Trás-os-Montes e Alto Douro

Portugal em números

(clique nas figuras para melhor visualização)

Por que será que tantos portugueses acessam o Procrie? Ou seriam brasileiros residentes no país? Passados dois anos atrevo-me a pensar em voz alta e a indagar a mim mesmo o que se passa. Sim, a mim mesmo, pois me é difícil tirar dos irmãos lusitanos qualquer palavra. Confesso que não os  entendo ainda. O que está havendo? Que conclusões a tirar?

No mapa ao lado estão consignadas as visitas por Regiões. Ocorre que lamento só uma delas – Vila Real – não ter um único visitante. Por que será? Portugal é o país em que temos mais visitantes – oriundos de 73 cidades – e, portanto, os mais interessados nos escritos. Alcançamos atualmente 530 visitas/mês, o que para nós representa um sucesso retumbante. As estatísticas nos revelam um sensível incremento nos últimos 24 meses: 4.922, que representam 7,5% do total do Procrie. Em média, são vistas quase 2 páginas em 00:01:22. Isto é muito mais do que poderíamos desejar.

As principais cidades em termos de visitas ao Procrie são: Lisboa (1.140), Porto (931), Felgueiras (175), Coimbra (156), Funchal (155), Braga (151), Amadora (97), Viseu (97), São João Da Madeira (95) e Barreiro (92).

Região. O termo Região teve origem na Roma Antiga e significava o território sob o controle de uma legião. A região administrativa é uma pessoa coletiva territorial (Unidade Jurídica), dotada de autonomia administrativa e financeira e de órgãos representativos. Visa a prossecução (articulação) de interesses próprios das populações respectivas como fator de coesão nacional e de promoção do desenvolvimento.

Trás-os-Montes e Alto Douro – Abrange a área dos municípios incluídos nos distritos de:

  • Vila Real; Bragança
  • Viseu, apenas Lamego, Armamar, Tabuaço e S. João da Pesqueira;
  • Guarda, apenas Meda e Vila Nova de Foz Côa.

 

Características Gerais. Esta antiga província portuguesa foi criada em 1936. O clima desta região é temperado continental, sendo mais frio nas zonas da Serra e mais ameno ao longo do Rio Douro. Seu relevo é caracterizado por terreno plano a Este, vales junto ao Rio Douro e zonas montanhosas a Oeste, tendo como rochas predominantes, o granito, o xisto e o quartzo. Suas principais produções agrícolas são a amendoeira e a vinha, sendo de realçar a cultura do vinho do Porto; esta foi a primeira região demarcada do mundo: região demarcada do vinho do Porto. Trata-se de uma região rica em dialetos como, por exemplo, o sendinês, o gualdramilês e o riodonorês. Aqui se fala também o mirandês, oficializado como língua em 1989. (Fonte/Mapa: http://portugal.veraki.pt/regioes/regioes.php)

A REGIÃO

Região de Trás-os-Montes e Alto Douro
Foto: J. Paulo Sotto Mayor com a cortesia da Fundação Rei Afonso Henriques.

“Trás-os-Montes e Alto Douro é uma Região que se afirmou, histórica e tradicionalmente, como um espaço de grande homogeneidade, abrangendo os distritos de Vila Real e Bragança e ainda uma pequena franja, a norte, dos distritos de Viseu e Guarda, cuja afinidade com o resto da Região resulta da influência econômica, cultural e geoclimática do vale do Douro. Os contrastes da paisagem, onde sobressaem as serras imponentes, as veigas férteis, os rios e ribeiras serpenteando aqui e além, configuram todo um espaço natural ameno e encantador, que convida ao repouso do olhar e não deixa indiferente nem o mais apático observador. Região de tradições seculares, que lhe conferem uma firme identidade cultural, tem no Homem o seu grande capital. A hospitalidade traduzida na emblemática expressão “entre quem é”, a frontalidade e grandeza de carácter, o elevado sentido de responsabilidade e a enorme capacidade de entrega ao trabalho são alguns dos traços definidores da sua personalidade. Os recursos naturais são a sua grande fonte de riqueza. Destacam-se os recursos hídricos, quer na produção de energia elétrica, quer na produção de águas naturais e mineromedicinais, no termalismo ou na geotermia, assim como os recursos em rochas ornamentais, os recursos florestais e, sobretudo, os recursos da vitivinicultura com realce para a produção de Vinho do Porto. Trata-se igualmente de uma Região de grandes potencialidades turísticas, mercê das ótimas condições naturais, da ausência de poluição, da beleza da paisagem e do riquíssimo patrimônio histórico e arqueológico, a que se juntam os sinais de uma cultura popular coesa e resistente (artesanato, folclore, memória oral, jogos populares…). Também a sua gastronomia, enriquecida com os produtos da terra, com enchidos típicos da sua região, ou com a truta, o escalo e o barbo dos rios, constitui um fator de riqueza notável”. (Fonte: http://www.utad.pt/pt/instituicao)

Estamos fazendo contato com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) – http://www.utad.pt  – propondo um intercâmbio cultural na área desportiva.

Educar é Contar História

Brasil derrotou a Rússia por 3 sets a 0 (25/16, 25/19, 25/22) pela na Copa do Mundo. Foto: Fivb/Divulgação.

O livro e a obra 

Pelo visto, milhares de páginas ainda vão ser precisas para registrar como os brasileiros conseguiram transformar um esporte que era dito só para mulheres, na segunda maior atração na preferência dos jovens e, certamente, o primeiro para as mulheres. A alavancar essa vigorosa transformação, o apoio inconteste do Banco do Brasil. A empresa realizou a maior de todas as suas jogadas marqueteiras, transformando sua imagem arcaica para uma muito dinâmica e repleta de resultados positivos, alavancando lucros impensáveis. Rejuvenesceu e modernizou-se e cada vez mais cai nas graças da garotada. Parabéns ao BB por ter acreditado e investido no voleibol.

