Fábrica de Sonhos

Papai Noel, alguém acredita?

  Um Outro Mundo é Possível

Você acredita em Papai Noel? Quando se tem como oferta produzir qualquer tipo de educação para crianças, pensa-se em trabalhar também com marketing e comunicação, em que todas as temáticas passam a ser de seu interesse e o sentimento é de estar num país que não tem olhos de ver, que ainda não acordou para a sua realidade.    

 

O tempo passou muito rápido desde que voltei das primeiras experiências em 1974-75. Fui convidado a realizar um curso em Recife (PE) e, no ano seguinte, a participar de um encontro mundial sobre iniciação ao voleibol quase no topo do mundo, lá na Suécia.

1º Curso de Mini Vôlei no Brasil; SESI, Recife (PE), 1974

Esta foi a primeira vez que a Federação Internacional resolveu discutir o tema e o seu papel no desenvolvimento do esporte. Na mesma sala, muitos professores e técnicos de diversas nacionalidades, gente importante do esporte, com muita experiência, autores consagrados, catedráticos. Todos unidos, próximos, para falar em linguagem simples de como ensinar a aprender o movimento e como isso era importante de ser compreendido. À nossa volta, prontos para as aulas práticas, uma dúzia de lindas crianças suecas, todas entre 11-13 anos de idade, com seus olhares azuis, faces rosadas e cabelos loiros, quase brancos. Durante oito dias permanecemos num verdejante hotel na pequena cidade de Ronneby, pouco mais ao sul da capital Estocolmo. Corria o mês de julho, pleno verão para eles e o sol insistia em não se retirar, aquecendo corpos alvejados pelo longo inverno, como se compensasse tanta ausência. O firmamento jamais se entregava à noite, prejudicando o brilho das estrelas. Nesse cenário, várias demonstrações, aulas, palestras, filmes, debates e discussões em torno do tema ajudaram a construir e preencheram nossos dias. Em slides, calcamos nossa fala numa das mais animadas reuniões: versava sobre o emprego do jogo de peteca na iniciação ao vôlei. Tivera o cuidado de fotografar a atividade em várias praias do Rio e Niterói, o que contribuiu para uma verdadeira descontração entre os participantes. E até porque o meu intérprete foi o mexicano Ruben Acosta Hernandez, então vice-presidente da FIVB.                    

Os responsáveis pela educação ou pelo esporte do Brasil em momento algum se deram conta do interesse que aquele encontro despertou em outras nações e sua importância ao serem discutidos temas pertinentes. Somos, realmente, uma sociedade de resultados, imediatista, sem qualquer pretensão ao planejamento, pesquisa ou estudo. Fui obrigado a me mexer, a me mostrar para, obstinadamente, não deixar morrer o sonho de ajudar a construir um outro mundo para as crianças. Mas tudo isso é compensado quando se vê um sorriso de criança, pobre ou rica, numa confraternização que mostra que pelo menos a utopia é possível. E isto vivenciei, tanto em Icaraí, na Barra, em Ipanema, em Copacabana, como também no morro do Cantagalo e alguns CIEPs – as escolas municipais – do Rio de Janeiro.                    

Roberto Pimentel na Praia de Icaraí, maio/1993, 300 crianças.

Um dia, tenho certeza, ainda verei um número que desconheço – multiplicado por 100 mil e estará por aí, nas escolas, nas praças, com suas bolas e bonecas alegres e divertidas, a brincar e a jogar. E em todos os pequenos corações a inscrição: “um outro mundo é possível”!                   

Meus agradecimentos a várias entidades e personalidades que acreditaram e contribuem para que o sonho se torne realidade. Entre tantos, Carlos Arthur Nuzman, atual presidente do COB, CBV, Prefeitura do Rio do Janeiro (Fundação Rio Esporte e Secretaria de Educação), Centro Rexona (Curitiba, PR), Bernardinho, o meu maior incentivador Arlindo Lopes Corrêa, e tantos outros que me ajudaram e estão contribuindo para a realização de um grande sonho. Cheguei até aonde poderia ter chegado. Cabe a eles e a nova geração de professores criarem seus próprios sonhos e ir mais longe.                     

Vejam a seguir alguns registros dessa escalada para mim vitoriosa, pois estarei computados pouco mais de 30 mil visitantes a este Procrie em somente 12 meses de atuação.                    

Ricardo Tabach supervisor de curso coordenado por R. Pimentel, Recife, 1991
Bernardinho, Tabach e a seleção feminina em Copacabana, 1994.
Roberto Pimentel, Bené, Bernardinho e R. Tabach, praia de Copacabana, 1994.

 

Ginásio do Tarumã, Curitiba, adaptado para o Centro Rexona, com suas quadras de mini voleibol.
1º Curso de Técnicos de Voleibol de Praia, EsEFEx, Rio de Janeiro
Curso de Formação (CBV) para professores da rede pública (Cieps) do Rio de Janeiro

                     

Exibição de mini vôlei no Maracanãzinho após Brasil e Rússia (Liga Mundial)
Bernardinho e Tabach, lançamento de franquia na Hebraica, revista Veja Rio

Procrie na Polônia

Intercâmbio cultural     

Aprendo muito conversando com pessoas inclusive estrangeiras. É algo que edifica nossa personalidade. Trata-se de um intercâmbio de ideias muito bom que sugiro aos meus leitores fazer o mesmo. Este Procrie vem colecionando visitantes de duas cidades polonesas, Gliwice e Katowice. Entretanto, há duas semanas aconteceu-me algo inédito e bastante edificante. Recebi um e-mail de um cidadão polonês de Blachownia, uma cidade ao Sul do país. Em seu bom português esclarece o seu interesse. Praticamente usando o vocabulário do amigo polaco, resumo abaixo o que me expôs em diversas correspondências.      

