaçãoEnsinando a pensar
A autorregulação é atividade particular, invisível e inaudível. Para ajudar as crianças a descobrir como regular a própria atividade de resolução de problemas buscou-se externalizar o processo de autorregulação, como os de fazer perguntas para si mesmo, lembrar-se, procurar novos indícios, tentar ver o problema a partir de outro ângulo. Para tanto, representa-se esse tipo de processo enquanto resolvem-se problemas junto com as crianças. Aquilo que conseguem realizar com um pouquinho de orientação de um perito é muito superior a seus esforços solitários.
Uma aula sem o professor
A atual pedagogia gira em torno de como conseguir que o papel do professor se aproxime o mais possível de zero de modo que, em vez de desempenhar o papel de motor e elemento da engrenagem pedagógica, tudo passe a se basear em seu papel de organizador do meio social. Além disso, são levadas a ampliar o tempo de aprendizado em outros momentos sem a presença do professor.
Instrução individualizada ou em grupo?
— Primeiro dilema que se nos depara: Como ensinar?
— Que devo ensinar primeiro, a técnica – fundamentos – ou o jogo propriamente dito – tática?
APRENDER BRINCANDO E JOGANDO
A experiência ensina que os indivíduos estão ali para se divertir e brincar. Se lhes é proporcionado esse quesito teremos realizado seus desejos. A sugestão é que lhes sejam garantidas diversão e instrução, isto é, em cada sessão, exercícios técnicos e jogos. E para que esses exercícios não se tornem enfadonhos e despropositados, que sejam propostos de forma lúdica: ficam preservados ganhos psicológicos e participação mais intensa.
O tempo que destinaria ao aquecimento recomenda-se que os alunos brinquem com o objeto do seu desejo, a bola. Se não tiverem intimidade com ela, seu aprendizado estará demasiadamente prejudicado. Se for possível, uma bola por indivíduo, caso contrário, o professor diligenciará para que cada um tenha o máximo proveito nestes contatos iniciais de malabarismos, lançamentos etc.
A linguagem a propor Dinâmica da aula
Colégio Catarinense, Florianópolis.
Linguagem proposta – Utilizar um estratagema em que, fazendo uma pequena encenação teatral, consiga que a cada proposta de exercício ainda não conhecido, TODOS os alunos se reúnam no centro da quadra. Ali, enuncia-se e já se realiza rápida demonstração com alguns deles, sem a preocupação de detalhes.
Discussão e interação – Dali retornam aos seus lugares e, por sua conta, dão início à tarefa. É bem possível que neste momento haja uma dificuldade que deve ser compartilhada pelo grupo para a consecução da tarefa.
Dinâmica – Para manter o ritmo dos exercícios, pode-se usar recurso bem simples: o grupo que utiliza a quadra central será sempre o “demonstrador do dia”. São instruídos previamente a cada nova demonstração, antes de serem convocados ao centro.
Festival no Maracanãzinho, Rio.
Metáfora do andaime
A partir da construção dessa linguagem pode-se aquilatar o ponto onde o aprendiz está e desenvolver uma psicologia de forma harmoniosa. Estes desafios são superados à medida que são propostas novas tarefas.
300 alunos divertem-se em Copacabana.
Alunos se divertem no recreio.
Nesse momento a observação recai em “como cada grupo está realizando (pensando) sua tarefa”. A partir de agora a tarefa do professor torna-se mais difícil, pois se trata de saber “como e quando” intervir. Um auxiliar poderoso poderá ser um dos próprios alunos do grupo com alguma experiência ou liderança, ou ainda, pequenos lembretes como: “Vejam como o grupo vizinho está fazendo”!
As possíveis perdas nesta fase são insignificantes face aos ganhos inequívocos quanto à maneira de pensar futura, que passa a integrar a personalidade do indivíduo. Além disso, como o objetivo nesta fase é exatamente “conhecer a linguagem”, convém que o professor administre muito bem a quantidade de ensaios a propor e o respectivo tempo de execução.