O autor com Giba em jantar com a seleção no Rio de Janeiro.

De olhar atento, o mentor deste blogue vem por longos anos juntando, peneirando e costurando os retalhos dessa nossa história. De lembranças em lembranças dos mais antigos, de seus acervos e contos, construí algo que deve agradar ao público em geral, especialmente os aficionados, e também os acadêmicos de Educação Física que, no seu mister, poderão indicar aos seus alunos uma relevante obra de consulta. Sinto-me orgulhoso e reconhecido a tantos que me auxiliaram nessa tarefa hercúlea.

 Neste próximo dia 5 de dezembro realizar-se-á o 19º encontro dos Amigos do Voleibol em um restaurante da Barra da Tijuca, no Rio. É um jantar descontraído e muito concorrido, em que realmente só há alegria pelo reencontro. Aliás, não poderia ser de outra forma, pois todos são cariocas e o mundo inteiro conhece a nossa fama. Como continuo na busca de patrocínio para o lançamento do meu livro sobre nossa história, concebi fazer uma homenagem aos feitos de nossas representações e, ao mesmo tempo, homenagear aqueles que nos conduziram a este patamar mundial. Mais do que isto, levando não só alegria a muitos rincões isolados, como também um pouco de dignidade e orgulho para os mais necessitados.

Fonte: Google Analytics.

A partir desses pensamentos, desenvolvo este Procrie que, em primeira e última instância, tornam-me um Missionário. Além do próprio território nacional, alçamos vôos internacionais com visitantes em 93 outros países, com destaque para Portugal. Agora, estaremos focando nossos olhares para a África – terceiro continente em visitas – especialmente Angola, Cabo Verde e Moçambique. Enquanto isto, o Japão é o oitavo país com visitas oriundas de 32 cidades dispersas por 22 Regiões. Será que conseguirei? Que o divino Espírito Santo esteja sempre comigo e me dê força e inteligência para combater este bom combate.  

Ganha quem erra menos. Nesta madrugada, na cidade japonesa de Kumamoto (Japão) a seleção brasileira de vôlei masculino derrotou a Rússia na Copa do Mundo. Assim, o Brasil se recuperou da derrota para a Itália e agora lidera a competição na clsssificação geral. O próximo adversário será a China. Em sua entrevista (Terra) o treinador brasileiro Bernardinho declarou: “Ficamos extremamente aliviados em função da necessidade de uma vitória. A derrota contra a Itália acendeu um sinal de alerta enorme e a classificação dependia de pontos hoje. Dois sets era uma coisa importante. Essa vitória por 3 a 0 nos dá um alívio momentâneo, mas que a lição em relação ao passado permaneça. Vamos pensar partida por partida e nos focar na China. Hoje foi dado um passo importante para a classificação olímpica, mas faltam sete. É um longo caminho”. Na mesma entrevista, apontou como aspecto fundamental a eficiência em evitar erros. No confronto com a Itália, o time deu 36 pontos para o adversário, contra 14 nesta partida. Com isso, parece que a Rússia ficou fora dos trilhos. E continuou: “Hoje simplesmente pelo foco e pela tensão, o Brasil errou muito pouco. A diferença dos jogos é basicamente essa. Nós forçamos a Rússia ao erro, eles se desestabilizaram e erraram muito. Já o Brasil errou muito pouco e isso nos deu a vitória”.

Estarei à espera de todos que puderem no jantar do dia 5, segunda-feira. Compareçam e BOA SORTE!

Habilidade vs. Talento

Fonte: Google Analytics

Um agradecimento

Não por acaso, mas este é o 365º título postado nesta excelente ferramenta – um blogue – que estamos a usufruir desde setembro/2009. Estatísticas anualizadas nos remetem nos dois últimos anos a uma média de 15 textos/mês, que parecem estar ao agrado dos quase 63 mil visitantes que consultaram pouco mais de 112 mil páginas. Como podem aquilatar nos mapas, as consultas nos chegam de 96 países dos cinco continentes, sendo que o Brasil detém a primazia  com 56.629 visitas (90%), oriundas de 702 cidades. Além disso, colocamos nas nuvens o Prezi-Procrie em agosto p.p., que já acumula nesta data visitas de 800 internautas, resultado estupendo que agradecemos com muito carinho tanta generosidade e partilhamento das informações.

Ensinar Voleibol, Futebol, Futsal, existe diferença? 

Frequento um sítio – CEV – e muitas vezes me animo a conversar com os professores que ali depositam o seu saber, comentários e dúvidas. Foi assim que me imiscui em um proveitoso bate-papo com professores de futebol e futsal. Como todos sabem, em um Centro de Referência de Iniciação Esportiva são reconhecidas as técnicas para ensino do movimento, isto é, a metodologia e pedagogia são (ou deveriam) ser compatíveis a qualquer tipo de ensino, isto é, não só aos desportos. Sigam a cronologia dessa feliz experiência e no que redundou de imediato. Tentarei resumir algumas passagens para não cansá-los.

O tema proposto foi Talento: Formar ou Detectar.

Proposta, por Prof. Enio Ferreira de Oliveira – (…) Gostaria de propor esta discussão após ler o livro Código do Talento. Talento nós formamos ou detectamos? Acredito que o professor de Ed. Física tem uma atuação mais global; antes de detectar talentos ou mesmo formá-los, seus objetivos têm que estar focados em formar cidadãos que saibam buscar e manter com prazer, qualidade de vida e boa saúde. (…) Dentro deste contexto o profissional deve detectar talento natural, não creio em formação de talentos, creio que lapidarmos diamantes, (…) na realidade polimos aquilo que já era natural. (…) Contrariando os conceitos do livro citado, creio que talento se detecta, se descobre, para eu desenvolver habilidades não pode se confundir com lapidação de talentos.