Amo e gosto muito do voleibol brasileiro. Por certo tempo fui jornalista na Polônia e escrevia artigos sobre a Superliga de vôlei no Brasil. Revela ainda querer conhecer essa história em detalhes e, no futuro, viajar ao Brasil uma vez mais, pois já o fizera no ano passado. Na oportunidade, comprou diversos livros a respeito. Pensou também em escrever um livro da história do voleibol brasileiro direcionado aos poloneses, em língua polaca, uma vez que há anos coleta dados e matérias, mas sente a necessidade de voltar ao Brasil e produzir pesquisas aqui mesmo em arquivos, livros, realizar entrevistas etc. Acredita que encontrará leitores em seu país, pois há muitos fãs do voleibol brasileiro. Daí o empenho em fazer contato comigo, pois tomou conhecimento de que escrevi essa história recentemente e me considera um especialista. Dessa forma será o primeiro da lista no exterior para receber a obra que espero pacientemente pelo meu editor ‘conceber’ o primeiro volume. Felizmente ele sabe e já possui vários livros sobre o assunto, além de matérias esparsas colhidas em entrevistas de jogadores para revistas polonesas. Todavia, o vôlei brasileiro é pouco conhecido na Polônia, muito embora os fãs conheçam e respeitem muito a seleção brasileira, masculina e feminina, com as quais o país tem jogado frequentemente. Eles poucos sabem sobre os jogos da Superliga devido ao fuso horário (muito tarde) e também a dificuldade do idioma, pois os polacos preferem aprender inglês, alemão, russo e francês. Daí a dificuldade em ler sites brasileiros. Finalmente, o voleibol europeu é mais importante, pois é do seu próprio continente, são muitas as partidas pelos campeonatos e seus jogadores atuam em equipes europeias.       

Foto: AFP.

Cita diversos livros como Oscar Valporto “Vôlei no Brasil – Uma História de Grandes Manchetes”, Vitória! A Força, A Garra Emoção. “O Vôlei de Ouro do Brasil”, Rodrigo Kock – “A Saga Dourada de Vôlei etc. Informa que gosta de ler “Levantando a vida” do Ricardinho, e me deixa algumas questões: 1) O que você acha sobre o conflito entre Ricardo e Bernardinho? 2) O Rezende estava certo quando cortou Ricardo da selecão?  3) Quem está certo?  4) O que você pensa sobre o Ricardinho? Revela por último que se trata de algo importante para ele, que confessa saber pouco sobre o assunto. Em contrapartida insinuei que talvez fizesse a edição do 2º volume em e-book, no que refutou imediatamente, pois não crê que seria do agrado dos leitores”.       

Como simples observador, não me cabe julgar comportamentos, até porque me escapam os verdadeiros motivos de tanta celeuma. Talvez um choque de personalidades e muito agito (fofoca) da imprensa. Ao que se sabe, após entrarem em atrito e ficarem três anos sem conversarem, Bernardinho e Ricardinho ensejaram uma aproximação em 2010. O técnico acrescentou o jogador à pré-lista do Mundial da Itália. No entanto a volta do levantador, campeão olímpico em Atenas/2004, acabou vetada. Na ocasião, Bruno (filho do treinador) e Marlon foram os escolhidos.      

História do Voleibol no Brasil. Assim que o editor liberar os 100 primeiros livros, enviarei um exemplar para o meu correspondente polaco, sem dúvida. Mas, como deve estar interessado na atualidade, recomendei-lhe o site do Terra, que contém noticiário jornalístico. Quanto à minha obra, a história que escrevi está representada somente no séc. XX, tendo me esforçado para resgatar os fatos mais remotos através de pesquisas e entrevistas com pessoas mais antigas, algumas já falecidas. Criei um invejável acervo, inclusive fotográfico. Na sua apresentação, está adjetivada como enciclopédica e memorialista. Espero não decepcionar os leitores.        

Brasil vs. Polônia. Quando falou sobre os fãs poloneses lembrei-me do jogo Brasil (2) x Polônia (3), no Mundial de 1960, aqui na minha cidade (Niterói), juntinho ao Rio de Janeiro. A partida foi a mais longa dos jogos, com duração de pouco mais de 3h, tendo terminado na madrugada. Poderá ver foto da equipe brasileira durante treinos no ginásio em “Mundiais de Voleibol no Brasil, 1960″. (vários  artigos: em dúvida, vá ao “SUMARIO”). Mas quatro anos antes, no Congresso do Mundial de Paris, uma decisão foi tomada tratando de interesses entre Brasil e Polônia. Vejam a seguir.      

CAMPEONATOS MUNDIAIS NO BRASIL, 1960 – Colocação Geral              

Masculino: 1) URSS, 2) Tchecoslováquia, 3) Romênia, 4) Polônia, 5) Brasil, 6) Hungria, 7) Estados Unidos, 8) Japão, 9) França, 10) Venezuela, 11) Argentina, 12) Paraguai, 13) Uruguai, 14) Peru, 15) Índia, 15) México, 15) Rep. Dominicana. (estes três últimos não compareceram, apesar de inscritos)          

Feminino: 1) URSS, 2) Japão, 3) Tchecoslováquia, 4) Polônia, 5) Brasil, 6) Estados Unidos, 7) Peru, 8) Argentina, 9) Uruguai, 10) Alemanha Ocidental, 11) Paraguai (não compareceu apesar de inscrito).           

Antecedentes. Ainda em Paris, no ano de 1956, na seção de abertura do Congresso Mundial de Voleibol, dezenas de delegações participantes apresentaram suas credenciais e, após as proposições protocolares, iniciaram os debates em torno de vários itens constantes da Ordem do Dia. Desses, o que maior importância suscitava era o que indicaria a colocação dos países nas várias séries de cada categoria. No dia seguinte, o Congresso trataria da próxima sede para os Campeonatos e já se previa um duelo acirrado entre a Polônia, já com prioridade antecipada, e o Brasil, solicitador há um mês. Os observadores acreditavam que a Polônia, além da simpatia óbvia de todo o bloco da Cortina de Ferro, contaria ainda com o apoio de muitos países europeus interessados em não sair do continente. Todavia, havia esperança de que a própria Polônia abrisse mão em favor do Brasil, possibilidade que veio a se concretizar. José Gil Carneiro de Mendonça (delegado brasileiro) participou de dois outros congressos na Europa para consolidar o Brasil como sede do Mundial. O país concorrente – Polônia – aceitou as condições oferecidas pelo Brasil, contribuindo dessa forma para que pudéssemos patrocinar o certame. A quantia de Cr$1.250.000,00 (um milhão e duzentos e cinquenta mil cruzeiros) oferecida para transporte da delegação polonesa foi aceita e, no caso do campeonato ter saldo favorável, o Brasil se comprometeu a aumentar a cota da Polônia. Gil teve também a ajuda do russo Savin, pai do excelente jogador que brilharia no cenário mundial na década de 80. Ficou também acertado que o país não poderia arcar com despesas de hotel para as delegações e que as mesmas seriam alojadas em dependências modestas, no próprio ginásio, caso contrário o Brasil não poderia realizar o evento. Gil conseguiu os votos da URSS, França, Tchecoslováquia e Iugoslávia, países que comandavam a FIVB.        

