Defesa em Voleibol – Lição II

Atletas POLONESAS ROUBAM A CENADURANTE mUNDIAL DE VOLEI
Atletas polonesas roubam a cena durante mundial de vôlei. Foto: Fivb/Divulgação.

Revendo Métodos e Conceitos Pedagógicos 

Após  observações sobre a maneira comportamental em DEFESA de atletas de alto nível – p. ex. final da Superliga feminina – animei-me ainda mais a levar aos respectivos treinadores minhas pesquisas e, se de acordo, compartilharmos novas experiências pedagógicas no que se refere ao respectivo treinamento. Seria de bom alvitre não deixar de considerar o significado pedagógico dos exercícios a serem propostos na formação de bons hábitos, daí a razão de buscarmos ajuda em bons conselheiros como verão a seguir. Tenho certeza de que encontraremos juntos formas de treinar para evitar aquilo que mais vimos durante os jogos, em masculinos ou femininos, atletas literalmente plantados no chão, pernas e pés paralelos e, muitas vezes, quedando os joelhos ao chão, inertes para qualquer ação. Podemos, inclusive, chamar a isto de “aprender com os erros”. Se conseguirmos, talvez venhamos a realizar a proeza de somar 25 pontos (de defesa) em uma só partida! Que tal?

A vontade e o primeiro movimento

Atleta em posição de expectativa E Deus criou a mulher
Foto: Fivb/Divulgação.

Para a aquisição de um comportamento consciente tenha-se em mente que antes de cometer algum ato temos sempre uma reação inibida, não revelada, que antecipa o seu resultado e serve como estímulo em relação ao reflexo subsequente: “Todo ato volitivo é antecedido de certo pensamento, isto é, acho que pego um livro na estante antes de estender a mão para ele”. O fato básico é que a noção anterior do objetivo corresponde ao resultado final. Não estaria implícito aqui todo o mistério da vontade?

Assim também, quando penso em apanhar uma bola o estágio conclusivo depende do primeiro passo: de preparar-me em expectativa. A execução do primeiro movimento determina se toda a ação será executada. Logo, na minha consciência deve haver a noção sobre o primeiro movimento como réplica efetiva para todo o processo. Essa concepção do primeiro movimento que antecede o próprio movimento é o que constitui o conteúdo daquilo que se costumou denominar “sentimento do impulso”. Este sentimento é uma modalidade de concepção antecedente sobre os resultados do primeiro movimento físico que deve ser executado.

Lembro-me, quando ainda na prática competitiva do voleibol, aguardando a execução do saque adversário me auto estimulava em diálogo silencioso: “Tomara que o saque seja em mim ou na minha direção”! A ação subsequente já não habitava meus pensamentos, uma vez que estava alojada na memória operacional: “se for curto avanço uma das pernas e em seguida, flexiono-as a fundo; se longo e forte, recuo uma das pernas, flexiono-as, e deixo-me cair em rolamento para trás”. Lembro que na época – início da década de 60 – não se empregava a manchete no Brasil. Em suma, a preparação em expectativa (sentimento de impulso) pressupõe um mínimo de técnica (réplica) para que o executante tenha êxito na ação: “o ato volitivo é antecedido de certo pensamento (diálogo interno), que determina o primeiro passo”. Noutros termos, toda a vivência consciente e o desejo, incluindo o sentimento de decisão e de impulso, são constituídos pela comparação das concepções sobre os objetivos que competem entre si. Uma dessas concepções chega a dominar, associa-se à concepção sobre o primeiro movimento que deve ser executado. E esse estado de espírito passa ao movimento. (D. Wood)

Formação de bons hábitos

Fundamento Defesa e Recepção
Foto: Fivb/Divulgação.

Relembre um de seus despertares em dia frio e os momentos que antecedem sua saída da cama: com certeza já travou um diálogo interno – o famoso mais um minutinho – que o faz adiar o ato de se levantar. Ou, então, realize o seguinte experimento com um dos seus alunos: coloque-se a 3m dele segurando a bola numa das mãos, tendo o braço esticado na horizontal. Repentinamente, deixe a bola cair para que ele tente alcançá-la antes que toque o solo. Esta é sem dúvida uma ação capaz de formar novas reações no organismo do indivíduo e à sua própria experiência – a base principal do trabalho pedagógico. “Não se pode educar o outro, mas a própria pessoa educar-se. Isto implica modificar as suas reações inatas através da própria experiência – os ensaios, as resoluções de problemas. Afinal, não duvide, toda riqueza do comportamento individual surge das experiências”.

Finalmente, ainda considerando a formação de bons hábitos, indaga-se: “Qual o primeiro movimento físico que deve ser executado pelo atleta logo após o sentimento de impulso”? Algumas observações simples podem ser realizadas, por exemplo, a partir de lançamentos sucessivos da bola para um indivíduo que a recolherá ou rebaterá sem deixar tocar o solo. Dependendo da posição que ocupam em dado momento (frente um para o outro, ao lado ou atrás) a distância entre eles, a trajetória e a velocidade do lançamento, pode-se criar um novo hábito a partir de novos motivos. Na prática, conduzi um grupo de atletas do América F. C. a tomar consciência desse “despertar” para o sentimento do impulso. Desde o início de nossos treinos percebi que nenhum deles atentou para o fato. Imagino que raríssimos treinadores no Brasil percebam esse detalhe, fundamental para uma boa técnica de defesa. Se percebem, tenho certeza de que ainda não aprenderam a ensinar.

As primeiras instruções ao indivíduo devem ser no sentido de levá-lo a descobrir e a tomar conhecimento teórico específico. Deve aprender a pensar aquilo a que se dispõe realizar; criamos nele o diálogo interno. A seguir, passamos à prática regular com exercícios simples e repetitivos – deixar a bola cair da mão a uma distância de 3m – e observar como e quando o indivíduo se desloca; em que altura toca na bola e, finalmente, como realiza este toque. A pouco e pouco foram formando-se novos hábitos e através de brincadeiras e desafios – componente emocional – alcançaram níveis nunca antes imaginados. Esses e outros detalhes contribuíram para ao final da temporada receberem os maiores elogios dos próprios adversários. Ainda na década de 60, fui contemplado quando o saudoso Adolfo Guilherme, técnico mineiro consagrado, indagou-me após um de nossos jogos: “O que fazem vocês que tanto defendem”? Em outras palavras, “Como treinam para defender tanto”?

Exercícios-chave, educativos, transferência (transfert)

DEFESA Atletas AMMERICANAS ver punhos
Atletas americanas tentam efetuar defesa. Foto: Fivb/Divulgação.