Por enquanto, esqueça as correções técnicas. Considere que as tarefas não recaíram somente na administração de exercícios, mas também na “conquista” da comunidade, através de serviços voluntários de limpeza e lavagem do ginásio (mutirão) envolvendo os próprios alunos e suas mamães, o convite à participação de monitores, a aceitação de pequeninas crianças para brincadeiras paralelas e a recepção a jovens de outras comunidades.
Avaliando o processo Reflexão na ação
Até então nunca se encontrou maneira confiável de realizar os objetivos propostos no planejamento de projetos. Todavia, tenho absoluta certeza que se houver continuidade neste tipo de trabalho criaremos a possibilidade de identificar na prática caminhos para o desenvolvimento futuro na educação daquele grupo. Estivemos mostrando como aproveitar em sala de aula estes recursos potencialmente valiosos de aprendizagem e ensino, mesmo em condições não muito favoráveis, para as quais procuramos encontrar soluções e nunca nos queixarmos dos problemas. Para espíritos empreendedores – design thinking – as adversidades muitas vezes são desafios a serem transpostos. Nesses momentos devemos balizarmo-nos em alguns princípios utilizando nossa intuição e experiência, colhendo frutos virtuosos. Todavia, sabemos que temos muito a percorrer até encontrar o melhor procedimento.
Numa época em que muitos desafios e oportunidades novas surgem na educação, graças ao advento de novas tecnologias e subsídios computadorizados à aprendizagem e à instrução, achamos que vale a pena lembrar-se das dimensões sociais e interativas do crescimento e desenvolvimento humanos que a educação física e os desportos suscitam. Concordo que os recursos mais preciosos continuarão apresentando-se sob a forma humana.
CONCLUSÃO
O desenvolvimento de uma teoria eficaz do “ponto onde o aprendiz está” e a construção de uma “psicologia do assunto” que seja operável representam desafios formidáveis.
Quando se está trabalhando com uma classe grande a combinação de ambas as teorias para saber qual o “próximo passo” a dar aparenta ser uma exigência impossível.
Neste particular, o professor torna-se um privilegiado em relação ao técnico desportivo.
Nas escolas, TODOS participam
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Em visita ao Brasil duas educadoras teceram lições sobre o ensino na Universidade de Harvard e na Finlândia. São elas, respectivamente, a Dra. Katherine Merseht, diretora do Programa de Formação de Professores (em 17/mar/2016), e Marjo Kyllönen. Ambas acentuaram os progressos auferidos com os estímulos proporcionados à formação de bons professores e, sem dúvida, o valor do emprego de novas tecnologias a favor da Educação.
Katherine Merseht… A Escola que Funciona
Ela faz todo mundo querer dar aulas!
Fonte: revista Veja, 16/mar/2016.
“À frente de um dos cursos mais concorridos de Harvard, a prestigiada educadora diz que treinar gente talentosa para dar aulas é a fórmula para qualquer país trilhar o caminho do crescimento. A fórmula se baseia na atração de jovens recém-formados, das engenharias às ciências biológicas, que ali aprendem a ensinar crianças de escolas públicas, onde vão trabalhar depois”.
“O MAC oferece treinadores pessoais e aulas de especialidade. É a casa de voleibol de Harvard”[…]
The MAC offers personal trainers and specialty classes. It is home to Harvard volleyball […]
— Como seriam planejadas – métodos e pedagogia – as aulas de Educação Física e Esportes nas escolas de ensino básico (8 a 13 anos) nos Estados Unidos? E em Harvard, há cursos para professores da disciplina?
Esta postagem exprime nosso interesse em avançar nos estudos e informações pertinentes à nova Educação. Como não nos apropriamos de qualquer estudo relativo à Educação Física e Esporte escolar no Brasil, julgamos com modéstia ser pertinente a consulta aqui reproduzida com a Dra. Katherine, em Harvard. Ansiosos, aguardamos um retorno alvissareiro às nossas pretensões.
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Pioneiro e Missionário
O Professor Roberto Pimentel coloca-se como Coorientador de acadêmicos e demais interessados na “Arte de Ensinar”. Este blog é um contributo à nova geração de docentes. Todos são chamados a participar e compartilhar informações e conhecimentos.
I – SINOPSE DO PROJETO
RUMOS DO CONHECIMENTO APLICÁVEIS EM UMA SITUAÇÃO
Por que um Centro de Referência?