Estaremos todos aguardando a repercussão desse texto em solo polaco e as manifestações carinhosas dos internautas.       

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(Acrescido em 6.3.2011) 

Liga Mundial. Eis uma boa oportunidade de os poloneses assistirem a seleção brasileira. 

O Brasil, que lutará pelo 10º título da competição, está no Grupo A, ao lado de Polônia, Estados Unidos e Porto Rico. A Liga Mundial começa no dia 27 de maio e terá as finais disputadas de 6 a 10 de julho na cidade de Gdansk, na Polônia

Grupos da Liga Mundial: 

Grupo A: Brasil, Polônia, Estados Unidos e Porto Rico
Grupo B: Rússia, Bulgária, Alemanha e Japão
Grupo C: Sérvia, Argentina, Finlândia e Portugal
Grupo D: Cuba, Itália, França, Coreia do Sul 

Portugal de Norte a Sul

Cidades com internautas ao Procrie. Fonte: Wikipédia e Google Analytics.

Dando início à nossa viagem por Portugal, hoje estaremos visitando Póvoa de Varzim com um único visitante ao Procrie. Mais adiante, estaremos comentando sobre as  cidades no extremo sul do país, todas com alguma frequência ao site. Neste percurso, trata-se de descobrir-lhes a vocação para o voleibol e dar-me a conhecer para melhor corresponder às suas querenças. Lembrando que todo arcabouço pedagógico tratado aqui é factível de ser empregado para os desportos em geral e, mais importante, para a vida. Vejam que fui descobrir em trabalho acadêmico de estudantes portugueses excelentes ensinamentos com os quais estou comprometido do matemático húngaro George Pólya. Além disso, de outros textos, sabemos todos que o voleibol se desenvolve em solo nacional prioritariamente nas maiores cidades e próximo ao litoral. Quero crer que, como no Brasil, a brisa marinha é um convite ao lazer e à vida ao ar livre. Contudo, embora litorâneas, as cidades ao Sul carecem de infraestrutura e, possivelmente, de uma população infantil adequadas às necessidades de desenvolvimento de qualquer esporte coletivo. Afora, a tradição cultural. Isto é o que pretendo descobrir com a ajuda dos amigos portugueses.        

         

Póvoa de Varzim.  Perdôem-me os portugueses, mas escrevo também para uma legião considerável de brasileiros. Assim, sirvo-me da Wikipédia para dar-lhes a conhecer uma pequena grande cidade, cuja filha mais ilustre veio a ser a avó de minha esposa. Por isto, visitamos a cidade em 2007 e trouxe a foto ao lado. Ficamos realmente encantados. !         

Um habitante da Póvoa de Varzim é conhecido por Poveiro. Estima-se que em 2008 a população era de 66.655 habitantes, sendo que 60% dos quais viviam na cidade. O número sobe para 100 000 quando se considera áreas-satélite envolventes, tornando-a na sétima maior área urbana independente em Portugal, dentro de uma aglomeração policêntrica de cerca de três milhões de pessoas. Durante o Verão a população residente atinge os 200 mil; este movimento sazonal proveniente de cidades vizinhas é motivado pela praia e 29,9% das casas tinham uso sazonal em 2001, o mais alto do Grande Porto. A Póvoa de Varzim é a cidade mais jovem do Grande Porto, com uma taxa de natalidade de 13,665 e de mortalidade de 8,330. Ao contrário de outras zonas peri-urbanas do Grande Porto, não se constituiu como uma cidade satélite.            

Populares jogam voleibol na Praia Verde. Fonte: Wikipédia.

Município do Futuro. A Póvoa de Varzim de hoje é uma cidade cosmopolita. A qualidade de vida na cidade, tendo sido notada como o município mais desenvolvido no distrito do Porto e como o “Município do Futuro”, o desenvolvimento de infra-estruturas e os 15 minutos de distância que separam a cidade do Porto e Braga, tem levado à fixação de novos residentes, provenientes de cidades vizinhas, tais como Guimarães, Famalicão, Porto e Braga e à ascensão do setor imobiliário que poderá duplicar a população residente a médio prazo. Segundo a câmara municipal, 38% da população da Póvoa de Varzim praticam desporto, um valor superior à média nacional. Os desportos mais populares são o futebol e a natação. O Estádio Municipal e seus campos sintéticos do Parque da Cidade são o palco do campeonato inter-freguesias onde 19 clubes de futebol popular competem. Em frente ao complexo de piscinas públicas, acham-se as Piscinas do Clube Desportivo de Póvoa, um clube que se evidencia pela porção de praticantes em vários desportos: basquetebol, voleibol, hóquei em patins, automobilismo e atletismo. Existe ainda o Clube de Andebol da Póvoa de Varzim e o Póvoa Fustsal Club. O voleibol de praia e o futevôlei são desportos populares nas praias poveiras e foi aí que se começou a praticar futevólei, pela primeira vez, em Portugal. A Póvoa de Varzim possui 12 km ininterruptos de praias de areia dourada, formando enseadas divididas por rochedos.             

Para que não pensem o contrário, eis-me entre as flores de antiga fortificação em Póvoa de Varzim, maio de 2007.

Desenvolvendo o voleibol. Caso haja interesse para o desenvolvimento do voleibol na cidade, seria ainda interessante termos mais conhecimento do que se desenvolve nas escolas, a partir do ensino fundamental, o número de crianças e sexo. Por quê? Pelo que vimos acima e pelo que já deduzimos de outras leituras, o futebol é o esporte mais atraente no país e, com os 19 clubes na cidade, não é diferente. Contudo, há uma alternativa alvissareira que poderia se constituir em um problema: o público feminino. É bem provável, até por aspectos culturais, que as mulheres não pratiquem o futebol. Sendo assim, se uma metade (masculina) volta-se para os estádios, ou o pratica passivamente (torcedor), a outra parte (feminina) estará disponível para o voleibol. Trata-se de se chegar a elas, as meninas, o quanto antes. Para tanto, há que se promover algumas medidas de aspectos variados – pedagógicas e marqueteiras – no intuito de despertar a curiosidade revestindo todas as ações de plasticidade e encantamento. A nossa competição passa, então, a ver quem consegue mais adeptos para a modalidade, e não selecionar as “mais altas”, as “mais bonitas” ou as “mais ….” O que nos importa neste instante é exatamente a quantidade de crianças que se possa arregimentar e congregar com atividades alegres, divertidas e perenes, não importa a época do ano. Sugere-se envolvimentos entre os educandários, clubes e municipalidade. Até porque se estiverem praticando o nosso esporte – o voleibol – é sinal que na competição com outros desportos, nossa pedagogia é superior e muito mais atraente. Esta será, então, a nossa preocupação: “atrair e manter o maior número de adeptos”. Quem são os nossos concorrentes? Vocês, professores, saberão dizer melhor do que eu.         