Ensina-nos Jean Le Boulch abandonar as tentativas inúteis de procurar exercícios-chave com alto poder de transferência. Suas observações tenderam a mostrar que a aprendizagem adquirida relativamente a uma parte da situação não o é relativamente a esta mesma parte inserida num todo novo. Em outras palavras, “as partes reais do estímulo objetivo não são necessariamente partes reais da situação vivida pelo indivíduo”. A consequência desta opção na aprendizagem é imediata e pode ser traduzida por aquilo que expressou M. RYAN (EUA), treinador de atletismo por ocasião de um congresso mundial após uma pergunta que lhe solicitava exercícios próprios para facilitar a aprendizagem do salto com vara: “Apenas o salto com vara prepara para o salto com vara e qualquer exercício que se lhe avizinhe, quanto mais próximo, tanto mais prejudica a aprendizagem”. Esta é uma concepção a que nos associamos de bom grado, mas repõe em discussão a utilização dos chamados exercícios educativos que ainda precedem a aprendizagem de um gesto técnico complexo nas progressões de muitos instrutores.

Fábrica de talentos

MiniSG3
Alunos divertem-se no recreio. Foto: Roberto Pimentel.

Nas viagens feitas às fábricas de talento, Daniel Coyle (O código do talento) testemunhou uma série de saltos significativos no nível de habilidade dos alunos. Como se percorresse uma série de dioramas, ia encontrando espécies cada vez mais evoluídas: os pré-adolescentes (que eram muito bons), os adolescentes de 15 a 17 anos e, por fim, os adolescentes acima dessa faixa, verdadeiros ases. Ele conheceu isto com o nome Efeito Caramba. A rapidez com que progrediam era assombrosa: cada grupo era incrivelmente mais forte, mais veloz e mais talentoso que o anterior, o que não o impedia de exclamar: “Caramba“! Coyle observou que existe um padrão, uma regularidade na percepção do próprio talento por seu detentor que a torna característica do processo de aquisição de habilidade. Daí vem uma importante questão: qual a natureza desse processo capaz de gerar duas realidades tão díspares? Como esses indivíduos, que parecem ser iguais a nós, de repente se tornam talentosos, embora não tenham consciência disso, ignorando a verdadeira dimensão desse talento?

Aprender a ensinar

Jogando na rua
Figura: Beto Pimentel.

O que importa é o trabalho de tatear efetuado pelo indivíduo, muito mais do que a resultante desse trabalho – aquisição ou aprimoramento de habilidades motoras. Portanto, é um grave erro pedagógico querer acelerar os processos de aprendizagem por meio de uma ação intempestiva e invasora. O papel do educador é o de suscitar, favorecer as tentativas, os erros e o ajustamento… , e não o de substituir o mecanismo particularmente educativo desse processo adaptativo por suas técnicas. Tocamos aqui no cerne do problema: “a parte que cabe ao mestre”. É preciso propor, mas não impor, porém é preciso propor ao indivíduo no momento oportuno, no momento em que ele estiver sensibilizado, pronto para receber, aí está a parte do mestre, parte delicada sem dúvida. (Le Boulch).

VoleiBeneCanto do Rio

Aqui reside a grande diferença entre a metodologia empregada pelo falecido Bené no Fluminense F. C. (Rio de Janeiro) e os demais treinadores: “Aproximando sistematicamente as condições de jogo aos treinos observava discretamente o trabalho de cada indivíduo na busca de suas próprias soluções diante de algum obstáculo”. Metodologia similar realiza-se em algumas escolas de Niterói sob inspiração do Autor. Vemo-los na foto quando receberam uma Comenda do Clube Canto do Rio pelos serviços prestados ao voleibol niteroiense.

Afinal, ensinar não é uma arte?

PS: A importância de um comentário em mandarim, recebido em 26.4.2013:

Chinês Mandarim

 Aprecio muito as suas opiniões, beneficiam a aprendizagem.

Bom Exemplo

Esporte e Educação, como conciliar?

Quando uma atitude honesta de um atleta entra para o noticiário mundial. Pena que seja rara, uma exceção. Seria por isto que virou manchete?

A Honestidade – Elogiado corredor que se negou a vencer líder, que parou por engano.

(Com informações da Folha, data?)

O atleta espanhol Ivan Fernández Anaya, de 24 anos, não venceu a prova de cross country de Burlada, em Navarra, no último dia 2, mas até hoje está sendo cumprimentado, elogiado, aclamado por sua atitude de honestidade durante o evento. O atleta queniano, Abel Mutai, medalha de ouro nos 3000m com obstáculos em Londres, estava prestes a ganhar a corrida. Mas parou no lugar errado, achando que tinha alcançado a linha de chegada. Ivan Fernández Anaya, o segundo colocado, se aproximou e, em vez de ultrapassá-lo, alertou o líder sobre o equívoco e o conduziu para confirmar sua vitória. Em outras palavras, Ivan negou-se a conquistar a prova. Ele estava a 10 metros da bandeira da chegada e não quis aproveitar a oportunidade para acelerar e vencer. Gesticulando, para que o queniano compreendesse a situação e quase empurrando-o levou-o até o fim, Ivan Fernandez deixou o colega vencer a prova como iria acontecer se ele não tivesse se enganado sobre o percurso. Ivan, que é considerado um atleta de muito futuro (campeão da Espanha nos 5.000 metros, na categoria há dois anos) ao terminar a prova, disse: “Ainda que tivesse me dito que ganharia uma vaga na seleção espanhola para disputar o Campeonato Europeu, eu não teria me aproveitado. Acho que é melhor o que eu fiz do que se tivesse vencido nessas circunstâncias. E isso é muito importante, porque hoje, como estão as coisas em toda sociedade, no futebol, na sociedade, na política, onde parece que vale tudo, um gesto de honestidade vai muito bem.

Tantos dias depois do ocorrido, a história continua sendo exaltada no noticiário e nas redes sociais. Neste sábado, em seu blog, Fernández comentou a repercussão de sua atitude, que continua sendo elogiada duas semanas depois. “Hoje está sendo um dia especial para mim — ou melhor, muito especial — nunca pude pensar que meu gesto com Mutai chegaria aonde está chegando. Estou em uma autêntica nuvem, são muitos os comentários, entrevistas, reportagens sobre o sucedido. Queria agradecê-los por tudo o que vocês fizeram por mim”, escreveu. O que chamou a atenção de todos foi algo que deveria ser básico no ser humano, mas tem sido exceção: a honestidade. “Eu não merecia ganhá-lo. Fiz o que tinha que fazer”, afirmou Fernández em declaração reproduzida pelo jornal ‘El País’, da Espanha.

Como é bom ser gente!