Diagnosticamos na disciplina Educação Física e Esporte o viés mais fraco de suas deficiências: “a formação do professor”. Formulamos alentado contributo na composição de um Centro de Referência em Iniciação Esportiva, enfatizadas Praxia aliada à Teoria. A seguir, compusemos um método original de ensino.
Novas Tecnologias na Educação
Destaque para um Manual de Engenharia Pedagógica voltado para docentes, em que apresentamos ideias inovadoras, caminhos criativos após vasta investigação sobre temas incitantes em áreas diversas: Neurociência, Design thinking, Música, TICs, Ensino a Distância. Não temos conhecimento de nada similar no Brasil.
Diretriz Curricular Interdisciplinar
As atividades físicas constituem-se o centro de nossas ações. Formulamos as bases para uma aprendizagem profunda e impactante como garantia de desenvolvimento das habilidades especiais indispensáveis na vida adulta, incluso trabalhos em grupos e projetos. Tudo a partir do ensino fundamental – crianças de 8 a 13 anos de idade. Seria isso uma utopia?
Lideranças e Competências
Objetiva-se estimular a formação de líderes e despertar competências indispensáveis à vida, e não talentos esportivos, como entendido popularmente, muito embora o mesmo seja inevitável em alguns momentos. Lembrando que o “espaço livre” propicia voos mais altos.
Como disse Eurípides (ca.480-406 a.C.):
“O tempo não se ocupa em realizar as nossas esperanças; faz o seu trabalho e voa.”
Somos os autores e obreiros de nós mesmos. Será isto mais uma utopia? Certamente! Sem elas, não há caminhos e roteiros para o alto, o distante e o infinito.
II – EM BUSCA DE COMPARTILHAMENTO
Niterói (RJ), 27 de junho de 2017
À
Universidade de Harvard
Diretora da Faculdade de Educação
Formação de Professores
Drª. Katherine K. Merseht
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Agradecemos sua atenção e revelamos nosso interesse por este contato.
Manifestamos o desejo em compartilhar informações dando a conhecer nossos estudos a partir da notícia de sua estada no Brasil. Comungamos os mesmos propósitos em relação aos estímulos necessários à formação de bons professores e às novas tecnologias a ofertar.
Oferecemos um contributo pioneiro a professores de Educação Física e Esporte em suas tarefas escolares através do blog www.procrie.com.br. Imbuímo-nos da missão de ampliar seus conhecimentos, haja vista a insuficiente formação ofertada nas universidades. Inicialmente, voltamo-nos para o ensino fundamental, entre crianças de 8-13 anos de idade.
Construímos novas abordagens, eficaz e acessível, que integradas ao cotidiano das escolas, vão gerar ideias inovadoras. Contra isso, uma educação em que não fomos treinados como inovadores e não sabemos como começar. Mas acreditamos, fará a diferença!
— Ou seria tarefa para especialistas em Design thinking?
Se do interesse da Universidade, teremos prazer em ofertar exemplar do livro de nossa autoria História do Voleibol no Brasil: 1939-2000, 2 vol., 1.047 pág.; obra enciclopédica, memorialista e referência em Sociologia do Esporte.
Deverá a Educação Física dos escolares continuar dominada ao peso de resquícios de falsos preconceitos que a subalternizem?
A ginástica não é uma questão de circo nem de barraca de feira, é uma alta e grave questão de educação nacional. (Ramalho Ortigão, 1836-1915)
A Escola do Futuro Já Existe
Entrevista à Monica Weinberg concedida pela educadora finlandesa Marjo Kyllönen (58 anos), publicada na revista Veja, em 7/jun./2017.
A velha sala de aula
A educadora finlandesa Marjo Kyllönen (58 anos), secretária de Educação em Helsinque em recente visita ao Brasil afirma:
“Não faz mais sentido manter um ensino enciclopédico e aprisionado em disciplinas”.
“Os finlandeses deram um passo arriscado, mas até agora bem-sucedido, ao implantar um modelo de colégio em que a tradicional divisão de matérias cede lugar ao estudo de fenômenos, muito embora as disciplinas continuem a ser muito bem ensinadas”.