Atenção. Faço uma ressalva para o cuidado que deverão ter com a atuação do Gira-Volei. A meu ver estão recaindo na seleção de talentos, pois suas práticas eventuais dizem mais do que suas visões, isto é, estimulam a competição e muito pouco a inclusão. Há algum tempo frequentei o site e constatei o que as crianças pensam e dizem na Internet. O que propomos no Procrie é muito mais do que premiar campeões, mas realizar na prática a harmonia e o bem querer entre as crianças. Poderão conhecer as premissas em “Quem Faz”.  Além disso, estimulamos e perseguimos ideais pedagógicos para todo e qualquer desporto e, assim, pensamos estar auxiliando professores e pais nas buscas de seus alunos e filhos. Não nos furtamos a colaborar em qualquer área desportiva, exceto a competição pela competição.            

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Na próxima postagem sobre o tema estaremos dando um grande salto até Sul do país, na Região do Algarve, percorrendo o Distrito de Faro, com Albufeira, Boliqueime e Portimão. Além da Wikipédia, gostaria da ajuda dos internautas que já frequentam o Procrie nesta região aprazível e que desconheço. Quem sabe surja um convite a visitá-los e promovermos aulas para 300-400 crianças simultaneamente? Aguardem-me!

Intercâmbio Brasil, Portugal, Alemanha

Raízes do Procrie

Na atualidade, penso que podemos aproveitar os meios de comunicação para estreitarmos laços de amizade e amor com o mundo. Os desportos, como a Internet, podem favorecer esta união maravilhosa. Sabendo usá-los tornam-se imprescindíveis para um aprofundamento e desenvolvimento pessoal incomparável. Ter o esporte como profissão parece-me um desvirtuamento, haja vista exemplos mundiais de mau caráter e fair-play de desportistas e dirigentes na busca da consagração, isto é, de dinheiro e poder. 

Muito embora já tenha consignado neste blogue a Missão e Visão de que estou imbuído (“Quem Faz”), reporto-me agradecendo ao site Sovolei a oportunidade que seus gestores me proporcionaram para dizer um pouco mais, ou novamente, sobre o meu pensar e conduta ao longo de minha vida. E o que desejo passar às novas gerações. Dê um pulinho lá, e se tiver paciência, veja como estou pensando aos 71 anos de idade.

PORTUGAL

Como muitos já sabem, sou um dos colaboradores do site português Sovolei com artigos técnicos à semelhança do Procrie. Neste final de ano tive a primazia de falar aos portugueses e demais internautas que acompanham aquele site sobre minhas atividades e esperanças, planos e metas. A partir do dia 28 já está “no ar” a entrevista sob o título Entrevista Sovolei a… Roberto Pimentel. Muito importante está sendo para mim, uma vez que oportuniza poder dizer sobre o meu pensar a respeito do ensino desportivo. Poderão descortinar em rápidas palavras como surgiu a idéia de formatar um Centro de Referência em Iniciação Esportiva, o Procrie, que até então é virtual, mas caminha a passos largos para a criação de diversos Núcleos independentes pelo Brasil e, quiçá, em Portugal.

Outras questões surgiram durante nossa conversa, abrindo-se um leque de interesses para os quais também eu mesmo busco respostas:

– Como explicar tanta procura pelos inúmeros conteúdos postados?  

– Como penso o desporto na vida?

– O que pretende com o Procrie?

Vejam os meus amigos leitores, que a cada passo, a cada descrição de um fato corriqueiro, um lance de jogo, um comentário de leitor, inúmeras nuances surgem e geram novos escritos e, incrível, que nos remontam ao passado. Sinto-me completamente realizado p.ex. por ter escrito a História do Voleibol no Brasil no séc. XX e por ter “descoberto” a Psicologia Pedagógica, ainda que rudimentarmente, pois já na minha velhice. A partir daqui, realizo-me em plenitude como um autêntico pedagogo desportivo, muito embora tenha consciência de que pouco sei.

ALEMANHA

Há pouco, em 26 deste mês, postei o artigo “Procrie na Alemanha, VOLLEY-BALL, SPIELEND LERNEN – SPIELEND ÜBEN”, uma homenagem ao ilustre Professor Gerard Dürrwächter, a quem conheci no 1º Simpósio Mundial de Mini Voleibol, na pacata cidade de Ronneby, Suécia. 

A sua lembrança deveu-se a alguns artigos que tenho lido sobre a “Alegria em Voleibol”, muitas vezes não muito compreendidas por leigos ou desavisados. Vejam que o subtítulo acima (em alemão), traduz-se em “Aprender Brincando – Aprender Jogando”, de uma de suas obras. Como sou um dos seus devotos seguidores nesta arte de ensinar, aproveitei-me para relembrar a origem de meus pensamentos.  Assim, além do artigo aqui no Procrie, enviei mensagem à Federação de Voleibol Alemã, congratulando-me com a alegria demonstrada por sua representação feminina no recente Mundial do Japão, enquanto solicitava um contato com o Prof. Dürrwächter, que provavelmente ostenta 82 anos de vida, tendo merecido há pouco (aos 80 anos) uma merecida homenagem da sua Federação.  