Este gesto fez-me recordar uma história curta que minha esposa, à época Assistente Social da APAE, me relatou. Em um evento de jogos entre diversas instituições desenrolava-se uma prova de atletismo, uma corrida talvez de 50 metros. À certa altura, o atleta que naquele momento estava em primeiro lugar, olhando para trás percebeu que um dos seus companheiros levara um tombo e, imediatamente, voltou-se e prestou auxílio para que ele se reergue-se e continuasse a prova. A partir dali correram juntos até a linha de chegada, certamente muito mais tarde que os outros contendores. Todavia, o seu gesto repercutiu no coração de todos os presentes e é aplaudido até hoje, pois deixou-nos uma lição que agora se repete com o jovem espanhol Ivan Fernández Anaya.

Criar um Blog Escolar?

Aulas Teóricas de Educação Física

http://platform.twitter.com/widgets.jsO presente tema foi reapresentado nesse final de mês na Comunidade Esportiva Virtual (CEV) e interessou-me de imediato devido às minhas propostas de Formação Continuada para professores, ainda mais pela Missão de que estamos imbuídos neste Procrie. Poderão saber mais visitando http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/, um Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol. Quem sabe talvez consigamos alavancar mais ideias a respeito? Vale a pena tentar! Foram preservados os textos e identificados seus autores.

Por Jaguaracy Conceição, 06-04-2012 – Já fiz um comentário a respeito das Aulas Teóricas de Educação Física aqui e agora volto a tocar no assunto. A minha preocupação deve-se ao fato de que sempre só há comentários sobre a prática. Já escrevi duas vezes para a revista Nova Escola e ainda não vi nenhuma matéria que contemple a teoria. No ENEM já há questões de Educação Física e em algumas escolas do ensino médio seja pública ou privada, quando há teoria são mandados que os(as) discentes façam pesquisa e nada é discutido, pelo menos é o que tenho observado na escola onde minha filha estuda, daí a minha preocupação e a volta da discussão.

Comentários

Por Jose Carlos da Costa Fernandes, 07-04-2012 – Em Porto Velho, Rondônia. Nos anos anteriores, ou seja, anos 70, 80 e 90 havia uma prática de educação física nas escolas de Porto Velho e Estado a constante prática do ensino de educação física, seja teórica ou prática, sempre fundamentada no conceito de melhor qualidade de vida social e esportiva.

Anos 2000… meus netos, meus filhos, meus sobrinhos não têm mais essa matéria como fundamental para o crescimento sócio-educativo e até mesmo cultural, além do esportivo sendo ministrado nas escolas. há apenas trabalhos que professores determinam aos alunos (pesquisas), pronto está fechada a nota do bimestre escolar com a pesquisa solicitada. Outro dia meus filhos solicitaram-me a permissão para participar dos jogos escolares da sua escola, e prontamente respondi: mas como vocês irão participar desses jogos se vocês não praticam treinamentos na modalidade escolhida? Era a obrigação do aluno participar para ter a sua nota acrescentada ao ano letivo. A que ponto nós chegamos na educação esportiva nas escola, onde é o primeiro contato social ao qual temos para nos tornamos pessoas melhores. Durante um congresso de profissionais do esporte, indaguei um dos participantes (professor de educação física) sobre o assunto. O mesmo respondeu que não ganha para dar treinamento apenas para dá aulas …Volto ao passado: fazíamos treinos intercalados na semana: didático, técnico, tático e a comprovação do aprendizado através das competições entre as turma e até mesmo entre outras Escolas. Hoje temos das competições que faziam a emoção dos alunos e até mesmo da comunidade participativa apenas uma breve lembrança…

Por Raul Vaz da Silva Neto, 08-04-2012 – Posso afirmar-lhe com convicção, que as aulas teóricas de educação física nas escolas públicas têm uma importãncia grandiosa. Trabalho na esfera municipal e estadual. E trato a disciplina de Educação Física com muita responsabilidade. Percebo também que os alunos estão hoje em dia dando mais importância as aulas teóricas do que as práticas. Hoje por exemplo estou trabalhando a História do Esporte (origem e termo) bem como as fases – já que estamos num ano olímpico. Também trago a tona para o ano de 2012, diversos assuntos: movimentos (categorias: locomotor, não-locomotor e manipulativos e ainda os tipos voluntário, reflexo e automático, também irei trabalhar temas voltados para qualidade de vida, estilo de vida ativo e saudável, doenças que podem ser minimizadas com a prática de atividades físicas, saúde, tabagismo, alcoolismo, DST’s – AIDS, gênero, homossexualidade, esporte como negócio, Lazer como política pública, noções de primeiros socorros, alimentação, suplementos alimentares, distúrbios da alimentação, dentre tantos outros temas. Qualquer coisa, estou a disposição para discutirmos esse assunto. 

Por Jaguaracy Conceição, 09-04-2012 – Agradeço a sua participação e fico feliz em saber que a preocupação com a teoria vem aumentando. Gostaria de saber quantas aulas o senhor tem semanalmente pois no município onde leciono ocorre uma aula teórica e uma prática por semana o que dificulta o aprendizado e vai de encontro à própria pedagogia. Já enviei e-mail sobre isso para o Ministério da Educação que não me respondeu satisfatoriamente.

Por Jaguaracy Conceição, 09-04-2012 – Infelizmente esse discurso de alguns professores ainda persiste no nosso Brasil. Há docentes que têm medo de enfrentar uma sala para aula teórica. Todavia a culpa de tudo isso é do próprio Ministério da Educação que legisla apenas em cima de aulas práticas, basta dar uma olhada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) para comprovar o que digo. É necessário ter-se aulas teóricas para que o(a) discente compreenda o porquê da necessidade da prática. O que precisa é cobrar do Ministério da Educação as mudanças que se fazem necessárias na LDB. Grato pela  participação.

Por Philippe de Alencar Iwantschuk, 10-04-2012 – Indignado com esta verificação sobre as aulas teóricas, coincidentemente a duas semanas fui convidado à sala da diretora para discutir um problema ocorrido com um aluno que, na prática é nota 10, porém, ele só faz o que lhe convém e quando entro em discussões teóricas, este faz de tudo para atrapalhar a aula. Estou falando de um aluno da 3a. Série do E.M. Pois é… este aluno foi a sala da direção reclamar que estava tendo apenas aulas teóricas e que isso era impossível, afinal, é uma aula de Ed. Física! Bom, sobre a importância destes conteúdo ministrados, o colega Raul Vaz já colocou brilhantemente o que também desenvolvo, mas o pior, foi a direção questionar de o porquê eu estava dando aulas teóricas… Pois é… tive que respirar e ENSINAR a Diretora da escola que, é necessário contextualizar os alunos antes da prática. Ela sem jeito balançou a cabeça, pois percebeu minha irritação com tamanha falta de entendimento da disciplina por parte da Direção e Coordenação da Instituição. O pior nisto tudo é que ano passado foi alterada a grade curricular dos alunos do Ensino Médio e passei a dar apenas uma aula por semana. Quando fui questionar e comprovar a importância das aulas e (desculpem o termo), mostrar a  ca… que elas estavam fazendo, tive que ouvir o seguinte: Eles já correm bastante na hora do intervalo… Bom, colegas, infelizmente, quando não encontramos maus profissionais na área, encontramos pessoas como estas que acreditam que a Educação Física na escola ainda serve para distrair os alunos das aulas 100% teóricas. O que diremos então sobre a disciplina “Física” que estuda os movimentos, porém vistos com 100% de teoria. Será por isso que temos poucos professores e profissionais de Física no país?