A cidade que ensina
“Esqueça o colégio entre quatro muros. A nova concepção de ensino prevê que a criança disponha de fontes de aprendizado permanente – e não se trata só de tablets e computadores. As cidades devem se preparar para oferecer conhecimento à população: as crianças apontarão seus celulares em direção às plaquetas de monumentos e raças e aprendem sua história: ou em museus, com obras de arte. O urbanismo de hoje tem como um dos objetivos erguer cidades cada vez mais inteligentes, interativas e abastecedoras de informação. A escola pode ser o parque, a biblioteca, a rua”.
Revolucionando a Escola
Relações entre as disciplinas
“O ensino na Finlândia já não é mais organizado por disciplinas que não conversam entre si, mas sim pela análise de fenômenos que demandam as várias áreas do conhecimento para serem compreendidos. Os conteúdos continuam lá como reza o currículo, só que são transmitidos à medida que se mostram necessários para decifrar os problemas. Essa é uma forma de trazer os conceitos para o mundo em que o aluno vive- e mais: assim ele entende a relação entre as diversas ciências. Funciona exatamente desse jeito em boas universidades; biólogos, neurocientistas, linguistas, matemáticos e sociólogos sentam-se à mesa para resolver juntos um quebra-cabeça. Para a escola, é uma revolução.”
O novo professor
“Mestres que se veem na zona de conforto, senhores de suas áreas, agora precisam trabalhar o tempo todo em conjunto. Cada um dos professores mostra à turma como certo fenômeno pode ser entendido sob a ótica de sua matéria. Mas eles estão debruçados sobre um mesmo problema, então precisam se falar e se organizar. Trata-se de uma reviravolta completa, que foi sendo promovida aos poucos. É claro que houve resistência, mas aí veio a descoberta: se você dá treinamento, material e incentivo à mudança, ela ocorre. A escola que adere ao novo modelo e traz resultados, p.ex., ganha bônus para seus professores. Eles merecem. Estamos falando de um tipo de escola em que ensinar é muito mais complicado”.
A onda que não pegou
“Muito dinheiro já foi desperdiçado em escolas do mundo inteiro movidas pelo afã de se equipar com o que há de mais avançado em tecnologia. Isso, por si só, não contribui, e até atrapalha, porque tira a atenção do que é essencial: a aula de um bom professor. Não dá para se deslumbrar com laptops e tablets e achar que, sozinhos, eles trarão a modernidade à educação”.
Tecnologia e diversão
“A tecnologia já se provou um divisor de águas para a excelência.
Primeiro está no estímulo que ela dá ao trabalho colaborativo. Permite que os alunos aprendam e produzam em rede, habilidade que certamente será requerida mais tarde. O outro empurrão vem da personalização do ensino. Programas inteligentes ajudam a guiar a criança pelo conhecimento no seu tempo e de forma divertida. Pode parecer ingênuo, mas diversão deve, sim, entrar no vocabulário da educação deste século”.
E no Brasil?
“Sabemos que o Brasil ainda se situa entre os piores do mundo nos rankings da educação, mas isso não pode servir de álibi para a inação. Em toda parte encontra-se uma turma de excelentes professores, capazes de passar sua experiência para os demais, explicar o objetivo das mudanças e transmitir o passo a passo. Não é preciso, de saída, contar com um exército de ótimos professores, mas com um grupo disposto a ajudar e cooptar os colegas. É nesses obcecados em fazer a coisa certa que o país deve mirar para percorrer a trilha da modernidade.” (Marjo Kyllönen)
O que se espera de cada um?
Fazendo eco aos reclames do professorado
Os leitores que nos acompanham nessa verdadeira cruzada no sentido de levar aos gestores educacionais e, principalmente, aos novos professores, uma proposta de Educação aplicável ao século XXI certamente se darão conta que não estamos pregando em um deserto de ideias inovadoras.
Encontramos uma solução REVOLUCIONÁRIA que vimos expondo neste Procrie. Está presente na disciplina Educação Física e Esporte escolar a partir do ensino fundamental (II). Pronunciam-se muita resistência em instituições voltadas para a Educação – fundações e colégios – e para o Esporte – COB, CBV -, já experimentadas na prática nas muitas tentativas de entrevistas com coordenadores pedagógicos e dirigentes.