Comentários, por Roberto Pimentel – Professor Enio. Talento, nós formamos ou detectamos? Mas o que é talento? (…) tendo em vista que li e reli a obra de Daniel Coyle, devemos colocar para os demais colegas que possivelmente ainda não tiveram contato com o autor (a edição estaria esgotada) o conceito do que seja talento. No rodapé da página 21, está consignado como ele conceitua o termo: “À palavra talento muitas vezes se atribui um sentido vago e repleto de conotações igualmente imprecisas, sobretudo em se tratando de jovens – a pesquisa mostra que ser um prodígio não é um indicador confiável de sucesso duradouro. Em nome da clareza, definamos talento em sentido estrito: a posse de habilidades repetíveis que não dependem do tamanho físico”. E continua, em tom de bom humor, “que me desculpem os jóqueis e os jogadores de futebol americano encarregados de interceptar os oponentes”. Na orelha pode-se descortinar todo o resumo desse trabalho: “Todos somos vencedores e talentosos, o segredo é praticar da forma certa!” E a obra nos ensina como. O que depreendo do livro é que ele acentua e propugna uma melhor qualidade no ensino em qualquer área do conhecimento – música, teatro, esportes, ciências, letras, arte – e nos dá a oportunidade de aquilatar o que neuro cientistas descobriram e ele pode constatar em suas andanças pelo mundo, inclusive aqui no país, na área de sua atuação, o futebol e futebol de salão (ver pág.25 e seguintes, “Como o Brasil produz tantos grandes jogadores”?). Pelos seus dizeres, parece não ter entendido que a teoria do Treinamento Profundo por ele defendida confunde-se com as aulas com qualidade e um propósito bem definidos que levem o jovem a se desenvolver naquilo que ele próprio escolheu para si. E, como tal, é um programa que qualquer professor pode desenvolver e aplicável à vida pessoal, aos negócios etc. É como enfatizam, um estudo fascinante que amplia excelentes formas de aprendizado. Em outras palavras, uma metodologia calcada na mielina. Estarei postando (…) algumas experiências a este respeito. Devo dizer que, mesmo sem conhecer a teoria, por pura intuição, exercitei-me nos estudos – matemática, português – e no voleibol da forma que ele defende. E, sem falsa modéstia, dei-me muito bem! Recomendo àqueles que almejam qualidade em seu labor que leiam e releiam o excelente livro. Foi muito bom você ter colocado tema tão extraordinário. Ele nos leva a uma outra questão: “o que vem a ser um bom professor”?

Comentário, por Enio Ferreira de Oliveira – Obrigado prof. Roberto, sua resposta é sim de uma contribuição importantíssima, eu li este livro emprestado de um amigo, tenho procurado para comprar ainda não o achei. Esta mesma discussão coloquei no meu blog e gostaria muito de sua contribuição, se for possível, temos tido lá, com vários professores, um excelente debate.

Comentário, por Roberto Pimentel no blog do prof. Enio – Sinto-me um intruso, fora do meu ninho, pois nada entendo de futsal e, de cara, vejo que o blogue é só para apaixonados pela modalidade. Entretanto, como sou curioso e recebi o convite para dar uma espiadinha no debate, devo dizer-lhe que me enriqueci com o que li. Todavia, como o debate acalorado situa-se no âmbito da Psicologia Pedagógica e Metodologia, imagino que devam firmar o conceito do que seja talento. Alguns colegas seus já manifestaram suas opiniões e, como disse um deles, talvez estejam dando voltas em círculo, dizendo a mesma coisa, porém com conceitos diferenciados. As conversas se tornarão alongadas e, talvez improdutivas. Neste caso, aconselho-os à leitura de bons autores sobre o tema. De minha parte, longe de me considerar um expert, entendi que o talento é algo que pode ser incorporado diariamente às suas habilidades – naturais ou não – independentemente das características genéticas. Assim, como apregoam os defensores do treinamento profundo, um indivíduo poderá se desenvolver em qualquer área do conhecimento humano desde que receba de seu instrutor a orientação adequada, no caso, o “caminho mielínico” de que nos falam neuro cientistas. A acreditar nisto, trata-se de o professor “saber como treinar o jovem para auxiliá-lo no seu desbravamento motor”. Considere-se, então, que haverá diferenças neste desenvolvimento entre os alunos, mercê de outros pré-requisitos a determinados fazeres. Mas, até aonde for possível, e dentro dos seus limites impostos pela natureza, ele se desenvolverá plenamente. Em outras palavras, necessariamente o aluno não tem que chegar ao máximo na carreira, mas alcançar o seu máximo! É certamente a posição mais difícil, que requer muito conhecimento e experiência, sendo imprescindível que o mestre conheça profundamente cada um dos seus alunos. Parabéns a todos pelo nível das discussões.

Comentário, por Samuel – (…) Se lermos detalhadamente, estamos andando em círculos, com conceitos diferentes, vamos marcar sim, seria uma boa estamos juntos no MSN ou no próprio Facebook. Professor Roberto Pimentel, muito obrigado por também acrescentar muito em nossa discussão e ontem em conversa com Vagner Cardoso tivemos umas coisas em comum na conversa, então assim vejo que todos nós pensamos mais ou menos igual sobre este fator talento, porém temos alguns conceitos que ainda são diferentes em alguns casos. Por isso foi muito bom o debate para termos a oportunidade de compartilhar os pensamentos e até mesmo de modelar melhor nossos conceitos.

Comentário, por Lucas – (…) Entendo que os talentos existam em todos nós. E que pessoas que não detém um determinado dom podem sim vir a desenvolver uma grande habilidade em determinada função se a ela for ensinada de maneira correta. Acredito que os talentos de nossos jogadores são especialmente aflorados devido à forma como o futebol e futsal são vivenciados em nosso país. Crescemos jogando na rua, no recreio, com bola de plástico, de couro… O jogador brasileiro é estimulado desde muito cedo, acumulando uma gama de experiências enormes, talvez daí o nosso elevado nível técnico. Por fim, gostaria de deixar claro que acredito que todos podem ser bons em algo, com mais ou menos dificuldade. Para os gênios as coisas apenas acontecem mais naturalmente do que para nós os esforçados!