Por Edison Yamazaki, 11-04-2012 – No final da década de 80, fui demitido de uma escola particular de classe social “AA” porque passei a dar aulas teóricas. Naquele momento estava falando sobre os esportes olímpicos e como são organizados uma Olimpíada. Explicava as diferenças de consumo energético entre as provas de velocidade, fundo e meio-fundo. Falava sobre o espírito olímpico, sobre as vantagens da virada olímpica na natação, da saída em cinco apoios no atletismo, as provas do pentatlo e decatlo. A diretora, completamente leiga no assunto, disse que as crianças precisavam correr, saltar e mexer o corpo porque quase todas eram praticamente sedentárias. Eu não concordei e me deram o bilhete azul. A partir daquele episódio, percebi que a “ignorância esportiva” estava em todas as camadas e não eram exclusivas dos menos estudados ou pobres. Aí, passei a trabalhar apenas com esporte competitivo e estou nessa vida até hoje. Nunca mais me interessei em trabalhar numa escola. Passei também a acreditar no ditado: “Há males que vêm para o bem”. Por isso, me espanta ler que você passa pela mesma situação depois de trinta anos! Como disse o Philippe aí em cima, as aulas de Educação Física ainda são vistos como distrações para muitos diretores e pais. O que fazer? Continuar insistindo na importância da Educação Física como matéria e como prática ou partir para o Japão em busca de valorização e mais respeito.

Por Jaguaracy Conceição, 11-04-2012 – Companheiros, pelo visto a reclamação é geral, mas o que me deixa entusiasmado é verificar que há docentes querendo mudar o rumo da Educação Física. Não é mais possível ficarmos só na prática quando o ENEM já cobra questões teóricas nas suas provas. Como pensar no(a) discente do Ensino Médio sem a teoria? Como ele(a) responderá as questões. Agora eu pergunto cadê o CREF? Por que não se pronuncia  a esse respeito? Qual o motivo da omissão? Será que só adeptos da prática fazendo parte do Conselho? Urge que nos mobilizemos para mudar esse status quo. Vamos continuar na luta. 

Por Edison Yamazaki, em 12-04-2012 – Sem querer criar problemas. Melhor não acreditar que o CREF vá fazer alguma coisa em relação às aulas teóricas de Educação Física. Essa luta será “particular” porque não são todos que enxergam a necessidade da teoria. Outra razão para o descrédito com CREF é que a sigla passou a ter ações mais políticas do que de ajuda à nossa classe. Por isso, o jeito é ir convencendo os diretores das escolas da necessidade da teoria.

Por Raul Vaz da Silva Neto, em 22-04-2012 – Fico abismado com algumas declarações postas por vocês. Acho que estou no céu e não sabia. Tenho diretores e coordenadores que não interferem muito no meu trabalho. E tenho a plena convicção que isto é porque desenvolve minha função com muito prazer, dedicação e responsabilidade.  No município de Sobral, temos a cada mês 4 horas/aulas de Formação Continuada, e são vários temas abordados voltadas para a Cultura Corporal, dentre elas: esportes, ginásticas, lutas, danças e jogos/brincadeiras e ainda Temas Transversais. Nossas aulas são 1 teórica e 1 prática no mesmo turno (município) já na esfera estadual, as aulas práticas são no contra-turno e as aulas teóricas na grade normal e, essas sim são assistidas. Já as práticas do ensino médio que é na rede estadual, tenho uma participação muito a quem e além do desejável. Acho que está havendo uma inversão de postra (sic!) dos alunos. 

Por Edison Yamazaki, em 22-04-2012 – Estou distante do Brasil há muitos anos, mas acredito que nas capitais dos estados mais populosos ou desenvolvidos (São Paulo, Rio, Minas, Paraná, R.G. do Sul, etc.), as dificuldades de implantação de aulas teóricas em EF sejam maiores. Se forem em escolas do governo acho que as coisas são ainda piores. Não conheço Sobral, mas acredito que numa cidade de média para pequena ou pequena, tudo seja mais fácil. Tenho um amigo da minha que estudou comigo e mora bem no interior de São Paulo. Lá ele é o coordenador das atividades esportivas do município e me diz que tudo é mais fácil de se implantar. Independente de qualquer coisa, as aulas teóricas são importantes, até para uma mudança de consciência das crianças, que um dia serão adultos e que um dia poderão ser como nós: professores de Educação Física.

Por Juliano Marques, em 21-02-2013 – Olá sou professor de escola publica  trabalho com crianças de 6 10 anos e gostaria de se existe um material apropriado para estar conduzindo as aulas praticas de maneira contínua .

Por Roberto Affonso Pimentel, 22-02-2013 – Senhores professores. Para seu incentivo, disponibilizo matéria e coloco-me à disposição para debates sobre a importância de despertarmos o interesse dos alunos sobre a Educação Física e os desportos. Muitos professores, embora de forma silenciosa, estão divulgando o Procrie entre seus jovens alunos para realizarem pesquisas e trabalhos teóricos.

Solução: Criando um blogue na escola

Tomara que a moda pegue e possamos ampliar essa participação para a criação de um blogue entre os próprios estudantes, o que tornaria o processo muito mais eficiente, inclusive multidisciplinar. Fica a ideia para que seja discutida. Poderão observar essa característica no blogue: www.procrie.com.br/novosumario/ São 456 postagens à sua disposição que tratam de Metodologia e Pedagogia, Formação Continuada, Mini Voleibol, História do Voleibol etc.

Primeiros Campeonatos Mundiais

Os Campeonatos do Mundo de Voleibol em Paris

Les Championnats du Monde de Volleyball à Paris, M. Lenoir, Administrador Geral da Federação Francesa de Voleibol, out., 1956. Tradução livre do autor. Acervo João Carlos da Costa Quaresma.

A História dos Primeiros Campeonatos. Voleibol, Esporte Preferido da Mulher!