Tamanha mudança em qualquer país deve ser precedida de um convencimento dos professores que se veem na zona de conforto, senhores em suas áreas, e agora precisam trabalhar em conjunto com seus colegas de outras disciplinas. Trata-se de uma reviravolta completa a ser promovida aos poucos, com parcimônia e uma visão de futuro com objetivos previamente delineados.
Envolvimento da Escola
Multidisciplinaridade
Sua voz será ouvida, não importa onde esteja!
Em nosso planejamento estabelecemos em primeira instância realizar uma prototipagem de aulas inovadoras e criativas, configurando a seguir a formação de um Núcleo, o próprio Centro de Referência. Seria um fiat lux tão perseguido e desejado, irradiando, pesquisas e compartilhando experiências. A tarefa seguinte estaria facilitada tendo em vista a produção de videoaulas, e-books e um sítio específico para EaD. Você e seus colegas tornam-se participantes ativos.
Para tanto, oferecer informações, dar treinamento, material e objetivos à mudança. Os próprios educandários poderão oferecer bônus aos seus mestres tendo em vista premiações atraentes às escolas – “Educador Nota 10” -, que venham a se destacar em novas ideias e conquistas relevantes no ensino.
Por Onde Começar?
Sugere-se pela disciplina educação física e esporte
Momentos inesquecíveis de nossa peregrinação
É sabido por muitas gerações que essa cadeira disciplinar é a mais relegada pela sociedade e, por conseguinte, por seus gestores. A formação profissional de um docente é carente de informações e práticas específicas que o conduzam a ser um bom profissional. Tanto pelas faculdades de Educação Física, quanto pelas de Pedagogia.
Nesse estado de coisas identificam-se as falências de um bom ensino: professores mal preparados, sem experiência, a gerir aulas repetitivas para crianças e adolescentes. Ignoram, ou talvez vejam algum ganho com as escolinhas de uma ou outra modalidade para os que podem arcar com as mensalidades. Ou ainda, rotuladas como oferta de atividade para preencher o vazio de horas na frente da TV ou smartphone. Acrescente-se que os docentes situam-se inexplicavelmente fora da área de supervisão da coordenação pedagógica da maioria das escolas, i.e., ministram aulas de forma autônoma, sem qualquer planejamento, o que torna impossível qualquer avaliação. Tudo isso com o aval da direção escolar. E cabe a pergunta: “a quem competiria avaliar o professor de educação física?
Vinculamos no Procrie alguns artigos que identificam esse estado de coisas, em que manifestamos nossa preocupação e demos os primeiros passos em 2010 para uma Formação Profissional Continuada de professores nas áreas da Psicologia Pedagógica e Metodologia.
Felizmente, o que poderia ser prejudicial para uma renovação, torna-se propício, pois a Educação Física esportiva nas escolas brasileiras NÃO existe. Logo, basta dar o primeiro passo para entrarmos no século XXI com propostas já testadas, e aprovadas.
Treinadores esportivos
Em relação ao ensino esportivo fora dos limites das escolas, o assunto é mais calamitoso, haja vista o aproveitamento de leigos, ex-atletas, muitos deles sem o indispensável preparo pedagógico deixam-se levar pelos próprios interesses para se promoverem a atuar como educadores (em especial, no futebol).
A escola tradicional
Lembremo-nos do professor português José Pacheco, já citado neste Procrie:
Temos escolas do séc. XIX, professores do séc. XX, e alunos no séc. XXI.
Outra concepção ainda vigente é que preparamos os jovens para os vestibulares, como se a obtenção de um diploma universitário fosse a suprema realização para um futuro profissional. Até porque muitos jovens estão abandonando os bancos universitários em busca de novas fontes de conhecimento, especialmente na área das TICs.
Não faz mais sentido manter a escola nos moldes do séc. XIX voltada para uma ultrapassada lógica industrial em que cada pessoa deva se qualificar para uma função específica e um mercado de trabalho previsível. A sala de aula tradicional se presta até hoje ao acúmulo de conteúdo e à repetição, com disciplinas estanques espremidas em uma grade rígida, não combina mais com um mundo tão multidisciplinar, em que os desafios técnicos e intelectuais ganham complexidade e mudam a cada instante. Haja vista a recente importância de profissionais de Design thinking, especialmente nos EUA.