Deutscher Volleyball-Verband –  © 2010 Deutscher Volleyball-Verband Otto-Fleck-Schneise 8 60528 Frankfurt/Main Telefon 069 / 69 50 01 – 0 Fax -24 info@volleyball-verband.de

À Federação Alemã de Voleibol (www.volleyball-verbande.de)

Homenagem a Gerard Dürrwächter

Senhores, Presto um homenagem ao Professor Dürrwächter que me serviu de inspiração para o ensino de voleibol a crianças. E à alegria das atletas alemãs no Mundial do Japão. Peço que divulguem entre os seus treinadores afiliados o que se contém em www.procrie.com.br/procrienaalemanha . Atenciosamente, Professor Roberto Pimentel, Brasil

Utilizei-me do Google Translate e reproduzi em alemão:

Tribute to Gerard Dürrwächter
Herren,
Presto eine Hommage an Professor Dürrwächter, die mich zum Volleyball, Kindern beizubringen inspiriert. Und die Freude an der deutschen Athleten bei der WM in Japan Ich verlange, dass Trainer Öffentlichkeit unter seinen Mitgliedern, was in http://www.procrie.com.br / procrienaalemanha enthalten machen.
Mit freundlichen Grüßen,
Professor Roberto Pimentel, Brasilien

 

E ao próprio, solicito à Federação que faça chegar ao Professor a seguinte mensagem:

Prezado Gerard Dürrwächter,

Conhecemo-nos em Ronneby, Suécia, por ocasião do 1º Simpósio de Mini Voleibol em julho de 1975. Dei-lhe uma peteca (indiaka) e encantei-me com a sua metodologia que persigo e divulgo até hoje. Peço que visite http://www.procrie.com.br/procrienaalemanha e veja a homenagem que presto a você. Espero que esteja bem e que Deus abençoe a sua casa. Um grande abraço do amigo Roberto Pimentel.

E, uma vez mais, o Google Translate me auxiliou:

Lieber Gerard Dürrwächter,
Wir trafen uns in Ronneby, Schweden, anlässlich des 1. Symposiums über Mini-Volleyball im Juli 1975. Ich gab ihm einen Federball (indiaka) und entzückte mich mit ihrer Methodik und offenbaren, dass ich heute zu verfolgen. Ich bitte. Sie http://www.procrie.com.br / procrienaalemanha besuchen und sehen, dass ich Tribut zollen zu Ihnen. Hoffe, du bist gut und Gott segne Ihr Zuhause. Eine Umarmung von einem Freund Roberto Pimentel, Brasilien.

Enfim, “Educar é Contar Histórias”, não lhes parece? Se tiverem paciência, muitas outras historinhas ainda terei forças para contar-lhes. Que o Senhor abençoe a todos vocês e suas famílias. Tenham um FELIZ ANO NOVO, repleto da Graça de Deus!

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PS: Vejam logo aqui abaixo – Comentários – a repercussão imediata da entrevista concedida ao sovolei. Só tenho a agradecer tamanha acolhida.

Financiamento a Projetos

Um exemplo a ser seguido, mas com cuidado.

Congratulo-me com os gestores educacionais de Maringá pelo oferecimento de incentivos a seus professores na formulação de projetos que contribuam para alavancar o esporte no Município. A partir de notícia colhida na Internet escrevo este artigo. 

A Secretaria de Esportes de Maringá (Sesp) montou uma equipe para facilitar e orientar na formulação e captação de recursos do Ministério do Esporte para projetos que poderão ser apresentados e avaliados pela Sesp. Os passos estão definidos a seguir e poderão servir de exemplo para outras Prefeituras. A partir daí trata-se de se esmerarem na difusão e democratização do esporte, um direito de todos.

Chamo a atenção para os pequenos grandes detalhes: “Não basta construir verdadeiros templos, mas dar oportunidade a TODOS e realizar com QUALIDADE. Para isto o Procrie estará sempre a acompanhá-los com projetos consistentes e duradouros. Percebam que venho disponibilizando programas de fácil execução, especialmente para escolas públicas, e também enfatizando sobre a importância de Curso Presencial, não só como reforço dos procedimentos pedagógicos, como pela confecção de materiais a baixo custo. Vejam o que se contém na última série de artigos na linha “Aprender a Ensinar”.  

Eis o teor da reportagem: www.odiario.com/esportes, André Simões; 25.12.2010.

Programa municipal – Mais dois projetos maringaenses foram aprovados na semana passada pela Lei de Incentivo do Ministério do Esporte (ME). Em reunião da última terça-feira, o ministério liberou captação de R$ 1, 950 milhão para o projeto. Ao todo, já são doze os projetos enviados ao ME, em fase de captação ou ainda esperando para serem analisados. Uma vez aprovados, os autores dos projetos têm uma verba limite para conseguirem captar, por meio da destinação do Imposto de Renda (IR) de pessoas físicas ou jurídicas para seus programas. O coordenador de projetos da Secretaria de Esportes de Maringá (Sesp), Alisson Gustavo Pereira, vê com otimismo o aumento do número de projetos contemplados, mas ainda nota receio das empresas em destinarem parcelas de seus impostos, por acharem que o procedimento chamaria atenção do Fisco. As pessoas físicas podem destinar até 6% do total do IR para os projetos da Lei de Incentivo; as pessoas jurídicas, 1%. O diretor de esportes e lazer da Sesp, Márcio Stabile, comemora o fato de que neste ano a secretaria conseguiu encaixar mais projetos na Lei de Incentivo. A prefeitura submete projetos próprios para aprovação em Brasília, mas qualquer interessado pode procurar a Sesp se quiser auxílio para compor uma nova proposta. “É só vir aqui que temos toda uma equipe para ajudar”, destaca. O diretor explica que, uma vez aprovada a verba, não é necessário conseguir captar todo o dinheiro previsto, com o orçamento do ministério funcionando como limite. “Se não der para conseguir tudo, basta uma readequação”.