Os Campeonatos do Mundo de Voleibol são realizados de quatro em quatro anos. Depois de Moscou em 1952, Paris neste ano de 1956, 1960 talvez sejam realizados nos EUA; em 1964… Não se sabe ainda ao certo. Mas o desejo (secreto) dos dirigentes desse esporte que está crescendo não seria… “Olimpíadas”, de ver o voleibol assumir o título de esporte de equipe incluído no programa dos Jogos Olímpicos? O Senhor presidente da Federação Internacional, o presidente da Federação Francesa e o tesoureiro do Comitê Nacional dos Esportes certamente não envidarão esforços em tal proposição no momento em que o voleibol se torna um novo empreendimento. Assim, em seu último número, a revista Sport et Beauté apresenta os Campeonatos do Mundo de Voleibol.

Hoje me obrigo a retornar à competição internacional, liberado para remeter-me mais tarde ao estudo que terei prazer em escrever: voleibol, esporte preferido da mulher!

Qual seria a impressão do inventor do voleibol, William Morgan, se assistisse, em 30 de agosto, à abertura dos Campeonatos? Em 1895, William Morgan havia imaginado um jogo acessível a todos e para todos; jogo bem diferente deste praticado atualmente em nossas praças ensolaradas por nossos belos praticantes. Depois, o esporte sofreu uma metamorfose e, improvável, essa nova versão fosse adotada com entusiasmo pela elite esportiva feminina. Portanto, a evolução do voleibol feminino é recente. Eu me prendo ao primeiro Campeonato Europeu feminino, em Praga. Foi em 1949. Penso que esse ano foi o da descoberta. Abri bastante os olhos assim que encontrei as equipes femininas da URSS, da Polônia e da Tchecoslováquia. Para ilustrar é que cito estes três países, onde a evolução já se produzia, mas praticamente entre eles, pois quase não havia competições internacionais antes desses primeiros campeonatos. Nossas meninas, como as da Romênia, da Hungria e da Holanda, nessa época aplicavam as diretrizes do velho William Morgan. Por exemplo, nossa seleção francesa estava constituída de jogadoras internacionais – caso de casamento entre jogadores felizmente são frequentes – e também os melhores dentre os praticantes de nossas praias mediterrâneas. Entretanto, não fizemos má figura, pois ganhamos da Hungria (3×1), da Holanda (3×0) e resistimos à Romênia (1×3).  Naturalmente, não houve por que inquietar a elite: URSS, Tchecoslováquia e Polônia, que se classificaram respectivamente nos três primeiros lugares. A URSS ganhou os primeiros Campeonatos Europeus sem perder qualquer set. A Tchecoslováquia teve grande dificuldade em ganhar da Polônia; quanto a nós, estávamos na quinta colocação entre os sete, o que me parece bastante razoável e honroso.

Depois em Sófia, 1950, os Campeonatos de 1949 deviam marcar uma evolução no voleibol feminino de competição praticado em nosso país. Alguns países no nosso nível em 1949 (Hungria, Romênia) se beneficiaram da experiência adquirida e marcaram seus progressos já no segundo Campeonato Europeu disputado em Sófia, em 1950. Nós estivemos ausentes desse segundo Campeonato Europeu. Penso que tenha sido um erro. A competição nos teria permitido manter um contato. Como quer que seja, esses jogos marcaram uma nítida superioridade da URSS, vencedora de seus adversários sem perder sequer um set. Mas a Polônia desbancou sua rival, a Tchecoslováquia.

Noblesse oblige. Organizadores, deveríamos apresentar uma equipe feminina em 1951. Entretanto, outras federações, conscientes de seu prestígio nacional, se abstiveram seja por força da preparação – foram os casos da Polônia e da Romênia – seja por considerações extraesportivas, como a Tchecoslováquia. A luta pelo título estava, então, circunscrita à URSS e à Polônia. Superioridade reafirmada da URSS, que, mais uma vez, não perdeu nenhum set. A França ganhou da Holanda e da Itália. Mas venceu fácil, sem qualquer risco. O abismo aumentou. Nós conseguimos 4 pontos diante da URSS e 29 diante da Polônia. E temos que nos render às evidências: em dois anos nossa equipe se deixou distanciar. Decidimos, dessa feita, comparecer a Moscou por ocasião dos Campeonatos Mundiais. Certo, a URSS conservou sua supremacia invicta, sem perder qualquer set, mas a dificuldade foi colocada. Os encontros se prolongaram por duas horas entre a equipe campeã e suas rivais, Polônia e Tchecoslováquia, que se classificaram nesta ordem. Quanto à França, ganhamos tão somente de uma equipe debutante: a Índia.

VoleiDynamo
Campeonato feminino de volley-ball no estádio do Dynamo, Moscou: 80 mil espectadores!

Quando teremos tal afluência na França?

Colocou-se para a Federação Francesa uma lição salutar, uma vez que, desde então, sistematicamente, passamos a cuidar da preparação de nossa equipe. De 1953 a 1955, decidimos disputar uma série de jogos bastante difíceis contra adversários reconhecidamente superiores. Naturalmente, cada vez que atuávamos, sempre terminávamos em desvantagem no marcador.

Equipe Francesa ausente de Bucareste, 1955.

Havíamos também decidido não comparecer com a equipe feminina nos Campeonatos Europeus realizados em junho, em Bucareste. E não fomos somente nós: a Iugoslávia, a Holanda, a Bélgica também se abstiveram. Além disso, esses Campeonatos, que consagraram a melhoria das equipes do Leste Europeu, só conseguiram reunir um número mínimo de participantes – a qualidade suplantando a quantidade – somente as equipes que competiam pelo primeiro lugar. Não havia mais do que seis equipes, que tiveram a seguinte classificação: Tchecoslováquia, campeã da Europa, URSS, Polônia, Romênia, Bulgária e Hungria.

VoleiParis56Revista1A vitória da Tchecoslováquia constituiu-se numa surpresa conquistada depois de 2h 5min de luta contra a URSS (3×2), 2h 10min contra a Bulgária (3×2) e 2h 5min ainda contra a Polônia (3×2). Esta vitória marcou definitivamente o realinhamento das equipes femininas do Leste Europeu que, todas, exceto a Hungria, alcançaram uma eficácia e uma técnica comparáveis às melhores equipes masculinas do mundo. Mas a representação francesa, pouco a pouco, fazia seu caminho. Um trabalho metódico e uma acrescida camaradagem lhe permitiriam compensar sua inferioridade técnica e física. Seu melhor resultado em fins de 1955 foi uma derrota justa contra a equipe iugoslava em Liubliana.

 

Campeonatos do Mundo, Paris, 30/agosto-12/setembro.

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Tchoudina capitã da equipe russa campeã mundial. Acervo João Carlos da Costa Quaresma.