A Escola que Ensina
O que verdadeiramente importa é ensinar. A separar o supérfluo do não confiável, do que tem valor, e desenvolver a capacidade de refletir, juntar as peças e inovar a partir dali.
Venham para a “nossa praia”!
Praia de Icaraí, Niterói-RJ. Aulas regulares (3 anos, grátis) para até 400 crianças
Quais Seriam os Primeiros Passos?
Recapitulando, nossa proposta de ensino volta-se para uma NOVA ESCOLA a partir da cadeira de Educação Física e Esporte, que catalisará um processo de multidisciplinaridade. E mais ainda, com olhar voltado para a comunidade. Considerem as palavras da educadora Marjo Kyllönen antes de se decidirem:
Identifiquem bons professores/tutores e suas experiências.
Concebam objetivos e o passo a passo das mudanças.
Compartilhem com professores dispostos a cooptar colegas.
Façam a Diferença
E nós outros acrescentaríamos com uma ponta de orgulho e esperança:
♥ Sejam desbravadores obstinados em fazer a coisa certa!
♥ Tornem-se os Melhores Professores do Mundo!
Detalhe: desse grupo faziam parte 20 alunos da APAE, 5 deles à direita, em pé.
Seus alunos serão eternamente gratos!
Compartilhe isso: "Faço gosto em colher sua opinião e compartilhamento; quando puder, comente! Assim, aprenderemos todos".
Não existe uma melhor forma de percorrer o processo. O modo contínuo da inovação pode ser visto como um sistema de espaços que se sobrepõem:
Inspiração, o problema ou a oportunidade que motiva a busca por soluções
Idealização, o processo de gerar, desenvolver e testar ideias
Execução, o caminho que vai da sala de design ao mercado
MERITOCRACIA
Essas propostas de ensino só se concretizarão se Você, Professor(a), estiver disposto(a) a se engajar nas mudanças metodológicas para crianças e jovens do séc. XXI. É a figura central de todo o processo, e uma oportunidade inigualável de valorização profissional.
Tudo tendo início a partir do ensino básico – fundamental e médio. Já é considerado por alguns um projeto REVOLUCIONÁRIO para os atuais padrões de ensino em escolas. Acrescente-se o cuidado com que tratamos as nuances relativas à Educação, na busca de um ser emancipado em suas escolhas de vida.
INÉDITO,IMPERDÍVEL
“A ginástica não é uma questão de circo nem de barraca de feira, é uma alta e grave questão de educação nacional” – Ramalho Ortigão, 1836-1915
Para os que ainda não conhecem nossas propostas, vejam neste sítio a série de artigos recentes relativos à criação de um PROTÓTIPO, uma breve apresentação do que seja a concepção pedagógica do que nos propomos realizar nas escolas brasileiras.
A partir de sua inclusão voluntária, perceberá que VOCÊ e colegas terão os subsídios essenciais para comporem um Plano Pedagógico da escola, além de conceber programas multidisciplinares. Você se tornará verdadeiro(a) líder entre seus pares.
Compartilhando Críticas e Sugestões
Você não estará só. A qualquer momento, estará disponível um canal (sítio) para a captura de sugestões e críticas, algo que poderá alavancar novos ideias e caminhos pedagógicos. Além de que oportunizará intervir e compartilhar em tempo real suas experiências em outras regiões do país.
Cursos de Formação Acadêmica
Não só no Brasil, os cursos são eminentemente teóricos, repetitivos e “chatos”: obedecem a um currículo jurássico. Basicamente, repetem-se os mesmo dizeres de autores ultrapassados. E se tiverem a paciência de ler trabalhos de conclusão de curso, mesmo em mestrados e doutorados, perceberão que a grande maioria tem algo em comum: “dizem o que se deve fazer, não como fazer”!
Acrescente-se a cultura do que “vem de fora”. Um exemplo está no vídeo japonês em que se desenvolve uma partida entre crianças até 12 anos, tudo o que deve seer evitado em pleno séc. XXI.