Além da lei de incentivo federal, as prefeituras podem contar com programa próprio de incentivo ao esporte. A Prefeitura de Maringá, por exemplo, em 2010 destinou R$ 1,890 milhão a 21 associações esportivas, que devem apresentar como contrapartida equipes competitivas para representar o município nos Jogos Abertos Paranaenses (JAPs) e nos Jogos da Juventude. Para 2011, está previsto um aumento de 4% no orçamento. Grupos esportivos interessados em receber apoio do município devem encaminhar ofício à Sesp; como único pré-requisito, a associação deve representar uma modalidade esportiva que esteja nos JAPs e nos Jogos da Juventude e que não tenha equivalente entre as associações já contempladas. Stabile chama a atenção para o fortalecimento do programa municipal, lembrando que, quando foi implementado, em 1992, eram “apenas cinco ou seis” as associações contempladas. “Hoje já são 21. Conseguimos incrementar o orçamento graças a resultados expressivos nas competições”, diz o diretor.   Comentário. Por que as Secretarias de Educação – as escolas públicas – de todo o País não seguem este exemplo e se candidatam a receber tais incentivos? Com toda a certeza podem realizar muito mais com pouquíssimos recursos. Especialmente quando se sabe que os seus alunos, na sua esmagadora maioria, estão alijados das competições e eventos estudantis. Veja um dos motivos continuando a leitura da notícia. Por fim, ainda que sejam alocados recursos extraordinários devemos pensar e planejar o que realizar! Repetir o que se vem fazendo em termos de Iniciação Esportiva ou Formação não parece conferir confiabilidade a projetos; é pura perda de dinheiro, não precisamos de pisos importados e ginásios climatizados, mas um professor que tenha consciência e saber sobre seus afazeres. Que ele seja um educador, não um prospector de talentos. Estes surgirão sem dúvida a partir do momento em que se ofereçam oportunidades a todas as crianças, independentemente se em escolas públicas ou privadas. Espero que algum dos meus seguidores esteja atento ao momento e, em conjunto com colegas, realizem um grande mutirão neste sentido. Estarei pronto para visitá-los e contribuir com minha experiência para o seu pleno desenvolvimento. Lembrem-se que ainda ofereço um acompanhamento – tira dúvidas – além da divulgação do trabalho que realizarão. Boa sorte!

Procrie na Alemanha

Sete cidades com visitantes ao Procrie, exceção a Freiburg, uma homenagem ao professor G. Dürrwächter.

 VOLLEY-BALL, SPIELEND LERNEN – SPIELEND ÜBEN                   

Voleibol, aprender brincando – aprender jogando         

  

Homenagem a um Professor                        

Tenho um apreço e respeito muito grande pelo povo alemão e especialmente a um de seus professores. Trata-se de Gerhard Dürrwächter, a quem conheci em 1975 durante o 1ª Simpósio Mundial de Mini Voleibol na Suécia, sob os auspícios da Fivb e da Federação Sueca de Voleibol. Creio que habitava em Freiburg, daí a sinalização no mapa ao lado. Todavia, sem qualquer visitante a este blogue.      

Em 1974 descobri uma brochura intitulada “Novedades en Voleibol”, editada pelo Instituto Nacional de Educación Física Y Deportes, Madrid, de 1972. São textos de diversos autores europeus traduzidos para o espanhol e revisados pelo Centro de Documentação  e informação do I.N.E.F. Inclusive do Professor Dürrwächter.                        

Meu primeiro contato com a sua metodologia foi através de seu livro editado em Madri, também do INEF (1974), sob o título “Voleibol, Aprender Jugando – Practicar Jugando”. Trata-se de um método pedagógico auxiliar para a iniciação ao voleibol; anexos, as regras do jogo e material de instalação. Prefaciado por Edgar Blossfeld, treinador nacional da Federação Alemã de Voleibol (julho/1966), há indicações que o autor do livro foi também capitão da seleção nacional, com experiência no mais alto nível internacional e como professor de educação física de um centro de ensino médio, além de treinador de equipes de clubes, possui conhecimentos relativos à formação de principiantes. Anos mais tarde, já no Brasil, o livro foi traduzido e editado pela Ao Livro Técnico, Cadernos de Educação Física (Prática 13), e agora sob o título “Voleibol, treinar jogando”. Tenho ainda uma versão da obra impressa na Bélgica: “Le Volley-Ball, apprendre et s’exercer en jouant”, Editions Vigot, tradução do título original alemão VOLLEY-BALL, SPIELEND LERNEN-SPIELEND ÜBEN (7ª édition, 1976).                         

Ainda durante aquele Simpósio na pequena e pacata Ronneby, trocamos presentes: ofereceu-me seu mais recente livro sobre treinamento de voleibol para principiantes – VOLLEYBALL, SPIELNAH TRAINIEREN – e, em contrapartida, agraciei-o com uma peteca (indiaka). Ele foi um dos professores selecionados a oferecer o exemplo de uma aula prática com grupo de meninos suecos. A cada exercício parecia que já sabia o que aconteceria dada minha familiaridade com a sua metodologia, que passei a desenvolver e pesquisar a partir ainda de 1974 nos cursos realizados no Brasil. Não precisava conhecer o idioma alemão ou inglês, pois os gestos, as indicações e os próprios envolvimentos faziam-me adivinhar o que estava por vir. Foram momentos de exaltação e realização! Descobri o meu caminho e daqui para a frente tudo seria mais fácil. Em suma, “Aprendi a Ensinar”! Em sua homenagem, relembrando todos os oito dias de convivência, faço referência à sua metodologia e afiancio que esteja onde estiver jamais o esquecerei por sua simplicidade. Obrigado Professor Gerhard Dürrwächter! (Alguém me daria notícias suas?)        

Jogo de Peteca. Aos mais curiosos, apresentei no Simpósio uma alternativa de jogo com características táticas próximas ao voleibol. Em Niterói, minha terra natal, praticava com crianças na Praia de Icaraí. Posteriormente, incluí nas lições de saques a utilização daquele artefato que, lá na Suécia, denominavam INDIAKA. Um detalhe: na apresentação em slides, meu narrador foi o então vice-presidente da Fivb, o mexicano Ruben Acosta.               

         

Historinha… Quando chegamos a Ronneby, pequena cidade onde foi realizado o Simpósio Mundial era noite e, por acaso, encontrei Dürrwächter e um outro professor. Para nos deslocarmos até o hotel precisávamos de um táxi. Como não estão a circular pelas ruas, especialmente naquele horário, recorremos a um telefone público. Fone no ouvido, do outro lado da linha deveria haver o atendimento imediato. Ocorre que passados alguns instantes, impaciente, o professor deixou sua pequena mala no chão, abriu-a e retirou de dentro a surpresa que nos fez rir a todos: um pequeno despertador! Ajustou-o para tocar e ao tilintar da campainha, incontinenti colocou-o junto ao fone. Entre tantos sorrisos, percebemos todos quanto era alegre e simpático. E, incrível, rapidamente chegou-nos o táxi.                       

Voleibol alegre. É voz corrente que uma equipe é a “cara” de seu treinador, isto é, a personalidade daquele que comanda ou lidera é preponderante na forma de atuação dos seus comandados. É assim também numa aula em qualquer escola do planeta. Pergunto então aos meus colegas professores e mesmo aos treinadores de equipes competitivas: “E suas aulas ou treinos, são alegres e ruidosos”? Clique na figura ao lado e veja a influência positiva na vida das crianças. Este o grande legado que podemos conceder àqueles que nos sucederão. Considerem e reformulem seus métodos enquanto há tempo, pois daqui a instantes as crianças se tornarão adultas e, muitas delas, frustradas por não terem se divertido na melhor época de suas vidas. Veja como brincar é importante para uma criança!        