Se não lhe fosse possível contrabalançar as pretensões das equipes desde 1950, (destaque para as equipes classificadas no fim da tabela – Hungria e Iugoslávia – que estiveram prudentemente ausentes este ano), a equipe francesa limitou suas ambições a vitórias sobre os EUA, Alemanha, Coreia, Bélgica, Luxemburgo, Holanda e, quem sabe, Brasil e China. Devemos, então, nesses Campeonatos do Mundo, fazer bem melhor figura do que nas competições internacionais que disputamos até aqui. Quanto ao título de campeão do mundo, se me é permitido fazer um prognóstico, a URSS, sempre comandada pela prestigiosa Tchoudina (5 medalhas olímpicas), não sairá de Paris sem o primeiro lugar. A equipe vem para vingar sua derrota em Bucareste, talvez injustificada. Mas os jogos estão longe de estarem definidos. A Tchecoslováquia, a Polônia, como também a Bulgária e a Romênia podem criar um fogo cruzado, onde o vencedor sairá de um cômputo matemático, e quem sabe se eu não subestimo o valor de equipes que não conheço suficientemente bem: a do Brasil, da China ou dos EUA. Para essas, meus prognósticos estão calcados, sobretudo na falta de competições acirradas, habituais entre equipes representativas do Leste Europeu. No final das contas o grande vencedor será o voleibol. Ele demonstrará sem contestação que é em muitos países o primeiro esporte coletivo feminino e persuadirá franceses e francesas de que ele merece também se tornar popular entre nós.

 

Corrupção na Fivb

 
FIVB – Corrupção e 33 M$ no bolso do ex-Presidente?
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Sob o título acima, o Sovolei publicou hoje a notícia de corrupção no voleibol e no andebol mundial. Vejam a seguir o artigo escrito por Luís Melo, um dos administradores do sítio português do qual sou um dos colaboradores.
  
Para quem não sabe nós contextualizamos. A FIVB apenas teve até hoje 4 presidentes: Paul Libaud (França, 1947-1984), Ruben Acosta (México, 1984-2008), Jizhong Wei (China, 2008-2012) e Ary Graça (Brasil, 2012-Presente).
 
No passado dia 18 Dezembro 2012, Jens Sejer Andersen (Director da Play the Game e Presidente do Danish Institute for Sports Studies) foi ao Parlamento Europeu falar sobre Fair Play no desporto. Quando todos pensavam que, mais uma vez, iria dar exemplos no Futebol (onde é para todos mais do que evidente a corrupção e falta de fair play) Jens Sejer Andersen denunciou casos no Voleibol e Andebol. O director da Play the Game (Organização que luta pela transparência no desporto) teve uma longa intervenção, da qual retiramos os trechos abaixo transcritos, que implicam a FIVB e um seu ex-presidente.
 
Uma das federações mais ricas, a Federação Internacional de Voleibol (FIVB), foi durante 24 anos – de 1984 a 2008 – presidida por Ruben Acosta do México. Ele introduziu duas regras especiais. Uma dizia que qualquer pessoa que assinasse, em nome da FIVB, contratos de TV e de patrocínios poderia exigir 10% do valor desses contratos, como bónus pessoal. A outra regra dizia que apenas o presidente da FIVB estaria autorizado a assinar contratos dessa natureza“.
Quando alguns corajosos agentes começaram a levantar a voz criticando este comportamento, Ruben Acosta introduziu um código de ética que o autorizava a expulsar dissidentes. E assim o fez. Recentemente a FIVB admitiu, em documentos secretos, que Ruben Acosta teve um proveito pessoal de 33 milhões de dólares americanos, enquanto presidente da FIVB“.
Para um agente-líder do Voleibol, o homem que expôs a corrupção de Ruben Acosta ao mundo, as consequências foram brutais. O ex-presidente da Federação Argentina de Voleibol, Mario Goijman, começou a criticar Ruben Acosta quando a Argentina recebeu o Campeonato do Mundo em 2002 [no qual Portugal conseguiu o 8° lugar]. Como consequência, Ruben Acosta excluiu Mario Goijman e toda a Federação Argentina, e até hoje a FIVB recusa-se a pagar 800.000$ que deve pela organização do evento […] Goijman tinha dado garantias pessoais e é hoje um homem arruinado“.
O destino tem sido sorridente para aqueles que seguem o corrupto ex-presidente da FIVB como os seus yes-man. Eles têm distribuído entre si enormes, mas não revelados salários. Isto depois de terem garantido uma vitória apertada, há três meses, nas primeiras eleições democráticas na FIVB em 65 anos. O Presidente da CEV, André Meyer do Luxemburgo, faz parte deste grupo que nega a responsabilidade de corrigir erros do passado”.
 
Podem ler a intervenção completa no site da organização, neste link
 

Boas Festas!

PAZ e AMOR são valores almejados pela maioria das pessoas em todo o mundo. Que façam parte da vida de cada um de nós.

Desejamos a você que é parte desse Procrie e aos seus familiares, BOAS FESTAS e um ano de 2013 de muitas realizações.

 

 

Enquanto isto, permanecemos fieis à missão pela qual vimos nos dedicando há pouco mais de dois anos. Pedimos que tenham paciência com este “velhinho” setentão!

 

Pioneirismo no Voleibol

Homenageados antigos atletas

No último dia 3, segunda-feira, realizou-se o 20º Jantar dos Amigos do Voleibol, tradicionalmente no Restaurante Rialto, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Um  encontro de mais de uma geração de voleibolistas congraçados por um mesmo ideal. Esta reunião foi marcada pela apresentação do novo livro de Roberto A. Pimentel intitulado “História do Voleibol no Brasil”, que abrange o séc. XX a partir de 1939. Como já foi noticiado neste Procrie, são dois volumes contendo 1.047 páginas que tratam dos mais variados aspectos ligados ao voleibol.  

 

Dois antigos militantes foram homenageados. Arlindo Lopes Corrêa e Luiz Eduardo Pons, o Coqueiro. Arlindo, ex-atleta do Fluminense e seleção brasileira em 1955, é também o apresentador da obra além de ter contribuído com suas reportagens no jornal Correio da Manhã (década de 60) para a difusão do esporte no Rio. Foi presidente do MOBRAL durante sete anos e, atualmente, uma das maiores autoridades em Educação do Brasil. Quanto a Coqueiro, tornou-se figura singular do esporte por sua intensa participação, quer nas quadras como na praia, inclusive no incentivo aos mais novos através da organização de vários torneios com a sua marca.  

 

José Gil Carneiro de Mendonça

Foto: acervo José Gil Carneiro de Mendonça, primeiro à esquerda, em pé.