Visite:dos participam, companheirismo.
Já nos cursos de treinadores esportivos, o clássico registro de exercícios a serem copiados. Acrescentem-se os eventos acadêmicos – Simpósios, Congressos -, para se constatar o “faz de contas”. E ao que tudo indica, em todas as áreas do conhecimento, salvo raras exceções, e não só na Educação Física. Formam-se verdadeiros lobies entre os mesmos. Finalmente, quando não se apropriam de uma ou outra ideia inovadora.
Construindo Seus Projetos
A partir de seus erros você se torna mais inteligente
- antigo provérbio alemão
Ao se visualizar uma ideia utilizando uma técnica com longa e rica história estabelece-se um vínculo intelectual entre professores e tutor. A partir das próprias experiências deverão saber pensar a própria escola. Dessa maneira passam a se autogerir, tornando-se senhores de seu próprio fazer.
Uma representação visual ajuda a ver as relações entre os diferentes tópicos, dá um senso mais intuitivo do todo e ajuda a pensar em como exemplificar melhor uma ideia.
Formação Profissional Continuada
Agora sim, podemos construir os Cursos de Formação na PRÁTICA.
A ideia inicial é a de criarmos Núcleos disseminadores do projeto em cada estado brasileiro. Façâmo-lo passo a passo, promovendo convênios com as Secretarias de Educação e, quando possível, de Esportes.
Lembrando que nossas ações voltam-se para alunos e suas atividades na disciplina Educação Física e Esporte. Assim, os cursos oferecidos deverão privilegiar professores lotados em escolas. Certamente, em havendo outros interessados, que sejam acolhidos para a formação de uma “grande família”.
E não menos importante, a oferta desse blogue, verdadeiro Ensino a Distância para muitos desde 2010, incentivando e tirando dúvidas.
Papel da Educação Física e do Esporte nas Escolas
Muitos são os alertas. Contudo, quem saberá indicar na prática o bom caminho?
Parece que herdamos muito mais coisas de nossos amigos lusitanos. Vejam trechos do libelo do professor português Rui J. Baptista (8/fev./2015)
Argumentações lusitanas sobre a ignorância
do Ministério da Educação
“Deverá a Educação Física dos escolares portugueses continuar ajoujada (atrelada, dominada) ao peso de resquícios de falsos preconceitos que a subalternizem”?
“A ginástica não é uma questão de circo nem de barraca de feira, é uma alta e grave questão de educação nacional” (Ramalho Ortigão, 1836-1915).
“As acções governamentais deverão ter em conta que a promoção da saúde, na qual se inclui o combate ao sedentarismo, deverá começar cedo, sendo a escola um lugar privilegiado para valorizar as atitudes e incutir hábitos de vida saudável que irão nortear o indivíduo ao longo da vida”.
“Prover a actividade física nas escolas é, pois, contribuir para uma sociedade mais saudável e, por conseguinte, ter uma saúde mais custo-efectiva no futuro. A promoção da actividade física permitirá ao Estado poupar significativamente gastos na saúde”.
“Por tudo isto, inevitável a pergunta: deverá a Educação Física dos escolares portugueses continuar ajoujada ao peso de resquícios de falsos preconceitos que a subalternizem relativamente a outras disciplinas curriculares, promovendo, desta forma, o seu empobrecimento por diminuição das horas curriculares a ela destinadas”?
“Dando crédito aos testemunhos aqui deixados, não. Definitivamente não… a menos que a intenção do Ministério da Educação seja recriar eusebiozinhos, saídos da pena queiroziana, molengões, tristonhos e de pernas flácidas habituados a memorizar todas as coisas do saber”!
Roberto A. Pimentel, em 30/ago/2013
São carinhos envolventes como esse que nos recompensam e animam a continuar na Missão que elegemos em favor de um ensino mais condizente para as novas gerações de professores. Obrigado a você e à sua querida Irene, que sempre o incentivou em sua passagem vitoriosa pela vida. Grato também por sua paciência e ilustrações ao longo de nossas entrevistas. Devo-lhe muito.
Roberto Pimentel.