Pelo semblante dessas lindas moças alemãs imagino que tenham sido inspiradas pela obra formadora do Professor Dürrwächter. São irresistivelmente alegres e maravilhosas, verdadeiras campeãs de simpatia. Parabéns ao povo alemão.                           

                           

                                         

                          

Jogadoras da seleção alemã presentes ao Campeonato Mundial no Japão, 2010. Fotos: Fivb/Divulgação.

Feliz Natal, Boas Festas

RENOVO meus votos de PAZ e AMOR!

   

Aos amigos internautas, no Brasil e exterior, rogo que recebam as Graças do Senhor. Que a imagem do menino Jesus nos inspire a todos para conquistarmos a Paz.

Unamo-nos em  votos de amor e união com coração fervoroso e fraterno. Que o Senhor abençoe seus lares e todas as criancinhas.

Como não poderia deixar de ser estive conversando também com o Papai Noel, que recomendou a todos Boas Festas e um Feliz Ano Novo.Além, é claro, de permanecer fiel aos meus propósitos de servir a todos melhores condições para brincarem e aprender jogando. Estarei transformando estas bolas mágicas em sonhos e realizações para todos vocês.

Ao final, agradeci e parti para minha casa, ciente de que estou no caminho certo na minha Missão de servir e incentivar o esporte com Qualidade.

Agradeço de coração a presença de vocês na minha vida. Espero agradá-los e garanto que está sendo uma experiência extraordinária. Muito obrigado por estarem sempre comigo. Que Deus os abençoe!

FELICIDADES a TODOS!

 

 

Fator Olímpico

Roberto Pimentel no Favela Bairro, Rio de Janeiro.

Oportunidades de Trabalho         

Acabo de ler na Revista Endeavor (nov./2010) sobre a difusão de uma metodologia de ensino baseada no método norte-americano Fast Trac, da Fundação Kauffman, com programas implementados no Ibmec, Rio de Janeiro, na PUC do Rio Grande do Sul e no Insper, em São Paulo. Conforme a revista até o fim do ano deverá estar em 15 das principais universidades do país. Segundo o Global Entrepremnewship Monitor (GEM), desde o ano passado o número de empreendedores por oportunidade ultrapassou o de empreendedores por necessidade. E quanto mais desses empreendedores tivermos, mais emprego, renda e desenvolvimento vamos gerar.  (ver artigo “Empreendedorismo”, de 19/11)          

A revista Veja (nº 47, 24.11.2010) publicou recentemente reportagem de Roberta de Abreu Lima e Ronaldo Tavares, sob o título “Uma Chance de Ouro”. Ela trata da formação de indivíduos face às oportunidades de trabalho e emprego para milhares de brasileiros com o advento do Campeonato Mundial de Futebol de 2014 e das Olimpíadas em 2016,  ambos no Brasil. Muitos já passam a escolher cursos capazes de prepará-los para o novo mercado que se descortina. Claro que a afluência às Faculdades que tratem do assunto estará em alta (estima-se em 50%). Para aliviar os momentos de incerteza na procura do primeiro emprego, os Jogos certamente vão alavancar muitas realizações.            

Fator Olímpico. O respaldo está na vasta experiência internacional, pois países que sediaram eventos esportivos dessa envergadura experimentaram ciclos econômicos antes e depois dos jogos. Estimativas da Fundação Instituto de Administração (FIA) indicam que, só os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, surjam 120 mil postos de trabalho por ano no Brasil inteiro. Elevar o número de profissionais qualificados será pré-requisito para potencializar os ganhos com os Jogos.            

Ensino Universitário. Nos últimos meses dezenas de universidades passaram a adotar temas esportivos em sua tradicional grade de cursos e ainda criaram outras graduações e especializações voltadas para a área e que tende a aumentar. O desafio é conseguir dar conta de uma demanda premente preservando um nível acadêmico elevado. Algumas delas são a Fundação Getúlio Vargas e a PUC de Campinas.            

Visão e Metas do Procrie          

Entre as Visões do Procrie inclui-se desenvolver o Empreendedorismo entre os seus adeptos e seguidores. Oferecemos condições para uma melhor qualificação para os jovens universitários prestes a conquistar uma vaga no mercado de trabalho. Pelo que percebemos somos pioneiros nesta Missão que ainda não foi totalmente compreendida e posta em prática pelas universidades brasileiras, embora muitas delas tenham criado as “Empresas Incubadoras”.         

Aprender a Ensinar. O ensino que propomos agrega igualmente elementos teóricos e práticos, prevê a participação de “empreendedores” em salas de aula e está calcado em bases sólidas de cientistas renomados na área da Psicologia Pedagógica, além da experiência de vida do seu autor. Todas essas ações aliadas ao apoio de uma grande rede de parceiros, criam condições para multiplicarmos o número de empreendedores qualificados – objetivo maior do Procrie.         

Procrie no Brasil e no Mundo. Os números do Google Statystics falam por si só. Em menos de dois anos, o Procrie já se consolidou e se tornou referência para milhares de interessados no Brasil que frequentam suas páginas diariamente. Irradiou-se por quase 200 cidades que consomem mensalmente perto de 9 mil leituras. E isto não é certamente por suas páginas coloridas, mas por uma nova proposta de ensino. Uma metodologia criativa, inovadora e crítica. Além, é claro, com Qualidade.         

Nosso Futuro. Para consolidar e alavancarmos Centros de Referência em Iniciação Esportiva pelo país que realmente se preocupem com a qualidade do ensino com permanente acompanhamento e divulgação, há que se providenciar a presença física – não basta virtual – do mentor para a realização dos Cursos Presenciais de Formação de Professores. Neste momento, estima-se que milhões de brasileirinhos estarão contemplados nos próprios prédios escolares, democratizando o esporte e levando alento a milhares de professores da rede pública.