Comentário, por Roberto Pimentel, no CEV – Devo informar aos participantes do debate que fiz uma visita ao blogue do prof. Enio e lá deixei impressas algumas considerações, especialmente no que se refere ao valor da obra citada, “O código do talento”. Agora, surge um comentário muito interessante do prof. Lucas: (…) Pessoas que não detém um determinado dom podem sim vir a desenvolver uma grande habilidade em determinada função se a ela for ensinada de maneira correta. Nesta acepção, quer me parecer que talento (que chamou dom) e habilidade se confundem e, então, passível de ser desenvolvido (podem vir a desenvolver…). E continua: (…) em determinada função (que poderíamos dizer para maior clareza, direção, escolha). Entendo que uma escolha do indivíduo para desenvolver uma determinada habilidade está relacionada com o seu objetivo em aprender algo, como matemática, tocar piano, jogar tênis, pintar, cantar etc. Acrescenta ainda uma condição: se for ensinada corretamente. Lembro que terminei meus comentários (ver acima) com a pergunta: “O que vem a ser um bom professor”? Posto que para ensinar corretamente, somente um professor experiente e capaz. Felizmente, temos no Brasil muitos bons professores, que irradiam saber e cultura, cativando os jovens e tornando os caminhos da educação menos tortuosos àqueles que chegam ao mercado de trabalho. Ocorre que as formas de ensinar – os métodos – podem não ser os mesmos, o que os diferencia aos olhos menos atentos. Apenas seguem caminhos diferenciados para alcançarem o mesmo objetivo. Além disso, o carisma que possam despertar no outro, a pedagogia, seus sentimentos em relação aos jovens e à profissão, ampliam essas diferenças, ainda mais quando sabemos todos que Ensinar é uma Arte. Assim, é importante que cada professor esteja convencido e sempre busque cada vez mais aprimorar-se nessa difícil arte.

Coyle nos propõe reexaminar o processo do treinamento que ele denomina profundo, graças às suas pesquisas, leituras, buscas, viagens pelo mundo. Suas conclusões não são verdades absolutas, mas nos impelem a pensar e a também pesquisar, uma vez que sabemos nada é definitivo em matéria de Educação. O treinamento profundo não se diferencia do treinamento superficial na percepção de quem os realiza; esta seria enganosa, ou uma ilusão de competência. O treinamento profundo tem como um de seus princípios a aprendizagem situada no ponto ideal (correto), isto é, no limite de sua capacidade, de maneira que force o indivíduo a disparar seus circuitos neurais adequados. Como criar a habilidade em alguém? O indivíduo já nasce com ela ou é passível de ser ensinada e desenvolvida?  E mais: Como ensinar a desenvolver uma habilidade específica? Finalmente: Como estabelecer o ponto ideal da aprendizagem? (conceitualizada por Vygotsky nos anos 1920 como zona de desenvolvimento proximal). Essas e outras questões poderão ser discutidas (no meu blogue). Estarei aguardando-os com especial carinho.

Comentário, por Enio Ferreira de Oliveira (no CEV) – Professor Roberto, Muito obrigado por sua participação no meu blog, tenha certeza que nos enriqueceu muito com suas considerações. Estive lendo uns textos no site recomendado por você e pude constatar o excelente nível e com certeza passo a ser um assíduo frequentador. Uma dúvida, eu citando a fonte e o autor, é possível transcrever alguns textos no meu blog? Se isto for possível, sempre que o fizer lhe informarei. Vou recomendar a todos os amigos que verdadeiramente se interessam por crescer na profissão de educador.

Comentário, por Roberto Pimentel (no CEV) – Prezados jovens, Imbuí-me de uma missão (www.procrie.com.br/quemfaz/) cuja ferramenta imprescindível é a web. Desde que me aposentei (1991), sempre manifestei meu desejo de conversar com novos professores sobre a Arte de Ensinar, buscando oferecer-lhes mais alternativas para suas ações. Não encontrei eco na minha cidade, Niterói, confirmando-se o aforismo ninguém é profeta na sua própria terra. Ocorre que, dois anos depois de lançar o Procrie na internet, ocorreu uma espetacular mudança comportamental entre os meus pares niteroienses, pois já formam um grande contingente de visitantes. Que bom! A esse respeito, vejam o texto intitulado O Professor e o Missionário. Passarão a entender que estou aqui para servi-los no que me for possível. É claro que tenho demasiadas limitações, mas nada me assusta quando se trata de poder contribuir com uma palavra ou mesmo o meu silêncio respeitoso diante da fala de alguém. Quero estar próximo de todos. Sintam-se à vontade para usufruírem a melhor maneira que lhes aprouver desses escritos, muitas vezes sem muita valia, mas que encerram profundo sentimento de generosidade e carinho com a missão de ensinar a outrem. Só recomendo que tenham o cuidado de aprender interpretar e criticar as ideias dispersas entre tantas linhas. Assim, para uma análise do que vimos realizando, sugiro uma viagem pelos títulos do Novo Sumário, com uma sinopse das postagens. Sei que é muita coisa, mas vocês podem se programar e fazer um pit stop para, em outro dia, recomeçar a caminhada. Ter uma visão global do Procrie é recomendável, pois terá mais confiança (ou não) no autor. É o que se deve ensinar às crianças quando tomam da prateleira um livro desconhecido: examinem o sumário e, se houver a orelha, os comentários sobre a obra e o autor.

De futuro, certamente gostaria de saber de que forma soam aos seus ouvidos as mensagens registradas e, mais ainda, como poderia auxiliá-los nos seus trabalhos diários e planos de vida. Assim, qualquer manifestação no site, não importa o seu teor, é enriquecedora e cativante para o autor. Sem os comentários, cria-se um vazio muito grande e às vezes, desconcertante, pois sobrevém a indagação: “Será que estou agradando”? Ou, ainda, “de que precisam os novos professores”? Vocês são o motivo de eu estar por aqui. Agradeço por me confiarem o seu reconhecimento na arte de servir ao próximo.