Lamentada a ausência do colaborador maior do voleibol no período 1940-1960, o ex-presidente do Fluminense F. C., José Gil Carneiro de Mendonça. Contido pela idade, preferiu se poupar, mas recebeu em casa a homenagem prestada pelo autor. Como poderão aquilatar nas leituras da obra, Gil (como é conhecido) participou como atleta do Fluminense e dirigente, tendo articulado os mecanismos burocráticos para a criação da Federação Sul-Americana de Voleibol (CSV) em 1946 (foto), do Congresso Técnico em 1954 para a criação da Confederação Brasileira de Volley-Ball (CBV), foi o representante brasileiro no Mundial de Paris (1956), no qual lutou e conseguiu trazer para o Brasil o campeonato Mundial de 1960, em que presidiu todo o conclave. Em 1966, construiu no Fluminense uma equipe feminina vencedora de muitos campeonatos regionais, tendo excursionado ao exterior diversas vezes, além de realizar intercâmbio com times japoneses em território brasileiro.

 

Torneio de duplas (indoor), Hugo (2) e Gil (3) em janeiro de 1950. Foto: acervo José Gil Carneiro de Mendonça..
Seleção carioca, 1948, vendo-se Coqueiro (6) primeiro à esquerda, agachado.
Equipe do Fluminense campeã em 1957, vendo-se Gil (3) em pé e Arlindo (14), agachado. Foto: acervo José Gil Carneiro de Mendonça.

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Calendário Fivb – 2013

 

A Federação Internacional de Voleibol anunciou o calendário do Voleibol Indoor para 2013, salientando-se o novo figurino da Liga Mundial e do World Grand Prix e uma nova competição, o Campeonato do Mundo de Sub-23. A edição do próximo ano da Liga Mundial será disputada na Fase Intercontinental por 18 seleções repartidas por 3 Poules, sendo estas compostas por 6 equipes cada.

 

Poule A: Brasil, Polônia, EUA, Bulgária, Argentina e França;
Poule B: Rússia, Itália, Cuba, Sérvia, Alemanha e Irã;
Poule C: Canadá, Coreia do Sul, Finlândia, Holanda e mais dois países, a definir pela FIVB.

 

As Poules A e B foram determinadas utilizando-se o sistema de serpentina baseado no ranking mundial (atualizado em 13/8/2012), enquanto a Poule C será formada pelos quatro melhores classificados do ranking logo a seguir às 12 selecções das poules A e B e, ainda, por dois países que serão escolhidos pela FIVB. A Fase Final será disputada por 8 seleções: o organizador, os três primeiros classificados da Poule A e da Poule B e, ainda, o primeiro classificado da Poule C.

Calendário para 2013 de Voleibol Indoor (FIVB) 

Competição Organizador Data
Mundial de Clubes Por definir 1 e 15 de maio
Mundial de Sub-20 – feminino Brno e Prostejov (Rep. Checa) 7 a 16 de junho
Fase Intercontinental
da Liga Mundial
Vários 7 de junho a 7 de julho
Mundial de Sub-19 – masculino Mexicali e Tijuana, México 27 de junho a 7 de julho
Mundial de Sub-18 – feminino Nakhon Ratchasima, Tailândia 5 a 14 de julho
Mundial de Sub-23 – feminino Por definir 12 a 21 de julho
Final da Liga Mundial Por definir 16 a 21 de julho
Mundial de Sub-23 – masculino Por definir 2 a 11 de agosto
World Grand Prix – Fase Preliminar Vários 2 a 18 de agosto
Mundial de Sub-21 – masculino Ankara e Izmir, Turquia 22 de agosto a 1 de setembro
World Grand Prix – Finais Sapporo, Japão 28 de agosto a 1 de setembro
Grand Champions Cup – feminino Nagoya e Tóquio, Japão 12 a 17 de novembro
Grand Champions Cup – masculino Kyoto e Tóquio, Japão 19 a 24 de novembro

Mais informações: www.fivb.org   

Contributo ao Desempenho Educacional

Ensinar a Pensar e a Aprender

Será que se o professor de Educação Física conseguir ensinar os seus alunos a pensar eles aprenderão inclusive o conteúdo de outras matérias? Será que estar a repetir – quando acontece – sempre os mesmos gestos pode ser enquadrado como ensinar? Ou estamos falando de adestramento? Para compreendermos este processo vimos batalhando para descortinar o legado que nos deixaram muitos mestres da Psicologia Pedagógica, entre eles Piaget e Vygotsky.  Para aqueles que querem enveredar por uma nova metodologia, peço que não desprezem a singela contribuição contida em http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/ ou simplesmente, aqui no link ao lado PROCRIE no PREZI.

E por que estamos a repetir o convite e insistindo para as leituras que levam a este conhecimento? Porque temos certeza de que mais adiante, todos os seus alunos se recordarão do professor que lhes ensinou a pensar e a agir conforme seus pensamentos. Este foi o meu caso e jamais me esquecerei do professor Rubens (que não era diplomado), que nos proporcionava aulas magníficas de português e matemática. Foi incrível meu progresso aos 14 anos de idade, tanto nas matérias, como na vida. Em suma: ensinou-me a pensar e, daí para frente, tornei-me autodidata. Inclusive em matéria desportiva.

Tudo isto porque uma vez mais tomamos conhecimento do descalabro na gestão do ensino no Brasil. Ao que parece não há citação quanto à Educação Física, mas como sabemos (ou deveríamos saber), creio que podemos dar uma mãozinha aos professores de outras matérias. Gostariam de tentar? Uma tentativa ou primeiro passo já empreendemos no Prezi que, se bem observado, contém um Programa Pedagógico que ensina a pensar e não a tornar a criança ou jovem em um atleta olímpico, ou a buscar talentos, mas a formar indivíduos pensantes e socialmente realizados. Assim, por que não fazermos como o beija-flor que carrega água no seu bico para apagar o incêndio da floresta, enquanto todos os demais animais fogem? 