Procrie em Portugal

Procrie nas Ilhas: Funchal e Ponta Delgada. Fonte: Google Analytics.
Municípios de Portugal
Há pouco, li no Sovolei que determinada jornada semanal não envolveria as equipes das ilhas pelo campeonato feminino: “A jornada 8 do campeonato A1 Feminino não terá este fim-de-semana jogos com as equipas das ilhas, que irão assim descansar. Apenas 3 partidas serão disputadas, todas no domingo dia 21 Novembro,e todas no norte do país em Braga, Matosinhos e Trofa”. A seguir acrescentava: “Na cidade dos arcebispos, o SC Braga vai receber o GC Santo Tirso”.
Fiquei intrigado para saber a respeito sobre as ilhas e a cidade dos arcebispos. O Luís Melo, um dos gestores do Sovolei apressou-se a me informar gentilmente. Mas, socorri-me na Wikipédia e acrescento para os meus conterrâneos breves informações. Assim, também tenho a satisfação de ver que o Procrie “habita” em lares funchalenses e ponta-delgadenses, o que empresta valor ao blogue. Agradeço aos meus leitores e faço votos que tirem o máximo proveito dos textos. Estarei sempre pronto a colaborar para o seu desenvolvimento e ao aguardo de seus questionamentos. Boa leitura a todos.

Ilha da Madeira 

O Funchal é uma cidade portuguesa na ilha da Madeira, capital da Região Autônoma da Madeira, sendo a nona mais populosa cidade de Portugal. A cidade coincide com o seu concelho, e tem 76,25 km² de área e 98.583 habitantes (2008), subdividindo-se em 10 freguesias.

Segundo os antigos cronistas, a designação de Funchal deve-se aos primeiros povoadores que, ao desembarcar neste lugar, depararam com a grande abundância de funcho, uma erva bravia com cheiro adocicado, que vegetava no vale, na área do primitivo burgo.

(…) Funchal, a que o capitam deo este nome, por se fundar em hum valle fermoso de singular arvoredo, cheyo de funcho até o mar.” Gaspar Frutuoso, Saudades da Terra. (respeitando-se a grafia original do autor)

Gentílico: funchalense

Sítio oicial: www.cm-funchal.pt

Correio eletrônico: cmf@cm-funchal.pt

Ponta Delgada é uma cidade portuguesa localizada na ilha de São Miguel, na Região Autônoma dos Açores. É sede do município com 231,90 km² de área e 64.092 habitantes (2008), subdividido em 24 freguesias.

Gentílico: ponta-delgadense

Sítio oficial: cm-pontadelgada.azoresdigital.pt

Correio eletrônico: gabinetedomunicipe@mpdelgada.pt

Quanto à cidade de Braga, estarei me preparando com a leitura de sua linda história. Mais tarde voltarei com dados interessantes aos brasileiros, no que se configura o início de um intercâmbio culural/desportivo entre as duas nações. Aguardem!

Fonte: Wikipédia.

 

Procrie nos Píncaros do Mundo

Procrie no Nepal

O que levaria um nepalês próximo à Cordilheira do Himalaia a consultar algum texto postado no Procrie? Este é um fato para a construção da minha história pelo ineditismo. Mais do que ninguém intriga-me e mexe com os meus pensamentos. Como interpretar?

Enquanto não chego à conclusão alguma, reparto a primazia de acrescentar à legião de meus leitores mais uma pessoa interessada em “Aprender a Ensinar” o voleibol. Confesso que estou literalmente “com a cabeça nas nuvens”!

Como a história do país não é tão conhecida no mundo ocidental, recorri à Internet com o resumo a seguir. Enquanto isto espero que o visitante nepalês tire muito proveito nas suas leituras e, quem sabe, teça em Comentário algumas considerações que me acalmem o espírito curioso. 

O Nepal é um pequeno país montanhoso, encravado entre a China e a Índia na Cordilheira do Himalaia. A maioria dos habitantes vive nas colinas e no vale do Katmandu. Apenas 11% da população habitam áreas urbanas e Katmandu, a capital, é a maior cidade, com 1,5 milhões de pessoas. Apesar da alta densidade demográfica e da geografia inóspita do território do Nepal, a população nepalesa cresce de forma acelerada. Mais de 40% dos nepaleses possuem idade inferior a 15 anos e estima-se que a população dobre de tamanho antes de 2025. Os principais grupos étnicos são os nepaleses e os biaris. A renda per capita nepalesa é de US$ 200 por ano. A economia baseia-se na agricultura de subsistência e mantém poucas relações comerciais com o resto do mundo. A topografia acidentada do país tem determinado um lento desenvolvimento, porém a encantadora beleza natural do Nepal e seu misticismo inerente têm atraído milhares de visitantes e ajudado a criar uma próspera indústria turística. O Nepal é o único reino hindu do planeta e até 1950 era extremamente isolado do resto do mundo. Em 1962, o rei Mahendra assumiu o poder, dissolveu o Parlamento e baniu os partidos políticos. A pressão populacional levou o país à primeira eleição livre em 1991 e a uma ampla liberalização na década de 90. O hinduísmo continuou sendo a religião do estado, mas as novas leis promulgadas em 1991 asseguraram a liberdade de culto e de religião, ainda que a evangelização continue proibida. O hinduísmo deu origem a um complexo sistema de castas oficialmente declarado ilegal em 1963, mas que ainda continua influenciando a nação. O rei do Nepal é considerado uma reencarnação de Vishnu, um deus hindu. Há outras religiões minoritárias no país, como o budismo mahayana, que possui muitos seguidores concentrados nas áreas próximas ao Tibet, e o islamismo, praticado por muitos colonos e comerciantes indianos. (Fonte: Portas Abertas; http://www.portasabertas.org.br/paises/perfil.asp?ID=119)

 

Nepal VolleyBall Association:  http://www.volleyballassociation.org.np/#

Ocorre que antes de postar este texto, andei bisbilhotando pela Internet mais alguma coisa e descobri o Comitê Olímpico e a Federação de Voleibol no país. E em breve incursão descobri ainda que desenvolvem um Programa de Cooperação de Voleibol através de cursos de Formação de Professores. O curso foi realizado recentemente em Katmandu, a capital do Nepal, aninhada no Himalaia a uma altitude de 1400 metros. Os 27  interessados acompanharam o curso de 6-11 novembro ministrado pelo instrutor Sr. Hussein Imam Ali, do Catar.

Dessa forma, por pura  ignorância minha, mas também por minha persistência, achei o que procurava. Vejam como a Internet pode nos ajudar…  Tomara que os dirigentes, atletas e professores se locupletem dos nossos textos. Estarei aguardando os Comentários provenientes dos nepaleses interessados. E, se possível, divulguem o Procrie no seu país.

Boas leituras e até breve!