Boas leituras.

Encontro Niterói América do Sul

A logomarca do evento.

O Procrie contribuindo para uma maior divulgação do evento: www.niteroiamericadosul.com.br/

Há duas décadas a Prefeitura de Niterói tem por tradição a realização de Encontros Internacionais.

Seu objetivo principal é homenagear países e propiciar mais que um diálogo, uma rede de cumplicidade mútua, de sólidas relações intergovernamentais, de reencontro, resgate e redescoberta de identidades culturais.

Após os bem sucedidos Encontros com Cuba (1992), Portugal (1998), Japão (1998), Itália (1999) e Espanha (2006), agora em 2011, a cidade de Niterói abrigará o Encontro com América do Sul, que será realizado entre os dias 04 e 26 de novembro. Durante o período acontecerão simultaneamente centenas de atividades gratuitas espalhadas pela cidade utilizando seus espaços públicos e privados, contemplando as mais diversificadas áreas: artes visuais, audiovisual, artes populares, música, dança, gastronomia, teatro, tradição e folclore, esporte, eventos temáticos e acadêmicos, além da realização de um Fórum de Turismo nos dias 07 e 08 de novembro, com workshops, palestras e rodada de negócios.

O que se pretende com a iniciativa do Niterói Encontro com a América do Sul é, através da união pela diferença, estimular uma coexistência heterogênea, buscando a troca de experiências entre culturas e peculiaridades de cada um dos países sul-americanos: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Juntos compõem a América do Sul, a partir do desenvolvimento de um questionamento comum em escala continental, sobre o que é e o que significa o continente sul-americano em termos de produções de identidades, de fronteiras, de relações entre línguas e culturas, de movimentos da população, de desenvolvimento social, de produções culturais etc.

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De nossa parte, a se lamentar a ausência de temas sobre a Educação, particularmente a Educação do Movimento. Todavia, como já perceberam os frequentadores do Procrie, sempre que se descortina uma oportunidade procuramos salientar aspectos de cunho cultural, regionais ou mundiais, buscando despertar no professorado a importância de sua tarefa no ensino. É o que se possa talvez dizer Transdisciplinidade.  

E para aqueles que não conhecem ainda Niterói, localizada numa das margens da Baía de Guanabara, leiam o que foi publicado numa das principais revistas brasileiras nesta semana, sob o título “O Grande Salto do Brasil Urbano” (Veja, 2/11/2011).

A CAPITAL DA CLASSE A – Niterói, no Rio de Janeiro, é a prova de que e possível aliar crescimento econômico à qualidade de vida.

A prosperidade de Niterói reluz na Baía de Guanabara. Segundo o último censo demográfico, a cidade fluminense alcançou duas proezas: em primeiro lugar, passou a exibir a maior renda domiciliar per capita do Brasil. Cada niteroiense leva para casa, em média, 2030 reais por mês. O aumento da renda abriu caminho para a segunda façanha: Niterói tornou-se o município com a maior proporção de ricos do país – 31% da população pertencem à classe A. Com predicados assim, já é a estrela mais brilhante de uma constelação de cidades que dinamizaram boa pare do recente ciclo de crescimento econômico e bem-estar. São municípios que, apesar de não serem capitais de estado, atraíram população que supera a marca de 200.000 habitantes e hoje oferecem às pessoas os benefícios da urbanização. Há 106 cidades nessa situação. Juntas, elas abrigam 20% dos brasileiros e produzem 28% do PIB do país. (Veja, Leonardo Coutinho)

Niterói a melhor – Campeã brasileira de vela, Júlia treina com o pai, na afortunada orla niteroiense.

Niterói a melhor. Campeã brasileira de vela, Júlia treina com o pai, na afortunada orla niteroiense. Foto: Ernani D'Almeida.

Onde o Vento Sopra a Favor – (…) A cidade tem a maior renda domiciliar per capita do Brasil: 2.031 reais por mês – valor 144% superior ao da média nacional. É o município mais classe A do país, com um terço dos seus 490.000 habitantes alinhado no topo da escala social. (…) Niterói oferece as condições ideias para o esporte de alto custo – inclusive os praticantes. ( …) O sucesso de Niterói está ligado à força do setor de serviços, principalmente em saúde e educação.  (Veja, Marcelo Sperandio)

O Polígono da Riqueza – Apenas 46 cidades localizadas nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, abrigando 10% da população, produzem 16% do PIB do Brasil. O PIB desse conjunto é maior que o de países como Portugal, Colômbia e Finlândia.  

Niterói, Parque da Cidade e vôo livre.

Melhor Vista do Mundo – Quer me parecer que deixamos de ser os moradores da “Praia Grande” e não temos só a “Melhor Vista do Mundo”, como diziam os cariocas. Eles agora estão atravessando a Ponte, o que nos prejudicou por um lado, como trânsito, moradia e, principalmente, retira-nos a pouco e pouco o bucolismo de nossos bairros e ruas. Mas, enfim, sobreviveremos todos.

Brasil e Polônia

Márcio, canhoto, ataca para mais um ponto. Foto: Fivb/Divulgação.

Nesses últimos dias brasileiros e poloneses se duelaram nas quadras e nas areias. Pela Liga Mundial foram realizadas quatro partidas, todas vencidas pelo Brasil, e neste fim de semana, na Noruega, a dupla polaca Fijalek e Prudel enfrentou os campeões Márcio e Ricardo, tendo sido derrotada com relativa facilidade por 21×18 e 24×22, em apenas 44 minutos.

De certa forma, sinto uma ponta de orgulho, pois o Márcio, canhoto, foi treinado por mim em Niterói (Praia de Icaraí), quando se propôs a fazer dupla com o também novato Frederico (Fred). Não me recordo por quanto tempo (se 2 ou 3 meses), mas imagino que ambos aproveitaram bem as lições: o primeiro é medalhista olímpico, campeão mundial e brasileiro em várias oportunidades; e o segundo, coroado “Rei da Praia” em 2000 nas areias da Praia de Ipanema, Rio de Janeiro, tendo atuado por vezes em torneios nos Estados Unidos.