Vejam o artigo publicado recentemente na imprensa:

“O Brasil ficou na penúltima posição em um índice comparativo de desempenho educacional feito com dados de 40 países. O ranking, divulgado nesta terça-feira, 27, pela Pearson Internacional, faz parte do projeto The Learning Curve (Curva do Aprendizado, em inglês), realizado pela Economist Intelligence Unit (EIU). O estudo mede os resultados de três testes internacionais aplicados a alunos do 5.º e do 9.º ano do ensino fundamental. A Finlândia e a Coreia do Sul foram os países mais bem colocados. O Brasil ficou à frente apenas da Indonésa, e atrás de países como Bulgária (30.º), Romênia (32.º) e Colômbia (36.º). O índice global de habilidades cognitivas e de desempenho escolar foi criado a partir do cruzamento de indicadores internacionais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): Programa Internacional de Avaliação dos Alunos (Pisa), Tendências Internacionais nos Estudos de Matemática e Ciência (Timms) e avaliações do Progresso no Estudo Internacional de Alfabetização e Leitura (Pirls), assim como dados educacionais de cada país sobre alfabetização e as taxas de conclusão de escolas e universidades. O desempenho de cada país mostra se ele está acima ou abaixo da média global calculada a partir dos dados de todos os participantes. Segundo os dados divulgados nesta terça, 27 dos 40 países ficaram acima da média, enquanto 13 estão abaixo do valor mediano. Os países ainda foram divididos em cinco grupos, de acordo com a sua distância da média. O Brasil, que teve pontuação de -1.65, foi incluído no grupo 5, onde estão as sete nações com a maior variação negativa em relação à média global. De acordo com Mekler Nunes, diretor superintendente de Educação Básica da Pearson no País, o 39.º lugar não é de todo ruim. Isso porque os 40 países que compõem o ranking são os únicos entre as 193 nações existentes a ter dados históricos e estatísticos comparáveis sobre a qualidade da educação. “Estar nessa relação de países já é, por si só, um destaque”, afirma. “É sinal de que já fizemos o dever de casa mais básico”.

 Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,ranking-de-qualidade-em-educacao-coloca-brasil-em-penultimo-lugar,965935,0.htm

Treinador Internacional? – International Coach?

Roberto Pimentel presenteia o craque e recebe elogios pela obra. (nov.2012)

A Fivb falando português?

Neste meado de novembro, no Centro  de Desenvolvimento de Voleibol (ARYZÃO), em Saquarema (RJ), encontramo-nos com o novo presidente da Fivb, Ary Graça, a quem parabenizamos efusivamente e pudemos em poucos instantes mostrar-lhe os resultados fantásticos dessa nossa atuação à frente do Procrie. Afinal já colecionamos mais de 120 mil visitantes a 200 mil páginas, e 113 países. Será que está no momento de a Federação Internacional acrescentar também o português aos seus documentos? Surpreendentemente para nós, foi enfático e disse: “Entre no site da Fivb e inscreva-se como treinador internacional”. Ainda sem entender o que acontecia, respondi-lhe: “Presidente, gostaria de manter-me no Brasil, onde 90% dos visitantes anseiam por cursos presenciais”.

Outra visita ilustre, do ex-jogador espanhol Rafael Pascual Cortés, apelidado de “El Toro”, “El Macho” e “El León” e o melhor jogador do Campeonato Mundial de 1998 no Japão. (Wikipedia)

 

Depois de meditar, tomei a resolução de escrever à Fivb com a ajuda de meu filho na versão para o inglês. Eis o texto bilíngue, postado nesta data, carregado de muita emoção e uma ponta de orgulho: seríamos nós merecedores de tamanha honra?

 De: Roberto Pimentel – Enviada em: terça-feira, 27 de novembro de 2012 14:26
Para: ‘technical@fivb.org’Assunto: Treinador internacional (International coach)

Senhores,

Foi-me sugerida a inscrição nesta Federação como “treinador internacional”, mercê de meus trabalhos diferenciados na área da Iniciação e Formação ao voleibol especialmente voltados para o professor na escola. O projeto está desenvolvido em www.procrie.com.br/procrienoprezi/, um “Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol”, diretamente voltado para o professor não especialista.

Conforme o Google Analytics, depreenderão que ampliamos nossas ações para além-mar, especialmente em comunidades lusófonas, além de muitos outros países, em número de 113 após 2 anos e 7 meses. Certamente que 90% se referem ao Brasil, onde escolares se reportam ao Procrie para consultas, pesquisas e trabalhos. Além do mais, conseguimos penetrar igualmente na selva Amazônica, o que nos orgulha e engrandece. No momento, foram realizadas 120 mil visitas a pouco mais de 200 mil páginas e tempo médio de permanência de 00:02:16. Para nós, um sucesso retumbante e sinal de que estamos no caminho certo. Necessitamos, agora, apresentarmo-nos em Cursos Presenciais.

Gostaríamos do apoio da FIVB para continuar nessa cruzada e tornar possível o desenvolvimento de tantas crianças e jovens carentes de informações e técnicas modernas de ensino aos seus professores. Neste momento, buscamos parceiros para nos facultar os recursos imprescindíveis para a realização de “Cursos Presenciais” regulares, indispensáveis ao Ensino a Distância que já vimos promovendo. Ressaltamos, ainda, que poderíamos estender as ações também na América Latina e África lusófona, carente de igual projeto.

Finalmente, acrescento que sou autor/editor de recente livro intitulado “História do Voleibol no Brasil” (2vol., 1.047pág.) que retrata a longa escalada nacional no período 1939-2000. A obra está adjetivada como enciclopédica, memorialista e de referência.

Atenciosamente,

Roberto A. Pimentel

www.prrocrie.com.br/    http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/

 Niterói – RJ, BRASIL

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Gentlemen,

It was suggested to me the affiliation to this Federation as “international coach”, due to my differentiated works in the field of Introduction and Formation to volleyball specially devoted to the teacher at school. The project is developed at www.procrie.com.br/procrienoprezi/, a “Contribution to the Development of Volleyball”, directly aiming at the non-specialist teacher.

Google Analytics shows how our actions were amplified overseas, specially within the Portuguese-speaking community, in a total of 113 countries after 2 years and 7 months of operation. Surely 90% refer to Brazil itself, where school communities refer to Procrie for consultation, research and work. We are also proud to have equally penetrated the countryside, even the Amazon forest. We count at the moment 120 thousand visits to a bit more than 200 thousand pages with an average permanence time of 00:02:16. This means to us a striking success and a demonstration that we are on the right track. What we need now is to introduce ourselves through Live Courses.

We would like to have the support of the FIVB to keep this crusade and make possible the development of so many children and young men and women without access to information and of up-to-date teaching techniques to their teachers. Presently we look for partners that can provide us the necessary resources to the realization of regular Live Courses, indispensable to the Remote Teaching we have been promoting so far. It is noteworthy that we could also aim at spreading the actions towards other unassisted regions such as Latin America and the Portuguese-speaking African nations.

Finally, I should add that I am the author/publisher of a recent book entitled “História do Voleibol no Brasil” (“History of Volleyball in Brazil”; 2 vols., 1,047 pages) that portrays the long rise of Brazilian volleyball in the period 1939-2000. The work has already been considered encyclopedic, historical and a reference.

Sincerely,

Roberto A. Pimentel

www.prrocrie.com.br/     http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/

Niterói – RJ, BRAZIL

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