Detalhe – Despertou-me atenção um detalhe que pode ser visto melhor com o clique sobre a foto acima. Trata-se da aplicação da marca de um dos patrocinadores (Swatch) na rede. Possivelmente ao olhar de frente não ofereça dificuldade aos atletas, mas para mim é novidade. Gostaria de ver ao vivo.  

Na Liga Mundial já dissemos em outra oportunidade sobre os confrontos entre as duas equipes. Agora, após o sorteio das chaves para o torneio final, creio que a Polônia (chave E) estará levando uma vantagem considerável, não só por atuar em casa, mas também por ter como adversárias equipes com retrospecto mais fracos: Argentina,  Itália e Bulgária. Enquanto isto, na outra chave (F), chamada “Chave da morte”, estarão Brasil, Estados Unidos, Cuba e Rússia. Lembro que as duas derrotas brasileiras foram justamente para a equipe americana. Enquanto isto, a Rússia só teve uma derrota diante da Bulgária, e realizou a melhor campanha do torneio classificatório.

Deu no Terra: Atrás do décimo título da Liga Mundial, o Brasil já sabe quem enfrentará no meio do caminho. Neste domingo, a FIVB (Federação Internacional de Vôlei) divulgou os grupos da fase final da competição, que será realizada entre os dias 6 e 10 de julho, em Gdańsk, na Polônia. De quarta a sexta, as equipes enfrentarão os rivais dos próprios grupos. As duas melhores seleções de cada chave avançarão às semifinais, que têm data marcada para o próximo sábado, dia 9. A final e a disputa de terceiro lugar serão realizadas no dia seguinte, 10 de julho.

A FIVB ainda não divulgou a ordem e os horários das partidas. No entanto, as partidas do Grupo F têm horário reservado, de quarta a sexta, às 6h e às 8h30 (de Brasília). Os jogos do Grupo E também acontecerão em dois horários: 12h15 e 15h (também de Brasília). As semifinais estão programadas para as 12h e 15h, enquanto a decisão será realizada às 15h. Esta será a segunda vez que a fase final da Liga Mundial reúne oito equipes na disputa. A primeira foi em Madri, em 2003, quando o Brasil conquistou o terceiro dos nove títulos dele na competição.

Foto: Fivb/Divulgação.

Nunca é demais lembrar aos leitores que esses jogos foram criados para manterem as seleções nacionais em atividade proporcionando a propalada renovação e experiência internacional, uma vez que os campeonatos Mundiais e Olímpicos só ocorrem defasados de dois anos. Além disso, constituindo-se em um atrativo a mais, os prêmios em dinheiro, rateados entre os atletas participantes.

Sassá será uma das jogadoras mais experientes a competir pelo Brasil. Foto: CBV/Divulgação.

Na Copa Yeltsin, mais Brasil e Polônia 

A Seleção Brasileira feminina de vôlei estreia nesta terça-feira contra a Holanda na Copa Yeltsin. O Brasil é representado no torneio por sua equipe B, comandada por Cláudio Pinheiro, já que o time principal disputa a Copa Pan-Americana no México. As brasileiras estão no Grupo A, ao lado de Holanda e Polônia. No Grupo B estão Ucrânia, China e Rússia.

HistóriaXXI Jogos Olímpicos, Montreal, Canadá (1976)

Por último, imagino que de tanto jogarem uns contra os outros, moças e rapazes, dentro em pouco as equipes dos dois países estarão atuando da mesma maneira. Lembrem-se da equipe polonesa campeã olímpica em Montreal que, na partida final contra a URSS (ambas as equipes invictas), proporcionaram um espetáculo sensacional. Esta foi a partida mais longa da história do esporte – 4 horas e 36 minutos – com uma atuação impecável do atacante Tomasz Wojtowicz, que realizava ataques indefensáveis vindos do fundo da quadra pela primeira vez no mundo. Ao Brasil restou a sétima colocação.

Alguns anos depois o Brasil passava a atuar da mesma forma com Renan e Xandó atacando do fundo na posição II. Em consequência, os mesmos começaram a sacar  com corrida e salto (“viagem”) já no Mundial da Argentina, 1982 e nas Olimpíadas de 1984. Atualmente, está consagrado por quase todos os atletas. Entretanto, reparem que em alguns jogos do Brasil o técnico Bernardinho orienta seus comandados para que saquem de outra forma, com a finalidade precípua de não errarem e tentar garantir o ponto no bloqueio ou defesa.

Procrie e Sovolei

Há algum tempo frequento e, orgulhosamente, sou um dos colaboradores do site português Sovolei, com algum trânsito e aceitação. Informados sobre o pré-lançamento de minha obra recente, acorreram em auxiliar-me na sua divulgação. Para tanto, concedi-lhes a entrevista que se segue. Estou vivamente reconhecido à tamanha generosidade.

Escrito por Luís Melo, em 17.de junho de 2011

História do Voleibol no Brasil”
Livro de Roberto Affonso Pimentel
Roberto Affonso Pimentel, o nosso conhecido colaborador brasileiro (e autor do Procrie) finalizou o 1º volume do livro “História do Voleibol no Brasil“, uma obra de referência enciclopédica e memorialista.
São 591 páginas, mais de 100 fotos, e mais de 3 mil nomes. Ainda não foi editado, mas um resumo pode ser visto aqui. Neste momento Roberto Pimentel procura patrocinador(es) para editar a obra, e para isso já se dirigiu, em primeiro lugar, ao Comité Olímpico Brasileiro (cujo presidente é o seu amigo Carlos Nuzman), a quem entregou um exemplar para análise.
Ao Sovolei, Roberto disse: “Conforme o prometido, consegui levar a termo o meu projeto do livro sobre a “História do Voleibol no Brasil” contada a partir de indivíduos simples que jogavam por amor ao desporto. Tenho 3 exemplares para me apresentar a possíveis patrocinadores para uma edição significativa, à altura do público que pretendo atingir“.
O professor e técnico fala um pouco sobre a sua obra: “Construí um índice onomástico com aproximadamente 2 mil nomes, além de nominar os atletas que atuaram em 1960 e em 1970, clube a clube. A relação dos Oficias de arbitragem recua no tempo aos seus primórdios, antes mesmo de existir a Escola de Arbitragem. São mais de 3 mil indivíduos citados nominalmente e muitos já faleceram, pois recuei até 1939″.
Apesar disso… “estão vivos na memória de seus filhos, netos e demais parentes. E, agora em livro, nunca deixarão de ser lembrados como os construtores do voleibol no País. Este resgate de suas imagens é o meu grande presente a todos! Espero não desapontá-los com este 1º volume“.
Mas o trabalho de Roberto não termina aqui. Disse-nos ele que “o 2º volume, já escrito e pronto, trata das selecções brasileiras a partir de 1951 e os seus desdobramentos internacionais, inclusive com fotos inéditas de acervos particulares dos intervenientes“.
A “História do Voleibol no Brasil” não termina nestes 2 volumes, mas serve de base para discussões e novos ensinamentos no Procrie, um registro vivo e actuante de uma “Nova História” a ser contada por todos que o visitam.

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Procrie na Nuvem

Ensinar é Contar Histórias

Acabo de editar uma apresentação do Procrie com a qual pretendo dar transparência ao meu trabalho, mostrando a todos uma visão e extensão das ações. Atrevo-me a dizer que estou realizado pela aceitação de meus escritos através dos milhares de visitantes. Muito obrigado a todos que me honram com a sua paciência e curiosidade na busca do conhecimento de novas técnicas pedagógicas ou mesmo para conhecer a história do voleibol no Brasil. Segundo o Google Analytics, até ontem, foram mais de 39 mil e em mais 3-4 dias atingiremos a extraordinária cifra de 40 mil visitantes.  

Naveguem por http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/ e confiram como o programa faculta uma boa apresentação para cursos ou palestras. Para aqueles que não estiverem confortáveis com o Prezi vai uma informação: 1) a apresentação já está programada para seguir determinado caminho;  2) para maior conforto, passe o mouse inicialmente em MORE (barra abaixo) e, em seguida, clique em FULLSCREEN – a tela se abrirá por completo. 3) para retornar ao normal, ESC; 4) para avançar ou recuar bastam cliques sucessivos nas setas situadas na barra inferior da tela; 5) particularmente, um clique em qualquer figura leva o leitor ao tema desejado.  

Um detalhe: nefelibatos são aqueles que vivem “com a cabeça nas nuvens”. Na nova era digital é preciso rever o que se pretende dizer ao empregar o termo. Já não mais significa viver distraído. Ao contrário, está se tornando condição necessária a quem usa computadores no trabalho ou no lazer – ou seja, 2 bilhões de pessoas.

Voleibol na Rede e em Livro

Paixão! Essa é a palavra-chave... O trabalho enciclopédico de Roberto Pimentel e todo sacrifício pessoal em que implicou só foram possíveis e se explicam por uma paixão profunda do autor pelo voleibol, esporte no qual foi exímio praticante, excelente técnico, professor dedicado e agora o seu mais completo memorialista. (Arlindo Lopes Corrêa)

Meus amigos,

Todos, sem exceção, somos chamados a construir a História.

O dia 19 de maio revestiu-se de enorme emoção para mim. Por sorte, deixei rolar uma lágrima de meus olhos. Foi um misto de auto-reconhecimento, missão cumprida, pois desde rapazinho gostava de escrever e coletar dados a respeito de algo que me interessasse. E o voleibol certamente era um desses elementos. E no silêncio do meu coração, agradeço a Deus a realização desse sonho tão pequenino, mas tão valioso para a criança que ainda habita em mim. Espero ter realizado algo que possa agradar a todos os brasileiros! 

E por que tanta emoção?

Recebi os três primeiros exemplares dessa obra gestada ao longo de muitos anos: a “História do Voleibol no Brasil” (vol. I, 591 pág., 130 fotos e ilustrações).

Buscando patrocínio. Não tenho tantos recursos para uma vasta tiragem, ainda mais que já tenho pronto para ser editado o 2º volume, com igual número de páginas, tratando das seleções nacionais desde 1951 até 2000 e vários aspectos e desdobramentos dessas participações. Ao todo, então, serão perto de 1.200 páginas que desenham a trajetória de um desporto que caiu nas graças dos brasileiros, apesar de nossa cultura futebolística. 

Convite. Além de pretender mostrar ao leitor como foi construída a história do voleibol no país, penso também oferecer subsídios para uma análise que nos leve a meditar em como estamos muito aquém das nossas possibilidades em termos de atendimento à população. Como recomendado no Diagnóstico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA,1969) e, apesar de termos alcançado o topo no ranking internacional da modalidade, jamais conseguimos levar o esporte a todos, especialmente às crianças. No final da obra reporto-me ao minivoleibol como uma forma pragmática e metodológica para atingir os objetivos de levar crianças a praticarem e adquirirem o gosto, o prazer da prática desportiva pela sua própria essência e não como uma possível fonte de renda no futuro. E, percebam, falo em prática desportiva, não somente o voleibol, como deduzirão em diversos textos (Metodologia e Pedagogia).

Educação “na rede”. A partir desses estudos e práticas, decidi desenvolver o PROCRIE, um Centro de Referências em Iniciação Esportiva para atendimento dessa demanda em todo o Brasil. “O objetivo é propor uma forma de aprendizagem que concilie o caráter expressivo – pessoal – do movimento e seu aspecto transitivo – prática”. Os primeiros passos já foram dados e poderão aquilatar os resultados em “Conexão e Empreendedorismo”, e a repercussão no exterior através dos comentários internacionais. O Procrie aguarda sua adesão. Vamos ajudar a construir um mundo melhor para milhões de brasileirinhos, não importa se nossas equipes são campeãs ou não, com ou sem medalhas! Volvamos nossa atenção para os aspectos educacionais e utilizemos os desportos como meio de uma educação de qualidade.

História continua e não há tempo a perder. Você faz parte dela e pode dar a sua valiosa contribuição. Acompanhem as próximas postagens, pois estarei divulgando e informando sobre o andamento da edição desse 1º volume, adjetivado em sua apresentação como “enciclopédico e memorialista”. É ver para crer!

Conexão e Empreendedorismo

Fonte: Google Analytics.

O Brasil Conectado

Em abril de 2010 demos início ao desafio de ensinar voleibol a uma jovem professora na selva amazônica. Imaginamos uma ferramenta virtual que pudesse atender ao nicho formado por docentes de Educação Física, acadêmicos e treinadores em qualquer localidade do país, e para eles formatamos o Procrie. Evoluímos do anonimato ao reconhecimento nacional, com mais de 36 mil visitas ao blog no primeiro ano, com predominância no Brasil – mais de 32 mil visitantes de 523 cidades -, além de adeptos nos cinco continentes: 79 países e 437 cidades. Os 320 títulos postados renderam a leitura de perto de 70 mil páginas em 49 idiomas distintos. 

                                                                   (clique nas figuras) 

Fonte: Google Analytics.

Com a adoção das novas tecnologias da informação está caracterizado e disponível um verdadeiro Curso de Formação Continuada sui generis e bem-sucedido. Nas mais de trezentas postagens escritas de forma simples e objetiva oferecemos: 

a) Metodologia criativa e projetos de inclusão para escolas.

b) Coorientação em tempo integral.

c) Intercâmbio e exposição na internet.

 

 

Parceria em Cursos Presenciais

Percebe-se a partir de agora a necessidade de aplicar na prática tudo aquilo que constitui a matéria-prima da educação: os Cursos Presenciais. É o ver para crer. Buscamos, então, a parceria de empresas e governos estaduais. O clima é de receptividade, fruto direto dos mega-eventos esportivos que se avizinham no Brasil. Os equipamentos necessários não requerem gastos vultosos, sendo os custos quase que exclusivamente em deslocamentos e estadas de um professor nas cidades visitadas.

Fale conosco.

O Papa Carioca

Foto: Vaticano/Divulgação.

Procrie na Polônia  

Presto uma homenagem ao Santo Padre João Paulo II por ocasião de sua beatificação. E abraço os amigos e a todos os habitantes da cidade de Wadowice, Gliwice, Poznan, Katowice, Opole e Nowy Sacz , onde há algum tempo o Procrie chegou para ficar.

Karol Woytila nasceu em 18.5.1920, em Wadowice, Polônia, sendo terceiro filho de um militar do exército e de uma costureira lituana. Aos 23 anos entrou para um seminário clandestino, na Cracóvia e, aos 26 anos recebeu as ordens sacerdotais. Em seguida, já em Roma,  completou seus estudos. Aos 38 anos retornou à Polônia e foi consagrado bispo auxiliar em Cracóvia. Tornou-se arcebispo em 1964 e, três anos depois, aos 47 anos, cardeal. Por fim, em 16.10.1978, aos 58 anos, tornou-se o primeiro Papa não italiano em 455 anos e ocupante nº 264 do trono de São Pedro. Seis dias depois foi entronizado solenemente em seu ministério. E em homenagem a dois grandes Papas, a que tanto admirava, intitulou-se João Paulo II.

Beatificação de João Paulo II
Foto: Vaticano/Divulgação (Terra)

Dentre tantos países visitados, chegou ao Brasil em 1980, sendo considerada a visita do século, já que até então nenhum outro Papa havia pisado em solo brasileiro. Aqui ficou conhecido como JOÃO DE DEUS. No Rio de Janeiro, do alto do Corcovado, sob o olhar do Cristo Redentor, encantado com a natureza divina do lugar parafraseou: “Se Deus é brasileiro, o Papa é carioca.” Outras três visitas se realizaram em 1982, 1991 e 1997.

Diante de seu corpo inerte nações e povos se ajoelharam para velá-lo e dar seu último adeus. E, com a dor e a saudade deste silêncio, brotou do coração humano o desejo de ver aquele homem santificado. Foi por isso que incessantemente o povo clamava: “Santo súbito“. (por  Inês Guimarães)

Todos os caminhos levam a Roma” ou “Quem tem boca vai a Roma”Poloneses “caroneiros” esperam se juntar às centenas de milhares de fiéis que invadem a capital italiana. (Terra, por Leandro Demori, direto da Polônia)

Foto: AFP

Mais de um milhão de poloneses gostariam de viajar a Roma para ver a beatificação de João Paulo II. Já um levantamento feito pela agência de pesquisas Homo Homini mostra uma efetividade bem mais modesta: 50 mil conterrâneos de Karol Wojtyla são esperados na capital do catolicismo – gente suficiente, no entanto, para inflacionar o custo das opções de viagem. Sem dinheiro para arcar com os 2 mil sloty (cerca de R$ 1,2 mil) de um “pacote-peregrinação”, uma congregação de jovens decidiu botar o pé na estrada e levantar o polegar.

Aproximadamente 1.570 km separam Cracóvia da capital italiana. A esperança dos jovens peregrinos é que o ditado que garante que “todos os caminhos levam a Roma” cumpra seu destino. Fé em Deus, pé na tábua.

Brasileiros também fazem parte da Torre de Babel que circunda a cidade do Vaticano na manhã deste domingo à espera da beatificação de João Paulo II. A cerimônia, marcada para começar às 10h (5h de Brasília) lota todas as ruas adjacentes à Praça São Pedro em centenas de metros.